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01/03/2021

Leitura espiritual Mar 01

 


Novo Testamento

 

Evangelho

 

Lc II, 21-40

 

Circuncisão e apresentação no templo

21 Quando se completaram os oito dias, para a circuncisão do menino, deram-lhe o nome de Jesus indicado pelo anjo antes de ter sido concebido no seio materno.      33 Seu pai e sua mãe estavam admirados com o que se dizia dele. 34 Simeão abençoou-os e disse a Maria, sua mãe: «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição; 35 uma espada trespassará a tua alma. Assim hão-de revelar-se os pensamentos de muitos corações.» 36 Havia também uma profetisa, Ana, filha de Fanuel, da tribo de Aser, a qual era de idade muito avançada. Depois de ter vivido casada sete anos, após o seu tempo de donzela, 37 ficou viúva até aos oitenta e quatro anos. Não se afastava do templo, participando no culto noite e dia, com jejuns e orações. 38 Aparecendo nessa mesma ocasião, pôs-se a louvar a Deus e a falar do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém.

 

Jesus em Nazaré

39 Depois de terem cumprido tudo o que a Lei do Senhor determinava, regressaram à Galileia, à sua cidade de Nazaré. 40 Entretanto, o menino crescia e robustecia-se, enchendo-se de sabedoria, e a graça de Deus estava com Ele.

 

Textos



  Morte

  Mas, a morte, é assim: vida!

  A vida prossegue o seu ritmo quase normal, nos primeiros tempos em que a memória está “fresca”, depois… só ocasionalmente nos recordamos do que aconteceu.

É muito bom que assim seja porque nestas memórias raramente aparecem os defeitos – que com toda a certeza a pessoa tinha – para surgirem com mais força, maior nitidez, as qualidades, os momentos bem passados, enfim, as coisas boas da vida anterior.

Assim, a morte vem nivelar as relações, as memórias.

Já não há nada a fazer!

Deparamo-nos finalmente com esta sensação estranha que não tínhamos sequer imaginado pudesse surgir: afinal, o lugar deixado vago pela morte não necessita de ser preenchido, donde concluímos que cada pessoa, sendo única, é insubstituível.

Claro que a razão é muito mais profunda que a simples constatação formal.

  Cada ser humano, embora podendo ter semelhanças com outro, nunca é qual exactamente porque é fruto da obra criadora de Deus que não faz nada “em série”, como numa linha de montagem.

  Cada ser humano tem uma alma – a imagem do Criador impressa – exclusivamente criada para si no momento da concepção. Por isso mesmo, a concepção da vida concreta, real, é de suma importância para compreender e aceitar a morte.

É, pelo menos interessante, dar-nos conta como a consideração da morte nos leva a pensar na vida sendo que, o contrário, não acontece.

A que propósito se iria pensar na morte quando nos sentimos vivos e, mais, com vontade e desejo de viver?

Não faz muito sentido, parece e, no entanto, seria de manifesta utilidade que o fizéssemos exactamente para termos consciência do nosso destino eterno.

  O cristão tem, como verdade de fé, que está destinado à vida eterna e que ressuscitará no fim dos tempos. Como o mistério é de tal forma complexo, grandioso, extraordinário, optamos a maior parte das vezes por não pensar muito nisso porque ficamos, quase sempre, com a sensação de que andamos às voltas sobre um eixo que também roda sobre si mesmo, sem conseguirmos chegar a um fim, concreto, absoluto.

Aliás é manifesto, que só conseguimos aceitá-lo, com a ajuda da nossa fé cristã.

  Podemos sentir curiosidade em imaginar o que seria o mundo se os nossos primeiros pais - Adão e Eva – não tivessem pecado e, assim, permanecessem no estado original da criação que não conhecia a morte.

Onde caberia tanta gente!

Se não existe fé, este problema é insolúvel, a resposta nunca será convincente.

  Não me parece, julgo até que faz muito sentido para quem desconhece a omnipotência de Deus e a Sua Sabedoria Divina.

Mas para o cristão, realmente, esta pergunta não se coloca porque compreende e acredita que não cabe ao homem discutir, avaliar ou questionar os planos de Deus.

Alguns, preocupados com a demografia, questionam, cada vez mais, o futuro da humanidade, fazendo inúmeros cálculos e lucubrações sobre o que lhe irá acontecer.

 

Tomam como base três premissas:

 

1 - Tempo de vida cada vez mais longo: Os avanços da ciência nos campos da medicina e da genética têm contribuído significativamente para o aumento da esperança de vida.

 

2 – Escassez cada vez maior de alimentos: O abandono dos campos, as calamidades naturais e as mudanças nos hábitos de vida das pessoas têm condicionado a dedicação à agricultura e a qualidade e quantidade das colheitas.

 

3 – Crescimento demográfico assimétrico:      A constatação de que nos chamados países de cultura avançada a natalidade desce assustadoramente enquanto noutros, erradamente apelidados de “terceiro mundo”, ela se mantém em níveis elevados ou, mesmo, em crescimento acentuado.

 

 

 

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