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24/12/2021

Considerações em Dezembro 24


 

Natal

 

Na véspera do Natal tomam vulto as memórias de outros tempos em que, estes dias que antecedem uma Festa especialíssima, eram como que um “frenesim” de tarefas que se impunham: construir o Presépio, considerar as ementas para as refeições, comprar os “presentes” para os mais pequenos, para os outros todos da família, grande ou pequena, enfim…

Agora, neste ano de 2021 que vivemos, tudo parece um pouco “esfumado”, incerto…

Mas, temos de pensar e ter bem presente, que o Natal é a Festa do Nascimento de Jesus e que, Ele é que deve merecer todo o nosso reparo e atenção.

Tudo o resto… sim… faz parte da nossa humanidade mas, o que realmente interessa é prepararmos o nosso espírito para O receber condignamente com a alegria e esperança que o Seu Nascimento nos deve trazer.

 

Príncipe da Paz

 

A escassos dias do Natal  é notória uma mudança ou alteração no comportamento das pessoas.

Há mais rostos sorridentes, troca de cumprimentos, afabilidade no trato.

Sobretudo, parece-me haver mais condescendência e menos juízos críticos para com os outros.

Neste momento, sociedades inteiras, a portuguesa também, atravessam  momentos de confronto, de irredutibilidade nas opiniões e conceitos,  extremando reivindicações e tentando por todos os meios fazer valer o que acham de  seu direito.

Esquecem todos os outros que são afectados por vezes gravemente nas suas vidas.

Vem aí o Príncipe da Paz!

Como precisamos d'Ele!

A paz não é só a ausência de conflitos armados mas, principalmente a paz nas Almas e nos corações das pessoas.

Ah!

Mas está só é possível se houver paz interior no coração de cada um.

Nesta expectativa do Natal que se aproxima vejo-me envolvido em recordações, memórias - algumas "excessivamente" gráficas - e procuro extrair algo como que síntese e concreto.

Nos anos Oitenta e nos quase 10 que se seguiram, as minhas noites de Natal foram passadas em minha casa com as minhas Filhas e um ou três amigos, o "Natal familiar" minha querida Mãe, os meus Irmãos e Família eram uma recordação dolorosa.

Este "impasse" teve origem em diferenças de opinião, critérios pessoais tudo coisas que avaliadas não tinham valor nenhum.

O que fica e guardo, é a maravilha do bem concrecto que O Senhor extraíu deste mal aparente: esses 10 Natais uniram-nos, a Fernandinha e eu, e as nossas Filhas de tal forma que, ainda hoje passados tantos anos, são as memórias que prevalecem.

Humildemente confesso que aqueles 10 anos de separação esquisita se devem à minha falta de humildade porque se tivesse cedido ao que me era solicitado - agora não interessa o quê - tal não se teria verificado.

Não interessa a minha "razão", que estou convencido que a tinha e que os acontecimentos posteriores vieram confirmar, mas porque não considerei as razões que os outros teriam.

O "EU" dominou em detrimento do "NÓS".

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