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20/04/2012

Leitura Espiritual para 20 Abr 2012

Não abandones a tua leitura espiritual.
A leitura tem feito muitos santos.
(S. josemariaCaminho 116)


Está aconselhada a leitura espiritual diária de mais ou menos 15 minutos. Além da leitura do novo testamento, (seguiu-se o esquema usado por P. M. Martinez em “NOVO TESTAMENTO” Editorial A. O. - Braga) devem usar-se textos devidamente aprovados. Não deve ser leitura apressada, para “cumprir horário”, mas com vagar, meditando, para que o que lemos seja alimento para a nossa alma.


Para ver, clicar SFF.

100% Garantia

Navegando pela minha cidade


Na semana passada estacionei o carro na Rua da Alegria pois precisei de ir tratar de um assunto na Fernandes Thomaz. O assunto era de tratamento rápido e como o estacionamento do carro não ficou a perturbar o regular e normal funcionamento do trânsito arrisquei em deixá-lo num local de estacionamento proibido.

Quando voltei, já a uma grande distância vi um papelinho agarrado ao vidro pelo limpa para-brisas. Que grande chatice! Se eu tivesse ficado no carro com ele estacionado em dupla fila e os quatro piscas a trabalhar nada acontecia. Aliás, estou convencido que há muita gente que acha que os quatro piscas servem para terem o direito a fazerem isto mesmo.

Anda a gente a fazer economias e a apertar o cinto para ser roubado pela Polícia Municipal que parece que só serve para andar na caça à multa. Era isto que eu ia a murmurar para mim próprio enquanto me aproximava do carro.

Apressei o passo para arrancar o papelinho que mais parecia um pássaro apanhado numa armadilha. O vento batia-lhe de lado e uma pequena asa branca agitava-se tremente. Queria libertá-lo, torcer-lhe o pescoço e deitá-lo fora com o maior dos desprezos no primeiro caixote de lixo que encontrasse.

Quando lhe peguei pela asa que tremia, li: “Professor Karim – Médium Africano – Especialista do regresso imediato e definitivo do ser amado. Resolve os problemas delicados para toda a vida; amor, amarrações, afectividade, casamento, fidelidade, mesmo casos desesperados, impotência sexual, maus-olhados, protecção contra os perigos, sorte no jogo, negócios comerciais e problemas familiares, etc.  Resultado 100% garantia em apenas 3 dias – CONSULTAS NA PRESENÇA OU DISTÂNCIA”.

Afinal não era uma multa, mas sim um bilhete para navegar num mar de rosas. Se o papelinho apertado entre o vidro e o limpa para-brisas me tinha parecido um pássaro apanhado numa armadilha, isto era uma verdadeira armadilha – uma cova de lobo – para quem viva num pântano de ignorância e de sofrimento desesperado.

E elas são tantas! E são tantos, os Professores. Eu já conhecia pelos anúncios em jornais de vários outros nomes que tudo resolvem: é o Professor Karamba; Professor Mamadu; Professor Bambo; Professor Mafug; Sô Zé; Professor Gadri; Maya, etc, etc.

São muitas as sanguessugas da dor.

A vida é uma armadilha mortal. E ninguém nos disse isso quando eramos crianças. Ninguém nos preveniu. Talvez seja por isso que corremos tantos riscos inconscientemente. Mas é isto mesmo a vida: uma aventura perigosa.

Mas é também muito mais do que isto.

Numa noite de tempestade, numa leprosaria nas margens do Ganges, Teresa de Calcutá disse o que era a vida nestas palavras:

A vida é uma oportunidade, aproveita-a
A vida é beleza, admira-a
A vida é felicidade, desfruta-a
A vida é um sonho, torna-o realidade
A vida é um desafio, enfrenta-o
A vida é um dever, cumpre-o
A vida é um jogo, joga-o
A vida é preciosa, cuida dela
A vida é uma riqueza, conserva-a
A vida é amor, goza-o
A vida é um mistério, desvenda-o
A vida é promessa, cumpre-a
A vida é tristeza, supera-a
A vida é um hino, canta-o
A vida é uma luta, aceita-a
A vida é aventura, arrisca-a
A vida é alegria, merece-a
A vida é vida, defende-a

Nesta vida em que os médicos; os advogados; os engenheiros; os enfermeiros e tantos outros profissionais para exercerem a sua profissão têm de ter licença da respectiva Ordem, não compreendo que seja permitida a actividade destes “Professores” que oferecem 100% de garantia.

Porque 100% garantido só temos o que a vox populi vox Dei afirma: morte certa hora incerta.

Afonso Cabral










Tratado dos anjos 16

Questão 54: Do conhecimento angélico.

Pensamentos inspirados à procura de Deus

À procura de Deus

Gostar, não é amar!

“Papaguear”, não é rezar!


jma

O espírito de mortificação

Textos de S. Josemaria

O espírito de mortificação, mais do que manifestação de Amor, brota como uma das suas consequências. Se falhas nessas pequenas provas, reconhece-o, fraqueja o teu amor ao Amor. (Sulco, 981)

Penitência, para os pais e, em geral, para os que têm uma missão de dirigir ou de educar é corrigir quando é necessário fazê-lo, de acordo com a natureza do erro e com as condições de quem necessita dessa ajuda, superando subjectivismos néscios e sentimentais.
O espírito de penitência leva a não nos apegarmos desordenadamente a esse esboço monumental dos projectos futuros, no qual já previmos quais serão os nossos traços e pinceladas mestras. Que alegria damos a Deus quando sabemos renunciar aos nossos gatafunhos e pinceladas, e permitimos que seja Ele a acrescentar os traços e cores que mais lhe agradam! (Amigos de Deus, 138).

© Gabinete de Informação do Opus Dei na Internet


Evangelho do dia e comentário




Tempo de Páscoa



Evangelho: Jo 6, 1-15

1 Depois disto, passou Jesus ao outro lado do mar da Galileia, isto é, de Tiberíades.2 Seguia-O uma grande multidão porque via os milagres que fazia em favor dos doentes. 3 Jesus subiu a um monte e sentou-Se ali com os Seus discípulos. 4 Ora a Páscoa, a festa dos judeus, estava próxima. 5 Jesus, então, tendo levantado os olhos e visto que vinha ter com Ele uma grande multidão, disse a Filipe: «Onde compraremos pão para dar de comer a esta gente?». 6 Dizia isto para o experimentar, porque sabia o que havia de fazer. 7 Filipe respondeu-Lhe: «Duzentos denários de pão não bastam para que cada um receba um pequeno bocado». 8 Um de Seus discípulos, André, irmão de Simão Pedro, disse-Lhe: 9 «Está aqui um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes, mas que é isso para tanta gente?». 10 Jesus, porém, disse: «Mandai sentar essa gente». Havia naquele lugar muita relva. Sentaram-se, pois; os homens em número de cerca de cinco mil. 11 Tomou, então, Jesus os pães e, tendo dado graças, distribuiu-os entre os que estavam sentados; e igualmente distribuiu os peixes, tanto quanto quiseram. 12 Estando saciados, disse aos Seus discípulos: «Recolhei os pedaços que sobraram para que nada se perca». 13 Eles os recolheram, e encheram doze cestos de pedaços dos cinco pães de cevada, que sobraram aos que tinham comido. 14 Vendo então aqueles homens o milagre que Jesus fizera, diziam: «Este é verdadeiramente o profeta que deve vir ao mundo». 15 Jesus, sabendo que O viriam arrebatar para O fazerem rei, retirou-Se de novo, Ele só, para o monte.

Comentário:

A magnanimidade do Senhor fica abundantemente expressa nos Evangelhos: as pescas abundantes e extraordinárias, as multiplicações de pães e peixes que alimentaram milhares de pessoas, as talhas ‘cheias’ de excelente vinho nas bodas de Caná…

Nós, homens, temos uma ‘contabilidade’ muito diferente.
Pesamos tudo com excessivo rigor, demoramos na ponderação do que e quanto devemos dar, medimos pelo relógio os tempos de oração diária.

É da nossa natureza abrir bem as mãos para receber e entreabri-las quando se trata de dar e, na verdade, recebemos – sempre – muito mais do que damos e não só de Deus mas, também dos homens.

(ama, Comentário sobre Jo 6, 1-15, 2011.05.06)