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02/01/2021

LEITURA ESPIRITUAL Janeiro 2

 Evangelho

 

Mt XX 1 - 16

 

Parábola dos operários da vinha

 

1 «Com efeito, o Reino do Céu é semelhante a um proprietário que saiu ao romper da manhã, a fim de contratar trabalhadores para a sua vinha. 2 Ajustou com eles um denário por dia e enviou-os para a sua vinha. 3 Saiu depois pelas nove horas, viu outros na praça, que estavam sem trabalho, 4 e disse-lhes: ‘Ide também para a minha vinha e tereis o salário que for justo.’ 5 E eles foram. Saiu de novo por volta do meio-dia e das três da tarde, e fez o mesmo. 6 Saindo pelas cinco da tarde, encontrou ainda outros que ali estavam e disse-lhes: ‘Porque ficais aqui todo o dia sem trabalhar?’ 7 Responderam-lhe: ‘É que ninguém nos contratou.’ Ele disse-lhes: ‘Ide também para a minha vinha.’ 8 Ao entardecer, o dono da vinha disse ao capataz: ‘Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando pelos últimos até aos primeiros.’ 9 Vieram os das cinco da tarde e receberam um denário cada um. 10 Vieram, por seu turno, os primeiros e julgaram que iam receber mais, mas receberam, também eles, um denário cada um. 11 Depois de o terem recebido, começaram a murmurar contra o proprietário, dizendo: 12 ‘Estes últimos só trabalharam uma hora e deste-lhes a mesma paga que a nós, que suportámos o cansaço do dia e o seu calor.’ 13 O proprietário respondeu a um deles: ‘Em nada te prejudico, meu amigo. Não foi um denário que nós ajustámos? 14 Leva, então, o que te é devido e segue o teu caminho, pois eu quero dar a este último tanto como a ti. 15 Ou não me será permitido dispor dos meus bens como eu entender? Será que tens inveja por eu ser bom?’ 16 Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros serão os últimos. Porque muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos.»

 

 


Fidelidade

 

  A virtude da Fidelidade é, uma das mais belas.

  Bem entendido, todas as virtudes têm beleza e um fulgor característico que as distingue, mas, a Fidelidade tem um brilho tão intenso e envolvente que acaba por transmitir, ao que a possui, como que uma aura pessoal que o torna nalguém notável.

  Ser fiel é também uma disposição interior porque não depende nem das circunstâncias nem das pessoas mas sim de uma estabilidade própria nos sentimentos e emoções.

  Não pode ser fiel quem não tenha vida interior, segura, esclarecida, exactamente porque, a Fidelidade, nasce no mais profundo de nós.

Não é, de modo nenhum, algo externo, influenciável, mutável.

  A pessoa fiel torna-se, automaticamente alguém digno de confiança em quem se pode depositar e entregar tudo o que se queira com a certeza que é guardado e mantido tal como o entregamos.

  Há uns anos surgiu um filme que causou um grande impacto a nível mundial e, se não me engano obteve vários prémios. ([1])

O nome do filme é: ‘FILADÉLFIA’.

O tema principal da película parecia ser a doença chamada SIDA [2]

Disse ‘parecia ser’ porque, pelo menos para mim, o tema de fundo era a fidelidade.

  O protagonista contraiu a terrível doença de que viria a falecer por causa de um acto de infidelidade.

  Bom… de facto era um homem homossexual que vivia com um companheiro masculino mas que traiu, embora uma única vez, num encontro fortuito.

  A fidelidade não tem, portanto, a ver com a situação, a forma, o critério, o ambiente em que se vive.

Quer dizer, não há situações em que a fidelidade seja mais ou menos importante que outras.

  Ser fiel significa honrar um vínculo livremente assumido.

 

 



[1] Pelo menos 1 Óscar para a melhor música de Bruce Springsteen

[2] AIDS, em inglês

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