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04/01/2021

LEITURA ESPIRITUAL Janeiro 4

 

Evangelho

 

Mt XXI 1 - 17

 

Entrada triunfal em Jerusalém

 

1 Quando já se aproximavam de Jerusalém, chegaram a Betfagé, junto ao monte das Oliveiras. Jesus enviou dois discípulos, 2 dizendo-lhes: «Ide à aldeia que está em frente de vós e logo encontrareis uma jumenta presa e com ela um jumentinho. Soltai-os e trazei-mos. 3 E, se alguém vos disser alguma coisa, respondereis: ‘O Senhor precisa deles, mas logo os devolverá.’» 4 Isto sucedeu para se cumprir o que fora anunciado pelo profeta: 5 Dizei à filha de Sião: Aí vem o teu Rei, ao teu encontro, manso e montado num jumentinho, filho de uma jumenta. 6 Os discípulos foram e fizeram como Jesus lhes ordenara. 7 Trouxeram a jumenta e o jumentinho, puseram as suas capas sobre eles e Jesus sentou-se em cima. 8 Uma grande multidão estendia as suas capas no caminho; outros cortavam ramos das árvores e espalhavam-nos pelo chão. 9 E todos, quer os que iam à sua frente, quer aqueles que o seguiam, diziam em altos brados: Hossana ao Filho de David! Bendito seja aquele que vem em nome do Senhor! Hossana nas alturas! 10 Quando Jesus entrou em Jerusalém, toda a cidade ficou em alvoroço. «Quem é este?» - perguntavam. 11 E a multidão respondia: «É Jesus, o profeta de Nazaré, da Galileia.»

 

Jesus expulsa os vendilhões do templo

 

12 Jesus entrou no templo e expulsou dali todos os que nele vendiam e compravam. Derrubou as mesas dos cambistas e as bancas dos vendedores de pombas, dizendo-lhes: 13 «Está escrito: A minha casa há-de chamar-se casa de oração, mas vós fazeis dela um covil de ladrões.» 14 Aproximaram-se dele, no templo, cegos e coxos, e Ele curou-os. 15 Perante os prodígios que realizava e as crianças que gritavam no templo: «Hossana ao Filho de David», os sumos sacerdotes e os doutores da Lei ficaram indignados 16 e disseram-lhe: «Ouves o que eles dizem?» Respondeu Jesus: «Sim. Nunca lestes: Da boca dos pequeninos e das crianças de peito fizeste sair o louvor perfeito?» 17 Depois afastou-se deles, saiu da cidade e foi para Betânia, onde pernoitou.

 


Fidelidade

 

Deve haver uma finalidade superior em todos os actos que se praticam, mesmo os mais banais.

  A finalidade superior de, por exemplo, comer é alimentar-se e não degustar algo que dá prazer ou contentamento.

Se esse prazer e contentamento existem tanto melhor, mas ninguém, de bom senso, deixará de comer porque o único alimento disponível não lhe agrada.

Nisto se diferencia o ser humano do animal.

Aquele come para se alimentar, este come para se saciar.

Daí que devamos comer o que de facto necessitamos, e não mais o que implica um acto da nossa vontade, um controlo sobre o apetite ou o desejo.

De tal forma assim é – deve ser – que quando verificamos que o nosso corpo mostra as consequências de uma alimentação desregrada ou exagerada, começamos uma dieta que, mais não é, que uma contenção forçada pela vontade.

  A luta interior que o ser humano trava durante toda a sua vida consciente é a consequência necessária de uma atracção para a perfeição.

Conduzir a vida como se esta fosse constituída por uma série de actos inevitáveis, aguardando sem expectativa o que se sucede no tempo, não é próprio de um ser inteligente.

Alguns chamam-lhe ''destino'' e fazem-no deixando transparecer uma inevitabilidade.

Estão absolutamente errados.

De facto, no próprio momento da concepção, Deus cria e atribui a esse novo ser uma alma.

  Sendo espiritual e directamente criada por Deus, a alma tem essa marca divina que a torna imortal.

  O humano tem características próprias - o ADN - que lhe vêm dos seus pais biológicos. Estas têm a ver apenas e somente com questões de ordem física e, evidentemente, podem ser cultivadas, rejeitadas, até manipuladas.

  A alma, que é a chama da vida que só se manterá enquanto habitar no corpo, tem o “ADN” divino, que não sofre mutação em nenhum caso ou circunstâncias.

  A luta interior é exactamente o confronto entre estas duas “estruturas” do ser humano.

A primeira evolui à medida que a vida vai avançando no tempo, trazendo à tona as suas características dominantes, criando, quase sempre, à segunda, uma necessidade de domínio, de controlo.

As potências espirituais da alma, tendem, naturalmente, a controlar as potências físicas.

  Entre as potências espirituais da alma contam-se a inteligência que permite a aquisição de conhecimento, as qualidades, as tendências boas, as emoções, a capacidade de distinção do bom do mau.

  Diria que há, contudo, uma necessidade comum às duas “estruturas” e que é a sua “alimentação”.

  Na primeira parece óbvia a necessidade de crescimento, a manutenção em boas condições da sua existência o que o homem faz, normalmente, á medida do tempo que vai decorrendo.

Pois, de modo similar, a estrutura espiritual, a alma e as suas potências, também carecem de alimento de manutenção.

Mas, neste caso, o homem não pode consegui-lo sem a participação activa de Deus.

  Deus não tem porque o fazer e, o que é certo é que, só o fará a instâncias do homem.

 

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