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13/02/2021

Leitura espiritual

         


      Novo Testamento ()

Evangelho


Mc XI, 1-26


 

Entrada triunfal em Jerusalém

1 Estando próximos de Jerusalém, perto de Betfagé e de Betânia, junto ao Monte das Oliveiras, Jesus enviou dois dos seus discípulos 2 e disse-lhes: «Ide à povoação que está em frente de vós e, logo que nela entrardes, encontrareis um jumentinho preso, que ainda ninguém montou. Soltai-o e trazei-o. 3 E se alguém vos perguntar: ‘Porque fazeis isso?’ respondei: ‘O Senhor precisa dele;’ e logo o mandará de volta.» 4 Partiram e encontraram um jumentinho preso junto de uma porta, do lado de fora, na rua, e soltaram-no. 5 Alguns que ali se encontravam disseram-lhes: «Que é isso de soltar o jumentinho?» 6 Responderam como Jesus tinha dito e eles deixaram-nos ir. 7 Levaram o jumentinho a Jesus, lançaram-lhe por cima as capas e Jesus montou nele. 8 Muitos estenderam as capas pelo caminho; outros, ramos de verdura que tinham cortado nos campos. 9 E tanto os que iam à frente como os que vinham atrás gritavam: Hossana! Bendito seja o que vem em nome do Senhor! 10 Bendito o Reino do nosso pai David que está a chegar. Hossana nas alturas! 11  Chegou a Jerusalém e entrou no templo. Depois de ter examinado tudo em seu redor, como a hora já ia adiantada, saiu para Betânia com os Doze.

 

A figueira amaldiçoada

12 Na manhã seguinte, ao deixarem Betânia, Jesus sentiu fome. 13 Vendo ao longe uma figueira com folhas, foi ver se nela encontraria alguma coisa; mas, ao chegar junto dela, não encontrou senão folhas, pois não era tempo de figos. 14 Disse então: «Nunca mais ninguém coma fruto de ti.» E os discípulos ouviram isto.

 

Os profanadores do Templo

15 Chegaram a Jerusalém; e, entrando no templo, Jesus começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; deitou por terra as mesas dos cambistas e os bancos dos vendedores de pombas, 16 e não permitia que se transportasse qualquer objecto através do templo. 17 E ensinava-os, dizendo: «Não está escrito: A minha casa será chamada casa de oração para todos os povos? Mas vós fizestes dela um covil de ladrões.» 18 Os sacerdotes e os doutores da Lei ouviram isto e procuravam maneira de o matar, mas temiam-no, pois toda a multidão estava maravilhada com o seu ensinamento. 19 Quando se fez tarde, saíram para fora da cidade.

 

A confiança em Deus

20 Ao passarem na manhã seguinte, viram a figueira seca até às raízes. 21 Pedro, recordando-se, disse a Jesus: «Olha, Mestre, a figueira que amaldiçoaste secou!» 22 Jesus disse-lhes: «Tende fé em Deus. 23 Em verdade vos digo, se alguém disser a este monte: ‘Tira-te daí e lança-te ao mar’, e não vacilar em seu coração, mas acreditar que o que diz se vai realizar, assim acontecerá. 24 Por isso, vos digo: tudo quanto pedirdes na oração crede que já o recebestes e haveis de obtê-lo. Quando vos levantais para orar, se tiverdes alguma coisa contra alguém, perdoai-lhe primeiro, 25 para que o vosso Pai que está no céu vos perdoe também as vossas ofensas. 26 Porque, se não perdoardes, também o vosso Pai que está no Céu não perdoará as vossas ofensas.»


Texto:



  Ao atribuir a designação de amor ao simples acto sexual independentemente das circunstâncias ou especificidades envolvidas, comete-se um abuso inaceitável porque se implica que se faz um acto divino ou, por outras palavras, que Deus está pessoalmente envolvido no acto.

  À força de repetir uma mentira esta acaba por se tornar verdade; este foi um dos corolários repetido até à exaustão por Lenine e com que funestos resultados!

  Uma das regras mais repetidamente impostas nesses negros anos do início do comunismo soviético, foi o banimento liminar do conceito da palavra, amor.

  Com razão, deve convir-se, porque são dois conceitos, ou filosofias completamente antagónicas.

  Comunismo e amor situam-se em polos diferentes, aliás, tão diferentes quanto o podem ser duas coisas em si distintas desde a raiz.

  O comunismo - ou marxismo - é uma invenção humana enquanto o amor é uma centelha divina.

Esta é a realidade do sentimento mais nobre que o homem pode cultivar, aquele é a afirmação do mais baixo sentimento de domínio de pessoas, sociedades inteiras, para conseguir fins de controlo e hegemonia sem outra finalidade que a exclusão de todos e tudo que não haja - ou sequer pense - da mesma forma recorrendo se necessário - e quase sempre o foi e continua a ser - à força física, à coacção mais brutal e aviltante.

  Sim, é verdade, caiu o muro que, em Berlim, dividia o mundo, símbolo dessa força, dessa ideologia imposta a milhares de seres humanos durante décadas.

  Mas como foi possível?

Que movimento foi o autor de tamanha convulsão?

  Na verdade, não houve nem força nem organização alguma mas, tão só o amor incomensurável de um homem extraordinário:

  O amor pelos homens - por todos os homens - de João Paulo II!

  Uma vez mais se cumpriu o famoso aviso, já citado, de Gamaliel: as obras dos homens são passageiras, podem combater-se e ser vencidas, as de Deus não há combate que as possa vencer.

  Nunca!

  A queda do muro de Berlim foi obra de Deus?

  Não parece haver grandes dúvidas já que todas as explicações que se possam aduzir para actos de inexplicável alcance e envergadura encontram sempre uma intransponível interrogação e desafio à lógica humana.

  Talvez o comunismo continue a existir em diferentes partes do mundo, tal como existem as perseguições que a intransigência das ideologias promovem, mas há uma evolução visível e mudanças significativas à medida que vão desaparecendo os mentores dessas ideologias e políticas.

  Mas o cristianismo não é uma ideologia nem sequer uma filosofia de vida proposta por homens, é um modo de encarar a vida, a criação, o mundo, as relações dos homens com os outros seres e com o meio ambiente e, este modo de encarar a vida foi proposto por Deus através da Segunda Pessoa, Jesus Cristo.

  Por isso, não há várias formas de viver mas apenas duas:

  Viver como Deus quer que o homem viva para alcançar o seu fim que é a vida eterna, ou viver de outra forma qualquer, não importa qual.

  Viver como Deus quer é a única forma que o homem tem de viver para ser possível alcançar o seu fim último.

Viver de outra forma pode ser agradável, compensador, terrível ou desastroso mas, no fim, não restará absolutamente nada e a alma, não podendo acolher-se junto do Criador, porque O rejeitou em vida, ficará banida para sempre de qualquer compensação ou gozo.

  É este o condicionamento do ser humano.

Um condicionamento real, concreto, positivo, do qual não pode fugir, a que não consegue eximir-se tente o que tentar, faça o que fizer.

  Note-se que se fala de condicionamento e não de dilema que, por definição filosófica, significa exactamente um problema que apresenta duas soluções, nenhuma das quais aceitável.

  Este condicionamento, de facto, tem duas soluções:

Uma é actuar como Deus quer; a outra, fazer o oposto.

  Está bem expresso na Lei Natural o modo de viver que Deus quer e qualquer um dos dez preceitos é fundamental e faz parte inalienável do todo.

O não cumprimento ou desprezo de um deles implica o não cumprimento da Lei no seu todo.

Parece simples de perceber que, por exemplo, o preceito de não furtar, se não for cumprido, arrasta consigo uma série de consequências que colidem com todo o resto:

  A confiança, a fidelidade, a justiça, a lealdade, o respeito, a honra, o amor a Deus e ao próximo.

  Por isso não faz sentido nenhum dizer que fulano é honesto como se fosse uma condição de excepcional virtude quando, simplesmente, se trata de uma obrigação moral de qualquer ser humano.

  O Beato João Paulo II foi o homem providencial de que Deus Se terá servido numa determinada época da história humana, para, de certa forma, ser o mentor da fractura com uma situação insuportável para milhões de Filhos Seus.

A sua frágil pessoa conseguiu aquilo que o poder das armas mais sofisticadas e potentes não conseguira até então.

Como?

Porque tinha razão e foi capaz de chamar à razão os que a não tinham.

  É sem dúvida notável que as suas primeiras palavras, após a sua eleição como Sumo-Pontífice, fossem:

  ‘Não tenhais medo!’

  Ele podia, da janela do Palácio Vaticano, dizer estas palavras ao mundo porque, ele próprio, não tinha medo absolutamente nenhum de nada.

 

Nem a consciência, que decerto tinha, da terrível carga que lhe tinha sido posta nos ombros o impediu de mostrar – urbi et orbi – a todos no mundo, que a sua confiança na providência divina era total e absoluta e que tudo, absolutamente tudo quanto pudesse vir a acontecer, seria para bem.

(1) Sequencial todos os dias do ano

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