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04/10/2021

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Oração

Minha Senhora e minha Mãe, olha por mim, não me deixes entregue a mim mesmo porque me perco.

Protege-me impedindo-me de fazer só o que quero, perseguir unicamente no que desejo.

À tua protecção me acolho Santa Mãe de Deus e minha Mãe.

 

CONSIDERAÇÕES

As reflexões são sempre - ou quase sempre - o efeito das memórias de algo que aconteceu.

Penso que é positivo porque nos dá uma oportunidade de exame... fiz isto... poderia ter feito melhor...

 

 

MEDITAÇÃO

 

Santíssima Virgem

Luz e Esplendor

 

O Baptismo de Jesus

 

 

O Baptismo é o sinal indelével que torna a pessoa humana em membro da Igreja de Cristo. É a única verdadeira porta de entrada pela qual nos convertemos em membros efectivos da Igreja Católica, como se fosse um bilhete de identidade vitalício, para empregar termos e palavras humanas que são as minhas. Mas... os “Mistérios Luminosos” que têm de facto a ver com o Santo Rosário que é uma oração eminentemente Mariana? Porque não se pode dissociar a Santíssima Virgem do seu Filho, Jesus Cristo e estes Mistérios que se referem de forma muito particular à vida pública de Cristo, à implementação do Reino de Deus e à instituição dos Sacramentos, são como que o "complemento" dos outros Mistérios. Exactamente neste primeiro Mistério começa essa  "tarefa" do Salva­dor. A água é o elemento natural mais precioso da humanidade. A sua falta em numerosos locais da terra provoca sofrimentos indizíveis e não pou­cas vezes lutas e guerras pela sua posse ou controlo. Ao servir-se da água como elemento fundamental do Baptismo e, tam­bém, ao aceder recebê-la como sinal visível Jesus avaliza a fórmula baptismal instituindo com a Sua acção o Sacramento, o primeiro dos sete que há-de instituir. Posso dizer que a Santíssima Trindade quis "reforçar" a dignidade e importância do Baptismo estando presente, Deus Espírito Santo que sob a forma de pomba desceu sobre o Baptizando, Deus Filho o Bapti­zando e Deus Pai que fez ouvir a Sua voz. Dos sete Sacramentos existem dois que imprimem carácter, ou seja, são irreversíveis porque transformam o homem em algo inteiramente diferente do que era antes de os receber. O Baptismo ao introduzir a pessoa no seio da Igreja instituída por Jesus Cristo, dá-lhe uma nobreza e uma dimensão inteiramente novas que jamais perderá mesmo que o deseje. A patética - para usar uma expressão "suave" - teoria de deixar ao livre arbítrio de cada um o desejo do Baptismo, não o baptizando en­quanto criança, configura um risco tremendo de responsabilidade pelo seu futuro eterno. Um cristão não pode correr esse risco. Negar ou deixar para um futuro qualquer, sejam quais forem as “razões” ou os motivos para o Baptismo de um recém nascido, vai contra todos os direitos da pessoa. Este dever é de todos, os Pais em primeiro lugar e depois todos os familiares e amigos mais próximos. Os próprios profissionais de saúde que assistem ao parto, em caso de perigo de vida do nascituro não podem eximir-se. Se vingar crescerá com a assistência constante e atenta do Anjo da sua Guarda. Se não vingar irá direitinho para o Céu com o brilho e brancura dos Inocentes. Seguramente que, na presença de Deus não deixará de interceder por quem lhe prestou tão extraordinário “serviço”. E tu, Mãe Santíssima acolhê-lo-ás com os braços abertos. Peço-te que instiles na minha alma o “apostolado do Baptismo” junto de todos os que se cruzam comigo nos caminhos da vida.

 

Bodas de Caná

 

A ti, Mãe, recorro nesta hora de preocupação. Como em Caná intervieste em favor dos noivos que, sem terem pedido, obtiveram por teu intermédio uma graça inesperada, diz-lhe também agora: Este meu filho não tem! E como é uma graça que por tua maternal intercessão, solicito, tenho a certeza que a obterei.    

Terão os discípulos percebido que fora por causa da a intervenção da Virgem que, Jesus decidira, definitivamente, a fazer o milagre? Talvez não. Podemos supor que sendo a primeira vez que o poder divino de Jesus se manifestava de forma tão evidente, eles não estivessem preparados para dar atenção aos pormenores. Mais tarde, sim. No fragor dos dias que se seguiram à Crucifixão e Morte do Senhor, hão-de procurar refúgio junto da Mãe e, será junto dela, no Cenáculo, que receberão o Espírito Santo que lhes abrirá definitivamente a compreensão de todas as coisas. Junto dela encontro, sempre, refúgio e protecção, a luz necessária para distinguir os caminhos que Jesus quer que percorra e, também, a compreensão das incidências e agruras que inevitavelmente surgem na minha vida. Pedro, que será a coluna sobre a qual assentará a Igreja de Cristo, duvidará, terá momentos de desânimo, sem compreender o que Jesus lhe diz acerca do sofrimento, da Cruz… Maria, ajudá-lo-á a compreender, a confiar e, sobretudo, a aceitar. Repetirá, vezes sem conta, o que dissera em Caná: Faz tudo o que Ele te disser

 

 

Anúncio do Reino de Deus

 

Jesus Cristo espera de mim uma “colaboração” activa na difusão do Reino de Deus. Essa “colaboração” não é outra coisa que apostolado e este, não é mais que a distribuição que faço aos outros dos frutos das minhas boas obras.

No entanto não poderei fazer essas boas obras se a minha Mãe do Céu não me assitir, mostrando-me claramente o que tenho de fazer em cada circusntância.

Não posso fazer nada disto sem conhecer intimamente o que é o Reino de Deus e, sei-o bem, a forma de o saber é inteirar-me pelo Evangelho quanto Jesus disse a propósito.

Sim… foi Ele quem o revevelou e quem confirmou que a Sua missão neste mundo era exactamente essa, instaurar o Reino de Deus entre os homens, todos sem excepção tornando-os súbditos desse Reino de Amor.

Sou súbdito mas também sou livre e portanto tenho de querer pertencer a esse Reino para poder fazer parte dele ou, também, me posso negar a fazê-lo.

Se o aceitar poderei alcançar a felicidade eterna, se não perder-me-ei para sempre.

Negar-se a pertencer ao Reino de Deus equivale a aceitar o reino do demónio e, sinceramente, não vejo quem, em seu perfeito juízo, possa fazer esta escolha tão dramática como absurda.

A Santíssima Virgem foi coroada Rainha do Universo e de quanto nele se contem, foi Deus Nosso Senhor Quem assim determinou logo, a minha Rainha do Céu não pderá deixar de me acompanhar e guiar pelos caminhos que me convém seguir.

Cumprir a Vontade de Deus, fazer o que Ele me disser que faça como e quando, não de “qualquer maneira” mas conscientemente e com empenho amoroso porque sei que será o melhor para mim.

Quero salvar-me, desejo ter uma Vida Eterna para a qual sei que fui criado para no gozo da contemplação da Santíssima Trindade seja eternamente feliz e, portante, acho perfeitamente natural que me empenhe com todas as minhas forças em consegui-lo.

Tenho uma confiança ilimitada no auxílio da Santíssima Virgem como tantas vezes lhe peço ao longo do dia: roga por mim pecador agora e na hora da minha morte.

Tenho também como certo o que Ela prometeu aos que, como eu, usam o seu Escapulário, a sua assistência Materna na hora da minha morte.

Com esta certeza e garantia que posso temer?

 

 

Transfiguração do Senhor

 

 

Contemplo um dos acontecimentos talvez mais enigmáticos da vida de Jesus na terra. Percebo que houve uma intenção clara de mostrar aos três Após­tolos uma como que antevisão da aparência de Cristo como Segunda Pessoa da Santíssima Trindade. Mas porquê? Jesus saberia, por certo, que eles não iriam entender ou sequer aperce­ber-se da realidade que lhes revelava. Mais ainda, quando sei que os proíbe de falar no assunto até de­pois da Sua Ascensão. O facto é que, não obstante, ficou gravado para sempre nas suas me­mórias e, por isso mesmo, consta do Evangelho. Seria a Transfiguração necessária para os confirmar na fé em Jesus Cristo como O Filho de Deus? Mas como… se adormecem? Aliás é sintomática esta reacção dos três discípulos perante o "peso" ou solenidade de situações que vivem com o Mestre. Na agonia em Getsémani perante o indizível sofri-mento do Senhor tam­bém são vencidos pelo sono. Como se a realidade fosse de tal forma "chocante ou extraordinária" que a sua amizade e carinho pelo Senhor se recusam a admitir o que constatam.O sono é muitas vezes desculpa para muitas faltas de coragem em que é necessário mostrar solidariedade, apoio, solicitude. Não poucas vezes somos vencidos pelo sono, o torpor que nos leva a não considerar as realidades que não compreendemos. É como que uma "defesa" do nosso espírito recusando-se a encarar algo difícil que se nos apresenta como que fora do comum e, a verdade, é que a nossa Fé cristã necessita debruçar-se continuamente sobre os seus fundamentos num constante exame e estudo para melhor com­preender. Temos de vencer uma atávica tendência para a rotina que, na prática da Fé, talvez seja o pior defeito que possamos ter. Que a Doutrina não muda sabemo-lo bem, o que deve ser mais uma razão para que não deixemos nunca de aprofundar, esmiuçar, detalhar para alcançar a segurança que é necessária para o seu fiel cumpri­mento. Não cedamos ao cansaço ou modorra; são tentações que pretendem levar-nos ao abandono do dever; não deixemos para “mais tarde” o que temos de fazer agora; NUNC COEPI – agora começo -  é, deve ser, a nossa disposição permanente. Optar por rezar o Terço no automóvel ou transporte público não é o mais aconselhável, porque será difícil evitar as distracções involuntárias. Deixar a recitação do  Santo Rosário para mais tarde, antes de dormir, tem, frequentemente, como consequência que, esse Terço, será recitado de forma atabalhoada, incoerente, sem cuidado. Para garantir razoávelmente a recitação diária do Rosário o melhor que pudemos fazer - e os directores espirituais aconselham – é incluir no nosso Plano de Vida Diário uma hora certa em que o poderemos fazer, com tranquilidade, recolhimento e atenção. Rosário significa a “Coroa de Rosas” com que desejamos coroar Nossa Senhora. Não havemos de querer com todas as veras da nossa alma que essa “Coroa” seja bela, perfeita?

 

 

Instituição da Eucaristia

 

Talvez o maior milagre de Amor que posso constatar e usufruir. Que outra coisa senão o Amor incomensurável de Cristo Nosso Senhor pelos Seus irmãos, os homens, poderia estar na origem da Santíssima Eucaristia? Ficar, verdadeiramente ficar, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade para sempre… para sempre! Estamos em plena Ceia, a última que Jesus celebra com os Seus discí­pulos mais próximos. Uma sequência de gestos do Senhor plenos de significado e profunda­mente marcantes. Há no ambiente algo inusitado que todos adivinham sério, importante, grave. Começa por lavar os pés aos doze o primeiro ensinamento - como di­ríamos hoje - para "memória futura": Servir! Depois o episódio em que Judas é o protagonista: A traição! Jesus tem o coração cada vez mais "apertado" mas, mesmo assim, não revela a terrível verdade. Segue-se o longo discurso que é como que uma declaração testamen­tária: O AMOR! Finalmente esse mesmo AMOR como que "cede" ante a perplexidade triste dos onze e Jesus institui a Sagrada Eucaristia dando-lhes o poder de renovar - para sempre - esse extraordinário testemunho. E, nós, cristãos de hoje, passados mais de dois mil anos, Posso participar nessa Ceia, receber o Santíssimo Corpo Alma e Divindade do nosso Salvador. Passados a noite e o dia da Paixão, quando o corpo de Jesus repousa finalmente no sepulcro, o que terão contado a Nossa Senhora? Como ela terá compreendido a verdadeira "dimensão" da Eucaristia e, seguramente, como com doçura e paciência de Mãe, a terá explicado aos pobres e inconsoláveis discípulos! Ela é o refúgio seguro - o único que têm - e sabem que podem confiar absolutamente nos seus conselhos e orientações. A Mãe do Redentor, como que é o traço que une o Filho morto na Cruz aos homens Seus irmãos que, nos derradeiros momentos da Sua vida terrena, lhe entregou como filhos. Esse Corpo e esse Sangue que Ele nos deixou como alimento de vida eterna, foram “criados” e desen-volvidos no seu de Mãe. Numa união perfeita de Mãe e Filho, concluo que, assim é, também, o seu corpo e o seu sangue se nos dá na Comunhão Eucaristica. Este Santíssimo Sacramento da Eucaristia é o mais completo e sublime Sacramento instituído por Jesus Cristo.

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