Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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03/05/2020
LEITURA ESPIRITUAL
São Lucas
Cap. V
1 E aconteceu que, apertando-o a multidão, para
ouvir a palavra de Deus, estava ele junto ao lago de Genesaré; 2 E viu estar dois barcos junto à praia do
lago; e os pescadores, havendo descido deles, estavam lavando as redes. 3 E, entrando num dos barcos, que era o de
Simão, pediu-lhe que o afastasse um pouco da terra; e, assentando-se, ensinava
do barco a multidão. 4 E, quando acabou
de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para
pescar. 5 E, respondendo Simão,
disse-lhe: Mestre, havendo trabalhado toda a noite, nada apanhamos; mas, sobre
a tua palavra, lançarei a rede. 6 E,
fazendo assim, colheram uma grande quantidade de peixes, e rompia-se-lhes a
rede. 7 E fizeram sinal aos companheiros
que estavam no outro barco, para que os fossem ajudar. E foram, e encheram
ambos os barcos, de maneira tal que quase iam a pique. 8 E vendo isto Simão Pedro, prostrou-se aos pés
de Jesus, dizendo: Senhor, ausenta-te de mim, que sou um homem pecador. 9 Pois que o espanto se apoderara dele, e de
todos os que com ele estavam, por causa da pesca de peixe que haviam feito. 10 E, de igual modo, também de Tiago e João,
filhos de Zebedeu, que eram companheiros de Simão. E disse Jesus a Simão: Não
temas; de agora em diante serás pescador de homens. 11 E, levando os barcos para terra, deixaram
tudo, e o seguiram. 12 E aconteceu que,
quando estava numa daquelas cidades, eis que um homem cheio de lepra, vendo a
Jesus, prostrou-se sobre o rosto, e rogou-lhe, dizendo: Senhor, se quiseres,
bem podes limpar-me. 13 E ele,
estendendo a mão, tocou-lhe, dizendo: Quero, sê limpo. E logo a lepra
desapareceu dele. 14 E ordenou-lhe que a
ninguém o dissesse. Mas vai, disse, mostra-te ao sacerdote, e oferece, pela tua
purificação, o que Moisés determinou, para que lhes sirva de testemunho. 15 A sua fama, porém, se propagava ainda mais, e
ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas
enfermidades. 16 Ele, porém, retirava-se
para os desertos, e ali orava. 17 E
aconteceu que, num daqueles dias, estava ensinando, e estavam ali assentados
fariseus e doutores da lei, que tinham vindo de todas as aldeias da Galileia, e
da Judéia, e de Jerusalém. E a virtude do Senhor estava com ele para curar. 18 E eis que uns homens transportaram numa cama
um homem que estava paralítico, e procuravam fazê-lo entrar e pó-lo diante
dele. 19 E, não achando por onde o
pudessem levar, por causa da multidão, subiram ao telhado, e por entre as
telhas o baixaram com a cama, até ao meio, diante de Jesus. 20 E, vendo ele a fé deles, disse-lhe: Homem, os
teus pecados te são perdoados. 21 E os
escribas e os fariseus começaram a arrazoar, dizendo: Quem é este que diz
blasfémias? Quem pode perdoar pecados, senão só Deus? 22 Jesus, porém, conhecendo os seus pensamentos,
respondeu, e disse-lhes: Que arrazoais em vossos corações? 23 Qual é mais fácil? dizer: Os teus pecados te
são perdoados; ou dizer: Levanta-te, e anda? 24
Ora, para que saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder de
perdoar pecados (disse ao paralítico), a ti te digo: Levanta-te, toma a tua
cama, e vai para tua casa. 25 E,
levantando-se logo diante deles, e tomando a cama em que estava deitado, foi
para sua casa, glorificando a Deus. 26 E
todos ficaram maravilhados, e glorificaram a Deus; e ficaram cheios de temor,
dizendo: Hoje vimos prodígios. 27 E,
depois disto, saiu, e viu um publicano, chamado Levi, assentado na recebedoria,
e disse-lhe: Segue-me. 28 E ele,
deixando tudo, levantou-se e o seguiu. 29
E fez-lhe Levi um grande banquete em sua casa; e havia ali uma multidão
de publicanos e outros que estavam com eles à mesa. 30 E os escribas deles, e os fariseus,
murmuravam contra os seus discípulos, dizendo: Por que comeis e bebeis com
publicanos e pecadores? 31 E Jesus,
respondendo, disse-lhes: Não necessitam de médico os que estão sãos, mas, sim,
os que estão enfermos; 32 Eu não vim
chamar os justos, mas, sim, os pecadores, ao arrependimento. 33 Disseram-lhe, então, eles: Por que jejuam os
discípulos de João muitas vezes, e fazem orações, como também os dos fariseus,
mas os teus comem e bebem? 34 E ele lhes
disse: Podeis vós fazer jejuar os filhos das bodas, enquanto o esposo está com
eles? 35 Dias virão, porém, em que o
esposo lhes será tirado, e então, naqueles dias, jejuarão. 36 E disse-lhes também uma parábola: Ninguém
tira um pedaço de uma roupa nova para a coser em roupa velha, pois romperá a
nova e o remendo não condiz com a velha. 37
E ninguém deita vinho novo em odres velhos; de outra sorte o vinho novo
romperá os odres, e entornar-se-á o vinho, e os odres se estragarão; 38 Mas o vinho novo deve deitar-se em odres
novos, e ambos juntamente se conservarão. 39
E ninguém tendo bebido o velho quer logo o novo, porque diz: Melhor é o
velho.
Comentários:
1-11 -
Tal como na pesca – que o Evangelho relata – as redes não
se romperam, também na Igreja fundada por Jesus Cristo cabem todos,
absolutamente. O reconhecimento de Pedro – instantâneo – da sua indignidade
perante a presença do Cristo, é também a nossa quando meditamos na grandeza de
Deus perante o pouco que somos. Mas, é exactamente esse “pouco” que o Senhor
quer e por isso nos escolhe, não pelas qualidades que possamos ter mas –
atrevo-me – pelos defeitos pessoais que estamos dispostos a vencer.
O que nos faltar em coragem e perseverança nessa luta por
melhoria Ele o porá desde que nos entreguemos confiadamente nas Suas Mãos
Misericordiosas.
Como é que aqueles homens, simples pescadores da
Galileia, deixam tudo para trás e seguem Jesus? Nem fazem qualquer pergunta
porque, aliás, o Senhor já tinha esclarecido o “programa” que preparara para
eles nas palavras dirigidas a Pedro: «Não
tenhas receio; de futuro, serás pescador de homens.» Receio? Não! Não podem
sentir qualquer receio mesmo que não se dêem conta da dimensão e grandeza da
missão que os espera porque têm uma garantia: aquele Senhor que os chamava
estaria com eles. Evidentemente que, como Pedro, todos deveriam sentir-se
indignos de Jesus, consideravam-se fracos e pecadores mas, nem por isso,
sentiam medo. Jesus tinha conquistado a sua inteira confiança e, se Ele os
chamava que mais poderiam fazer a não ser segui-Lo?
Pescar requer, entre outras, qualidades de paciência e
perseverança.
Não
são a mesma coisa. Enquanto a primeira se pode traduzir na aceitação de
resultados adversos, a segunda implica um esforço contínuo na obtenção desses
mesmos resultados. Assim no apostolado pessoal que rarissimamente produz frutos
imediatos. Eles aparecerão quando o Senhor, em nome de Quem actuamos, assim
achar oportuno.
A pesca exige qualidades e aptidões que nem todos têm. Lembramos,
hoje, uma importantíssima: A confiança! Sem esta virtude é muito difícil
resistir aos fracassos e maus resultados. Mas, o pescador sabe que, algures no mar
onde navega, o peixe existe e que, mais tarde ou mais cedo não deixará de
entrar na rede que uma e outra vez lança às águas. Compara-se muito o
apostolado pessoal com a pesca e é, de facto, uma comparação muito real. Como
dissemos, para se obterem resultados na pesca, há que insistir com confiança no
trabalho mil vezes repetido e não desistir nunca pois não é de crer que, sem
mais, o peixe salte das águas para dentro do barco. Pois também não devemos
esperar que o objecto do nosso apostolado venha subitamente, ter connosco
aceitando aquele convite que alguma vez fizemos e que não tornámos a repetir. Será
a nossa insistência sem desfalecimento nem intervalos que produzirá os frutos
que esperamos mas, atenção, tal como neste trecho do Evangelho de São Lucas é
fundamental que sigamos fielmente as instruções – direcção espiritual – que nos
vão sendo dadas por quem pode e tem autoridade para o fazer. Entregues a uma
tarefa por nosso livre alvedrio, sem direcção e ajuda pouco ou nada
conseguiremos.
12-16 -
São Lucas relata algo extraordinário: Jesus estendeu a
mão e tocou o leproso! Naquele tempo a lepra obrigava à segregação radical dos
que a tinham e (era uma doença bastante comum naquele tempo) esta segregação
imposta pela Lei era observada com todo o rigor. Os circunstantes deverão ter
ficados mudos de espanto ao ver o gesto do Senhor. Não obstante, Jesus Cristo
deseja que tudo fique devidamente registado e por isso mesmo manda que o
miraculado cumpra o que a Lei previa em casos de cura. Nós pensamos que seríamos
capazes de fazer o mesmo? Ultrapassar a repulsa natural e tocar alguém na mesma
situação?Bom… mas e o pecado… essa autêntica lepra da alma que a torna tão
repulsiva como a da doença, convivemos com ele sem problema algum?
17-26 -
É interessante verificar que o Evangelista tem o cuidado
de mencionar a presença de fariseus e doutores da lei na assembleia que rodeava
Jesus. Talvez estivessem ali por mera curiosidade, mas, a sua presença confere,
de certo modo, uma credibilidade maior ao milagre que Jesus irá praticar. De
facto, foram eles próprios que “obrigaram” o Senhor a curar o paralítico para
que ficassem com um testemunho iniludível do Seu poder como Deus Verdadeiro.
27-32 -
De forma iniludível Jesus confirma a Sua divindade e neste
caso como que a pedido dos fariseus e doutores da lei. Podemos perguntar que
mais seria necessário para que acreditassem! A verdade é que constatam o
milagre com os seus próprios olhos, mas o seu coração não quer ver não quer
aceitar a evidência. Pessoas assim não acreditam senão em si próprias e só os
seus valores ou critérios é que contam. Não são dignas de pena? A resposta de
Jesus não pode ser mais clara ou concludente. E, além disso, na “lógica” dos
planos divinos para a salvação da humanidade, perfeitamente natural. Não parece
possível que alguém não tivesse entendido as Suas palavras ou não entendesse o
Seu propósito.
Já estamos como que habituados ao chamamento de Jesus
Cristo mas, nem por isso deixa de nos impressionar a simplicidade do desafio: «Segue-me». Claro que não conhecemos a
entoação ou enfâse com que o Senhor diria este «Segue-me» mas, a verdade, é que o que é convidado aceita sem mais o
convite deixando umas redes de pesca, um posto de cobrança de impostos, o que
for. Pensemos um pouco se, acaso, este «Segue-me»
nos fosse dirigido a nós; o que faríamos?
33-39 -
Uma aparente contradição? Não me parece. Quem não quer
beber o vinho novo porque o “velho é que é bom” não está disposto a mudar de
vida, mantém-se fechado às insinuações do Espírito, conforma-se com o que tem,
acomoda-se com o que faz. É o aburguesamento, o estado terrível dos que se
consideram muito bem naquilo que fazem e sabem e se recusam a tentar fazer
outra coisa melhor e a saber mais detalhadamente as verdades da Fé. É o
comodismo dos que não querem “incomodar-se” com novos desafios, ou outras
hipóteses de vida: mudar o quê e para quê? Cumprem os “mínimos” vão á Missa ao
Domingo, procurando uma que seja breve e pouco exigente, rezam “alguma coisa”
só porque, enfim, não custa muito e sempre é melhor prevenir… São os que, nas
aflições que a vida traz, pedem, às vezes com fervor, mas, raramente se lembram
de dar graças por tantos benefícios que o Senhor dá, nomeadamente, o dom da
vida.
Memórias de Fátima
O que me liga a Fátima - b
“Vivi”, portanto, o desenvolvimento do Santuário, a
construção da Basílica e os sucessivos “arranjos” do recinto – que me lembro
muito bem – não passava de uns barrancos fundos e cheios de enormes pedras.
Havia apenas uma Igreja – no local onde está a azinheira
grande ao pé da capelinha - que era como que um “barracão” inestético e sem
qualquer atractivo.
A “Capelinha” era muito simples, de telha vã em cujo
vigamento se penduravam as muletas, próteses, etc, das pessoas que, em Fátima,
tinham encontrado cura nalgum momento. [1]
(AMA,
Memórias de Fátima)
[1]
Todos estes acontecimentos extraordinários - milagres – estão devidamente
documentados nos arquivos do Santuário.
Orações de Maio
Nos
perigos, nas angústias,
Nos
momentos de dúvida,
Pensa
em Maria!
Quando
se levantar
O vento
traiçoeiro
Da
tentação
Olha
para a Estrela,
Invoca Maria.
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Temas para reflectir e meditar
Vínculos
Nós, homens não somos como grãos de areia, soltos e desligados uns dos outros, mas sim, pelo contrário, estamos relacionados mutuamente por vínculos naturais, e os cristãos, além disso, por vínculos sobrenaturais.
Nós, homens não somos como grãos de areia, soltos e desligados uns dos outros, mas sim, pelo contrário, estamos relacionados mutuamente por vínculos naturais, e os cristãos, além disso, por vínculos sobrenaturais.
(Pio XII, Encíclica Summi Pontificatus, Roma, 1939.10.20)
Deves ter uma intensa devoção à nossa Mãe
Invoca a Santíssima Virgem; não deixes de
pedir-lhe que se mostre sempre tua Mãe – "monstra te esse Matrem!" –
e que te alcance, com a graça do seu Filho, clareza de boa doutrina na
inteligência e amor e pureza no coração, com o fim de saberes ir até Deus e
levar-lhe muitas almas. (Forja,
986)
Deves ter uma intensa devoção à nossa Mãe. Ela
sabe corresponder com finura aos obséquios que Lhe fizermos. Além disso, se
rezares o Terço todos os dias com espírito de fé e de amor, Nossa Senhora
encarregar-se-á de te levar muito longe pelo caminho do seu Filho. (Sulco, 691)
Sem o auxílio da nossa Mãe, como havemos de
aguentar-nos na luta diária? – Procuras essa ajuda constantemente? (Sulco, 692)
O amor à nossa Mãe será sopro que transforme
em lume vivo as brasas de virtude que estão ocultas sob o rescaldo da tua
tibieza. (Caminho, 492)
Ama a Senhora. E Ela te obterá graça abundante
para venceres nesta luta quotidiana. – E de nada servirão ao maldito essa
coisas perversas, que sobem e sobem, fervendo dentro de ti, até quererem
sufocar, com a sua podridão bem cheirosa, os grandes ideais, os mandamentos
sublimes que o próprio Cristo pôs no teu coração. – "Serviam!" –
Servirei! (Caminho, 493)
A Jesus sempre se vai e se "torna a
ir" por Maria. (Caminho,
495)
Pequena agenda do cristão
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?