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11/11/2020

Virtudes

 



Fidelidade 5

Deus é bom

Para ser autenticamente fiéis, também nas circunstâncias difíceis, temos que nos aperceber verdadeiramente de que Deus é infinitamente bom. Esta maravilha descobre-se na oração, nos sacramentos, no trato com os outros. Há um primado absoluto da graça, dom do Deus de misericórdia, que vivifica toda a fidelidade: “nos diligimus, quoniam ipse prior dilexit nos(1 Jo 4, 19), nós amamos, porque Ele nos amou primeiro. Ama-nos Deus Pai amantíssimo, que nos enviou o seu Filho Jesus. «Tanto amou Deus o mundo que lhe entregou o seu Filho Unigénito, para que todo aquele que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16).

A fidelidade fundamenta-se no amor de Deus e é a perfeição do amor. O amor da nossa juventude, que com a graça de Deus lhe demos generosamente, não o vamos tirar com o passar dos anos. A fidelidade é a perfeição do amor: no fundo de todos os dissabores que pode haver na vida de uma alma entregue a Deus, há sempre um ponto de corrupção e de impureza. Se a fidelidade é inteira e sem quebra, será alegre e indiscutida (São Josemaria, Carta 24-III-1931, 45).

UM AMIGO QUE É MAIS FIEL PODE, COM A SUA FIDELIDADE, FAZER FIEL O OUTRO QUE, TALVEZ, NÃO O SEJA TANTO; E SE SE TRATA DE JESUS, ELE TEM, MAIS DO QUE NINGUÉM, O PODER DE FAZER FIÉIS OS SEUS AMIGOS. (PAPA FRANCISCO)

Diz o Senhor que o Espírito Santo acusará o mundo «de pecado, porque não crêem em Mim» (Jo 16,9). Podemos entender esta afirmação como referida não só ao facto de não crer que Jesus Cristo é Deus e homem verdadeiro, mas também ao “pecado” de não confiar plenamente no seu amor por nós. Talvez não cheguemos a incorporar plenamente na nossa vida essas palavras, algo misteriosas, de São Paulo: quod autem nunc vivo in carne, in fide vivo Filii Dei, qui dilexit me et tradidit seipsum pro me (Gal 2,20). É bom, pois, que nos perguntemos: a vida que vivo agora na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e Se entregou a Si mesmo por mim?

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