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08/05/2020

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O mistério do sacrifício silencioso


Mas reparai: se Deus quis, por um lado exaltar a sua Mãe, por outro, durante a sua vida terrena, não foram poupados a Maria a experiência da dor, nem o cansaço do trabalho, nem o claro-escuro da fé. Àquela mulher do povo, que, certo dia, irrompe em louvores a Jesus, exclamando Bem aventurado o ventre que te trouxe e os peitos a que foste amamentado, o Senhor responde: Antes bem aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus, e a põem em prática. Era o elogio da sua Mãe, do seu fiat, do faça-se, sincero, entregue, cumprido até às últimas consequências, que não se manifestou em acções aparatosas, mas no sacrifício escondido e silencioso de cada dia.

Ao meditar nestas verdades, percebemos um pouco mais a lógica de Deus. Compreendemos que o valor sobrenatural da nossa vida não depende de que se tornem realidade as grandes façanhas que por vezes forjamos com a imaginação, mas da aceitação fiel da vontade divina, da disposição generosa nos pequenos sacrifícios diários,

Para sermos divinos, para nos "endeusarmos", temos de começar por ser muito humanos, vivendo face a Deus dentro da nossa condição de homens correntes, santificando esta aparente pequenez. Assim viveu Maria. A cheia de graça, a que é objecto das complacências de Deus, a que está acima dos anjos e dos santos teve uma existência normal. Maria é uma criatura como nós, com um coração como o nosso, capaz de gozo e de alegrias, de sofrimento e de lágrimas. Antes de Gabriel lhe comunicar o querer de Deus, não sabe que tinha sido escolhida desde toda a eternidade para ser Mãe do Messias. Considera-se a si mesma cheia de baixeza; por isso, reconhece logo, com profunda humildade, que fez em mim grandes coisas Aquele que é Todo-poderoso.

A pureza, a humildade e a generosidade de Maria contrastam com a nossa miséria, com o nosso egoísmo. É razoável que, depois de nos apercebermos disso, nos sintamos movidos a imitá-la. Somos criaturas de Deus, como Ela, e basta que nos esforcemos por ser fiéis para que também em nós o Senhor faça grandes coisas. Não será obstáculo a nossa pequenez, porque Deus escolhe o que vale pouco, para que assim brilhe melhor a potência do seu amor. (Cristo que Passa, 172)

Com Maria, que fácil!

Com Maria, que fácil!

Antes, só, não podias... - Agora, recorreste à Senhora, e, com Ela, que fácil! (Caminho, 513)


Os filhos, especialmente quando são ainda pequenos, costumam pensar no que hão-de fazer por eles os seus pais, esquecendo-se das suas obrigações de piedade filial. Nós, os filhos, somos geralmente muito interesseiros, embora esta nossa conduta - já o fizemos notar - não pareça incomodar muito as mães, porque têm suficiente amor nos seus corações e querem com o melhor carinho: aquele que se dá sem esperar correspondência.

Assim acontece também com Santa Maria. (...) Hão-de doer-nos, se as encontrarmos, as nossas faltas de delicadeza com esta boa Mãe. Pergunto-vos e pergunto-me a mim mesmo: como a honramos?

Voltemos mais uma vez à experiência de cada dia, ao modo de tratar com as nossas mães na terra. Acima de tudo, que desejam dos seus filhos, que são carne da sua carne e sangue do seu sangue? O seu maior desejo é tê-los perto. Quando os filhos crescem e não é possível continuarem a seu lado, aguardam com impaciência as suas notícias, emocionam-se com tudo o que lhes acontece, desde uma ligeira doença até aos acontecimentos mais importantes.

Olhai: para a nossa Mãe, Santa Maria, jamais deixamos de ser pequenos, porque Ela nos abre o caminho até ao Reino dos Céus, que será dado aos que se tornam meninos. De Nossa Senhora nunca nos devemos afastar. Como a honraremos? Tendo intimidade com Ela, falando com Ela, manifestando-lhe o nosso carinho, ponderando no nosso coração os episódios da sua vida na terra, contando-lhes as nossas lutas, os nossos êxitos e os nossos fracassos. (Amigos de Deus, 289-290)

Leitura espiritual

COMENTANDO OS EVANGELHOS

São Lucas

Cap. VIII

1 Em seguida, Jesus ia de cidade em cidade, de aldeia em aldeia, proclamando e anunciando a Boa-Nova do Reino de Deus. Acompanhavam-no os Doze 2 e algumas mulheres, que tinham sido curadas de espíritos malignos e de enfermidades: Maria, chamada Madalena, da qual tinham saído sete demónios; 3 Joana, mulher de Cuza, administrador de Herodes; Susana e muitas outras, que os serviam com os seus bens. 4 Como estivesse reunida uma grande multidão, e de todas as cidades viessem ter com Ele, disse esta parábola: 5 Saiu o semeador para semear a sua semente. Enquanto semeava, uma parte da semente caiu à beira do caminho, foi pisada e as aves do céu comeram-na. 6 Outra caiu sobre a rocha e, depois de ter germinado, secou por falta de humidade. 7 Outra caiu no meio de espinhos, e os espinhos, crescendo com ela, sufocaram-na. 8 Uma outra caiu em boa terra e, uma vez nascida, deu fruto centuplicado. Dizendo isto, clamava: Quem tem ouvidos para ouvir, oiça! 9 Os discípulos perguntaram-lhe o significado desta parábola. 10 Disse-lhes: A vós foi dado conhecer os mistérios do Reino de Deus; mas aos outros fala-se-lhes em parábolas, a fim de que, vendo, não vejam e, ouvindo, não entendam. 11 O significado da parábola é este: a semente é a Palavra de Deus. 12 Os que estão à beira do caminho são aqueles que ouvem, mas em seguida vem o diabo e tira-lhes a palavra do coração, para não se salvarem, acreditando. 13 Os que estão sobre a rocha são os que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; mas, como não têm raiz, acreditam por algum tempo e afastam-se na hora da provação. 14 A que caiu entre espinhos são aqueles que ouviram, mas, indo pelo seu caminho, são sufocados pelos cuidados, pela riqueza, pelos prazeres da vida e não chegam a dar fruto. 15 E a que caiu em terra boa são aqueles que, tendo ouvido a palavra, com um coração bom e virtuoso, conservam-na e dão fruto com a sua perseverança. 16 Ninguém acende uma candeia para a cobrir com um vaso ou para a esconder debaixo da cama; mas coloca-a no candelabro, para que vejam a luz aqueles que entram. 17 Porque não há coisa oculta que não venha a manifestar-se, nem escondida que não se saiba e venha à luz. 18 Vede, pois, como ouvis, porque àquele que tiver, ser-lhe-á dado; mas àquele que não tiver, ser-lhe-á tirado mesmo o que julga possuir. 19 Sua mãe e seus irmãos vieram ter com Ele, mas não podiam aproximar-se por causa da multidão. 20 Anunciaram-lhe: ‘Tua mãe e teus irmãos estão lá fora e querem ver-te.’ 21 Mas Ele respondeu-lhes: Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. 22 Certo dia, Jesus subiu com os seus discípulos para um barco e disse-lhes: Passemos à outra margem do lago. E fizeram-se ao largo. 23 Enquanto navegavam, adormeceu. Um turbilhão de vento caiu sobre o lago, e eles ficaram inundados e em perigo. 24 Aproximaram-se dele e, despertando-o, disseram: ‘Mestre, Mestre, estamos perdidos!’ E Ele, levantando-se, ameaçou o vento e as águas, que se acalmaram; e veio a bonança. 25 Disse-lhes depois: Onde está a vossa fé? Cheios de medo e admirados, diziam entre eles: ‘Quem é este homem, que até manda nos ventos e nas águas, e eles obedecem-lhe?’ 26 Chegaram à região dos gerasenos, situada defronte da Galileia. 27 Quando desceu para terra, veio-lhes ao encontro um homem da cidade, possesso de vários demónios que, desde há muito, não se vestia nem vivia em casa, mas nos túmulos. 28 Ao ver Jesus, prostrou-se diante dele, gritando em alta voz: ‘Que tens que ver comigo, Jesus, Filho de Deus Altíssimo? Peço-te que não me atormentes!’ 29 Jesus, efectivamente, ordenava ao espírito maligno que saísse do homem, pois apoderava-se dele com frequência. Prendiam-no com correntes e grilhões para o manterem em segurança, mas ele partia as cadeias e o demónio impelia-o para os desertos. 30Jesus perguntou-lhe: Qual é o teu nome? ‘Legião, - respondeu. Porque muitos demónios tinham entrado nele 31 e suplicavam-lhe que não os mandasse ir para o abismo. 32 Ora, andava ali uma grande vara de porcos a pastar no monte. Os demónios suplicaram a Jesus que os deixasse entrar neles. Ele permitiu. 33 Saíram, pois, do homem, entraram nos porcos e a vara lançou-se do alto do precipício ao lago, e afogou-se. 34 Ao verem o que se tinha passado, os guardas fugiram e levaram a notícia à cidade e aos campos. 35 As pessoas saíram para ver o que tinha acontecido. Vieram ter com Jesus e encontraram o homem, de quem tinham saído os demónios, sentado a seus pés, vestido e em perfeito juízo. 36 Os que tinham visto contaram-lhes como o possesso tinha sido salvo; 37 e toda a população da região dos gerasenos pediu a Jesus que se afastasse deles, pois estavam possuídos de grande temor. Jesus subiu para o barco e afastou-se dali. 38 O homem, de quem os demónios tinham saído, pediu-lhe para ficar com Ele. 39 Mas Jesus despediu-o, dizendo: Volta para a tua casa e conta o que Deus fez por ti. E ele foi anunciando por toda a cidade tudo o que Jesus lhe fizera. 40 Quando regressou, Jesus foi recebido pela multidão, pois todos estavam à sua espera. 41 Veio ao seu encontro um homem chamado Jairo, que era chefe da sinagoga. Caindo aos pés de Jesus, suplicava-lhe que entrasse em sua casa, 42 porque tinha uma filha única, de uns doze anos, que estava a morrer. E, quando Ele se dirigia para lá, a multidão apertava-o, a ponto de o sufocar. 43 Ora, certa mulher, que sofria de um fluxo de sangue havia doze anos, e que, tendo gasto com os médicos todos os seus haveres, não pudera ser curada por nenhum, 44 aproximou-se por detrás e tocou-lhe na orla do seu manto; e, naquele mesmo instante, o fluxo de sangue parou. 45 Jesus perguntou: Quem me tocou? Como todos o negassem, Pedro e os que estavam com Ele disseram: ‘Mestre, é a multidão que te aperta e empurra.’ 46 Jesus insistiu: Alguém me tocou, pois senti que saiu de mim uma força. 47 Vendo que não tinha passado despercebida, a mulher aproximou-se, a tremer; e, lançando-se aos pés de Jesus, contou diante de todo o povo por que motivo lhe tinha tocado e como ficara imediatamente curada. 48 Disse-lhe Jesus: Filha, a tua fé te salvou. Vai em paz. 49 Ainda Ele estava a falar, quando alguém da casa do chefe da sinagoga veio dizer: ‘A tua filha morreu; não continues a incomodar o Mestre.’ 50 Mas Jesus, que tinha ouvido tudo, respondeu: Não tenhas receio; crê somente e ela será salva. 51 Ao chegar a casa, não deixou entrar ninguém com Ele, a não ser Pedro, João e Tiago, assim como o pai e a mãe da menina. 52 Todos a choravam e pranteavam. Jesus disse: Não choreis, porque ela não está morta, mas dorme. 53 E, por saberem que ela tinha morrido, troçavam de Jesus. 54 Mas Ele, tomando-a pela mão, chamou-a, dizendo em voz alta: Menina, levanta-te! 55 O espírito voltou-lhe, e imediatamente se levantou. Jesus mandou que lhe dessem de comer. 56 Os pais ficaram estupefactos, e Ele ordenou-lhes que não dissessem a ninguém o que tinha acontecido.

Comentários:

         Desde sempre a mulher desempenhou um papel de extraordinária relevância na história da Salvação humana, a começar, evidentemente, por Santa Maria da qual nasceu o Salvador. Compreende-se que doze homens – e O próprio Jesus Cristo – tinham necessidades correntes, absolutamente naturais, como: quem tratasse da roupa que vestiam, preparasse o alimento que tomavam, etc. A delicadeza do trato feminino deveria contribuir em muito para a tranquilidade do ambiente do pequeno grupo. E não se pense que se tratava de umas pobres coitadas que seguiam o Mestre apenas por entusiasmo ou gratidão pelo bem recebido, o Evangelista sublinha que, uma delas era mulher de um administrador de Herodes, logo, pessoa de estatura social relevante. Cada um de nós deve ter uma permanente dívida de gratidão para com essas mulheres que, sem pedir nada em troca, serviam com alegria e entusiasmo o Senhor os Seus seguidores mais próximos.
        A mulher esteve sempre presente na história humana. Segundo o Génesis, quando O Criador decidiu que não era conveniente que o homem estivesse sozinho e, por isso, criou uma companheira conveniente, Eva, e, esta, tornou-se, assim, a Mãe de todo o género humano. A dignidade da mulher – da Mãe - assume o seu cume quando a Virgem Maria aceita ser a Mãe dO Salvador do Mundo. Em cada mulher, em cada Mãe, devemos respeitar e, até, venerar com especial ternura, essa criatura excelente que, talvez por ser mais débil fisicamente que o homem, é muitas vezes relegada para segundo plano ou, até, vítima de desprezo e rebaixamento. Não seria possível a propagação do género humano sem o concurso inestimável da mulher.
         De facto, não há muito que comentar a respeito deste trecho de São Lucas. O Próprio Jesus o faz explicando aos Doze o significado da parábola. (4-15) Portanto, só caberá dizer que para realmente entender e depois pôr em prática as palavras do Senhor, é absolutamente necessário ter o coração e o espírito limpo de preconceitos e naturalmente disposto a deixar que se enraízem no seu âmago mais profundo para que possam dar o fruto que o Senhor espera.
          Pela segunda vez no ano a Liturgia propõe-nos este trecho (4-15) do Evangelho escrito por São Lucas. Evidentemente que o faz pela importância que tem para a nossa reflexão de cristãos. Qualquer um de nós é um pouco desse terreno bom, pedregoso, ou cheio de espinhos, consoante a nossa disposição, a força da nossa fé, a vontade de seguir Jesus Cristo. Somo como somos, fracos, com defeitos e fraquezas, mas, mesmo assim, O Senhor não deixa de semear em nós a semente da Sua Palavra sempre na esperança que ela arreigue no nosso coração e se transforme em fruto abundante. O Senhor semeia, não escolhendo onde nem em quem, a semente que espalha às mãos largas chega a todos, a cada um de nós. Estejamos atentos a essa sementeira porque – como Ele próprio diz – da forma como acolhermos essa semente, dependerá a nossa vida presente e, sobretudo, a futura, na eternidade.
          No versículo 18 deste capítulo 8 do Evangelho escrito por São Lucas, encerra-se um aviso muito sério de Jesus Cristo. A Fé, que é um dom gratuito de Deus, só se mantém viva e activa, com a oração perseverante e a prática de boas obras. Sem esta “contribuição” da nossa parte, a Fé que pensamos ter irá definhando e enfraquecendo e, como Deus não impõe a Sua Vontade a nenhum dos Seus filhos, acabará por desaparecer. Bem ao contrário, se fizermos como acima se diz, ela fortalecer-se-á ao ponto de arrostar como combates e ameaças que a vida diária sempre traz consigo. Contentamo-nos com a nossa Fé? Mais importante ainda: estamos satisfeitos com as obras que fazemos? Porquê esta pergunta? Em primeiro lugar porque Fé sem obras de pouco vale; o Senhor quer, exige mesmo que a nossa fé se consolide em obras concretas. Depois, porque não basta dizer: ‘eu creio’, é necessário que esse “grito” venha do fundo da nossa alma, do âmago do nosso ser e, sempre, mas sempre, acompanhado do pedido necessário: ‘Senhor, eu creio, mas aumenta a minha fé!’.
         Aos olhos de Deus tudo quanto fazemos ou pensamos é absolutamente claro. As intenções, os propósitos, os compromissos, não podem ser escamoteados. Se não há lealdade e são critério no nosso comportamento e nos nossos desejos de viver como o Senhor quer estaremos como que a querer enganar Deus o que, é impossível. Assim, o nosso comportamento deve ser tal que todos possam vê-lo e apreciá-lo como o vê e aprecia Deus Nosso Senhor. De contrário andaremos pela vida como que “mascarados” de algo ou alguém que, na verdade, não somos e, uma das consequências deste comportamento é irmos perdendo qualidades e virtudes, critério e são discernimento. E, o Senhor, bem avisa: Cuidado porque o pouco que restar de bom nesta pessoa até esse pouco acabará por perder!
         Jesus Cristo esclarece, uma vez mais, quem é a Sua Família. Já o sabemos, todos somos Filhos de Deus, logo, pertencemos à Família Divina e, Jesus Cristo é nosso Irmão. Tal honra e grandeza - sem qualquer mérito da nossa parte - foram-nos dadas gratuitamente pelo Salvador na Cruz. Mas – repete – para que tal seja absolutamente real e certo há uma condição que só depende de nós mesmos: Pôr em prática a Palavra de Deus!
         Assusta um pouco esta declaração do Senhor: «Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática». O “laço” familiar indispensável está bem claro e definido. Não nos diz para sermos correctos, leais, fiéis, piedosos,mas, “apenas”, que estejamos dispostos a ouvir a palavra de Deus e a pô-la em prática. E, aqui, está o segredo que, afinal, não o é porque como seria lógico alguém pretender pertencer a uma família sem estar disposto a seguir a vontade e desejos do seu Chefe?
          Eu, este pobre homem, fraco e pecador, sou da Família de Jesus Cristo! Assusta-me esta constatação que as palavras do Senhor não deixam qualquer dúvida. Ele compara-me a Sua Mãe, aos Seus irmãos! Sim… quando faço a Sua vontade, quando sigo atrás dEle ansioso por chegar ao porto seguro que me tem reservado. Meu Jesus: Que eu nunca Te perca!

SANTO ROSÁRIO rezar com São João Paulo II


Rezar com São João Paulo II: 

SANTO ROSÁRIO Ladainha de Nossa Senhora

PAPA SÃO JOÃO PAULO II



Notas: 
1 - Em Latim
2 - Publicação diária durante Maio

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Memórias de Fátima

As minhas memórias de Fátima - 8

O que me liga a Fátima - h


Percebo, hoje, que as suas visitas tinham principalmente a ver comigo: “o doentico”, como me chamava.


Realmente, naqueles anos, eu sofria uma leucemia [1] e talvez lhe recordasse o Francisco.

Fazia-me rir, contava-me histórias…


(AMA, Memórias de Fátima)



[1] Sobre este assunto veja-se “As minhas memórias de Fátima – 1”.


Memórias de Fátima

As minhas memórias de Fátima 

O que me liga a Fátima - v

O dia 20 de Janeiro, é um dia muito especial para dar graças.
Em primeiro lugar a cirurgia a que a Fernandinha se submeteu - em 2007 - que correu tão bem.

Depois a partida da minha Mãe para o Céu de onde continua a olhar e interceder por todos nós.

Dois grandes amores da minha vida, juntos no Céu!

Uma – chamada Maria - nascida em Nazareth na Galileia;
Outra – chamada Maria de Nazareth – nascida na Lousã em Portugal.

Uma elevada ao Céu em corpo e alma;

Outra levada para o Céu quando rezava o Terço.

Não são estes motivos de alegria e dar muitas graças a Deus?

(AMA, Memórias de Fátima)

Temas para reflectir e meditar

Devoção


A devoção não consiste na doçura, suavidade, consolação e ternura sensível do coração que nos excita às lágrimas e suspiros e nos dá uma certa consolação agradável saborosa nalguns exercícios Espirituais.



(São Francisco de SalesIntroducción a  la Vida Devota, Cap. XIII, trad ama

Orações de Maio


Doce Mãe, não te afastes
O teu olhar de mim não apartes,
Vem comigo a todo o lado
E só nunca me deixes.
Já que me proteges tanto
Como verdadeira Mãe
Faz que me bendiga o Pai,
O Filho e o Espírito Santo.

Virtudes 3


Fortaleza 3

Sem Mim nada podeis fazer (Jo 15, 5)

O modelo e fonte da fortaleza para o cristão é, pois, o próprio Cristo, que não só oferece com as suas acções um exemplo constante que chega ao extremo de dar a própria vida por amor aos homens, (Cf. Jo 13, 15 e 15, 13). mas que além disso afirma: «sem mim nada podeis fazer». (Jo 15, 5)
Assim, a fortaleza cristã torna possível o seguimento de Cristo, um dia após outro, sem que o temor, o prolongamento do esforço, os sofrimentos físicos ou morais, os perigos, obscureçam no cristão a percepção de que a verdadeira felicidade está em seguir a vontade de Deus, ou o afastam dela. A advertência de Jesus Cristo é clara: «Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que todo aquele que vos tirar a vida julgará prestar culto a Deus». (Jo 16, 2)

FILOSOFIA E RELIGIÃO


REVELAÇÃO SOBRENATURAL

Com efeito, se o sobrenatural se insere no natural,em benefício do homem, é lógico que Deus lho faça  conhecer. É lógico portanto, que Deus tenha acrescentado ás luzes que o homem hauria na natureza, luzes de ordem superior. São as luzes da Revelação sobrenatural.

(A. Veloso, Cristo e o destino do homem, Brotéria, Julho 1952, pg.14)

Pequena agenda do cristão

Sexta-Feira

PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO

(Coisas muito simples, curtas, objectivas)




Propósito:

Contenção; alguma privação; ser humilde.


Senhor: Ajuda-me a ser contido, a privar-me de algo por pouco que seja, a ser humilde. Sou formado por este barro duro e seco que é o meu carácter, mas não Te importes, Senhor, não Te importes com este barro que não vale nada. Parte-o, esfrangalha-o nas Tuas mãos amorosas e, estou certo, daí sairá algo que se possa - que Tu possas - aproveitar. Não dês importância à minha prosápia, à minha vaidade, ao meu desejo incontido de protagonismo e evidência. Não sei nada, não posso nada, não tenho nada, não valho nada, não sou absolutamente nada.

Lembrar-me:
Filiação divina.

Ser Teu filho Senhor! De tal modo desejo que esta realidade tome posse de mim, que me entrego totalmente nas Tuas mãos amorosas de Pai misericordioso, e embora não saiba bem para que me queres, para que queres como filho a alguém como eu, entrego-me confiante que me conheces profundamente, com todos os meus defeitos e pequenas virtudes e é assim, e não de outro modo, que me queres ao pé de Ti. Não me afastes, Senhor. Eu sei que Tu não me afastarás nunca. Peço-Te que não permitas que alguma vez, nem por breves instantes, seja eu a afastar-me de Ti.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?