Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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29/03/2020
Grito o meu amor à liberdade pessoal
Liberdade "de consciência", não! Quantos males trouxe aos povos e às pessoas este erro lamentável, que permite actuar contra os próprios imperativos da consciência! Liberdade "das consciências", sim, pois significa o dever de seguir esse imperativo interior... Ah!, mas depois de se ter recebido uma formação séria! (Sulco, 389)
Quando, nos meus anos de sacerdócio, não direi que prego mas que grito o meu amor à liberdade pessoal, noto nalguns um gesto de desconfiança, como de quem suspeita que a defesa da liberdade implica um perigo para a fé. Que se tranquilizem esses pusilânimes. Só atenta contra a fé uma errada interpretação da liberdade, uma liberdade sem qualquer fim, sem norma objectiva, sem lei, sem responsabilidade, numa palavra, a libertinagem. Infelizmente, é isso que alguns defendem; essa reivindicação é que constitui um atentado contra a fé.
Por isso, não é exacto falar de liberdade de consciência, que equivale a considerar de boa categoria moral o facto de o homem rejeitar Deus. Já recordámos que nos podemos opor aos desígnios salvadores de Nosso Senhor; podemos, mas não devemos fazê-lo. E se alguém tomasse essa atitude deliberadamente, pecaria ao transgredir o primeiro e o fundamental dos mandamentos: amarás Iavé com todo o teu coração.
Defendo com todas as minhas forças a liberdade das consciências, que significa que não é lícito a ninguém impedir que a criatura tribute culto a Deus. Têm de se respeitar os legítimos anseios de verdade: o homem tem obrigação grave de procurar Nosso Senhor, de O conhecer e de O adorar, mas a ninguém na terra é lícito impor ao próximo a prática de uma fé que este não tem, tal como ninguém pode arrogar-se o direito de prejudicar quem a recebeu de Deus.
A Igreja, nossa Santa Mãe, sempre se pronunciou pela liberdade e rejeitou todos os fatalismos, antigos ou menos antigos. Declarou que cada alma é dona do seu destino para bem ou para mal. E os que não se afastaram do bem irão para a vida eterna; os que cometeram o mal, para o fogo eterno. (Amigos de Deus, 32-33).
Evangelho e comentário
TEMPO DE QUARESMA
Evangelho: Jo 11, 1-45
Naquele tempo, estava doente certo homem, Lázaro de Betânia, aldeia de Marta e de Maria, sua irmã. Maria era aquela que tinha ungido o Senhor com perfume e Lhe tinha enxugado os pés com os cabelos. Era seu irmão Lázaro que estava doente. As irmãs mandaram então dizer a Jesus: «Senhor, o teu amigo está doente». Ouvindo isto, Jesus disse: «Essa doença não é mortal, mas é para a glória de Deus, para que por ela seja glorificado o Filho do homem». Jesus era amigo de Marta, de sua irmã e de Lázaro. Entretanto, depois de ouvir dizer que ele estava doente, ficou ainda dois dias no local onde Se encontrava. Depois disse aos discípulos: «Vamos de novo para a Judeia». Os discípulos disseram-Lhe: «Mestre, ainda há pouco os judeus procuravam apedrejar-Te e voltas para lá?». Jesus respondeu: «Não são doze as horas do dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas, se andar de noite, tropeça, porque não tem luz consigo». Dito isto, acrescentou: «O nosso amigo Lázaro dorme, mas Eu vou despertá-lo». Disseram então os discípulos: «Senhor, se dorme, estará salvo». Jesus referia-se à morte de Lázaro, mas eles entenderam que falava do sono natural. Disse-lhes então Jesus abertamente: «Lázaro morreu; por vossa causa, alegro-Me de não ter estado lá, para que acrediteis. Mas, vamos ter com ele». Tomé, chamado Dídimo, disse aos companheiros: «Vamos nós também, para morrermos com Ele». Ao chegar, Jesus encontrou o amigo sepultado havia quatro dias. Betânia distava de Jerusalém cerca de três quilómetros. Muitos judeus tinham ido visitar Marta e Maria, para lhes apresentar condolências pela morte do irmão. Quando ouviu dizer que Jesus estava a chegar, Marta saiu ao seu encontro, enquanto Maria ficou sentada em casa. Marta disse a Jesus: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, tudo o que pedires a Deus, Deus To concederá». Disse-lhe Jesus: «Teu irmão ressuscitará». Marta respondeu: «Eu sei que há-de ressuscitar na ressurreição do último dia». Disse-lhe Jesus: «Eu sou a ressurreição e a vida. Quem acredita em Mim, ainda que tenha morrido, viverá; e todo aquele que vive e acredita em Mim, nunca morrerá. Acreditas nisto?». Disse-Lhe Marta: «Acredito, Senhor, que Tu és o Messias, o Filho de Deus, que havia de vir ao mundo». Dito isto, retirou-se e foi chamar Maria, a quem disse em segredo: «O Mestre está ali e manda-te chamar». Logo que ouviu isto, Maria levantou-se e foi ter com Jesus. Jesus ainda não tinha chegado à aldeia, mas estava no lugar em que Marta viera ao seu encontro. Então os judeus que estavam com Maria em casa para lhe apresentar condolências, ao verem-na levantar-se e sair rapidamente, seguiram-na, pensando que se dirigia ao túmulo para chorar. Quando chegou aonde estava Jesus, Maria, logo que O viu, caiu-Lhe aos pés e disse-Lhe: «Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido». Jesus, ao vê-la chorar, e vendo chorar também os judeus que vinham com ela, comoveu-Se profundamente e perturbou-Se. Depois perguntou: «Onde o pusestes?». Responderam-Lhe: «Vem ver, Senhor». E Jesus chorou. Diziam então os judeus: «Vede como era seu amigo». Mas alguns deles observaram: «Então Ele, que abriu os olhos ao cego, não podia também ter feito que este homem não morresse?». Entretanto, Jesus, intimamente comovido, chegou ao túmulo. Era uma gruta, com uma pedra posta à entrada. Disse Jesus: «Tirai a pedra». Respondeu Marta, irmã do morto: «Já cheira mal, Senhor, pois morreu há quatro dias». Disse Jesus: «Eu não te disse que, se acreditasses, verias a glória de Deus?». Tiraram então a pedra. Jesus, levantando os olhos ao Céu, disse: «Pai, dou-Te graças por Me teres ouvido. Eu bem sei que sempre Me ouves, mas falei assim por causa da multidão que nos cerca, para acreditarem que Tu Me enviaste». Dito isto, bradou com voz forte: «Lázaro, sai para fora». O morto saiu, de mãos e pés enfaixados com ligaduras e o rosto envolvido num sudário. Disse-lhes Jesus: «Desligai-o e deixai-o ir». Então muitos judeus, que tinham ido visitar Maria, ao verem o que Jesus fizera, acreditaram n’Ele.
Comentário:
O Evangelista faz constar que Jesus ao ver Marta chorar bem como os que estavam presentes «comoveu-Se profundamente e perturbou-Se».
Jesus é, de facto um homem autêntico, com sentimentos comuns a todos os homens, mas também fica bem patente a Sua Divindade.
«Se estivesses cá», diz Marta a Jesus.
Nós sabemos e acreditamos que Ele está sempre cá, connosco, atento às nossas necessidades, disponível para nos devolver a vida.
Sim, na confissão sacramental devolve-nos a vida de união com Deus perdida por causa dos nossos pecados.
Morrendo na Cruz por nós transmitiu-nos a vida para sempre.
(AMA, comentário sobre Jo 11, 1-45, 29.07.2016)
Temas para reflectir e meditar
Confiança
Não podemos desesperar nunca… Deus quer que sejamos santos, e põe o Seu poder e a Sua providência ao serviço da Sua misericórdia.
Por isso não devemos deixar passar o tempo olhando a nossa miséria, perdendo de vista Deus, deixando-nos descoroçoar pelo nosso defeitos, tentados a exclamar «para quê continuar lutando, considerando tudo quanto pequei, tudo quanto falhei ao Senhor?»
Não, nós devemos confiar no poder e no amor do nosso Pai Deus, e no Seu Filho, enviado ao mundo para nos redimir e fortalecer.
Não podemos desesperar nunca… Deus quer que sejamos santos, e põe o Seu poder e a Sua providência ao serviço da Sua misericórdia.
Por isso não devemos deixar passar o tempo olhando a nossa miséria, perdendo de vista Deus, deixando-nos descoroçoar pelo nosso defeitos, tentados a exclamar «para quê continuar lutando, considerando tudo quanto pequei, tudo quanto falhei ao Senhor?»
Não, nós devemos confiar no poder e no amor do nosso Pai Deus, e no Seu Filho, enviado ao mundo para nos redimir e fortalecer.
(B. Perquin, Abba Padre, p. 89, trad ama)
Orações: Amor
Senhor,
Tu sabes que Te amo, sabes que quero amar-te total e profundamente, com todo o
meu coração sem reservas nem condições. Mas também sabes, Senhor, como sou
fraco. Ajuda-me a amar-Te cada vez mais.
(AMA, orações pessoais)
Leitura espiritual
Capítulo VII
TRIUNFO E DERROTA
Não é tanto o trabalho mas sim o desengano que advém de se ter dado demasiada importância às banalidades, o que realmente magoa as almas.
Poucos estão prontos a obedecer à ordem que Nosso Senhor deu a Pedro nas margens do Mar da Galileia:
Quando Pedro ouviu esta ordem respondeu que todas as tentativas para pescar no lago tinham sido vãs:
Pode muito bem ter sucedido que tenhamos procurado para ganhar o bastante para sustentar a família, para aprender uma profissão, para corresponder a uma vocação, para obter um emprego, sem que, todavia, qualquer desses esforços parecesse ter tido êxito.
A ordem do Senhor é, porém, não desistir.
À Sua Palavra tornemos a lançar as redes.
O dever tem de estar sempre antes do prazer, pois as distracções são recompensa e não alternativa ou substituição do trabalho e tê, por conseguinte, de ser merecidas.
Quantas vezes, Deus está pronto a ajudar-nos muitos mais, principalmente quando reconhecemos que não conseguimos nada apenas pelo nosso esforço.
«Mas à Tua Palavra…».
É assim o estímulo dos heróis da perseverança.
Mercê da confiança na promessa de Nosso Senhor tornam-se dignos do auxílio d’Aquelecuja omnipotência criou do nada o Universo.
A Arca foi edificada em terra firme e, enquanto esteva a ser construída, uma multidão de curiosos reuniu-se à sua volta, troçando sarcasticamente do velho Noé.
Indiferente aos sarcasmos, Noé levantava os olhos ao Céu e dizia: “Senhor foi por Tua ordem que construi esta barca» [3]
Por sua vez, Pedro diria, não porque tivesse alcançado êxito, mas precisamente porque o não conseguira:
«Mas, à Tua Palavra, tornarei a lançar a redes» [4], quer dizer: sem a bênção de Deus a rede viria vazia e, com essa bênção, veio carregada de peixe.
Aqule noite de trabalho em vão transformou-se numa lição de fé obediente.
Pode acontecer-nos pior que uma derrota, porque podemos triunfar, orgulhar-nos do nosso êxito, ou até mesmo ao das redes., desprezando ao mesmo tempo os que não conseguem pescar nada e esquecendo que tudo depende da Vontade d’Aquele que tudo pode dar e tudo pode tirar.
Quando Pedro obedeceu, a sua rede vinha tão cheia que quase rebentava com o peso da pescaria.
À derrota seguiu-se o triunfo, não se seguiu à desistência do esforço mas sim à persistência.
Aqueles que disseram: “Trabalhei toda a noite em vão e “, agora quero dormir”, ou “não quero continuar a lançar as redes”, ou “já estou farto de trabalhar para nada”, não têm direito a esperar que Deus queira prestar-lhes ajuda.
Tal é o significado do velho e bem conhecido provérbio: “ Ajuda-te que Deus te ajudará”.
Quer isto dizer que devemos trabalhar como se tudo somente dependesse de nós e confiar em Deus como se tudo dependesse da Sua Vontade.
Quantas vezes o trabalho em que temos menos confiança que no fim nos dá a maior alegria!
O milagre Da pesca maraviçhosa fez com que Pedro caísse de joelhos aos pés de Jesus, dizendo-Lhe:
Era um grito de amor desesperado, não de desesperado ódio, o grito de alguém que ambicionava o bem infinito e se reconhecia indigno dele.
A maior parte da humanidade não tem plena consciência das suas deficiências morais, embora conheça perfeitamente as suas deficiências físicas.
Os que vivem afastados de Deus na verdade, carecem completamente de qualquer padrão pelo qual possa aferir até que distancia se afastaram dos preceitos da Lei Moral!
O cevado não tem a mínima ideia da limpeza nem do que significa.
Assi, os homens só começam a apreciar a degradação própria e a misericórdia de Deus, quando começam a elevar-se acima do ambiente dos miasmas das suas vidas pecaminosas.
A intuição e o talento de um grande médico fazem com que o doente acabe par ter consciência, não soda gravidade da doença de que escapou, como do encanto da saúde recuperada.
Ninguém pode, contudo, esperar ser admitido à presença de Deus, sem que primeiro tenha compreendido e cumprido o preceito que se impõe a todos os homens de purificarem primeiro as suas vidas, par que assim se assemelhem o mais possível à Sua imagem.
Naquela exclamação de São Pedro - «mas em vista da Tua Palavra…», - [6], encontra-se vibrantemente a nota da aceitação da Vontade de Deus, e não da sua rejeição.
Assim como um homem tem mais viva a sensação das suas culpas na presença de uma criança inocente, assim também é principalmente na presença de Deus que compreende que realmente nada vale, e pode muito bem suceder, que faça essa descoberta após a desilusão de uma grande derrota.
Fulton J. Sheen, Thoughts for dayly living, (tradução por AMA)
PANDEMIA 4
PANDEMIA
– 4
RESPEITO
O
amor é, também RESPEITO, não é possível amor sem respeito.
Respeito
por si mesmo – como criatura de Deus – e respeito pelos outros de modo muito
particular por aquele que é o nosso amor terreno.
Aliás,
no Sacramento do Matrimónio há declaração solene dos noivos que se comprometem
a “amar-se e respeitar-se”.
O
RESPEITO implica, naturalmente, a JUSTIÇA, que é proceder de forma correcta no
que respeita aos outros.
Tal
implica, por exemplo, fazer juízos – públicos ou íntimos - sobre quem seja.
Não
temos nenhum direito de o fazer e, até por uma medida de PRUDÊNCIA - «Não julgueis, para não serdes julgados; 2 pois,
conforme o juízo com que julgardes, assim sereis julgados; e, com a medida com
que medirdes, assim sereis medidos.»
(Mt 7, 1-2) – devemos realmente resistir a essa tentação.
O
AMOR É:
ENTREGA
– DOAÇÃO - RESPEITO
Com estes predicados o AMOR pode ser a solução para a pandemia?
Com estes predicados o AMOR pode ser a solução para a pandemia?
(AMA,
2020)
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
PEQUENA AGENDA DO CRISTÃO
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?