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19/11/2012

Poemas da minha vida: Os meus bens 2

P o e m a s  d a  m i n h a  v i d a


Também sou eu
este manifesto
puro
e insensato.

Sou eu
esta espada
fulgurante
e incapaz
de ferir,
de me ferir.

Sou eu
este anuncio
terrível,
terrível
de pobreza.

Sou eu
e esta tristeza
e esta solidão
com que me encontro
e digo:

Sou eu!.

Lisboa,  61

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