Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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19/02/2021
Sabendo-me pescador de homens... não pesco?
O Senhor quer de ti um apostolado concreto, como o da pesca daqueles cento e cinquenta e três grandes peixes apanhados à direita da barca, e não outros. E perguntas-me: "Como é que, sabendo-me pescador de homens, vivendo em contacto com muitos companheiros e podendo discernir a quem deve ser dirigido o meu apostolado específico, afinal não pesco?... Falta-me amor? Falta-me vida interior?". Escuta a resposta dos lábios de Pedro, naquela outra pesca milagrosa: – "Mestre, cansámo-nos de trabalhar toda a noite, e não apanhámos nada; apesar disso, sob a Tua palavra, lançarei a rede". Em nome de Jesus, começa de novo. Revigorado. – Fora com essa moleza! (Sulco, 377)
Leitura espiritual
Novo Testamento [i]
LEITURA
ESPIRITUAL Fevereiro 19
Mc
XIV 17 – 31
Jesus revela o
traidor
17 Chegada a tarde, foi
Jesus com os doze. 18 Quando estavam à mesa e comiam, disse Jesus: «Em verdade
vos digo que um de vós, que come comigo, Me há-de entregar». 19 Então começaram
a entristecer-se, e a dizer-Lhe um por um: «Porventura sou eu?». 20 Ele disse-lhes:
«É um dos doze que se serve comigo do mesmo prato. 21 O Filho do Homem vai,
segundo está escrito d'Ele, mas, ai daquele homem por quem for entregue o Filho
do Homem! Melhor fora a esse homem não ter nascido».
Instituição da
Eucaristia
22 Enquanto comiam, Jesus
tomou o pão e, depois de pronunciada a bênção, partiu-o, deu-lho e disse:
«Tomai, isto é o Meu corpo». 23 Em seguida, tendo tomado o cálice, dando
graças, deu-lho, e todos beberam dele. 24 E disse-lhes: «Isto é o Meu sangue, o
sangue da Aliança, que é derramado por todos. 25 Em verdade vos digo que não
beberei mais do fruto da videira, até àquele dia em que o beberei novo no reino
de Deus». 26 Cantados os salmos, foram para o monte das Oliveiras.
Jesus prediz a
negação de Pedro
27 Então Jesus, disse-lhes:
«Todos vós vos escandalizareis, pois está escrito: “Ferirei o pastor, e as
ovelhas se dispersarão”. 28 Mas, depois de Eu ressuscitar, preceder-vos-ei na
Galileia». 29 Pedro, porém, disse-Lhe: «Ainda que todos se escandalizem a Teu
respeito, eu não». 30 Jesus disse-lhe: «Em verdade te digo que hoje, nesta
mesma noite, antes que o galo cante a segunda vez, Me negarás três vezes». 31
Porém, ele insistia ainda mais: «Ainda que seja preciso morrer contigo, não Te
negarei». E todos diziam o mesmo.
Textos:
Pobreza
«Pobres
sempre os tereis convosco». [1]
Que pobres?
O contexto da frase aplica-se como resposta à
sugestão de que o dinheiro gasto com perfume seria melhor aplicado se fosse
dado aos pobres. [2]
Fazer uma boa acção – como no caso foi a
unção do Messias com um perfume caro – pode ter tanto valor como dar de comer a
um faminto.
Não é verdade que Cristo era pobre?
Então, está provado que foi uma obra
meritória:
Cristo era pobre, não
tinha posses para comprar tal perfume e, no entanto, tinha todo o direito a ser
ungido, já que era o Messias, o Rei, o Senhor!
Portanto, esta obra meritória foi uma obra de
justiça.
Estes pobres são
muitas vezes pessoas que estão muito próximas de nós e que, aparentemente, não
têm carências.
Mas…detemo-nos a
pensar se, de facto, não têm uma necessidade que não aparece assim tão evidente
ou gritante?
Por exemplo: São
pessoas felizes?
O critério de felicidade é um pouco
subjectivo – já o sabemos – porque cada um tem os seus próprios padrões de
realização pessoal (só uma pessoa realizada pode ser uma pessoa feliz) e,
portanto não cabe um padrão que se estabeleça.
Mas parece evidente
que quem tem dificuldades em realizar o seu projecto de vida é mais pobre que
outro que o consiga.
Como se poderá ajudar estes pobres?
Em primeiro lugar não os ignorando nem à sua
condição e, ao proceder assim, demonstra-se interesse e solidariedade pela sua
situação. Procurando estabelecer pontes com a pessoa (s), criando alguma
intimidade e sobretudo confiança, virá a descoberta de onde e como poderemos
ser de utilidade em ajudar a conseguir o que pretende e é muito possível que
num grande número de casos o que existe é um verdadeiro e pungente problema de:
Solidão
Já se disse que o homem não é – não pode ser
– um ser isolado no mundo; tem de viver em sociedade e relacionando-se com os
outros.
Por isso mesmo, a solidão é algo de aberrante
por ser absolutamente contrário à condição humana.
Ora, a não realização
pessoal pode ter que ver com um problema de falta de comunicação, isolamento,
de solidão.
Assim, a
primeiríssima coisa a dar a esta pessoa é a oferta de companhia.
Esta dádiva – a
companhia – pode ser tanto ou mais importante que uma avultada soma de
dinheiro, alimentação, vestuário, etc.
Mas é, sem dúvida
nenhuma, a mais difícil de prestar porque, enquanto as outras parecem ficar
resolvidas com o acto em si, esta não…
Precisa de uma
continuidade de acção, de uma entrega assídua e continuada porque a solidão não
se combate com um acto isolado mas, sim, com uma permanente assistência a quem
nela se encontra.
Haverá sempre muito a dizer sobre a solidão e
as múltiplas formas de prestar assistência neste particular.
Por vezes bastará a
simples presença junto da pessoa só, sem ser preciso inventar um assunto de
conversa ou expressar uma excessiva preocupação pela sua saúde, disposição,
etc.
A pessoa precisa de companhia, não precisa de
assistente…
Ela é que sabe do que quer falar.
A delicadeza de
coração de quem se presta a esta obra de assistência há-de levá-lo a conduzir
as coisas de tal forma que o assistido não se sinta coagido a responder a
perguntas ou a esclarecer algo do seu foro pessoal.
Muito provavelmente
só quererá falar do último episódio da telenovela.
E, se for assim, há
que estar preparado de antemão.
Preparar-se de antemão para a visita
significa, antes de mais, ter a noção de que não existem duas pessoas iguais e
com problemas que, podendo ser idênticos, os afectem da mesma forma.
Se se sabe que aquele que se visita tem como
única distracção a televisão é fundamental estar a par das novelas e outros
programas que podem interessar a uma pessoa que não tem outra forma de se
relacionar com o mundo exterior.
Quaresma
No tempo de Quaresma que estamos a viver, o cristão é convidado a preparar-se para a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo, vivendo de forma algo diferente do habitual nomeadamente na contenção dos divertimentos e exageros, fazendo alguns actos de mortificação voluntária que ajudarão a melhor corresponder a esse convite procurando imitar o Salvador ao retirar-se para o deserto durante quarenta dias.Para concretizar, NUNC COEPI sugere que, pelo menos nos dias de Sexta-Feira, se abstenha ou, pelo menos modere o visionamento da televisão.
Reflexão
A acção do Paráclito mostra-se doce, discreta. Não elimina a liberdade da criatura – pressupõe-a sempre -, mas revela toda a sua potência divina se encontra a nossa cooperação.
(Javier
Echevarria, Itinerarios de vida
Cristiana, Planeta, pg. 45)
Perguntas e respostas
O ESPIRITISMO
1. Pode falar-se com os
espíritos?.
Convém falar frequentemente
com os espíritos bons (as almas do purgatório, os anjos e os santos do céu).
Para falar com eles, basta dirigir-lhes sem mais as palavras ou o pensamento.
Interessa muito solicitar a sua ajuda, o seu conselho e pedir-lhes que
intercedam por nós diante de Deus. Por seu lado, com os demónios e condenados
não convém ter nenhum tipo de contacto.