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12/10/2020

Reflexão

 


Protectora e Mãe

A realidade que vivemos actualmente de tal forma nos mantém num estado de alerta quase permanentemente, (refiro-me à pandemia), que se torna avassaladora.

Não podemos imaginar ou comparar o que terão sido os últimos anos do Século XIX e os primeiros do Século XX para os que então enfrentaram a terrível Peste Bubónica que reduziu a população mundial em um terço!

Mas... os sobreviventes, não obstante os sofrimentos já passados, ainda foram "capazes" de encontrar outros: Duas guerras mundiais que foram catástrofes inauditas.

Temos - sobretudo os cristãos - sentir-nos urgidos a clamar à Senhora de Fátima que nos proteja e guarde e nos guie com mão segura de Protectora e Mãe.

 

(AMA, 2020)

Pequena agenda do cristão

 

SeGUNDa-Feira

Pequena agenda do cristão

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?


Leitura espiritual Outubro 12

 



Cartas de São Paulo

 

1.ª Tessalonicenses 4

 

II. PRÁTICA CRISTÃ

 

Santidade e caridade –

1 Quanto ao resto, irmãos, pedimo-vos e exortamo-vos no Senhor Jesus Cristo, a fim de que, tendo aprendido de nós o modo como se deve caminhar e agradar a Deus - e já o fazeis - assim progridais sempre mais. 2 Conheceis bem que preceitos vos demos da parte do Senhor Jesus. 3 Esta é, na verdade, a vontade de Deus: a vossa santificação; que vos afasteis da devassidão, 4 que cada um de vós saiba possuir o seu corpo em santidade e honra, 5 sem se deixar levar pelo desejo da paixão como os pagãos que não conhecem Deus. 6 Que ninguém, nesta matéria, defraude e se aproveite do seu irmão, porque o Senhor vinga tudo isto, como já vos dissemos e testemunhámos. 7 Com efeito, Deus não nos chamou à impureza mas à santidade. 8 Pois quem despreza estes preceitos não despreza um homem, mas o próprio Deus, que vos dá o seu Espírito Santo. 9 A respeito do amor fraterno não precisais que se vos escreva, pois vós próprios fostes ensinados por Deus a amar-vos uns aos outros; 10 aliás, vós já o fazeis com todos os irmãos da Macedónia. Exortamo-vos, irmãos, a progredir sempre mais, 11 a ter como ponto de honra viver em paz, a ocupar-vos das próprias actividades, a trabalhar com as vossas mãos, como vos recomendámos, 12 de modo que vos comporteis honestamente perante os de fora e não preciseis de ninguém.

 

Vinda do Senhor e destino dos mortos –

13 Irmãos, não queremos deixar-vos na ignorância a respeito dos que faleceram, para não andardes tristes como os outros, que não têm esperança. 14 De facto, se acreditamos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus reunirá com Jesus os que em Jesus adormeceram. 15 Eis o que vos dizemos, baseando-nos numa palavra do Senhor: nós, os vivos, os que ficarmos para a vinda do Senhor, não precederemos os que faleceram; 16 pois o próprio Senhor, à ordem dada, à voz do arcanjo e ao som da trombeta de Deus, descerá do Céu, e os mortos em Cristo ressurgirão primeiro. 17 Em seguida nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles sobre as nuvens, para irmos ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. 18 Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras.

                                         

Cristo que passa

 

15

          

Como em relação a qualquer outro aspecto da sua vida, nunca deveríamos contemplar esses anos ocultos de Jesus sem nos sentirmos afectados, sem os reconhecermos como aquilo que são: chamamentos que o Senhor nos dirige para sairmos do nosso egoísmo, do nosso comodismo.

O Senhor conhece as nossas limitações, o nosso individualismo e a nossa ambição: a dificuldade em nos conhecermos a nós mesmos e de nos entregarmos aos outros.

Sabe o que é não encontrar amor e verificar que mesmo aqueles que dizem segui-Lo o fazem só a meias.

Recordai as cenas tremendas que os evangelistas nos descrevem e em que vemos os apóstolos ainda cheios de aspirações temporais e de projectos exclusivamente humanos.

Mas Jesus escolheu-os, mantém-nos juntos de Si e confia-lhes a missão que recebeu do Pai.

 

Também a nós nos chama e nos pergunta como a Tiago e João: Potestis bibere calicem quem ego bibiturus sum?; estais dispostos a beber o cálice (este cálice da completa entrega ao cumprimento da vontade do Pai) que eu vou beber?

"Possumus"!

Sim, estamos dispostos! - é a resposta de João e Tiago...

Vós e eu, estamos dispostos seriamente a cumprir, em tudo, a vontade do nosso Pai, Deus?

Demos ao Senhor o nosso coração inteiro ou continuamos apegados a nós mesmos, aos nossos interesses, à nossa comodidade, ao nosso amor-próprio?

Há em nós alguma coisa que não corresponda à nossa condição de cristãos e que nos impeça de nos purificarmos?

Hoje apresenta-se-nos a ocasião de rectificar.

 

É necessário que nos convençamos de que Jesus nos dirige pessoalmente estas perguntas.

É Ele que as faz, não eu.

Eu não me atreveria a fazê-las a mim próprio.

Eu vou continuando a minha oração em voz alta e vós, cada um de vós, por dentro, está confessando ao Senhor: Senhor, que pouco valho!

Que cobarde tenho sido tantas vezes!

Quantos erros!

Nesta ocasião e naquela... nisto e naquilo...

E podemos exclamar também: ainda bem, Senhor, que me tens sustentado com a tua mão, porque eu sinto-me capaz de todas as infâmias...

Não me largues, não me deixes; trata-me sempre como um menino. Que eu seja forte, valente, íntegro.

Mas ajuda-me, como a uma criatura inexperiente.

Leva-me pela tua mão, Senhor, e faz com que tua Mãe esteja também a meu lado e me proteja.

E assim, possumus!, poderemos, seremos capazes de ter-Te por modelo!

 

Não é presunção afirmar possumus!

Jesus Cristo ensina-nos este caminho divino e pede-nos que o apreendamos porque Ele o tornou humano e acessível à nossa fraqueza.

Por isso se rebaixou tanto: Este foi o motivo porque se abateu, tomando a forma de servo aquele Senhor que, como Deus, era igual ao Pai; mas abateu-se na majestade e na potência; não na bondade e na misericórdia.

 

A bondade de Deus quer tornar-nos fácil o caminho.

Não rejeitemos o convite de Jesus; não Lhe digamos que não; não nos façamos surdos ao seu chamamento; pois não existem desculpas, não temos nenhum motivo para continuar a pensar que não podemos.

Ele ensinou-nos com o seu exemplo.

Portanto, peço-vos encarecidamente, meus irmãos, que não permitais que se vos tenha mostrado em vão exemplo tão precioso, mas que vos conformeis com Ele e vos renoveis no espírito da vossa alma.

 

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Passou pela terra fazendo o bem

 

Vedes como é necessário conhecer Jesus, observar amorosamente a sua vida?

Muitas vezes fui à procura da definição da biografia de Jesus na Sagrada Escritura.

Encontrei-a lendo aquela que o Espírito Santo faz em duas palavras: pertransiit benefaciendo.

Todos os dias de Jesus Cristo na terra, desde o seu nascimento até à morte, pertransiit benefaciendo, foram preenchidos fazendo o bem. Como, noutro lugar, a Escritura também diz: bene omnia fecit, fez tudo bem, terminou bem todas as coisas, não fez senão o bem.

 

E tu?

E eu?

Lancemos um olhar para ver se temos alguma coisa que emendar. Eu, sim, encontro em mim muito que fazer.

Como me vejo incapaz, só por mim, de fazer o bem e, como o próprio Jesus nos disse que sem Ele nada podemos, vamos tu e eu implorar ao Senhor a sua assistência, por meio de sua Mãe, neste colóquio íntimo, próprio das almas que amam a Deus.

Não acrescento mais nada, porque é cada um de vós que tem de falar, segundo a sua particular necessidade.

Por dentro, e sem ruído de palavras, neste mesmo momento em que vos dou estes conselhos, aplico esta doutrina à minha própria miséria.

 

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Pertransiit benefaciendo...

Que fez Jesus para derramar tanto bem, e só bem, por onde quer que passou?

Os Santos Evangelhos transmitiram-nos outra biografia de Jesus, resumida em três palavras latinas, que nos dá a resposta: erat subditus illis, obedecia.

Hoje, que o ambiente está cheio de desobediência, de murmuração, de desunião, havemos de estimar especialmente a obediência.

 

Sou muito amigo da liberdade e precisamente por isso amo tanto essa virtude cristã.

Devemos sentir-nos filhos de Deus e viver com o empenho de cumprir a vontade do nosso Pai, de realizar tudo segundo o querer de Deus, porque nos dá na gana, que é a razão mais sobrenatural.

 

O espírito do Opus Dei, que tenho procurado praticar e ensinar desde há mais de trinta e cinco anos, fez-me compreender e amar a liberdade pessoal.

Quando Deus Nosso Senhor concede a sua graça aos homens, quando os chama com uma vocação específica, é como se lhes estendesse a mão, uma mão paternal, cheia de fortaleza, repleta sobretudo de amor, porque nos busca um a um, como filhas e filhos seus, e porque conhece a nossa debilidade.

O Senhor espera que façamos o esforço de agarrar a sua mão, essa mão que Ele nos estende. Deus pede-nos um esforço, prova da nossa liberdade.

E para conseguirmos isso, temos de ser humildes, temos de sentir-nos filhos pequenos e amar a bendita obediência com que respondemos à bendita paternidade de Deus.

 

Convém deixar o Senhor meter-se nas nossas vidas e entrar confiadamente sem encontrar obstáculos nem recantos obscuros. Nós, os homens, tendemos a defender-nos, a apegar-nos ao nosso egoísmo.

Sempre tentamos ser reis, ainda que seja do reino da nossa miséria. Entendei através desta consideração por que motivo temos necessidade de recorrer a Jesus: para que Ele nos torne verdadeiramente livres e, dessa forma, possamos servir a Deus e a todos os homens.

Só assim perceberemos a verdade daquelas palavras de S. Paulo: Agora, porém, livres do pecado e feitos servos de Deus, tendes por fruto a santificação e por fim a vida eterna.

Porque o salário do pecado é a morte, ao passo que o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Nosso Senhor Jesus Cristo.

 

Estejamos precavidos, portanto, visto que a nossa tendência para o egoísmo não morre e a tentação pode insinuar-se de muitas maneiras.

Deus exige que, ao obedecer, ponhamos em exercício a fé, porque a sua vontade não se manifesta com aparato ruidoso; às vezes o Senhor sugere o seu querer como que em voz baixa, lá no fundo da consciência; e é necessário escutar atentamente para distinguir essa voz e ser-Lhe fiel.

 

Muitas vezes fala-nos através doutros homens e pode acontecer que, à vista dos defeitos dessas pessoas ou pensando que não estão bem informadas ou que talvez não tenham entendido todos os dados do problema, surja uma espécie de convite a não obedecermos.

 

Tudo isso pode ter um significado divino, porque Deus não nos impõe uma obediência cega, mas uma obediência inteligente, e temos de sentir a responsabilidade de ajudar os outros com a luz do nosso entendimento.

Mas sejamos sinceros connosco próprios: examinemos em cada caso se o que nos move é o amor à verdade ou o egoísmo e o apego ao nosso próprio juízo.

Quando as nossas ideias nos separam dos outros, quando nos levam a quebrar a comunhão, a unidade com os nossos irmãos, é sinal certo que não estamos a actuar segundo o espírito de Deus.

 

Não o esqueçamos: para obedecer, repito, é preciso humildade. Vejamos de novo o exemplo de Cristo.

Jesus obedece, e obedece a José e a Maria. Deus veio à Terra para obedecer, e para obedecer às criaturas.

São duas criaturas perfeitíssimas - Santa Maria, Nossa Mãe; mais do que Ela só Deus; e aquele varão castíssimo, José.

Mas criaturas.

E Jesus, que é Deus, obedecia-lhes!

Temos de amar a Deus, para amar assim a sua vontade, e ter desejos de responder aos chamamentos que nos dirige através das obrigações da nossa vida corrente: nos deveres de estado, na profissão, no trabalho, na família, no convívio social, no nosso próprio sofrimento e no sofrimento dos outros homens, na amizade, no empenho de realizar o que é bom e justo...

 

 

 

Outubro - Mês do Rosário




Santo Rosário - Mistérios Gloriosos 

Primeiro Mistério

Ressurreição de Jesus

_ «A quem procurais?»

_ «A Jesus, meu Senhor».

_ Não vos assusteis. Procurais a Jesus Nazareno, O Crucificado. Ressuscitou, não está aqui. Vede o lugar onde O tinham posto. Agora ide, dizei aos Seus discípulos e a Pedro que Ele vai diante de vós para a Galileia. Lá O vereis, como vos disse. Mc 16, 1-7 [1]

Este diálogo tão curto entre o Teu Anjo e as mulheres que Te foram ver uma vez mais, no Teu sepulcro, revela toda uma espantosa realidade: A Tua Ressurreição.

Não sei de todos se dão conta da fantástica prova da Tua divindade que quises-Te deixar-nos, Senhor: Por Teu poder, o Teu espirito reúne-se com o Teu corpo que vive novamente!

FosTe descido da Cruz pelos Teus amigos mais íntimos. Há pressa. Aproxima-se a noite e têm de regressar a suas casas todos os participantes do drama do Gólgota. Celebra-se a festa da Páscoa e o cumprimento da Lei é escrupulosamente observado.
O Teu corpo exangue é lavado apressadamente e os óleos dos defuntos são aspergidos. Uma toalha de linho cru e eis que és deposto naquele túmulo novo cuja pedra é rolada para tapar a entrada.

Não creio que seja um funeral definitivo. Foi o possível, para o que houve tempo.
Estás, apesar de tudo, limpo e perfumado, os cabelos arranjados, Tens um ar composto, digno. Nem um só osso Te foi quebrado, só o sangue foi derramado. Até à última gota!
Todo o Teu sangue, Senhor, ficou pelas pedras do caminho, no madeiro negro onde Te pregaram e, finalmente, naquele trapo imundo que mal tapava a Tua nudez aos olhos dos mirones.
Repousa finalmente o Teu corpo martirizado ainda húmido das lágrimas dos Teus amigos que amarga e tristemente choravam o seu Senhor morto, agora apenas há as testemunhas convenientes: os soldados enviados pelos Príncipes dos Sacerdotes depois de Pilatos se ter recusado a fazê-lo. (Mt 27, 62-66)

E Jesus ressuscita!
O meu Senhor volta a assumir-Se plenamente como homem e como Deus.
Perfeito homem, perfeito Deus.
Não se notam os sinais das vergastadas, nem as feridas dos espinhos. Toda a pele visível tem uma palidez resplendorosa, como que irreal. E, no entanto, o Senhor fala, caminha, come com os discípulos.

Oh meu Senhor, Tu ressuscitasTe só para que eu, finalmente, acreditasse em Ti?
Não me bastou, Senhor, assistir a todo o horror da Tua Paixão, Ter visto os milagres, as multidões? Nada disto foi suficiente?
Tive que, por uma última vez, pedir-Te um sinal?

Pobre de mim, Senhor, que não mereço tal honra da Tua parte. Mas Tu, com uma compaixão infinita, voltas a esta terra, assumes o Teu corpo e, novamente, Te sujeitas à forma humana.
RessuscitasTe, Senhor, e com a Tua Ressurreição, quebram-se finalmente os grilhetas da servidão. Não mais o pecado será mal sem remédio. O perdão, a misericórdia, a conversão estarão definitivamente ao alcance e dentro das possibilidades de qualquer um.
Esta Ressurreição é, Senhor, o sacrifício mais sublime que poderias Ter feito por todos os Teus filhos, porque alem de lhes restituíres a dignidade e reabrir as portas do Céu, viesTe dar-lhes a certeza que sob o Teu corpo de homem, Tu Senhor, permanecerás até ao fim dos tempos, a nosso lado, à nossa espera.

Possa eu, Senhor, não defraudar a Tua expectativa e chegar convenientemente preparado ao encontro que terás comigo no dia e hora que escolheres.

(AMA, 1999)






[1] A designação do apóstolo Pedro pelo seu nome, é uma maneira de destacar a figura de quem faz de cabeça no Colégio Apostólico, precisamente nuns momentos em que a perturbação e o desalento tinham feito presa neles. É também uma manifestação delicada de que Pedro foi perdoado das suas negações e uma confirmação do seu primado apostólico. (Bíblia Sagrada, anotada pela Fac. de Teologia da Univ. de Navarra, Comentário Mc 16, 7)

Tu... soberba? De quê?


Tu... soberba? De quê? (Caminho, 600)

Quando o orgulho se apodera da alma, não é estranho que atrás dele, como pela arreata, venham todos os vícios: a avareza, as intemperanças, a inveja, a injustiça. O soberbo procura inutilmente arrancar Deus - que é misericordioso com todas as criaturas - do seu trono para se colocar lá ele, que actua com entranhas de crueldade.
Temos de pedir ao Senhor que não nos deixe cair nesta tentação. A soberba é o pior dos pecados e o mais ridículo. Se consegue atormentar alguém com as suas múltiplas alucinações, a pessoa atacada veste-se de aparências, enche-se de vazio, envaidece-se como o sapo da fábula, que inchava o papo, cheio de presunção, até que rebentou. A soberba é desagradável, mesmo humanamente, porque o que se considera superior a todos e a tudo está continuamente a contemplar-se a si mesmo e a desprezar os outros, que lhe pagam na mesma moeda, rindo-se da sua fatuidade. (Amigos de Deus, 100)