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02/05/2012

Para ti estudar é uma obrigação grave

Textos de S. Josemaria

Oras, mortificas-te, trabalhas em mil coisas de apostolado..., mas não estudas. – Então, não serves, se não mudas. O estudo, a formação profissional, seja qual for, entre nós é obrigação grave. (Caminho, 335)

Se tens de servir a Deus com a tua inteligência, para ti estudar é uma obrigação grave. (Caminho, 336)

Frequentas os Sacramentos, fazes oração, és casto... e não estudas... – Não me digas que és bom; és apenas bonzinho. (Caminho, 337)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Leitura espiritual para 02 Mai 2012


Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.




Para ver, clicar SFF.

Seguir Cristo: é este o segredo

Textos de S. Josemaria


Ao oferecer-te aquela História de Jesus, pus como dedicatória: "Que procures a Cristo. Que encontres a Cristo. Que ames a Cristo". – São três etapas claríssimas. Tentaste, pelo menos, viver a primeira? (Caminho, 382)

Como poderemos superar estes inconvenientes? Como conseguiremos fortalecer-nos nessa decisão que começa a parecer-nos muito pesada? Inspirando-nos no modelo que nos apresenta a Virgem Santíssima, nossa Mãe: uma rota muito ampla, que passa necessariamente através de Jesus.
Neste esforço por nos identificarmos com Cristo, costumo falar de quatro degraus: procurá-lo, encontrá-lo, conhecê-lo, amá-lo. Talvez pareça que estamos na primeira etapa... Procuremo-lo com fome, procuremo-lo dentro de nós com todas as forças! Se o fizermos com este empenho, atrevo-me a garantir que já O encontrámos e que já começámos a conhecê-lo e a amá-lo e a ter a nossa conversa nos céus.
Rogo a Nosso Senhor que nos decidamos a alimentar nas nossas almas a única ambição nobre, a única que merece a pena: ir ter com Jesus Cristo, como fizeram a sua Bendita Mãe e o Santo Patriarca, com ânsia, com abnegação, sem descuidos. Participaremos na dita da amizade divina – num recolhimento interior, compatível com os nossos deveres profissionais e sociais – e agradecer-Lhe-emos a delicadeza e a caridade com que Ele nos ensina a cumprir a Vontade do Nosso Pai que está nos céus.
Seguir Cristo: é este o segredo. Acompanhá-lo tão de perto, que vivamos com Ele, como os primeiros doze; tão de perto, que com Ele nos identifiquemos. Se não levantarmos obstáculos à graça, não tardaremos a afirmar que nos revestimos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nosso Senhor reflecte-se na nossa conduta como num espelho. Se o espelho for como deve ser, captará o rosto amabilíssimo do nosso Salvador sem o desfigurar, sem caricaturas: e os outros terão a possibilidade de O admirar, de O seguir. (Amigos de Deus, nn. 299–303)



© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

O Senhor procura o meu pobre coração

Textos de S. Josemaria


Quantos anos a comungar diariamente! – Outro seria santo – disseste-me – e eu, sempre na mesma! – Filho – respondi-te – continua com a Comunhão diária, e pensa: que seria de mim, se não tivesse comungado? (Caminho, 534)

Recordai – saboreando, na intimidade da alma, a infinita bondade divina – que, pelas palavras da Consagração, Cristo vai tornar-se realmente presente na Hóstia, com o seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade. Adorai-O com reverência e devoção; renovai na sua presença o oferecimento sincero do vosso amor; dizei-lhe sem medo que Lhe quereis; agradecei-lhe esta prova diária de misericórdia tão cheia de ternura, e fomentai o desejo de vos aproximardes da comunhão com confiança. Eu surpreendo-me perante este mistério de Amor: o Senhor procura como trono o meu pobre coração, para não me abandonar, se eu não me afastar d'Ele.
Reconfortados pela presença de Cristo, alimentados pelo seu Corpo, seremos fiéis durante esta vida terrena, e mais tarde no Céu, junto de Jesus e de Sua Mãe, chamar-nos-emos vencedores. Onde está, ó morte, a tua vitória? Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Demos graças a Deus que nos trouxe a vitória, pela virtude de Nosso Senhor Jesus Cristo. (Cristo que passa, 161)


© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet

Nunc Coepi


Navegando pela minha cidade


Nunc Coepi[1]

Agora que acabo agora começo. Porque a vida é um permanente recomeçar; e porque quando assim não é vive-se na escuridão. Na mesma escuridão da noite sem lua e sem estrelas se um dia o Sol não voltasse a nascer depois do último ocaso. E quanto maior a escuridão maior é a necessidade de luz.

Luz para vermos a terra dos homens; luz para vermos os homens: os que vivem na luz e os que não a conseguem ver. Luz que ilumine as cavernas escuras do meu coração onde – quando o consinto – rastejam vermes pegajosos; cheios de peçonha e sem olhos porque odeiam a luz.

Agora que acabo agora começo. Levanto ferro e voltarei a navegar pelas ruas da minha cidade melhor iluminada. Mar adentro com rumo certo porque a estrela da manhã será o meu sextante; a minha bússola; o meu GPS.

Das tormentas farei boas esperanças e nas calmarias estarei mais atento ao vento que sopra invisível sobre a superfície das águas. Porque não há tempestade que não se acalme nem bonança que sempre dure.

Agora que acabo agora começo. Renasço do cansaço porque só descansarei quando morrer. O contrário seria viver morto. Morto vivo na escuridão de sepulcro por fora caiado de branco e por dentro cheio de imundície.

Naveguei por mais de cinquenta mares feitos ruas da minha cidade durante quase um ano e meio neste oceano imenso da blogosfera. Oceano de milhares e milhares de vozes que querem ser ouvidas, simplesmente porque existem. Porque é esse o nosso drama, o de não nos ouvirmos uns aos outros; o de procurarmos desesperadamente alguém que nos oiça.

Começo porque quero ouvir melhor apesar da escuridão e do ruído imenso de tantas vozes a zunir; a murmurar; a gritar; a rir e a chorar na fria e cósmica imensidão do world wide wireless onde - é meu intimo convencimento - quase todos lêem, vêem e ouvem numa corrida desenfreada em busca de qualquer coisa que não está lá. Como se fosse uma corrida louca ao ouro enterrado no fim do arco-íris ou a medieval e obsessiva demanda do Santo Graal.

Agora que acabo agora começo. Não numa inutilidade de trabalho supliciante de Sísifo, mas na construção permanente de uma ponte para a outra margem. Ponte sólida e transcendente onde os outros tenham o direito de passar em primeiro lugar. De passar à minha frente.

Ponte de sentido único onde cabem todos os silêncios porque tudo tem sentido à luz da Luz. Ponte farol; ponte porto; ponte cais; ponte ancora; ponte amarra; ponte estiva; ponte cidade.

Ponte de romana solidez feita do invisível quotidiano e da liturgia das horas; ponte pedonal em que todos os passos contam uma história de amor; ponte suspensa feita de cordas sobre o precipício do mistério da vida; ponte veneziana de desejos e suspiros impossíveis de dizer; ponte de carne humana e de silêncios divinos oferecida em holocausto perpétuo.

“Silêncio, porto do navio. Silêncio em Deus, porto de todos os navios.”[2]

Agora que acabo agora começo.


Afonso Cabral

Nota de ama:

Meu caro Afonso:

Já fechei a boca que tinha aberta desde a primeira frase!

Excedeste-te a ti próprio, meu caro Afonso, na beleza e profundidade do teu escrito.

Filosofia pura? Sim porque a filosofia é a correcta avaliação do que se é e do que se faz e, claro, do que existe.

Donde, descobri, és um Filósofo!

Como te parece que posso aceitar esta 'despedida'?

Dir-te-ei simplesmente: Muito mal... aceito muito mal mas, ao mesmo tempo, com uma enormíssima esperança que 'revejas' o 'caso' e, filosoficamente decidas que não é definitiva a decisão.

Para bem de todos: meu, evidentemente, de NUNC COEPI e os seus fiéis leitores, e de ti próprio que te privas de um gozo legítimo que te dá escrever e privas outros do gozo de lerem o que escreves.

Por isso, e com a grafia do restaurante de Santo Tirso, te digo: 'Ká Te Espero'!

Um abraço amigo e grato

2015.04.30




[1] Lat.: Agora começo
[2]  Antoine De Saint- Exupéry – Cidadela, Editorial Presença, 3ª Edição – Lisboa Dezembro 1996, pág. 40

Solveig's Song


Grieg: Solveig's Song (instrumental version): BPO - Herbert von Karajan




Evangelho do dia e comentário





Tempo de Páscoa

IV Semana

Evangelho: Jo 12, 44-50

44 Jesus levantou a voz e disse: «Quem acredita em Mim, não é em Mim que acredita, mas n'Aquele que Me enviou. 45 Quem Me vê a Mim, vê Aquele que Me enviou. 46 Eu vim ao mundo como uma luz, para que todo o que crê em Mim não fique nas trevas. 47 Se alguém ouvir as Minhas palavras e não as guardar, Eu não o julgo, porque não vim para julgar o mundo, mas para salvar o mundo. 48 Quem Me despreza e não recebe as Minhas palavras, já tem quem o julgue; a palavra que anunciei, essa o julgará no último dia. 49 Com efeito, Eu não falei por Mim mesmo, mas o Pai que Me enviou, Ele mesmo Me prescreveu o que Eu devia dizer e ensinar. 50 Eu sei que o Seu mandamento é a vida eterna. As coisas, pois, que digo, digo-as como Meu Pai Me disse».

Meditação:

Sou levado a "continuar" a meditação do ano passado. Falta-me tanto por entender!

Na verdade, eu sinto que não preciso de entender para acreditar mas, esta é uma graça que recebi - e recebo - para "meu uso pessoal".

Mas tenho de explicar: esclarecer outros e como fazer se não entender exactamente o que dizes?

Por isso Te peço, Divino Espírito Santo, abras o meu entendimento para que compreenda e, assim, seja capaz de levar outros a compreender.

(ama, meditação sobre Jo 12, 44-50, 2011.05.19)

Tratado dos Anjos 28

Questão 57: Do conhecimento angélico em relação às coisas materiais.