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15/11/2020

Ken Follett

 


To Macmillan Publishers

Dear Sirs

I bought the recent book by Ken Follett "THE EVENING AND THE MORNING", ISBN 978-I-4472-7878-8 without any reserve because I've the author in great consideration and read all his works.

After few pages of reading I've been caught by surprise: extensions of text about sexual behavior and practices, all so vivid and descriptive that configures hard core pornographic stuff!

Even surprised that Follett  did this,  the more great surprise lays on the fact that You, Publisher's, didn't  alert Your customers for it.

The TV'S put alerts for this kind of things: scenes, texts or talking. 

If one wants to by a book texting sex, pornographic, erotic or the kind, he goes to a specif store. 

I'll alert as many people as I can bout this book - ISBN 978-I-4472-7878-8 - and, as for me, I'll never by again a Follett  book.

António Mexia Alves - Portugal


Festas

 


                                      👉 SANTO ALBERTO MAGNO

Novíssimos

 


JUÍZO FINAL

 

Quando será o juízo final? Em que consistirá?

 

A ressurreição de todos os mortos, “dos justos e dos pecadores” (ACt 24, 15), precederá o Juízo final. «a hora em que todos os que estão nos túmulos hão-de ouvir a sua voz e (…) os que tiverem praticado o bem, para uma ressurreição de vida, e os que tiverem praticado o mal, para uma ressurreição de condenação» (Jo 5, 28-29). Então, Cristo virá «na sua glória, com todos os seus anjos [...]. Todas as nações se reunirão na sua presença e Ele separará uns dos outros, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos; e colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. [...] Estes irão para o suplício eterno e os justos para a vida eterna» (Mt 25, 31-33.46).

 

Fome e sede dele e da Sua doutrina

 


Sem a vida interior, sem formação, não há verdadeiro apostolado nem obras fecundas: o trabalho é precário e, inclusivamente, fictício. Que responsabilidade, portanto, a dos filhos de Deus! Temos de ter fome e sede dele e da sua doutrina. (Forja, 892)

 

Às vezes, com a sua actuação, alguns cristãos não dão ao preceito da caridade o valor máximo que tem. Cristo, rodeado pelos Seus, naquele maravilhoso sermão final, dizia à maneira de testamento: «Mandatum novum do vobis, ut diligatis invicem», dou-vos um mandamento novo, que vos ameis uns aos outros.

E ainda insistiu: «In hoc cognoscent omnes quia discipuli mei estis», nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros.

Oxalá nos decidamos a viver como Ele quer! (Forja, 889)

 

Se faltar a piedade – esse laço que nos ata a Deus fortemente e, por Ele, aos outros, porque neles vemos Cristo –, é inevitável a desunião, com a perda de todo o espírito cristão. (Forja, 890)

 

Agradece com todo o coração a Nosso Senhor as potências admiráveis... e terríveis, da inteligência e da vontade com que quis criar-te. Admiráveis, porque te fazem semelhante a Ele; terríveis, porque há homens que as põem contra o seu Criador.

A mim, como síntese do nosso agradecimento de filhos de Deus, ocorre-me dizer a este Pai-nosso, agora e sempre: "Serviam!" – Servir-te-ei! (Forja, 891)

 

Leitura espiritual 15 Novembro

 

Evangelho

 


Jo XI, 38- 57

 


 

Ressurreição de Lázaro

38 Jesus, suspirando de novo intimamente, foi até ao túmulo. Era uma gruta fechada com uma pedra. 39 Disse Jesus: «Tirai a pedra.» Marta, a irmã do defunto, disse-lhe: «Senhor, já cheira mal, pois já é o quarto dia.» 40 Jesus replicou-lhe: «Eu não te disse que, se creres, verás a glória de Deus?» 41 Quando tiraram a pedra, Jesus, erguendo os olhos ao céu, disse: «Pai, dou-te graças por me teres atendido. 42 Eu já sabia que sempre me atendes, mas Eu disse isto por causa da gente que me rodeia, para que venham a crer que Tu me enviaste.» 43 Dito isto, bradou com voz forte: «Lázaro, vem cá para fora!» 44 O que estava morto saiu de mãos e pés atados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário. Jesus disse-lhes: «Desligai-o e deixai-o andar.» 45 Então, muitos dos judeus que tinham vindo a casa de Maria, ao verem o que Jesus fez, creram nele. 46 Alguns deles, porém, foram ter com os fariseus e contaram-lhes o que Jesus tinha feito.

 

O Sinédrio decreta a morte de Jesus

 

47 Os sumos sacerdotes e os fariseus convocaram então o Conselho e diziam: «Que havemos nós de fazer, dado que este homem realiza muitos sinais miraculosos? 48 Se o deixarmos assim, todos irão crer nele e virão os romanos e destruirão o nosso Lugar santo e a nossa nação.» 49 Mas um deles, Caifás, que era Sumo Sacerdote naquele ano, disse-lhes: «Vós não entendeis nada, 50 nem vos dais conta de que vos convém que morra um só homem pelo povo, e não pereça a nação inteira.» 51 Ora ele não disse isto por si mesmo; mas, como era Sumo Sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus devia morrer pela nação. 52 E não só pela nação, mas também para congregar na unidade os filhos de Deus que estavam dispersos. 53 Assim, a partir desse dia, resolveram dar-lhe a morte.

 

Jesus retira-Se para Efraim

 

54 Por isso, Jesus já não andava em público, mas retirou-se dali para uma região vizinha do deserto, para uma cidade chamada Efraim e lá ficou com os discípulos. 55 Estava próxima a Páscoa dos judeus e muita gente do país subiu a Jerusalém antes da Páscoa para se purificar. 56 Procuravam então Jesus e perguntavam uns aos outros no templo: «Que vos parece? Ele virá à Festa?» 57 Entretanto, os sumos sacerdotes e os fariseus tinham dado ordem de que, se alguém soubesse onde Ele estava, o indicasse para o prenderem.

 

                                                                 Amar a Igreja

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O mistério da santidade da Igreja - essa luz original, que pode ficar oculta pela sombra das baixezas humanas - exclui todo e qualquer pensamento de suspeita ou de dúvida sobre a beleza da nossa Mãe. Nem se pode tolerar, sem protesto, que outros a insultem.

 

Não procuremos na Igreja os lados vulneráveis para a crítica, como alguns que não demonstram ter fé nem ter amor.

 

Não posso conceber como é possível ter um carinho verdadeiro pela nossa mãe e falar dela com frieza.

 

A nossa Mãe é Santa, porque nasceu pura e continuará sem mácula por toda a eternidade.

 

Se, por vezes, não soubermos descobrir o seu rosto formoso, limpemos nós os olhos; se notamos que a sua voz não nos agrada, tiremos dos nossos ouvidos a dureza que nos impede de ouvir, no seu tom, os assobios do Pastor amoroso.

 

A nossa Mãe é Santa, com a santidade de Cristo, à qual está unida no corpo - que somos todos nós - e no espírito, que é o Espírito Santo, assente também no coração de cada um de nós, se nos conservamos na graça de Deus.

 

Santa, Santa, Santa! ousamos cantar à Igreja, evocando o hino em honra da Santíssima Trindade.

 

Tu és Santa, Igreja, minha Mãe, porque foste fundada pelo Filho de Deus, Santo; és Santa, porque assim o dispôs o Pai, fonte de toda a santidade; és Santa, porque te assiste o Espírito Santo que mora na alma dos fiéis, a fim de reunir os filhos do Pai, que hão-de habitar na Igreja do Céu, a Jerusalém eterna.

 

 

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A Igreja é católica

 

Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade.

 

Porque há um só Deus, e há um só mediador entre Deus e os homens, que é Jesus Cristo Homem, o qual Se deu a Si mesmo em resgate de todos e para testemunho no tempo oportuno.

 

Jesus Cristo institui uma única Igreja, a Sua Igreja; por isso, a Esposa de Cristo é Una e Católica: universal, para todos os homens.

 

Desde há séculos que a Igreja está estendida por todo o mundo, contando com pessoas de todas as raças e condições sociais.

 

Mas a catolicidade da Igreja não depende da extensão geográfica, mesmo que isto seja um sinal visível e um motivo de credibilidade.

 

A Igreja era Católica já no Pentecostes; nasce Católica no Coração chagado de Jesus, como um fogo que o Espírito Santo inflama.

 

No século II, os cristãos definiam como Católica a Igreja, para a distinguir das seitas que, utilizando o nome de Cristo, traíam nalgum ponto a sua doutrina.

 

Escreve São Cirilo: “Chamamos-lhe Católica quer porque se encontra difundida por todo o orbe da Terra, dum confim ao outro, quer porque ensina de modo universal e sem defeito todos os dogmas que os homens devem conhecer, do visível e do invisível, do celestial e do terreno”.

 

Também porque submete ao recto culto todo o tipo de homens, governantes e cidadãos, doutos e ignorantes.

 

E, finalmente, porque cura e sana todo o género de pecados, da alma, ou do corpo, possuindo além disso - seja qual for o nome com que se designe - todas as formas de virtude, em factos, em palavras e em toda a espécie de dons espirituais.

 

A catolicidade da Igreja não depende de que os não católicos a aclamem ou tenham consideração por Ela.

 

Nem se relaciona com o facto de que, em assuntos não espirituais, as opiniões de algumas pessoas, dotadas de autoridade na Igreja, sejam consideradas - e às vezes instrumentalizadas - por meios de opinião pública de correntes afins ao seu pensamento.

 

Acontecerá frequentemente que a parte de verdade que se defende em qualquer ideologia humana, encontre no ensino perene da Igreja algum eco ou algum fundamento; isto é, em certa medida, um sinal da divindade da Revelação que esse Magistério guarda.

 

Mas a Esposa de Cristo é Católica mesmo quando for deliberadamente ignorada por muitos, e inclusivamente ultrajada e perseguida, como acontece hoje por desgraça em tantos sítios.

 

 

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A Igreja não é um partido político, nem uma ideologia social, nem uma organização mundial de concórdia ou de progresso material, mesmo reconhecendo a nobreza dessas e doutras actividades.

 

A Igreja realizou sempre e continua a realizar um imenso trabalho em benefício dos necessitados, dos que sofrem e de todos aqueles que, de alguma maneira, padecem as consequências do único e verdadeiro mal, que é o pecado.

 

E a todos - aos que são de qualquer forma indigentes e aos que julgam gozar da plenitude dos bens da terra - a Igreja vem confirmar uma única coisa essencial, definitiva: que o nosso destino é eterno e sobrenatural; que só em Jesus Cristo nos salvamos para sempre; e que só n'Ele alcançamos, já nesta vida, de algum modo, a paz e a felicidade verdadeiras.

 

Pedi agora comigo a Deus Nosso Senhor que nós, os católicos, nunca nos esqueçamos destas verdades e que nos decidamos a pô-las em prática.

 

A Igreja Católica não precisa do "visto bom" dos homens, porque é obra de Deus.

 

Católicos nos mostraremos pelos frutos de santidade que dermos, visto que a santidade não admite fronteiras nem é património de nenhum particularismo humano.

 

Católicos nos mostraremos se rezarmos, se continuamente procurarmos dirigir-nos a Deus, se nos esforçarmos, sempre e em tudo, por ser justos - no mais amplo alcance do termo justiça, não raramente utilizado nestes tempos com um matiz materialista e erróneo -, se amarmos e defendermos a liberdade pessoal dos outros homens.

 

Lembro-vos também outro sinal claro da catolicidade da Igreja: a fiei conservação e administração dos Sacramentos como foram instituídos por Jesus Cristo, sem tergiversações humanas nem más tentativas de os condicionar psicológica ou sociologicamente.

 

Pois ninguém pode determinar o que está sob a potestade de outrem, a não ser aquilo que está em seu poder.

 

E como a santificação do homem está sob a potestade de Deus santificante, não compete ao homem estabelecer, segundo o seu critério, quais as coisas que o hão-de santificar, mas isto há-de ser determinado por instituição divina.

 

Essas tentativas de tirar a universalidade à essência dos Sacramentos, poderiam ter talvez uma justificação se se tratasse apenas de sinais, de símbolos, que actuassem por leis naturais de compreensão e entendimento.

 

Mas, os Sacramentos da Nova Lei são ao mesmo tempo causas e sinais.

 

Por isso comummente se ensina que causam o que significam. Daí que conservem perfeitamente a razão de Sacramento, enquanto se ordenam a algo sagrado, não só como sinal, mas também como causas.

 

 

11   

       

 

Esta Igreja Católica é romana.

 

Eu saboreio esta palavra: Romana!

 

Sinto-me romano, porque romano quer dizer universal, católico; porque me leva a amar carinhosamente o Papa, il dolce Cristo in terra, como gostava de repetir Santa Catarina de Sena, a quem tenho como amiga amadíssima.

 

Desde este centro católico romano ninguém é, em teoria, inalcançável; todos podem e devem ser alcançados”, sublinhou Paulo VI no discurso de encerramento do Concílio Vaticano II.

 

Para a Igreja Católica ninguém é estranho, ninguém está excluído, ninguém se considera afastado.

 

Venero com todas as minhas forças a Roma de Pedro e de Paulo, banhada pelo sangue dos mártires, centro donde tantos saíram para propagar por todo o mundo a palavra salvadora de Cristo.

 

Ser romano não implica nenhum particularismo, mas ecumenismo autêntico.

 

Representa o desejo de dilatar o coração, de abri-lo a todos com as ânsias redentoras de Cristo, que a todos procura e a todos acolhe, porque a todos amou primeiro.

 

Santo Ambrósio escreveu umas breves palavras, que compõem uma espécie de cântico de alegria: onde está Pedro, aí está a Igreja, e onde está a Igreja não reina a morte, mas a vida eterna.

 

Porque onde estão Pedro e a Igreja está Cristo, e Ele é a salvação, o único caminho.

 

Pequena agenda do cristão

  



DOMINGO

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?



SACRAMENTOS

 


A liturgia e os sacramentos em geral

 

3. A Liturgia

 

A liturgia cristã «é essencialmente acção de Deus (actio Dei) que nos envolve em Jesus por meio do Espírito» Bento XVI, Ex. ap. Sacramentum Caritatis, 37., e possui uma dupla dimensão: ascendente e descendente «Por um lado, a Igreja, unida ao seu Senhor e “sob a acção do Espírito Santo” ( Lc 10, 21), bendiz o Pai “pelo seu Dom inefável” ( 2 Cor 9, 15), mediante a adoração, o louvor e a acção de graças. Por outro lado, e até à consumação do desígnio de Deus, a Igreja não cessa de oferecer ao Pai “a oblação dos seus próprios dons” e de Lhe implorar que envie o Espírito Santo sobre esta oblação, sobre si própria, sobre os fiéis e sobre o mundo inteiro, a fim de que, pela comunhão na morte e ressurreição de Cristo-Sacerdote e pelo poder do Espírito, estas bênçãos divinas produzam frutos de vida, «para que seja enaltecida a glória da sua graça» ( Ef 1, 6)» (Catecismo 1083).. «A liturgia é “acção” do “Cristo total” (Christus totus(Catecismo, 1136), por isso «é toda a comunidade, o corpo de Cristo unido à sua Cabeça, que celebra» (Catecismo, 1140). No centro da assembleia encontra-se o próprio Jesus Cristo (cf. Mt 18, 20), agora ressuscitado e glorioso. Cristo precede a assembleia que celebra. Ele – que actua inseparavelmente unido ao Espírito Santo – convoca-a, reúne-a e ensina-a. Ele, o Sumo e Eterno Sacerdote é o principal protagonista da acção ritual que torna presente o evento fundador, embora se sirva dos seus ministros para re-presentar (para tornar presente, real e verdadeiramente, no aqui e agora da celebração litúrgica) o seu sacrifício redentor e tornar-nos participantes dos dons conviviais da sua Eucaristia.

 

Sem esquecer que, formando com Cristo-Cabeça «como que uma única pessoa mística» Pio XII, Enc. Mystici Corporis ; cf. Catecismo, 1119., a Igreja actua nos sacramentos como “comunidade sacerdotal”, “organicamente estruturada”: graças ao Baptismo e à Confirmação, o povo sacerdotal torna-se apto para celebrar a Eucaristia. Por isso, «as acções litúrgicas não são acções privadas, mas celebrações da Igreja (…), pertencem a todo o corpo da Igreja, manifestam-no e afectam-no, atingindo, porém, cada um dos membros de modo diverso, segundo a variedade de estados, funções e participação actual» Concílio Vaticano II, Const. Sacrosanctum Concilium , 26; cf. Catecismo, 1140..

 

Em cada celebração litúrgica comparticipa toda a Igreja, céus e terra, Deus e os homens (cf. Ap 5). A liturgia cristã, embora se celebre apenas aqui e agora, num lugar concreto e expresse em si uma certa comunidade, é por natureza católica, provém do todo e conduz ao todo, em unidade com o Papa, com os bispos em comunhão com o Romano Pontífice, com os crentes de todas as épocas e lugares «para que Deus seja tudo em todas as coisas» (1 Cor 15, 28). Nesta perspectiva, é fundamental o princípio de que o verdadeiro sujeito da liturgia é a Igreja, concretamente a communio sanctorum de todos os lugares e de todos os tempos («A oblação deve redundar em benefício de todos - Orate, fratres, reza o sacerdote -, porque este sacrifício é meu e vosso, de toda a Igreja Santa. Orai, irmãos, mesmo que sejam poucos os que se encontram reunidos, mesmo que se encontre materialmente presente apenas um cristão ou até só o celebrante, porque uma Missa é sempre o holocausto universal, o resgate de todas as tribos e línguas e povos e nações! (cf. Ap 5, 9). Todos os cristãos, pela comunhão dos Santos, recebem as graças de cada Missa, quer se celebre diante de milhares de pessoas, quer haja apenas como único assistente um menino, possivelmente distraído, a ajudar o sacerdote. Tanto num caso como noutro, a Terra e o Céu unem-se para entoar com os Anjos do Senhor: Sanctus, Sanctus, Sanctus...»( S. Josemaria Escrivá , Cristo que Passa).. Por isso, quanto mais uma celebração está imbuída desta consciência, tanto mais nela se realiza concretamente o sentido da liturgia. Expressão desta consciência de unidade e universalidade da Igreja é o uso do latim e do canto gregoriano em algumas partes da celebração litúrgica (Cf. Bento XVI, Ex. ap. Sacramentum Caritatis , 62; Concílio Vaticano II, Const. Sacrosanctum Concilium, 54)..

 

A partir destas considerações, podemos afirmar que a assembleia que celebra a Eucaristia é a comunidade dos baptizados que, «pela regeneração e pela unção do Espírito Santo, são consagrados para serem casa espiritual, sacerdócio santo, para que, por meio de todas as obras próprias do cristão, ofereçam oblações espirituais» (Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 10). Este “sacerdócio comum” é o de Cristo, único Sacerdote, no qual todos os seus membros participam (Cf. Concílio Vaticano II, Const. Lumen Gentium, 10 e 34; Decr. Presbyteorum Ordinis, 2).. «Assim, na celebração dos sacramentos, toda a assembleia é “liturga”, cada qual segundo a sua função, mas “na unidade do Espírito” que age em todos» (Catecismo, 1144). Por isso, a participação nas celebrações litúrgicas, mesmo que não abarque toda a vida sobrenatural dos fiéis, constitui para eles, como para toda a Igreja, o cume para o qual tende toda a sua actividade e a fonte donde mana a sua força (Cf. Concílio Vaticano II, Const. Sacrosanctum Concilium , 20).. Na realidade, «a Igreja recebe-se e simultaneamente exprime-se nos sete sacramentos, pelos quais a graça de Deus influencia concretamente a existência dos fiéis para que toda a sua vida, redimida por Cristo, se torne culto agradável a Deus» (Bento XVI, Ex. ap. Sacramentum Caritatis , 16)..

 

Quando nos referimos à assembleia como sujeito da celebração quer dizer que cada fiel, ao actuar como membro participante da assembleia, faz tudo e só o que lhe corresponde. «Os membros não têm todos a mesma função» (Rm 12, 4). Alguns são chamados por Deus na e pela Igreja para um serviço especial da comunidade. Estes servidores são escolhidos pelo sacramento da Ordem, por meio do qual o Espírito Santo os torna aptos para actuar em representação de Cristo-Cabeça ao serviço de todos os membros da Igreja (Cf. Concílio Vaticano II, Decr. Presbyterorum Ordinis , 2 e 15).. Como São João Paulo II esclareceu em diversos momentos, «in persona Christi quer dizer algo mais do que “em nome”, ou então “nas vezes” de Cristo. In persona, isto é, na específica e sacramental identificação com o Sumo e Eterno Sacerdote, que é o Autor e o principal Sujeito deste seu próprio sacrifício, no que verdadeiramente não pode ser substituído por ninguém» (São João Paulo II, Enc. Ecclesia de Eucharistia, 29. Nas notas 59 e 60 reproduzem-se as intervenções do Magistério do século XX sobre este ponto: «O ministro do altar age personificando Cristo cabeça, que oferece em nome de todos os membros»). Podemos dizer graficamente, como diz o Catecismo, que «o ministro ordenado é como que o “ícone” de Cristo-Sacerdote» (Catecismo 1142).

 

«O mistério celebrado na liturgia é um só, mas as formas da sua celebração são diversas. A riqueza insondável do mistério de Cristo é tal, que nenhuma tradição litúrgica pode esgotar-lhe a expressão». (Catecismo, 1200-1201). «As tradições litúrgicas ou ritos, actualmente em uso na Igreja, são: o rito latino (principalmente o rito romano, mas também os ritos de certas igrejas locais, como o rito ambrosiano ou o de certas ordens religiosas) e os ritos bizantino, alexandrino ou copta, siríaco, arménio, maronita e caldeu» (Catecismo 1203). «A Igreja considera iguais em direito e honra todos os ritos legitimamente reconhecidos, quer que se mantenham e sejam por todos os meios promovidos» (Concílio Vaticano II, Const. Sacrosanctum Concilium , 4.a).

 

 

Juan José Silvestre

 

Revisão da versão portuguesa por AMA.

 

 

Bibliografia básica

 

Catecismo da Igreja Católica, 1066-1098; 1113-1143; 1200-1211 e 1667-1671.

 

 

Leituras recomendadas

 

São Josemaria, Homilia «A Eucaristia, mistério de fé e de amor», em Cristo que Passa, 83-94; também os n. 70 e 80. Temas Actuais do Cristianismo, 115.

J. Ratzinger, Introdução ao Espírito da Liturgia, Edições Paulinas, 2002.

J.L. Gutiérrez-Martín, Belleza y misterio. La liturgia, vida de la Iglesia, EUNSA (Astrolabio), Pamplona 2006, pp. 53-84, 13-126.

Reflexão

 

Isaac

 

O facto de que Isaac levasse a lenha para o holocausto é a figura de Cristo que levou a Sua Cruz ás costas.

Mas, ao mesmo tempo, levar a lenha para o holocausto é tarefa do sacerdote.

Logo Isaac foi ao mesmo tempo Vítima e Sumo-Sacerdote. Segundo Espírito, com efeito, oferece a vítima ao seu Pai; segundo a carne, Ele próprio é oferecido sobre o altar da Cruz.

 

(Orígenes, Homílias)