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24/06/2011

Confusão quanto à identidade sexual

Observando

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, afirma que a Igreja Católica vê 
com preocupação a crescente ambiguidade quanto à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura.
        
O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, afirma que a Igreja Católica vê com preocupação a crescente ambiguidade quanto à identidade sexual, que vai tomando conta da cultura.
        
Em artigo na edição desta semana do jornal O São Paulo, Dom Odilo discute o tema “Homem e mulher Ele os criou”.

O ser humano “não é ‘esta metamorfose ambulante’, que segue vagando pela vida sem saber quem é, o que quer, para quê vive, por que é aquilo que é; nem está preso a um determinismo cego, que o acorrenta aos acontecimentos, sem que ele possa fazer-se senhor das próprias decisões.”

“Cabe-lhe tomar conta de si mesmo e viver de forma responsável, conforme sua dignidade e sua natureza”.

Segundo Dom Odilo, um aspecto importante desse viver ‘conforme à sua natureza’ “consiste em assumir a própria identidade sexual”.

“Há muita confusão sobre isso na cultura actual e a sexualidade já não é levada a sério, como um facto de natureza, mas é tida como um fenómeno cultural.”

“Nem mesmo a diferenciação sexual entre masculino e feminino é levada a sério; corre muito a idéia de que a identidade sexual é moldada pela cultura e pela subjectividade e que cada um ‘constrói’ a sua identidade sexual.”

“A diferenciação sexual no corpo humano seria apenas um ‘facto secundário’ e contaria mais aquilo que o sujeito decide ser. Identidade sexual seria uma questão de opção”, comenta o arcebispo.

A consequência disso “é que aumentam os comportamentos sexuais pouco definidos, nem masculinos, nem femininos. Sempre mais se fala de homossexuais, bissexuais, transexuais... (…) ser heterossexual, com identidade definida de homem (masculino) e de mulher (feminina) aparece apenas como uma entre as tantas possibilidades e opções quanto à identidade sexual”.

“Não há um grave equívoco nisso? Vai ficar assim daqui por diante? Aonde vai levar isso?”, pergunta o arcebispo.

O cardeal explica que, para a antropologia cristã, “a confusão quanto à identidade sexual, que se espalha sempre mais na cultura, não deixa de levantar uma séria preocupação”.

“Para o pensamento cristão, a diferenciação sexual (homem e mulher) deve ser levada plenamente a sério; a sexualidade afecta todos os aspectos da pessoa humana, na sua unidade de alma e corpo.”

“Ela diz respeito à afectividade, à capacidade de amar e de procriar; de maneira mais geral, diz respeito à aptidão de criar vínculos serenos de comunhão com os outros.”

O arcebispo afirma que cabe a cada homem e mulher “reconhecer e aceitar a própria identidade sexual”.

“As diferenças e complementariedades físicas, morais e espirituais estão orientadas para os bens do casamento e da família. A harmonia do casal e da sociedade depende, em parte, da maneira como se vivem entre os sexos a complementariedade e o apoio recíprocos.”

“A pretensão de mexer nessa harmonia que Deus estabeleceu entre os sexos e de submeter a identidade sexual ao arbítrio da vontade, tão influenciável por factores culturais e dinâmicas sócio-educativas (ou ‘deseducativas’...), é uma temeridade, que não promete bons frutos para o futuro da humanidade”, (…)

“Não é possível que a natureza tenha errado ao moldar o ser humano como homem e mulher. Isso tem um significado e é preciso descobri-lo e levá-lo a sério”, (…)

“o convite a se deixar conduzir pela luz da Palavra de Deus e pelo ensinamento da Igreja também no tocante à moral sexual”.

“O 6º mandamento da Lei de Deus (‘não pecar contra a castidade’) não foi abolido e significa, positivamente, viver a sexualidade de acordo com o desígnio de Deus”. 
 INFORMAÇÕES MUITO BREVES [De vez em quando] 

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