Páginas

28/07/2021

NUNC COEPI: Publicações em Julho 28



PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

Quarta-Feira 

 

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Simplicidade e modéstia.

Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.

Lembrar-me: Do meu Anjo da Guarda.

Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de corres-pondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos. 

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?


 

LEITURA ESPIRITUAL

 

Evangelho

Mt XVIII, 1-39

1 Terminado o sábado, ao romper do primeiro dia da semana, Maria de Magdala e a outra Maria foram visitar o sepulcro. 2 Nisto, houve um grande terramoto: o anjo do Senhor, descendo do Céu, aproximou-se e removeu a pedra, sentando-se sobre ela. 3 O seu aspecto era como o de um relâmpago; e a sua túnica, branca como a neve. 4 Os guardas, com medo dele, puseram-se a tremer e ficaram como mortos. 5 Mas o anjo tomou a palavra e disse às mulheres: «Não tenhais medo. Sei que buscais Jesus, o crucificado; 6 não está aqui, pois ressuscitou, como tinha dito. Vinde, vede o lugar onde jazia 7 e ide depressa dizer aos seus discípulos: ‘Ele ressuscitou dos mortos e vai à vossa frente para a Galileia. Lá o vereis.’ Eis o que tinha para vos dizer.» 8 Afastando-se rapidamente do sepulcro, cheias de temor e de grande alegria, as mulheres correram a dar a notícia aos discípulos. 9 Jesus saiu ao seu encontro e disse-lhes: «Salve!» Elas aproximaram-se, estreitaram-lhe os pés e prostraram-se diante dele. 10 Jesus disse-lhes: «Não temais. Ide anunciar aos meus irmãos que partam para a Galileia. Lá me verão.» 11 Enquanto elas iam a caminho, alguns dos guardas foram à cidade participar aos sumos sacerdotes tudo o que tinha acontecido! 12 Eles reuniram-se com os anciãos; e, depois de terem deliberado, deram muito dinheiro aos soldados, 13 recomendando-lhes: «Dizei isto: ‘De noite, enquanto dormíamos, os seus discípulos vieram e roubaram-no.’ 14 E, se o caso chegar aos ouvidos do governador, nós o convenceremos e faremos com que vos deixe tranquilos.» 15 Recebendo o dinheiro, eles fizeram como lhes tinham ensinado. E esta mentira divulgou-se entre os judeus até ao dia de hoje. 16 Os onze discípulos partiram para a Galileia, para o monte que Jesus lhes tinha indicado. 17 Quando o viram, adoraram-no; alguns, no entanto, ainda duvidavam. 18 Aproximando-se deles, Jesus disse-lhes: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. 19 Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, 20 ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.»

 

Comentário

 

O que os judeus disseram e propagaram sobre a Ressurreição de Cristo só nos deve “importar” na medida em que, nós cristãos, temos obrigação de pedir ao Ressuscitado que os ilumine porque, quanto à “pretensa” polémica sobre o assunto, para nós, não se põe, já que estamos seguros e, sem qualquer reserva, acreditamos que Jesus Cristo ressuscitou e, com a Sua Ressurreição nos mereceu a Filiação Divina. Trata-se, nem mais, do fundamento da nossa Fé!

Astúcia miserável - clama Santo Agostinho – quem pode acreditar no relato de alguém que está a dormir! Olhos  que não veem, ouvidos que não ouvem, mentes que não se interessam pela verdade! Pobre gente! Merecem, sem dúvida, que nós cristãos rezemos por eles porque também – como nós – são filhos de Deus.

Em momentos de grande apreensão ou, mesmo, medo, perante as “incógnitas” dos acontecimentos que se nos deparam, o futuro imediato que desconhecemos, esta expressão – “não temais” – soa nos nossos ouvidos ao longo do tempos. São palavras de Cristo que devem tranquilizar-nos, mas, também são palavras de outros Santos e, aqui avulta, a figura inesquecível de São João Paulo II, quando da sua eleição como Vigário de Cristo na terra. Talvez que alguns - talvez muitos – tenham sentido confusão, temor, ansiedade. Um Papa vindo do Leste Europeu? O que irá suceder? Uma crise na Igreja? Da loggia Vaticana dirigindo-se a todos os fieis católicos, também ele disse: Não temais! Nunca o esqueceremos e nunca mais – devemos pedi-lo – duvidaremos que os caminhos de Deus são sempre os certos e convenientes.

A nós, simples homens correntes, parece-nos de certo modo difícil de aceitar que daqueles onze alguns ainda duvidassem. De facto, sabemos muito mais que eles, conhecemos muitíssimo melhor a missão de Jesus, aceitamos com muito mais facilidade quanto nos deixou dito. Mas foi preciso que aqueles onze, apesar de todas as suas deficiências e fraquezas de homens simples e pouco cultos, nos fizessem constar – com suprema humildade – essas mesmas fraquezas e dúvidas para que a nossa Fé se confirme e assente na rocha firme que é o próprio Evangelho.

O Senhor dá por terminada a missão que o trouxe à terra e regressa ao céu. Antes, porém, deixa umas derradeiras palavras, que, de certo modo, resumem essa mesma missão: «Foi-me dado todo o poder no Céu e na Terra. Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.» Primeiro confirma que é Deus com todo o poder sobre o universo; depois a propagação do Reino de Deus por toda a terra e, finalmente, a garantia de que nunca nos abandonará. Podemos estar descansados e confiantes pois – se realmente quisermos – seremos capazes de cumprir o Se Mandato e alcançar a vida eterna nosso último fim.

A garantia do Senhor é o “fecho de ouro” para a Sua missão na terra: «Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos.» O Senhor sai em pessoa da nossa presença mas fica perenemente não só no nosso coração e no nosso espírito, mas fisicamente na Sagrada Eucaristia. Nosso alimento para a Vida Eterna, nosso Viático para a derradeira viagem. Poderíamos duvidar do Amor de Jesus Cristo por nós? Não nos é suficiente a Sua doação no sacrifício da Cruz? Ele, na Sua sabedoria divina, terá achado que talvez não e, assim, resolve garantir com palavras claras e iniludíveis que ficará para sempre connosco. Nunca nos abandonará.

 

 

(AMA, 2018)

 

 

 

 

 

 


REFLEXÃO

 

O homem dominado pela soberba é um ladrão pior que os outros, porque rouba não bens terrenos, mas a glória de Deus (...). Com efeito, segundo o Apóstolo, "por nós mesmos não podemos fazer obra boa, nem sequer ter um bom pensamento" (cfr. 2 Cor 3, 5) (...). E já que isto é assim, quando fizermos algum bem, digamos ao Senhor: Devolvemos-te, Senhor, o que da Tua mão recebemos (1 Cron. 29, 14)

 (Santo Afonso Maria de Ligório, Selva de Matérias Predicables, 2, 6)

 


ANJO DA GUARDA

Sancti Angeli Custodes nostri, defendite nos in proelio ut non pereamus in tremendo iudicio.

"Força-me" a lembrar-me do meu Anjo da Guarda que eu não despreze companhia tão excelente.

Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Santo Anjo do Senhor, meu zeloso guardador pois que a ti me confiou a Piedade Divina, para sempre me protege, guarda e ilumina.

 

Trium puerórum 

 

Cantémus hymnum, quem cantábant Sancti in camíno ignis,

benedicéntes Dóminum. (T. P. Allelúja.)

Canticum trium Puerorum Dan. 3, 57-88 et 56

 

Benedícite, ómnia ópera Dómini, Dómino: * laudáte et superexaltáte eum in sæcula.

Benedícite, Angeli Dómini, Dómino: * benedícite, cæli, Dómino.

Benedícite, aquæ omnes, quæ super cælos sunt, Dómino: * benedícite, omnes virtútes dómini, Dómino.

Benedícite, sol et luna, Dómino: * benedícite, stellæ cæli, Dómino. 

Benedícite, omnis imber et ros, Dómino: * benedícite, omnes spíritus Dei, Dómino.

Benedícite, ignis et æstus, Dómino: * benedícite, frigus et æstus, Dómino.

Benedícite, rores et pruína, Dómino: * benedícite, gelu et frigus, Dómino.

Benedícite, glácies et nives, Dómino: * benedícite, noctes et dies, Dómino.

Benedícite, lux et ténebræ, Dómino: * benedícite, fúlgura et nubes, Dómino.

Benedícat terra Dóminum: * laudet et superexáltet eum in sæcula.

Benedícite, montes et colles, Dómino: * benedícite, univérsa germinántia in terra, Dómino.

Benedícite, fontes, Dómino: * benedícite, mária et flúmina, Dómino.

Benedícite, cete, et ómnia quæ movéntur in aquis, Dómino: * benedícite, omnes vólucres cæli, Dómino.

Benedícite, omnes béstiæ et pécora, Dómino: * benedícite, fílii hóminum, Dómino.

Benedícat Israel Dóminum: * laudet et superexáltet eum in sæcula.

Benedícite, sacerdótes Dómini, Dómino: * benedícite, servi Dómini, Dómino.

Benedícite, spíritus et ánimæ justórum, Dómino: * benedícite, sancti et húmiles corde, Dómino.

Benedícite, Ananía, Azaría, Mísael, Dómino: * laudáte et superexaltáte eum in sæcula.

Benedicámus Patrem et Fílium cum Sancto Spíritu: * laudémus et superexaltémus eum in sæcula.

Benedíctus es, Dómine, in firmaménto cæli: * et laudábilis, et gloriósus, et superexaltátus in sæcula.

 

Psalmus 150

Laudáte Dóminum in sanctis ejus: * laudáte eum in firmaménto virtútis ejus.

Laudate eum in virtútibus ejus: * laudáte eum secúndum multitúdinem magnitúdinis ejus.

Laudate eum in in sono tubæ: * laudáte eum in psaltério et cíthara.

Laudate eum in týmpano, et choro: * laudáte eum in chordis, et órgano.

Laudate eum in cýmbalis benesonántibus: laudáte eum in cýmbalis jubilatiónis: * omnis spíritus laudet Dóminum.

Glória Patri, et Fílio, et Spirítui Sancto.

Sicut erat in princípio, et nunc et semper, et in sæcula sæculórum. Amen.

 

Ant. Trium puerórum * cantémus hymnum, quem cantábant Sancti in camíno ignis, benedicéntes Dóminum. (T. P. Allelúja.

Kýrie, eléison. Christe, eléison. Kýrie, eléison.

Pater noster secreto usque ad

V. Et ne nos indúcas in tentatiónem. R. Sed líbera nos a malo.

V. Confiteántur tibi, Dómine, ómnia ópera tua. R. Et Sancti tui benedícant tibi.

V. Exsultábunt Sancti in glória. R. Lætabúntur in cubílibus suis.

V. Non nobis, Dómine, non nobis. R. Sed nómini tuo da glóriam.

V. Dómine, exáudi oratiónem meam. R. Et clamor meus ad te véniat.

V. Dóminus vobíscum. R. Et cum spíritu tuo.

Orémus.

Deus, qui tribus púeris mitigásti flammas ígnium: concéde propítius; ut nos fámulos tuos non exúrat flamma vitiórum.

Actiónes nostras, quæsumus, Dómine, aspirándo præveni et adjuvándo proséquere: ut cuncta nostra orátio et operátio a te semper incípiat, et per te cœpta finiátur. 

Da nobis, quæsumus, Dómine, vitiórum nostrórum flammas exstínguere: qui beáto Lauréntio tribuísti tormentórum suórum incéndia superáre. Per Christum, Dóminum nostrum. R. Amen.

 

 


SÃO JOSEMARIA – textos

 

Primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!

Se queremos de verdade santificar o trabalho, é preciso cumprir iniludivelmente a primeira condição: trabalhar, e trabalhar bem!, com seriedade humana e sobrenatural. (Forja, 698)

Na vossa ocupação profissional, corrente e ordinária, encontrareis a matéria – real, consciente, valiosa – para realizar toda a vida cristã, para corresponder à graça que nos vem de Cristo. Nas vossas ocupações profissionais, realizadas face a Deus, pôr-se-ão em jogo a Fé, a Esperança e a Caridade. Os incidentes, as relações e os problemas que o vosso trabalho traz consigo alimentarão a vossa oração. O esforço por cumprirdes os vossos deveres correntes será o modo de viverdes a Cruz, que é essencial para o Cristão. A experiência da vossa debilidade e os fracassos que existem sempre em todo o esforço humano dar-vos-ão mais realismo, mais humildade, mais compreensão com os outros. Os êxitos e as alegrias convidar-vos-ão a dar graças e a pensar que não viveis para vós mesmos, mas para o serviço dos outros e de Deus. Para viver assim, para santificar a profissão, é necessário, primeiro que tudo, trabalhar bem, com seriedade humana e sobrenatural. (…) O milagre que o Senhor vos pede é a perseverança na nossa vocação cristã e divina, a santificação do trabalho de cada dia: o milagre de converter a prosa diária em decassílabos, em verso heróico, pelo amor com que realizais a vossa ocupação habitual. Aí vos espera Deus para que sejais almas com sentido de responsabilidade, com zelo apostólico, com competência profissional. (Cristo que passa, 49–50)

 

 

 

 

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.