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08/08/2021

NUNC COEPI publicações em Agosto 8



PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

DOMINGO

 

PLANO DE VIDA;  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

Propósito: Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 


LEITURA ESPIRITUAL

Evangelho

 

Lc VI, 1-50

 

Cura do servo do Centurião

1 Quando acabou de dizer todas as suas palavras ao povo, Jesus entrou em Cafarnaúm. 2 Ora um centurião tinha um servo a quem dedicava muita afeição e que estava doente, quase a morrer. 3 Ouvindo falar de Jesus, enviou-lhe alguns judeus de relevo para lhe pedir que viesse salvar-lhe o servo. 4 Chegados junto de Jesus, suplicaram-lhe insistentemente: «Ele merece que lhe faças isso, 5 pois ama o nosso povo e foi ele quem nos construiu a sinagoga.» 6 Jesus acompanhou-os. Não estavam já longe da casa, quando o centurião lhe mandou dizer por uns amigos: «Não te incomodes, Senhor, pois não sou digno de que entres debaixo do meu tecto, pelo que 7 nem me julguei digno de ir ter contigo. Mas diz uma só palavra e o meu servo será curado. 8 Porque também eu tenho os meus superiores a quem devo obediência e soldados sob as minhas ordens, e digo a um: ‘Vai’, e ele vai; e a outro: ‘Vem’, e ele vem; e ao meu servo: ‘Faz isto’, e ele faz.» 9 Ouvindo estas palavras, Jesus sentiu admiração por ele e disse à multidão que o seguia: «Digo-vos: nem em Israel encontrei tão grande fé.» 10 E, de regresso a casa, os enviados encontraram o servo de perfeita saúde.

 

Jesus ressuscita o filho da viúva de Naim

11 Em seguida, dirigiu-se a uma cidade chama da Naim, indo com Ele os seus discípulos e uma grande multidão. 12 Quando estavam perto da porta da cidade, viram que levavam um defunto a sepultar, filho único de sua mãe, que era viúva; e, a acompanhá-la, vinha muita gente da cidade. 13 Vendo-a, o Senhor compadeceu-se dela e disse-lhe: «Não chores.» 14 Aproximando-se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam. Disse então: «Jovem, Eu te ordeno: Levanta-te!» 15 O morto sentou-se e começou a falar. E Jesus entregou-o à sua mãe. 16 O temor apoderou-se de todos, e davam glória a Deus, dizendo: «Surgiu entre nós um grande profeta e Deus visitou o seu povo!» 17 E a fama deste milagre espalhou-se pela Judeia e por toda a região.

 

João Baptista envia a Jesus dois dos seus discípulos

18 Os discípulos de João informaram-no de todos estes factos. Chamando dois deles, 19 João mandou-os ao Senhor com esta mensagem: «És Tu o que está para vir, ou devemos esperar outro?» 20 Ao chegarem junto dele, os homens disseram: «João Baptista mandou-nos ter contigo para te perguntar: ‘És Tu o que está para vir, ou devemos esperar outro?’» 21 Nessa altura, Jesus curava a muitos das suas doenças, padecimentos e espíritos malignos e concedia vista a muitos cegos. 22 Tomando a palavra, disse aos enviados: «Ide contar a João o que vistes e ouvistes: Os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam, a Boa-Nova é anunciada aos pobres; 23 e feliz de quem não tiver em mim ocasião de queda.»

 

Elogio do Precursor

24 Depois de os mensageiros de João se terem retirado, Jesus começou a dizer à multidão acerca dele: «Que fostes ver ao deserto? Uma cana agitada pelo vento? 25 Que fostes ver, então? Um homem vestido com roupas finas? Os que usam trajes sumptuosos vivem regaladamente e estão nos palácios dos reis. 26 Que fostes ver, então? Um profeta? Sim, Eu vo-lo digo, e mais do que um profeta. 27 É aquele de quem está escrito: ‘Vou mandar à tua frente o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de ti.’ 28 Digo-vos: Entre os nascidos de mulher não há profeta maior do que João; mas, o mais pequeno do Reino de Deus é maior do que ele.» 29 E todo o povo que o escutou, bem como os cobradores de impostos, reconheceram a justiça de Deus, recebendo o baptismo de João. 30 Mas, não se deixando baptizar por ele, os fariseus e os doutores da Lei anularam os desígnios de Deus a seu respeito.

 

Jesus censura a incredulidade dos judeus

31 «A quem, pois, compararei os homens desta geração? A quem são semelhantes?  32 Assemelham-se a crianças que, sentadas na praça, se interpelam umas às outras, dizendo: ‘Tocámos flauta para vós, e não dançastes! Entoámos lamentações, e não chorastes!’ 33 Veio João Baptista, que não come pão nem bebe vinho, e dizeis: ‘Está possesso do demónio!’ 34 Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: ‘Aí está um glutão e bebedor de vinho, amigo de cobradores de impostos e de pecadores!’ 35 Mas a sabedoria foi justificada por todos os seus filhos.»

 

A pecadora aos pés de Jesus

36 Um fariseu convidou-o para comer consigo. Entrou em casa do fariseu, e pôs-se à mesa. 37 Ora certa mulher, conhecida naquela cidade como pecadora, ao saber que Ele estava à mesa em casa do fariseu, trouxe um frasco de alabastro com perfume. 38 Colocando-se por detrás dele e chorando, começou a banhar-lhe os pés com lágrimas; enxugava-os com os cabelos e beijava-os, ungindo-os com perfume. 39 Vendo isto, o fariseu que o convidara disse para consigo: «Se este homem fosse profeta, saberia quem é e de que espécie é a mulher que lhe está a tocar, porque é uma pecadora!» 40 Então, Jesus disse-lhe: «Simão, tenho uma coisa para te dizer.» «Fala, Mestre» - respondeu ele. 41 «Um prestamista tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos denários e o outro cinquenta. 42 Não tendo eles com que pagar, perdoou aos dois. Qual deles o amará mais?» 43 Simão respondeu: «Aquele a quem perdoou mais, creio eu.» Jesus disse-lhe: «Julgaste bem.» 44 E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: «Vês esta mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; ela, porém, banhou-me os pés com as suas lágrimas e enxugou-os com os seus cabelos. 45 Não me deste um ósculo; mas ela, desde que entrou, não deixou de beijar-me os pés. 46 Não me ungiste a cabeça com óleo, e ela ungiu-me os pés com perfume. 47 Por isso, digo-te que lhe são perdoados os seus muitos pecados, porque muito amou; mas àquele a quem pouco se perdoa pouco ama.» 48 Depois, disse à mulher: «Os teus pecados estão perdoados.» 49 Começaram, então, os convivas a dizer entre si: «Quem é este que até perdoa os pecados?» 50 E Jesus disse à mulher: «A tua fé te salvou. Vai em paz.»

Comentário

 

Antes de recebermos a Comunhão Eucarística repetimos estas mesmas palavras o Centurião e com os mesmos sentimentos de humildade e fé: «Mas diz uma só palavra e o meu servo será curado.» De facto, não somos dignos e sentimo-nos, talvez até, um pouco atemorizados ao dar-nos verdadeiramente conta do que está para acontecer: Receber o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo! Com que disposições o faremos! Com que amor e ternura O vamos receber! Com que respeito e compunção O comungamos! Ah! Mas fazemo-lo porque Ele o quer e deseja: vir à nossa alma, ser nosso alimento. Mas… mais ainda: «Quem comer este Corpo e beber este Sangue terá a VIDA ETERNA!» Recebamo-lo, pois, com a mesma ternura, compaixão e entusiasmo com que O recebemos pela primeira vez.

Não pode deixar de nos impressionar este episódio relatado por São Lucas. E por várias razões; a primeira das quais será a da fé do centurião, que, aliás, o Senhor não deixa de referir. Não há maior amor que o amor pela vida do nosso semelhante só que, aqui, trata-se de alguém de elevada categoria social sente esse amor e preocupação por um servo seu. Não há, no amor verdadeiro, distinção nem de pessoas nem de classes, e, este centurião, dá-nos um exemplo extraordinário do que deve ser esse amor. Que interessa que seja um servo, um chefe, um superior? As pessoas merecem amor pelo que são e não pelo cargo ou posição social que ocupam. Para termos isto bem claro, basta pensarmos o que seria de nós se só fossemos amados pelos nossos iguais. Talvez, quem sabe, nos faltasse amor…

Este episódio da ressurreição do filho da pobre viúva de Naim enche-nos o coração de ternura. Ver um Senhor, que é Deus Todo Poderoso, compadecer-se de uma pobre mulher e acudir-lhe é, de facto. Extraordinário. «Não chores» diz-lhe – gostaríamos tanto de ouvir a entoação da voz de Jesus! – e poderia ter acrescentado: ‘Não quero que chores, que sucumbas à tua dor. Eu estou aqui. Sou a Ressurreição e a Vida e, junto de Mim, só podes estar contente e feliz.’ E toca o caixão… sim… Jesus Cristo toca no caixão num gesto de intimidade natural e absolutamente humano. Atrevo-me a dizer que, este Evangelho, é, sem dúvida, um Evangelho da Misericórdia divina, mas é, também, o Evangelho do amor que Jesus Cristo sente pelos homens Seus irmãos.

Este milagre que São Lucas nos conta com tanta simplicidade deve, de facto, ter sido algo de extraordinário, de espantoso. Os circunstantes ficaram atemorizados o que se compreende, como poderia acontecer tal coisa! O Evangelista não dos dá conta da reacção da pobre mãe, mas podemos bem imaginar a alegria, a extraordinária alegria de ver o seu filho vivo, são e escorreito. Podemos comparar – sem exageros – a alegria da nossa Mãe do Céu quando, mortos pelo pecado, regressamos à vida com absolvição dos nossos pecados. Não! Nunca estamos irremediavelmente mortos porque, o Senhor não espera outra coisa que uma oportunidade de nos restituir à vida e, como sempre, isto depende unicamente de nós. Arrependamo-nos e peçamos perdão, sincero, contrito e, a vida, a verdadeira Vida, regressará.

Hoje assistimos à comoção pessoal, profundamente humana do Senhor. De tal forma que não necessita que alguém Lhe peça que actue, Ele próprio, movido pelo Seu Coração Amantíssimo não pode deixar de consolar a pobre mãe pedindo-lhe que não chore e exercer o Seu poder divino ressuscitando o jovem. Que Senhor! Que Misericórdia! Que carinho com que trata os Seus irmãos os homens!

Jesus Cristo critica, algo muito importante para todos os homens em geral e para os cristãos em particular: a recta intenção! Mais que uma questão de carácter ou de honestidade intelectual, a recta intenção tem de existir sempre no que fazemos, pensamos ou, até, julgamos a propósito de outros. Se o que se faz não tem como objectivo principal – diria único – fazer a Vontade de Deus, não passará de algo sem valor intrínseco que nem sequer é subjectivo. É muito fácil aduzir razões, atitudes, pensamentos baseados apenas no superficial, no passageiro. Fácil e… inútil, sem qualquer valor, repito. Ver, ouvir com o coração e com a alma e, depois, agir de acordo.

Os avisos que Jesus Cristo faz às pessoas da Sua geração aplicam-se a todas as gerações. Não são as intenções que contam, mas as obras, os actos que se praticam. Por outras palavras, unidade de vida e recta intenção. Sem estes pressupostos tudo não passará de palavras ocas e sem outras consequências que não sejam ilusões e fantasias. Querer, desejar, prometer… só têm valor ou interesse se o que se quer é legítimo, o que se deseja é conveniente, o que se prometes se cumpre.

Fica bem clara a sensibilidade de Jesus, como Lhe agradam os gestos e manifestações de carinho que Lhe dirigimos. De tal forma que nunca deixa sem recompensa - e as "recompensas” do Senhor excedem sempre em muito o que recebe - qualquer bem que, do íntimo do nosso coração, Lhe façamos.

Todo o bem, honra e glória que possamos dar ao Senhor ficarão sempre muito aquém do que Ele merece.
Louvar o Senhor com palavras, mas, sobretudo, com actos concretos, publicamente ou em privado, deve ser uma prática comum a todo o cristão autêntico que sabe que terá sempre uma dívida de amor que não conseguirá saldar durante toda a sua vida por mais longa que esta seja.

 

(AMA, 1998)


 

FAMÍLIA

 

2. Significado e extensão do quarto mandamento

b) Família e sociedade.

A família é a célula originária da vida social. Ela é a sociedade natural em que o homem e a mulher são chamados ao dom de si no amor e no dom da vida. A autoridade, a estabilidade e a vida de relações no seio da família constituem os fundamentos da liberdade, da segurança, da fraternidade no seio da sociedade. (…) A vida da família é iniciação à vida em sociedade» (Catecismo, 2207). A família deve viver de modo que os seus membros aprendam a preocupar-se e a encarregar-se dos jovens e dos velhos, das pessoas doentes ou incapacitadas e dos pobres (Catecismo, 2208). O quarto mandamento esclarece as outras relações na sociedade (Catecismo, 2212).

 

A sociedade tem o grave dever de apoiar e fortalecer o matrimónio e a família, reconhecendo a sua autêntica natureza, favorecendo a sua prosperidade e assegurando a moralidade pública (cf. Catecismo, 2210). No ambiente familiar, a Sagrada Família é modelo para qualquer família: modelo de amor e de serviço, de obediência e de autoridade


 

REFLEXÃO

 

Mediante a unidade de vida, o cristão evidencia como Jesus Cristo é o foco de luz que ilumina todo o seu dia: a família, o trabalho, os negócios, os amigos, a doença, quando se deve viver a doutrina social da Igreja nos diferentes âmbitos da sua actividade, no cuidado com a natureza, que faz parte da Criação divina.

 

(Francisco Fernández carvajal & Pedro Betteta López, Filhos de Deus, DIEL, ISBN 972-8040-08-03, nr.125)


 

SÃO JOSEMARIA – textos

 

Um grande Amor te espera no Céu

Cada vez estou mais persuadido: a felicidade do Céu é para os que sabem ser felizes na terra. (Forja, 1005)

Escrevias: "'simile est regnum caelorum', o Reino dos Céus é semelhante a um tesouro... Esta passagem do Santo Evangelho caiu na minha alma lançando raízes. Tinha-a lido tantas vezes, sem captar o seu âmago, o seu sabor divino". Tudo..., tudo há-de vender o homem prudente, para conseguir o tesouro, a pérola preciosa da Glória! (Forja, 993)

Pensa quão grato é a Deus Nosso Senhor o incenso que se queima em sua honra; pensa também no pouco que valem as coisas da terra, que mal começam logo acabam... Pelo contrário, um grande Amor te espera no Céu: sem traições, sem enganos: todo o amor, toda a beleza, toda a grandeza, toda a ciência...! E sem enfastiar: saciar-te-á sem saciar. (Forja, 995)

Não há melhor senhorio que saber-se ao serviço: ao serviço voluntário de todas as almas! É assim que se ganham as grandes honras: as da terra e as do Céu. (Forja, 1045)

 

 

 

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