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12/04/2021

NUNC COEPI: Publicações em Abril 12

PLANO DE VIDA;  (Coisas muito simples, curtas, objectivas)

 

Propósito: Sorrir; ser amável; prestar serviço.

 

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

 

 

Lembrar-me: Papa, Bispos, Sacerdotes.

 

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

 

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

 

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

 

Pequeno exame: Cumpri o propósito que me propus ontem?

 

Leitura espiritual 

 

Evangelho

Lc XXII, 21-38

 

Jesus revela o traidor

21 «No entanto, vede: a mão daquele que me vai entregar está comigo à mesa! 22 O Filho do Homem segue o seu caminho, como está determinado; mas ai daquele por meio de quem vai ser entregue!» 23 Começaram a perguntar uns aos outros qual deles iria fazer semelhante coisa.

 

Últimos avisos

24 Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles devia ser considerado o maior. 25 Jesus disse-lhes: «Os reis das nações imperam sobre elas e os que nelas exercem a autoridade são chamados benfeitores. 26 Convosco, não deve ser assim; o que fôr maior entre vós seja como o menor, e aquele que mandar, como aquele que serve. 27 Pois, quem é maior: o que está sentado à mesa, ou o que serve? Não é o que está sentado à mesa? Ora, Eu estou no meio de vós como aquele que serve. 28 Vós sois os que permaneceram sempre junto de mim nas minhas provações, 29 e Eu disponho do Reino a vosso favor, como meu Pai dispõe dele a meu favor, 30 a fim de que comais e bebais à minha mesa, no meu Reino. E haveis de sentar-vos, em tronos, para julgar as doze tribos de Israel.» 31 E o Senhor disse: «Simão, Simão, olha que Satanás pediu para vos joeirar como trigo. 32 Mas Eu roguei por ti, para que a tua fé não desapareça. E tu, uma vez convertido, fortalece os teus irmãos.» 33 Ele respondeu-lhe: «Senhor, estou pronto a ir contigo até para a prisão e para a morte.»

 

Predição da negação de Pedro

34 Jesus disse-lhe: «Eu te digo, Pedro: o galo não cantará hoje sem que, por três vezes, tenhas negado conhecer-me.» 35 Depois, acrescentou: «Quando vos enviei sem bolsa, nem alforge, nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?» Eles responderam: «Nada.» 36 E Ele acrescentou: «Mas agora, quem tem uma bolsa que a tome, assim como o alforge, e quem não tem espada venda a capa e compre uma. 37 Porque, digo-vo-lo Eu, deve cumprir-se em mim esta palavra da Escritura: Foi contado entre os malfeitores. Efectivamente, o que me diz respeito chega ao seu termo.» 38 Disseram-lhe eles: «Senhor, aqui estão duas espadas.» Mas Ele respondeu-lhes: «Basta!»

 

Considerações

 

  Estes versículos do Evangelho escrito por São Lucas são tão “densos” que me “perco” no que desejo considerar.

  Resolvo não ter em conta o que se refere a Judas e a todo o complexo e misterioso processo da sua traição para me ater ao versículo  35 «Quando vos enviei sem bolsa, nem alforge, nem sandálias, faltou-vos alguma coisa?» para evidenciar a Providência Divina no que diz respeito a qualquer cristão.

  Ele manifestou uma missão para cada um de nós: Propagar a Palavra e o Reino de Deus em todos os lugares da terra.

  Como o faremos com as nossas fraquezas, debilidades, falta de recursos?

  Pois, parece, exactamente assim, porque se Ele nos entrega uma missão providenciará o que nos faltar para que a levemos a cabo com êxito.

  Desde logo o Divino Espírito Santo porá no nosso espirito o que devemos dizer, escrever ou de alguma forma, manifestar da forma mais adequada ás circunstâncias que se apresentarem.

  Depois o Próprio Jesus Cristo nos concederá os meios necessários para desempenhar o que nos compete.

  Por fim, Deus Pai abençoará a nossa acção tornado-a profícua e eficaz.

  E – espantemo-nos – tudo isto gratuitamente sem necessidade de fazer-mos outra coisa que pôr-mo-nos inteiramente ao serviço da Santíssima Trindade.

  Deus Nosso Senhor está diponível e desejoso de nos dar o que precisamos e, para o fazer, só tem uma condição: Que Lho peçamos com simplicidade e confiança de filhos pequenos… nada mais.

   Pode ser que – imaginemos – fazemos um pedido ao nosso Pai: ‘Dá-me isto porque quero fazer aquilo…’, e ele responde ‘Posso dar-te o que me pedes mas não te convém fazer o que te propões’ e, por justa sabedoria paterna não nos concede o que pedimos.

  Pois com Deus Nosso Senhor acontece o mesmo: Dar-nos-á o que pedimos se for para nosso bem porque a Sua Infinita Misericórdia anda sempre a par da Sua Infinita Justiça.

  

VIRTUDES

Prudência

Para alcançar a sabedoria, são necessárias, em primeiro lugar, a oração e a meditação da Palavra de Deus: “Foi por isso que a pedi e me foi concedida a prudência. Supliquei e o espírito de sabedoria veio a mim ”(Sab 7, 7);

"Mas, percebendo que eu não poderia possuir a sabedoria se Deus não ma desse – e já era um fruto de prudência saber de quem procedia essa graça – dirigi-me ao Senhor e pedi-Lha" (Sab 8, 21).

 

REFLEXÃO

Conhecer-se

 

Dissertar sobre este tema coloca imediatamente uma questão óbvia: quem sou eu?

Daqui parte-se para um dilema que se apresenta como inevitável: sou quem sou ou quem pretendo ser, ou, talvez de outro ângulo: actuo de acordo ou desvio-me como pretendo?

Pode - e talvez seja - mera especulação filosófica muito conveniente para mascarar a realidade. Não estar absolutamente satisfeito com o que se faz parece-me normal e saudável exactamente porque desperta o desejo de melhoria ou, a convicção de não se fazer quanto realmente está ao nosso alcance fazer.

Quem sou eu?

Magna questão cuja resposta tem forçosamente de assentar num profundo e sincero sentimento de humildade sem o qual esta surgirá sempre ou evasiva e incompleta ou, pelo menos, sem grande mérito.

Penso que a resposta não está disponível imediatamente como se estivesse escondida no âmago mais íntimo da nossa idiossincrasia, mas, antes, levará a um exercício constante e automático de exame pessoal.

Exame, digo, despido, de emoção ou condicionalismo seja qual for, mas animado de uma decidida vontade lógica e simples de análise sem temer as consequências que o "desfecho " ou resultado possam significar.

Quando acima falei em "exercício automático" quis significar exactamente isso: criar o hábito de análise imediata subsequente ao que se pensou, disse ou fez.

O exame é assim um acto contínuo e as correções que se mostrem necessárias mais fáceis de levar a cabo.

Em resumo: caminharemos decidida e seguramente para uma melhoria pessoal e estaremos muito mais próximos de saber quem, de facto, somos.

Qualquer coisa, escrito, ideia, acto, afirmação... o que for emanado do ser humano tem, pelo menos, duas interpretações, duas reacções, dois impactos.

Evidentemente que se conta com o primeiro, isto é, daquele que pensou, disse, fez ou concluiu.

Depois haverá os outros em que dificilmente se encontrarão coincidentes resultados.

A razão parece simples: não há duas pessoas iguais... absolutamente iguais logo, a sua reacção tende a ser diferente.

Isto que parece óbvio tanto que dispensaria mais elucubrações é maior riqueza ou o bem mais notável do ser humano o que no fundo o distingue do irracional.

A idiossincrasia de cada ser está intimamente associada ao progresso da sociedade porque, esta, não é um "bloco" uniforme e indivisível, mas sim um conjunto mais ou menos equilibrado de várias idiossincrasias que concorrem para um mesmo resultado: a variedade pluriforme da sociedade humana.

Gregário por natureza o ser humano não se confunde nem se deixa absorver pelo conjunto antes concorre e contribui com o que lhe é próprio para o que é comum.

Tantas vezes se tenta algo diferente do habitual daquilo que ao longo dos dias vamos construindo, às vezes laboriosamente ­ forçado ou não ­ e não conseguimos encontrar o "fio condutor" que nos leve onde não programamos ir mas que ambicionados chegar.

E quem tem por hábito, sina ou feitio escrever sente de forma muito radical por vezes um como que bloqueio inexplicável não conseguindo "arrancar" de dentro de si mesmo o que sente necessidade de expor, mas, como não sabe bem o que é, está­lhe ausente e foge do seu controlo.

Escrever por escrever pode se bom e até saudável. Sem esforço, deixando as palavras fluírem livremente acaba por se envolver num processo quase automático de escalpelização íntima como que uma catarse que tem de incluir um esforço muito concreto de não se deixar cair na auto­comiseração, no "esmagamento" do "eu" ­ sempre uma forma fácil de dar guarida ao amor­próprio e orgulho ­ e tentar manter o pensamento lógico e saudável.

Escrever sobre si mesmo não é nem fácil nem difícil se se segue uma regra simples: escrever para si mesmo sem a preocupação ou desejo que outros venham a ler o escrito.

Aliás, penso que só deste modo a escrita tem autenticidade concreta porque se por detrás dela se encontra algum ­ por ténue ou indefinido que seja ­ desejo ou intento de ser lido, é praticamente impossível fugir ao uso da máscara ou disfarce da realidade.

Sem querer, talvez, é­se levado pelo desejo de parecer inteligente, original, interessantemas, depois, ao rever o escrito, fica­se com um sentimento ­ bem amargo por vezes ­ de inutilidade.

O "truque" está numa fórmula muito simples: escrevi o que me apeteceu!

Esta conclusão que não se pretende transformar em corolário, resolve muitos dilemas futuros, como, por exemplo, concluir: já escrevi isto! Não vale a pena repetir!

E, daqui, pode surgir uma nova ideia que leve a uma elaboração diferente de um tema já rebuscado.

Parece-me aceitável esta conclusão.

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