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01/11/2010

DIA DE TODOS OS SANTOS






Quem são os santos que hoje veneramos, cantamos, louvamos, a quem recorremos, a quem admiramos, com quem desabafamos, para quem compomos música, sobre os quis escrevemos poesia e prosa, a quem pintamos e de quem fazemos esculturas?  

São os imitadores fiéis de Jesus Cristo, são, pela graça que neles frutificou, o desdobramento de Deus, Criador, Redentor e Santificador, a favor dos homens e do mundo, pelos séculos fora, passados e futuros. Fora e são aqueles e aquelas que fizeram suas as palavras de Paulo «para mim, viver é Cristo» e «posso tudo naquele que me conforta». São os canais abertos à força de Deus, por onde passou, passa e passará o plano de Jesus, o estabelecimento, no mundo e com os homens, do plano de Jesus Cristo: Um reino de Paz, de Justiça, Verdade e de Amor

Foram os que pregaram e pregam a todos os povos o Evangelho de Jesus.

Foram eles que criaram e criam, sem olhar a obstáculos, milhares e milhares de instituições para assistir aos pobres, aos sem tecto nem pátria, aos órfãos, aos viúvas, aos leprosos, aos doentes da sida, ás vítimas das doenças mais estranhas. Foram e são eles que ensinaram, e ensinam, os ignorantes, educam os abandonados e ensinam, também, com a sua inteligência e com a sua alma cheia do Espírito Santo, a digerir o Evangelho. Foram eles que deram e dão a sua vida por Jesus quando os inimigos da fé lhe queriam ou querem varrer da inteligência e do coração a fé em Jesus Cristo. Foram e são eles que, como pais, como mães e como filhos, como reis e príncipes, como professores, empresários e trabalhadores apostaram, absolutamente, no Primeiro Mandamento da Lei de Deus: Amar a Deus sobre todas as coisas.

Foram eles e são eles que nos ensinaram o valor da oração, do desprendimento, da humildade, da esperança, da alegria, da vitória sobre as paixões, da perseverança, da bondade, da pureza, da misericórdia.

Que extraordinário património! Que extraordinária e transcendente sementeira de bem lançada sobre os homens e sobre o mundo por milhões e milhões de santos, canonizados ou não, a viver no céu ou a viver, ainda, na terra. O mundo seria um autêntico inferno, se eles não tivessem existido, se não existissem hoje, ou se não continuassem a existir.

Por isso, meus irmãos, Santos precisam-se: cristãos apostados numa progressiva identificação pessoal com Cristo: ricos e pobres, homens e mulheres e crianças, jovens  e velhos, professores, alunos políticos ou simples cidadãos. Ouço um grito lançado por eles dirigido a todos nós: Entregai-vos a Cristo, de alma e coração, como indivíduos, como casal, como família, como comunidade de trabalho, científica, artística, económica, política. Acreditai em Cristo: Ele é o «único Caminho, a única Verdade, a única Vida. Sem Ele, reina a desorientação, a mentira, a morte.

Deixai-vos seduzir por Ele, entregai-Lhe as vossas vidas por inteiro. Amai-O na Sua Palavra, amai-O no próximo, amai-O dentro do vosso coração, amai-O na Eucaristia. Não desconfieis dEle. Pertencei-Lhe para sempre. Convertei-vos totalmente a Ele e sereis Cristos na terra, luz do mundo e sal da terra.

Convertei-vos a Cristo e chamai outros à conversão e à perseverança na Fidelidade a Cristo. Ámen.

(Rev. Cónego. António Ferreira dos Santos Homília na Missa das 18H15 na Igreja da Lapa – Porto em 2010.11.01) 

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