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22/02/2021

Leitura Espiritual Mar 22

 


Novo Testamento

 

Evangelho

 

Lc Lc XI, 14-32

 

Blasfémia dos fariseus

14 Jesus estava a expulsar um demónio mudo. Quando o demónio saiu, o mudo falou e a multidão ficou admirada. 15 Mas alguns dentre eles disseram: «É por Belzebu, chefe dos demónios, que Ele expulsa os demónios.» 16 Outros, para o experimentarem, reclamavam um sinal do Céu. 17 Mas Jesus, que conhecia os seus pensamentos, disse-lhes: «Todo o reino, dividido contra si mesmo, será devastado e cairá casa sobre casa. 18 Se Satanás também está dividido contra si mesmo, como há-de manter-se o seu reino? Pois vós dizeis que é por Belzebu que Eu expulso os demónios. 19 Se é por Belzebu que Eu expulso os demónios, por quem os expulsam os vossos discípulos? Por isso, eles mesmos serão os vossos juízes. 20 Mas se Eu expulso os demónios pela mão de Deus, então o Reino de Deus já chegou até vós. 21 Quando um homem forte e bem armado guarda a sua casa, os seus bens estão em segurança; 22 mas se aparece um mais forte e o vence, tira-lhe as armas em que confiava e distribui os seus despojos. 23 Quem não está comigo está contra mim, e quem não junta comigo, dispersa.»

 

O demónio que volta

24 «Quando um espírito maligno sai de um homem, vagueia por lugares áridos em busca de repouso; e, não o encontrando, diz: ‘Vou voltar para minha casa, de onde saí.’ 25 Ao chegar, encontra-a varrida e arrumada. 26 Vai, então, e toma consigo outros sete espíritos piores do que ele; e, entrando, instalam-se ali. E o estado final daquele homem torna-se pior do que o primeiro.»

 

A mãe deJesus é louvada

27 Enquanto Ele falava, uma mulher, levantando a voz do meio da multidão, disse: «Felizes as entranhas que te trouxeram e os seios que te amamentaram!» 28 Ele, porém, retorquiu: «Felizes, antes, os que escutam a Palavra de Deus e a põem em prática.»

 

Sinal de Jonas

29 Como as multidões afluíssem em massa, começou a dizer: «Esta geração é uma geração perversa; pede um sinal, mas não lhe será dado sinal algum, a não ser o de Jonas. 30 Pois, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim o será também o Filho do Homem para esta geração. 31 A rainha do Sul há-de levantar-se, na altura do juízo, contra os homens desta geração e há-de condená-los, porque veio dos confins da terra para ouvir a sabedoria de Salomão; ora, aqui está quem é maior do que Salomão! 32 Os ninivitas hão-de levantar-se, na altura do juízo, contra esta geração e hão-de condená-la, porque fizeram penitência ao ouvir a pregação de Jonas; ora, aqui está quem é maior do que Jonas.»


Texto

 


MENSAGEM DO PAPA JOÃO PAULO II

PARA A QUARESMA DE 1987

 

 

 

Amados irmãos e irmãs em Cristo:

 

«Encheu de bens os famintos, e despediu vazios os ricos» (Lc 1, 53).

 

Estas palavras que a Virgem Maria pronunciou no seu Magnificat são ao mesmo tempo um louvor a Deus Pai e um apelo que cada um de nós pode acolher no seu coração e meditar neste tempo da Quaresma.

 

Tempo de conversão, tempo da Verdade que nos «tornará livres» (Jo 8, 32), porque não podemos enganar aquele que sonda «os corações e as mentes» (Sl 7, 10). Perante Deus nosso Criador, perante Cristo nosso Redentor, de que nos podemos orgulhar? Que riquezas ou que talentos nos poderiam dar qualquer superioridade?

 

Maria ensina-nos que as verdadeiras riquezas, as que não passam, vêm de Deus; nós devemos desejá-las, ter fome delas, abandonar tudo aquilo que é fictício e passageiro, para receber estes bens e recebê-los em abundância. Convertamo-nos, abandonemos o velho fermento (cf. 1 Cor 5, 6) do orgulho e de tudo aquilo que conduz à injustiça, ao desprezo, à ânsia de possuir egoisticamente dinheiro e poder.

 

Se nos reconhecermos pobres diante de Deus – o que é verdade e não falsa humildade – teremos um coração de pobre, olhos e mãos de pobre para partilhar aquelas riquezas das quais Deus nos colmará: a nossa Fé que não podemos guardar egoisticamente só para nós, a Esperança, da qual têm necessidade aqueles que estão privados de tudo, a Caridade, que nos faz amar os pobres como Deus os amou, com um amor de preferência. O Espírito do Amor nos colmará de mil bens a partilhar: quanto mais os desejarmos, tanto mais os receberemos em abundância.

 

Se formos verdadeiramente aqueles «pobres de espírito» aos quais é prometido o Reino dos céus (Mt 5, 3), a nossa oferta será bem aceite por Deus. Também a oferta material, que costumamos dar durante a Quaresma, se for feita com um coração de pobre, é uma riqueza, porque damos aquilo que recebemos de Deus para ser distribuído: não recebemos senão para dar. Como os cinco pães e os cinco peixes do jovem que as mãos de Cristo multiplicaram para alimentar a multidão, do mesmo modo aquilo que oferecemos será multiplicado por Deus para os pobres.

 

Chegaremos nós ao fim desta Quaresma com o coração repleto, cheios de nós mesmos, mas com as mãos vazias para os outros? Ou pelo contrário chegaremos à Páscoa, guiados pela Virgem do Magnificat, com uma alma de pobre, faminta de Deus, e com as mãos cheias de todos os dons de Deus para distribuir ao mundo que tanta necessidade tem deles?

 

«Louvai o Senhor, porque ele é bom, porque eterna é a sua misericórdia» (Sl 117, 1).

 

IOANNES PAULUS PP. II

 

© Copyright - Libreria Editrice Vaticana

 

 

Amemos a direcção espiritual!

 

Abriste sinceramente o teu coração ao teu Director, falando na presença de Deus... E foi maravilhoso verificar como tu sozinho ias encontrando resposta adequada às tuas próprias tentativas de evasão. Amemos a direcção espiritual! (Sulco, 152)

Na direcção espiritual mostrem-se sempre muito sinceros: não deixem nada por dizer, abram completamente a alma, sem medo e sem vergonha. Olhem que, se não, esse caminho tão plano e tão fácil de andar complica-se e o que ao princípio não era nada acaba por se converter num nó que sufoca.  (Amigos de Deus, 15)

São José

 


EXORTAÇÃO APOSTÓLICA

REDEMPTORIS CUSTOS

DO SUMO PONTÍFICE

JOÃO PAULO II

SOBRE A FIGURA E A MISSÃO

DE SÃO JOSÉ

NA VIDA DE CRISTO E DA IGREJA

 

O CONTEXTO EVANGÉLICO

 

III

 

O HOMEM JUSTO - O ESPOSO

 

20. Na Liturgia, Maria é celebrada como tendo estado «unida a José, homem justo, por um vínculo de amor esponsal e virginal». (Collectio Missarum de Beata Maria Virgine, I, « Sancta Maria de Nazareth », Praefatio.) Trata-se, de facto , de dois amores que , conjuntamente, representam o mistério da Igreja, virgem e esposa, a qual tem no matrimónio de Maria e José o seu símbolo. «A virgindade e o celibato por amor do Reino de Deus não só não se contrapõem à dignidade do matrimónio, mas pressupõem-na e confirmam-na. O matrimónio e a virgindade são os dois modos de exprimir e de viver o único Mistério da Aliança de Deus com o seu povo», (Exort. Apost. Familiaris consortio (22 de Novembro de 1981), n. 16: AAS 74 (1982), p. 98.) que é comunhão de amor entre Deus e os homens.

 

Mediante o sacrifício total de si próprio, José exprime o seu amor generoso para com a Mãe de Deus, fazendo-lhe «dom esponsal de si». Muito embora decidido a afastar-se, para não ser obstáculo ao plano de Deus que nela estava a realizar-se, por ordem expressa do anjo ele manteve-a consigo e respeitou a sua condição de pertencer exclusivamente a Deus.

 

Por outro lado, foi do matrimónio com Maria que advieram para José a sua dignidade singular e os seus direitos em relação a Jesus. «é certo que a dignidade da Mãe de Deus assenta tão alto, que nada pode haver de mais sublime; mas, por isso mesmo que entre a Santíssima Virgem a José foi estreitado o vínculo conjugal, não há dúvida de que ele se aproximou como ninguém dessa altíssima dignidade, em virtude da qual a Mãe de Deus ocupa lugar eminente, a grande distância de todas as criaturas. Uma vez que o casamento é a comunidade e a amizade máxima a que, por sua natureza, anda ligada a comunhão de bens, segue-se que, se Deus quis dar José como esposo à Virgem, deu-lo não apenas como companheiro na vida, testemunha da sua virgindade e garante da sua honestidade, mas também para que ele participasse, mediante o pacto conjugal, na sua excelsa grandeza. (Leão XIII, Carta Enc. Quamquam pluries (15 de Agosto de 1889): l.c., pp. 177-178.)

 

 

21. Um tal vínculo de caridade constituiu a vida da Sagrada Família; primeiro, na pobreza de Belém, depois, durante o exílio no Egipto e, em seguida, quando ela morava em Nazaré. A Igreja rodeia de profunda veneração esta Família, apresentando-a como modelo para todas as famílias. A Família de Nazaré, directamente inserida no mistério da Incarnação, constitui ela própria um mistério particular. E ao mesmo tempo — como na Incarnação — é a este mistério que pertence a verdadeira paternidade: a forma humana da família do Filho de Deus, verdadeira família humana, formada pelo mistério divino. Nela, José é o pai: a sua paternidade, porém, não é só «aparente», ou apenas «substitutiva»; mas está dotada plenamente da autenticidade da paternidade humana, da autenticidade da missão paterna na família. Nisto está contida uma consequência da união hipostática: humanidade assumida na unidade da Pessoa divina do Verbo-Filho, Jesus Cristo. Juntamente com a assunção da humanidade, em Cristo foi também «assumido» tudo aquilo que é humano e, em particular, a família, primeira dimensão da sua existência na terra. Neste contexto foi «assumida» também a paternidade humana de José.

 

Com base neste princípio, adquirem o seu significado profundo as palavras dirigidas por Maria a Jesus, no templo, quando ele tinha doze anos: «Teu pai e eu ... andávamos à tua procura». Não se trata de uma frase convencional: as palavras da Mãe de Jesus indicam toda a realidade da Incarnação, que pertence ao mistério da Família de Nazaré. José, que desde o princípio aceitou, mediante «a obediência da fé», a sua paternidade humana em relação a Jesus, seguindo a luz do Espírito Santo que por meio da fé se doa ao homem, por certo ia descobrindo cada vez mais amplamente o dom inefável desta sua paternidade.

Reflexão

 

Quem se arma em vítima utiliza o seu sofrimento para censurar os outros ou então para se colocar acima deles. Com isso fica, no entanto, cego, em relação às suas próprias agressividades. O seu sofrimento é a expressão da agressão contra si próprio e contra as pessoas e dele não tem nada de curativo, mas sim a confusão e a fragmenta­-o.

 

(Anselm Grun, A incompreensível existência de Deus, Paulinas, p. 49.)

Pequena agenda do cristão - Segunda-Feira

     

 

SeGUNDa-Feira

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?