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22/11/2022

Publicações em Novembro 22

  


Dentro do Evangelho

 

Reclinados sobre a abundante erva verde que como manto cobria o chão, os Doze aguardavam Jesus que Se retirara para orar.

Eu estava um pouco afastado mas não tanto que não ouvisse distintamente o que diziam.

Todos olhávamos para a Figura solitária do Mestre a cerca de uns Cincoenta metros, de joelhos, os olhos postos no Céu, os lábios movendo-se em oração silenciosa.

A serenidade do Seu semblante revelava bem o Seu recolhimento interior.

Jesus a orar! Que imagem extraordinária!

Parecia que nada existia à Sua volta!

Um dos Doze disse:

- «Vede como reza»!

Eu debatia-me com uma complicada questão:

Mas... se Ele É Deus está a rezar a Si Mesmo?

Mergulhei dentro de mim e conclui que Jesus Cristo sendo Deus É também a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, O Filho, logo, como Filho, reza a Seu Pai.

De facto, também concluo, tudo isto é um mistério e, como tal não tem uma explicação lógica, daí que abandono decididamente estas locubrações porque, também concluo, são tentatações insidiosas do demónio.

Eu que sou Filho de Deus, devo rezar... falar com O meu Pai, constantemente porque Ele constantemente me tem na Sua Presença e, sendo assim como tenho a certeza que é, não posso, não devo, não quero falar com Ele a espaços, quando me apetecer ou precisar mas, continuamente, sem hiatos nem interrupções  quando não estarei perdido.

Só pensar que se Ele procedesse de igual modo me aterra!

Sou fraco, volúvel mas Ele sabe tudo isso muito bem e o que na verdade Lhe interessa é que...

Senhor, ajuda-me a ter-Te sempre presente!!!

 

Reflectindo

Insatisfação

 

Uma aparente insatisfação de não fazer o que devia fazer, como e quando. Sinto esta ânsia de perfeição pessoal que a cada momento parece estar ao meu alcance para logo se afastar para bem longe.

Queria um julgamento agora, que o Senhor me dissesse claramente:

‘Não posso prosseguir sem que primeiro aproveites todas as oportunidades que te dou continuamente.

Choras?

Mas choras por Mim ou por ti?

Porque não alcanças o que desejas ou porque não te esforças o suficiente?

Choras porque és pouca coisa e gostavas de ser mais ou choras porque nem mesmo o pouco que és consegues fazer o que deves?

Falta-te a vontade e sobra-te o desejo.

Choras porque não passas das intenções, das belas palavras, dos propósitos bem estruturados e não segues em frente como deves com o que tens, tudo o que tens e é muito porque fui Eu Quem to deu e bem sabes como sou generoso.

Sim, António, o que tens é o bastante, suficiente para me dares o que te exijo: que sejas bom, puro e santo’.

 

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