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11/11/2020

Novíssimos

 


PURGATÓRIO

 

Contemplar o mistério

 

O Purgatório é uma misericórdia de Deus, para limpar os defeitos dos que desejam identificar-se com Ele. 

Não queiras fazer nada para ganhar mérito nem por medo das penas do purgatório: desde agora e para sempre, empenha-te em fazer tudo, até as coisas mais pequenas, para dar gosto a Jesus. 

"Esta é a vossa hora, e o poder das trevas". - Então, o homem pecador tem a sua hora? - Sim... E Deus, a sua eternidade! 

 

Pequena agenda do cristão

 


Quarta-Feira

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?




Nunca perder o ponto de mira sobrenatural

 



Um remédio contra essas tuas inquietações: ter paciência, rectidão de intenção e olhar as coisas com perspectiva sobrenatural.. (Sulco, 853)

 

Procuremos, portanto, nunca perder o ponto de mira sobrenatural, vendo Deus por detrás de cada acontecimento, seja ele agradável ou desagradável, quer nos cause satisfação... ou desconsolo pela morte de um ser querido. Antes de mais, a conversa com o nosso Pai Deus, procurando o Senhor no centro da nossa alma. Não é coisa que possa considerar-se como uma miudeza, de pouca monta: é uma manifestação clara de vida interior constante, de um autêntico diálogo de amor. Será uma prática que não nos produzirá nenhuma deformação psicológica, porque – para um cristão – deve ser tão natural como o bater do coração. (Amigos de Deus, 247)

Leitura espiritual 11 Novembro

 

Evangelho

 

 

Jo 10, 1-21

 

O bom pastor

 

1 «Em verdade, em verdade vos digo: quem não entra pela porta no redil das ovelhas, mas sobe por outro lado, é um ladrão e salteador. 2 Aquele que entra pela porta é o pastor das ovelhas. 3 A esse o porteiro abre-a e as ovelhas escutam a sua voz. E ele chama as suas ovelhas uma a uma pelos seus nomes e fá-las sair. 4 Depois de tirar todas as que são suas, vai à frente delas, e as ovelhas seguem-no, porque reconhecem a sua voz. 5 Mas, a um estranho, jamais o seguiriam; pelo contrário, fugiriam dele, porque não reconhecem a voz dos estranhos.» 6 Jesus propôs-lhes esta comparação, mas eles não compreenderam o que lhes dizia. 7 Então, Jesus retomou a palavra: «Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas. 8 Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e salteadores, mas as ovelhas não lhes prestaram atenção. 9 Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim estará salvo; há-de entrar e sair e achará pastagem. 10 O ladrão não vem senão para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância. 11 Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. 12 O mercenário, e o que não é pastor, a quem não pertencem as ovelhas, vê vir o lobo e abandona as ovelhas e foge e o lobo arrebata-as e espanta-as, 13 porque é mercenário e não lhe importam as ovelhas. 14 Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas e as minhas ovelhas conhecem-me, 15 assim como o Pai me conhece e Eu conheço o Pai; e ofereço a minha vida pelas ovelhas. 16 Tenho ainda outras ovelhas que não são deste redil. Também estas Eu preciso de as trazer e hão-de ouvir a minha voz; e haverá um só rebanho e um só pastor. 17 É por isto que meu Pai me tem amor: por Eu oferecer a minha vida, para a retomar depois. 18 Ninguém ma tira, mas sou Eu que a ofereço livremente. Tenho poder de a oferecer e poder de a retomar. Tal é o encargo que recebi de meu Pai.» 19 Estas palavras tornaram a provocar desentendimento entre os judeus. 20 Muitos deles comentavam: «Ele tem demónio e está louco. Porque lhe dais ouvidos?» 21 Outros diziam: «Estas palavras não são dum possesso. Como é que um demónio pode dar vista aos cegos?»

 


Cristo que passa

 

182

          

Reinar servindo

 

Se deixarmos que Cristo reine na nossa alma, não nos tornaremos dominadores; seremos servidores de todos os homens.

Serviço.

Como gosto desta palavra! Servir o meu Rei e, por Ele, todos os que foram redimidos com o seu sangue.

Se os cristãos soubessem servir! Vamos confiar ao Senhor a nossa decisão de aprender a realizar esta tarefa de serviço, porque só servindo é que poderemos conhecer e amar Cristo e dá-Lo a conhecer e conseguir que os outros O amem mais.

 

Como o mostraremos às almas?

Com o exemplo: que sejamos testemunho seu, com a nossa voluntária servidão a Jesus Cristo em todas as nossas actividades, porque É O Senhor de todas as realidades da nossa vida, porque É a única e a última razão da nossa existência.

Depois, quando já tivermos prestado esse testemunho do exemplo, seremos capazes de instruir com a palavra, com a doutrina.

Assim procedeu Cristo: coepit facere et docere, primeiro ensinou com obras, e só depois com a sua pregação divina.

 

Servir os outros, por Cristo, exige que sejamos muito humanos.

Se a nossa vida é desumana, Deus nada edificará nela, porque habitualmente não constrói sobre a desordem, sobre o egoísmo, sobre a prepotência.

Precisamos de compreender todas as pessoas, temos de conviver com todos, temos de desculpar todos, temos de perdoar a todos. Não diremos que o injusto é o justo, que a ofensa a Deus não é ofensa a Deus, que o mau é bom.

Todavia, perante o mal, não responderemos com outro mal, mas com a doutrina clara e com a boa acção; afogando o mal em abundância de bem. Assim Cristo reinará na nossa alma e nas almas dos que nos rodeiam.

 

Alguns procuram construir a paz no mundo sem porem amor de Deus nos seus corações, sem servirem por amor de Deus as criaturas. Como será possível realizar desse modo uma missão de paz?

A paz de Cristo é a paz do reino de Cristo; e o reino de Nosso Senhor há-de alicerçar-se no desejo de santidade, na disposição humilde para receber a graça, numa, esforçada acção de justiça, num divino derramamento de amor.

 

183

         

Cristo no cume das actividades humanas

 

Isto é realizável, não é um sonho inútil.

Se nós, homens, nos decidíssemos a albergar nos nossos corações o amor de Deus!

Cristo, Senhor Nosso, foi crucificado e, do alto da Cruz, redimiu o mundo, restabelecendo a paz entre Deus e os homens. Jesus Cristo lembra a todos: «et ego, si exaltatus fuero a terra, omnia traham ad meipsum», se vós Me puserdes no cume de todas as actividades da Terra, cumprindo o dever de cada momento, sendo meu testemunho naquilo que parece grande e naquilo que parece pequeno, omnia traham ad meipsum, tudo atrairei a Mim.

O Meu Reino entre vós será uma realidade!

 

Cristo, Nosso Senhor, continua empenhado nesta sementeira de salvação dos homens e de toda a Criação, deste nosso mundo, que é bom, porque saiu bom das mãos de Deus.

Foi a ofensa de Adão, o pecado do orgulho humano, que quebrou a harmonia divina da criação.

 

Mas Deus Pai, quando, chegou a plenitude dos tempos, enviou o seu Filho Unigénito, que por obra do Espírito Santo encarnou em Maria sempre Virgem, para restabelecer a paz; para que, redimindo o homem do pecado, adoptionem filiorum reciperemus fôssemos constituídos filhos de Deus, capazes de participar na intimidade divina, e assim fosse concedido a este homem novo, a esta nova estirpe dos filhos de Deus a libertação de todo o universo da desordem, restaurando todas as coisas em Cristo, que as reconciliou com Deus.

 

A isto fomos chamados, nós, os cristãos; esta é a nossa tarefa apostólica e a ânsia que nos deve queimar a alma: conseguir que seja realidade o reino de Cristo, que não haja mais ódios nem mais crueldades, que difundamos na Terra o bálsamo forte e pacífico do amor. Peçamos hoje ao nosso Rei que nos faça colaborar humilde e fervorosamente no divino propósito de unir o que está quebrado, de salvar o que está perdido, de ordenar o que o homem desordenou, de levar ao seu fim aquilo que se desencaminha, de reconstruir a concórdia de tudo o que foi criado.

 

Abraçar a fé cristã é comprometer-se a continuar entre as criaturas a missão de Jesus.

Temos de ser, cada um de nós, alter Christus, ipse Christus, outro Cristo, o próprio Cristo.

Só assim poderemos realizar esse empreendimento grande, imenso, interminável: santificar a partir de dentro todas as estruturas temporais, levando até elas o fermento da Redenção.

 

Nunca falo de política.

Não penso na tarefa dos cristãos na terra como o nascer duma corrente político-religiosa - seria uma loucura - nem mesmo com o bom propósito de difundir o espírito de Cristo em todas as actividades dos homens.

O que é preciso pôr em Deus é o coração de cada um, seja ele quem for.

Procuremos falar a todos os cristãos, para que no lugar onde estiverem - em circunstâncias que não dependem apenas da sua posição na Igreja ou na vida civil, mas do resultado das mutáveis situações históricas - saibam dar testemunho, com o exemplo e com a palavra, da fé que professam.

 

O cristão vive no mundo com pleno direito, por ser homem.

Se aceita que no seu coração habite Cristo, que reine Cristo, em todo o seu trabalho humano encontrará - bem forte - a eficácia Senhor.

Não tem qualquer importância que essa ocupação seja, como costuma dizer-se, alta ou baixa, porque um máximo humano pode ser, aos olhos de Deus, uma baixeza, e o que chamamos baixo ou modesto pode ser um máximo cristão de santidade e de serviço.

 

184

         

A liberdade pessoal

 

O cristão, quando trabalha, como é sua obrigação, não deve marginar nem iludir as exigências próprias do que é natural.

Se com a expressão abençoar as actividades humanas se entendesse anular ou escamotear a sua dinâmica própria, negar-me-ia a usar essas palavras.

Pessoalmente, nunca me consegui convencer que as actividades correntes dos homens precisassem de ostentar, como um letreiro postiço, um qualificativo confessional, porque me parece, embora respeite a opinião contrária, que se corre o perigo de usar em vão o santo nome da nossa fé e, além disso, porque em certas ocasiões, a etiqueta católica se utilizou até para justificar atitudes e actuações que não são às vezes sequer honradamente humanas.

 

Se o mundo e tudo o que nele há - menos o pecado - é bom, porque é obra de Deus Nosso Senhor, o cristão, lutando continuamente por evitar as ofensas a Deus - uma luta positiva de amor - há-de dedicar-se a tudo aquilo que é terreno, ombro a ombro com os outros cidadãos, e tem obrigação de defender todos os bens derivados da dignidade da pessoa.

 

Existe um bem que deverá sempre procurar dum modo especial - o da liberdade pessoal.

Só se defende a liberdade individual dos outros com a correspondente responsabilidade pessoal, poderá, com honradez humana e cristã, defender da mesma maneira a sua.

Repito e repetirei sem cessar que o Senhor nos deu gratuitamente uma grande dádiva sobrenatural, a graça divina, e outra maravilhosa dádiva humana, a liberdade pessoal, que exige de nós - para que não se corrompa, convertendo-se em libertinagem - integridade, empenho sério por desenvolver a nossa conduta dentro da lei divina, porque onde está o Espírito de Deus, aí há liberdade.

 

O Reino de Cristo é de liberdade: nele não existem outros servos além daqueles que livremente se deixaram prender por Amor a Deus. Bendita escravidão de amor, que nos faz livres!

Sem liberdade, não podemos corresponder à graça; sem liberdade, não podemos entregar-nos livremente ao Senhor pela razão mais sobrenatural: porque nos apetece.

 

Alguns daqueles que me escutam já me conhecem há muitos anos. Podeis testemunhar que durante toda a minha vida preguei a liberdade pessoal, com pessoal responsabilidade.

Procurei-a e procuro-a, por toda a terra, como Diógenes procurava um homem.

E amo-a cada vez mais, amo-a sobre todas as coisas terrenas: é um tesoiro que nunca saberemos apreciar suficientemente.

 

Quando falo de liberdade pessoal, não me refiro com esta desculpa a outros problemas talvez muito legítimos, que não correspondem ao meu ofício de sacerdote.

Sei que não me corresponde tratar de temas seculares e transitórios, que pertencem à esfera do temporal e civil, matérias que o Senhor deixou à livre e serena controvérsia dos homens.

Sei também que os lábios do sacerdote, evitando a todo o transe parcialidades humanas, hão-de abrir-se apenas para conduzir as almas a Deus, à Sua doutrina espiritual salvadora, aos sacramentos que Jesus Cristo instituiu, à vida interior que nos aproxima do Senhor por nos sabermos Seus filhos e, portanto, irmãos de todos os homens sem excepção.

 

Celebramos hoje a festa de Cristo Rei.

E não saio do meu ofício de sacerdote quando digo que, se alguma pessoa entendesse o reino de Cristo como um programa político, não teria aprofundado como devia na finalidade da Fé e estaria a um passo de sobrecarregar as consciências com pesos que não são os de Jesus porque o seu jugo é suave e o seu peso é leve.

Amemos de verdade todos os homens, amemos a Cristo acima de tudo e então não teremos outro remédio senão amar a legítima liberdade dos outros, numa pacífica e justa convivência.

 

185

         

Serenos, filhos de Deus

 

Talvez me façais a seguinte sugestão: mas poucos querem ouvir isto e, menos ainda, pô-lo em prática.

Consta-me que a liberdade é uma planta forte e sã, que se aclimata mal entre as pedras, espinhos ou nos caminhos calcados pelas pessoas. Isto já nos tinha sido anunciado, mesmo antes de Cristo vir à terra.

 

Recordai o Salmo número dois: “porque razão se amotinam as nações e os povos maquinam planos vãos? Os reis da terra sublevam-se e os príncipes coligam-se contra o Senhor e contra o seu Messias”.

Vedes?

Nada de novo.

Opunham-se a Cristo antes de que este nascesse; opuseram-se-Lhe enquanto os Seus pés pacíficos percorriam os caminhos da Palestina; perseguiram-nO depois e agora, atacando os membros do Seu Corpo Místico e real.

Porquê tanto ódio, porquê este encarniçar-se contra a cândida simplicidade, porquê este universal esmagamento da liberdade de cada consciência?

 

Quebremos as suas cadeias, e sacudamos de nós o seu jugo.

Quebram o jugo suave, lançam fora a sua carga, maravilhosa carga de santidade e de justiça, de graça, de amor e de paz.

Enfurecem-se perante o amor, riem-se da bondade inerme dum Deus que renuncia ao uso das suas legiões de anjos para Se defender.

Se o Senhor admitisse um arranjo, se sacrificasse uns poucos de inocentes para satisfazer a maioria de culpados, ainda poderiam tentar algum entendimento com Ele.

Mas não é esta a lógica de Deus.

O nosso Pai é verdadeiramente pai, e está disposto a perdoar a inumeráveis fautores do mal, contanto que haja só dez justos.

Os que se movem pelo ódio, não podem entender esta misericórdia, e afincam-se na sua aparente impunidade terrena, alimentando-se da injustiça.

 

Aquele que habita nos céus ri-se, o Senhor zomba eles.

Ele fala-lhes então na sua ira, e os aterroriza no seu furor. Que legítima é a ira de Deus e que justo o seu furor!

E que grande também a sua clemência!

 

Eu, porém, fui por Ele constituído Rei sobre Sião, seu monte santo, para anunciar os seus preceitos.

O Senhor disse-me: “Tu és meu filho, eu gerei-te hoje”.

A misericórdia de Deus Pai deu-nos como Rei o Seu Filho. Quando ameaça, enternece-Se; anuncia a Sua ira e entrega-nos o Seu Amor. Tu és meu filho: dirige-se a Cristo e dirige-se a ti e a mim, se nos decidimos a ser alter Christus, ipse Christus.

 

As palavras não podem seguir o coração, que se emociona diante da bondade de Deus: tu és Meu filho.

Não um estranho, não um servo benevolamente tratado, não um amigo, que já seria muito.

Filho!

Concede-nos via livre para que vivamos com Ele a piedade do filho e, atrever-me-ia a afirmar, também a desvergonha do filho dum Pai que é incapaz de lhe negar o que quer que seja.

 

 

Virtudes

 



Fidelidade 5

Deus é bom

Para ser autenticamente fiéis, também nas circunstâncias difíceis, temos que nos aperceber verdadeiramente de que Deus é infinitamente bom. Esta maravilha descobre-se na oração, nos sacramentos, no trato com os outros. Há um primado absoluto da graça, dom do Deus de misericórdia, que vivifica toda a fidelidade: “nos diligimus, quoniam ipse prior dilexit nos(1 Jo 4, 19), nós amamos, porque Ele nos amou primeiro. Ama-nos Deus Pai amantíssimo, que nos enviou o seu Filho Jesus. «Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16).

A fidelidade fundamenta-se no amor de Deus e é a perfeição do amor. O amor da nossa juventude, que com a graça de Deus lhe demos generosamente, não o vamos tirar com o passar dos anos. A fidelidade é a perfeição do amor: no fundo de todos os dissabores que pode haver na vida de uma alma entregue a Deus, há sempre um ponto de corrupção e de impureza. Se a fidelidade é inteira e sem quebra, será alegre e indiscutida (São Josemaria, Carta 24-III-1931, 45).

UM AMIGO QUE É MAIS FIEL PODE, COM A SUA FIDELIDADE, FAZER FIEL O OUTRO QUE, TALVEZ, NÃO O SEJA TANTO; E SE SE TRATA DE JESUS, ELE TEM, MAIS DO QUE NINGUÉM, O PODER DE FAZER FIÉIS OS SEUS AMIGOS. (PAPA FRANCISCO)

Diz o Senhor que o Espírito Santo acusará o mundo «de pecado, porque não crêem em Mim» (Jo 16,9). Podemos entender esta afirmação como referida não só ao facto de não crer que Jesus Cristo é Deus e homem verdadeiro, mas também ao “pecado” de não confiar plenamente no seu amor por nós. Talvez não cheguemos a incorporar plenamente na nossa vida essas palavras, algo misteriosas, de São Paulo: quod autem nunc vivo in carne, in fide vivo Filii Dei, qui dilexit me et tradidit seipsum pro me (Gal 2,20). É bom, pois, que nos perguntemos: a vida que vivo agora na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim?

Reflexão

 



Paz

 

Existem, portanto, dois tipos de paz: a que os homens são capazes de construir por si sós, e a que é dom de Deus; (…) a que vem imposta pelo poder das armas e a que nasce do coração.

A primeira é frágil e inssegura; poderia chamar-se uma mera aparência de paz porque se funda no medo e na desconfiança. A

 segunda, pelo contrário, é uma paz forte e duradoura porque, ao fundar-se na justiça e no amor, penetra no coração; é um dom que Deus concede aos que amam a Sua Lei (Cfr. Sal 119, 165).

 

(São João Paulo II,  Discuro à UNIV-86, Roma 24.03.1986)