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10/10/2022

 


Santíssima Virgem Glória e Graça

 

 

Santíssima Virgem - Santo Rosário - Mistérios do Evangelho

 

 

Mansidão de Jesus

 

Jesus Cristo disse de Si mesmo que era: «manso».

Eu, pergunto: Mas o que é ser “manso”?

Poderia dizer que, “ser manso” é ter brandura de génio, não ser nem intempestivo nem precipitado nas reacções às diferentes contrariedades que vou encontrando pela vida.

Sinto-me muito longe de tal porque o meu orgulho - contra o qual luto permanentemente sem grande sucesso – me impele para um espírito crítico muitas vezes exacerbado pelos defeitos que julgo ver nos outros. E, o pior, é muitíssimas vezes, o que vejo é um reflexo dos meus próprios defeitos e limitações.

Refiro “o meu orgulho” porque o Senhor acrescentou: «e humilde» e a humildade é completamente incompatível com o orgulho.

Chego, portanto, a uma primeira conclusão:

Para ter mansidão é necessária a humildade pessoal.

No episódio narrado por São Mateus a propósito dos vendilhões do Templo, parece-me – pobre de mim – que o Senhor “contraria” essa mansidão que Se outorga.

Então a mansidão pode aceitar uma reacção “intempestiva”?

Penso melhor e concluo que ser manso não é ser abúlico, indiferente, não reagir quando se deve reagir mesmo que tal implique uma atitude, talvez, intransigente.

Visto assim, chego a uma segunda conclusão:

Porquê não reajo como devo a situações que exigem uma atitude clara e firme?

Não quero incomodar-me?

Talvez pense que o assunto não é comigo, não me diz respeito, não possuo nem “autoridade” nem “estatuto” para tal?

De facto, talvez não tenha, melhor dizendo, não tenho nem “autoridade” nem “estatuto”, porque para os ter, preciso de ter dado exemplo disso mesmo que se impõe que faça.

Não posso nem devo recomendar o que não pratiquei!

Não seria honesto comigo nem intelectualmente  nem, principalmente, para com os outros que, nesse caso, teriam toda a razão para afirmar:

Este, diz para fazermos o que, ele próprio não faz! Que crédito nos merece? E, eu tenho de concluir: - Absolutamente nenhum!

A Santíssima Virgem nunca deixará de corrigir as atitudes que não sejam próprias de um cristão. Como boa Mãe não deixa que os seus filhos não pratiquem o bem que devem fazer ou que se alheiem dos actos menos bons que outros façam.

Ela que é a própria mansidão não se cansa de recomendar aos seus filhos a brandura do coração, a gentileza do trato, a amabilidade no comportamento que vevemos ter para com todos independentemente da forma como possam tratar-nos.

Nada ”desarma” com mais eficácia alquém que procede de forma agreste, irritada, desagradável que um sorriso contemporizador, um gesto de compreensão calma e contida.

Ela nunca nos “recebe mal” mesmo quando está triste com o nosso comportamento ou lhe dói o Coração Extremoso com as nossas faltas.

Mãe, Querida Mãe, ensina-me também a mim a ser Manso e Humilde de coração!

 

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