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01/03/2021

São Josemaria Textos

 

Para servir, servir Março 01

Tu também tens uma vocação profissional, que te "espicaça". Sim, esse "aguilhão" é o anzol de pescar homens. Rectifica, portanto, a intenção, e não deixes de adquirir todo o prestígio profissional possível, em serviço de Deus e das almas. O Senhor conta também com isso. (Sulco, 491)

Como lema para o vosso trabalho, posso indicar-vos este: para servir, servir. Porque para fazer as coisas, é necessário, em primeiro lugar, saber concluí-las. Não acredito na rectidão da intenção de quem não se esforça por conseguir a competência necessária para cumprir bem os trabalhos de que está encarregado. Não basta querer fazer o bem; é preciso saber fazê-lo. E, se queremos realmente, esse desejo traduzir-se-á no empenho por utilizar os meios adequados para fazer as coisas bem acabadas, com perfeição humana.

Além disso, esse serviço humano, essa capacidade a que poderíamos chamar técnica, saber realizar o nosso ofício, deve ter uma característica que foi fundamental no trabalho de São José e que devia ser fundamental em todo o cristão: o espírito de serviço, o desejo de trabalhar para contribuir para o bem dos outros homens. O trabalho de S. José não foi um trabalho que visasse a auto-afirmação, embora a dedicação de uma vida laboriosa tenha forjado nele uma personalidade madura, bem delineada. O Santo Patriarca trabalhava com a consciência de cumprir a vontade de Deus, pensando no bem dos seus, Jesus e Maria, e tendo presente o bem de todos os habitantes da pequena Nazaré. (Cristo que passa, 50–51)

Leitura espiritual Mar 01

 


Novo Testamento

 

Evangelho

 

Lc II, 21-40

 

Circuncisão e apresentação no templo

21 Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno.      33 Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; 35 uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.» 36 Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, 37 ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. 38 Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.

 

Jesus em Nazaré

39 Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. 40 Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.

 

Textos



  Morte

  Mas, a morte, é assim: vida!

  A vida prossegue o seu ritmo quase normal, nos primeiros tempos em que a memória está “fresca”, depois… só ocasionalmente nos recordamos do que aconteceu.

É muito bom que assim seja porque nestas memórias raramente aparecem os defeitos – que com toda a certeza a pessoa tinha – para surgirem com mais força, maior nitidez, as qualidades, os momentos bem passados, enfim, as coisas boas da vida anterior.

Assim, a morte vem nivelar as relações, as memórias.

Já não há nada a fazer!

Deparamo-nos finalmente com esta sensação estranha que não tínhamos sequer imaginado pudesse surgir: afinal, o lugar deixado vago pela morte não necessita de ser preenchido, donde concluímos que cada pessoa, sendo única, é insubstituível.

Claro que a razão é muito mais profunda que a simples constatação formal.

  Cada ser humano, embora podendo ter semelhanças com outro, nunca é qual exactamente porque é fruto da obra criadora de Deus que não faz nada “em série”, como numa linha de montagem.

  Cada ser humano tem uma alma – a imagem do Criador impressa – exclusivamente criada para si no momento da concepção. Por isso mesmo, a concepção da vida concreta, real, é de suma importância para compreender e aceitar a morte.

É, pelo menos interessante, dar-nos conta como a consideração da morte nos leva a pensar na vida sendo que, o contrário, não acontece.

A que propósito se iria pensar na morte quando nos sentimos vivos e, mais, com vontade e desejo de viver?

Não faz muito sentido, parece e, no entanto, seria de manifesta utilidade que o fizéssemos exactamente para termos consciência do nosso destino eterno.

  O cristão tem, como verdade de fé, que está destinado à vida eterna e que ressuscitará no fim dos tempos. Como o mistério é de tal forma complexo, grandioso, extraordinário, optamos a maior parte das vezes por não pensar muito nisso porque ficamos, quase sempre, com a sensação de que andamos às voltas sobre um eixo que também roda sobre si mesmo, sem conseguirmos chegar a um fim, concreto, absoluto.

Aliás é manifesto, que só conseguimos aceitá-lo, com a ajuda da nossa fé cristã.

  Podemos sentir curiosidade em imaginar o que seria o mundo se os nossos primeiros pais - Adão e Eva – não tivessem pecado e, assim, permanecessem no estado original da criação que não conhecia a morte.

Onde caberia tanta gente!

Se não existe fé, este problema é insolúvel, a resposta nunca será convincente.

  Não me parece, julgo até que faz muito sentido para quem desconhece a omnipotência de Deus e a Sua Sabedoria Divina.

Mas para o cristão, realmente, esta pergunta não se coloca porque compreende e acredita que não cabe ao homem discutir, avaliar ou questionar os planos de Deus.

Alguns, preocupados com a demografia, questionam, cada vez mais, o futuro da humanidade, fazendo inúmeros cálculos e lucubrações sobre o que lhe irá acontecer.

 

Tomam como base três premissas:

 

1 - Tempo de vida cada vez mais longo: Os avanços da ciência nos campos da medicina e da genética têm contribuído significativamente para o aumento da esperança de vida.

 

2 – Escassez cada vez maior de alimentos: O abandono dos campos, as calamidades naturais e as mudanças nos hábitos de vida das pessoas têm condicionado a dedicação à agricultura e a qualidade e quantidade das colheitas.

 

3 – Crescimento demográfico assimétrico:      A constatação de que nos chamados países de cultura avançada a natalidade desce assustadoramente enquanto noutros, erradamente apelidados de “terceiro mundo”, ela se mantém em níveis elevados ou, mesmo, em crescimento acentuado.

 

 

 

Reflexão

Querer

Para querer o que for é necessário começar por desejar algo.
Aqui será conveniente examinar a conveniência e bondade do desejo. Se vale a pena, se contribui para alguma melhoria do que for.
Não se deve querer "só porque sim", mas porque se impõe.
Logo, querer, é um acto da vontade.

Ano de São José

 



EXORTAÇÃO APOSTÓLICA REDEMPTORIS CUSTOS

do SUMO PONTÍFICE JOÃO PAULO II sobre a figura e a missão de SÃO JOSÉ na vida de CRISTO e da IGREJA

 

V

 

O PRIMADO DA VIDA INTERIOR

 

25. Também quanto ao trabalho de carpinteiro na casa de Nazaré se estende o mesmo clima de silêncio, que acompanha tudo aquilo que se refere à figura de José. Trata-se, contudo, de um silêncio que desvenda de maneira especial o perfil interior desta figura. Os Evangelhos falam exclusivamente daquilo que José «fez»; no entanto, permitem-nos auscultar nas suas «acções», envolvidas pelo silêncio, um clima de profunda contemplação. José estava quotidianamente em contacto com o mistério «escondido desde todos os séculos», que «estabeleceu a sua morada» sob o tecto da sua casa. Isto explica, por exemplo, a razão por que Santa Teresa de Jesus, a grande reformadora do Carmelo contemplativo, se tornou promotora da renovação do culto de São José na cristiandade ocidental.

26. O sacrifício total, que José fez da sua existência inteira, às exigências da vinda do Messias à sua própria casa, encontra a motivação adequada na «sua insondável vida interior, da qual lhe provêm ordens e consolações singularíssimas; dela lhe decorrem também a lógica e a força, própria das almas simples e límpidas, das grandes decisões, como foi a de colocar imediatamente à disposição dos desígnios divinos a própria liberdade, a sua legítima vocação humana e a felicidade conjugal, aceitando a condição, a responsabilidade e o peso da família e renunciando, por um incomparável amor virgíneo, ao natural amor conjugal que constitui e alimenta a mesma família». (Ibid., 1.c., p. 1267)

Esta submissão a Deus, que é prontidão de vontade para se dedicar às coisas que dizem respeito ao seu serviço, não é mais do que o exercício da devoção, que constitui uma das expressões da virtude da religião. (Cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theol., II-II ae, q. 82, a. 3, ad 2.)

27. A comunhão de vida entre José e Jesus leva-nos a considerar ainda o mistério da Incarnação precisamente sob o aspecto da humanidade de Cristo, instrumento eficaz da divindade para a santificação dos homens: «Por força da divindade, as acções humanas de Cristo foram salutares para nós, produzindo em nós a graça, quer em razão do mérito, quer por uma certa eficácia». (Ibid., III, q. 8, a. 1, ad 1.)

Entre estas acções os Evangelistas privilegiam aquelas que dizem respeito ao mistério pascal; mas não deixam de frisar bem a importância do contacto físico com Jesus em ordem às curas de enfermidades (cf., por exemplo, Mc 1, 41) e a influência por ele exercida sobre João Baptista, quando ambos estavam ainda no seio materno (cf. Lc 1, 41-44).

O testemunho apostólico não transcurreu — como já se viu — a narração do nascimento de Jesus, da circuncisão, da apresentação no templo, da fuga para o Egipto e da vida oculta em Nazaré, por motivo do «mistério» de graça contido em tais «gestos», todos eles salvíficos, porque todos participavam da mesma fonte de amor: a divindade de Cristo. Se este amor se irradiava, através da sua humanidade, sobre todos os homens, certamente eram por ele beneficiados, em primeiro lugar, aqueles que a vontade divina tinha posto na sua maior intimidade: Maria, sua Mãe, e José, seu pai putativo . (Pio XII, Carta Enc. Haurietis aquas (15 de Maio de 1956), III: AAS 48 (1956), pp. 329-330).

Uma vez que o amor «paterno» de José não podia deixar de influir sobre o amor «filial» de Jesus e, vice-versa, o amor «filial» de Jesus não podia deixar de influir sobre o amor «paterno» de José, como chegar a conhecer as profundezas desta singularíssima relação? Justamente, pois, as almas mais sensíveis aos impulsos do amor divino vêem em José um exemplo luminoso de vida interior.

Mais ainda, a aparente tensão entre a vida activa e a vida contemplativa tem em José uma superação ideal, possível para quem possui a perfeição da caridade. Atendo-nos à conhecida distinção entre o amor da verdade (caritas veritatis) e as exigências do amor (necessitat caritatis), podemos dizer que José fez a experiência quer do amor da verdade, ou seja, do puro amor de contemplação da Verdade divina que irradiava da humanidade de Cristo, quer das exigências do amor, ou seja, do amor igualmente puro do serviço, requerido pela protecção e pelo desenvolvimento dessa mesma humanidade. (Cf. S. Tomás de Aquino, Summa Theol., II-II)

Viver a Quaresma


No tempo de Quaresma que estamos a viver, o cristão é convidado a preparar-se para a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo, vivendo de forma algo diferente do habitual nomeadamente na contenção dos divertimentos e exageros, fazendo alguns actos de mortificação voluntária que ajudarão a melhor corresponder a esse convite procurando imitar o Salvador ao retirar-se para o deserto durante quarenta dias.

Para concretizar, NUNC COEPI sugere que, pelo menos nos dias de Sexta-Feira, se abstenha ou, pelo menos modere o visionamento da televisão.


Pequena agenda do cristão

 

 

SeGUNDa-Feira

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?