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26/02/2020

NUNC COEPI

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Cinzas 

Começa a Quaresma com o acto penitencial da imposição das cinzas.

Não se trata de algo meramente simbólico mas de uma disposição da Liturgia para chamar os cristãos a uma realidade bem concreta: o começo de um tempo especialmente dedicado à preparação da festa maior da cristandade; a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo nosso Salvador.

Esta preparação implica uma profunda revisão de vida interiorizando em exame sério o comportamento que como cristãos deveríamos ter tido quer no cumprimento dos nossos deveres como pessoas de Fé quer como membros da sociedade onde nos inserimos.

Desse exame devem surgir propósitos concretos, com atitude construtiva, pensada e de acordo com as nossas reais capacidades.

Coisas pequenas e simples que nem por o serem deixarão de ser importantes e, assim, ao longo dos quarenta dias da Quaresma iremos "afinando" a nossa conduta, preparados como sempre devemos estar, para retrocessos e falhas que não têm porque fazer-nos desanimar mas, antes, constituir incentivo para prosseguir

ama, Reflexão, 2014.03.05


Levai a carga uns dos outros


Diz o Senhor: "Dou-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros. Nisto se conhecerá que sois meus discípulos". – E São Paulo: "Levai a carga uns dos outros, e assim cumprireis a lei de Cristo". – Eu não te digo nada. (Caminho, 385)

Olhando à nossa volta, talvez descobríssemos razões para pensar que a caridade é realmente uma virtude ilusória. Mas considerando as coisas com sentido sobrenatural, descobrirás também a raiz dessa esterilidade, que se cifra numa ausência de convívio intenso e contínuo, de tu a tu, com Nosso Senhor Jesus Cristo, e no desconhecimento da acção do Espírito Santo na alma, cujo primeiro fruto é precisamente a caridade.

Recolhendo um conselho do Apóstolo – levai uns as cargas dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo – acrescenta um Padre da Igreja: amando a Cristo, suportaremos facilmente a fraqueza dos outros, mesmo a daquele a quem ainda não amamos, porque não tem boas obras.

Por aí se eleva o caminho que nos faz crescer na caridade. Enganar-nos-íamos se imaginássemos que primeiro temos de nos exercitar em actividades humanitárias, em trabalhos de assistência, excluindo o amor do Senhor. Não descuidemos Cristo por causa do próximo que está enfermo, uma vez que devemos amar o enfermo por causa de Cristo.

Olhai constantemente para Jesus, que, sem deixar de ser Deus, se humilhou tomando a forma de servo para nos poder servir, porque só nessa mesma direcção se abrem os afãs por que vale a pena lutar. O amor procura a união, a identificação com a pessoa amada; e, ao unirmo-nos com Cristo, atrair-nos-á a ânsia de secundar a sua vida de entrega, de amor sem medida, de sacrifício até à morte. Cristo coloca-nos perante o dilema definitivo: ou consumirmos a existência de uma forma egoísta e solitária ou dedicarmo-nos com todas as forças a uma tarefa de serviço. (Amigos de Deus, 236)

THALITA KUM 113


THALITA KUM 113

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Muitas vezes, porém, nem conseguimos saber o que é bondade, porque bondade não se define, mas experimenta-se, desde uma saudação, um aperto de mão, até às coisas maiores que a pessoa possa dar.

As crianças são tão bondosas, tão cheias de carinho!...

Eu pergunto-me:
Porque, frequentemente, se perde isso, pela vida afora?

Quando falamos do amor verdadeiro, será que ele se resume na frase: “Ah, Senhor, eu amo-te”? Então, vem a grande pergunta: Mas o que é, afinal, o amor que damos, ou pensamos dar? Será o não pensar em si mesmo?

“Amar é dar tudo de si”, dizia Santa Teresinha, “e dar-se completamente ao outro”, na doação até dolorosa, como aquela que Cristo fez durante toda a sua vida.

Trespassado por um gesto absurdo do Centurião Longino, o Seu Lado é atravessado com uma lança, e do pobre Coração, já desfalecido, ainda jorram um pouco de água e um pouco de sangue, que são os símbolos da doação última ou, como diziam os Santos Padres, são símbolos dos Sacramentos e da própria Igreja nascente. Somente São João relata esse facto, mostrando-nos Jesus morto, por amor e de amor. [1]

Olhemos, portanto, para a chaga aberta do Cristo no alto da cruz – a imagem mais perfeita do amor que brota do Seu Coração. Olhemos e não deixemos, jamais, de fazê-lo.



(AMA, reflexões).



[1] Cfr. Jo 19,34-37

Evangelho e comentário


Resultado de imagem para cinzasTEMPO DE CINZAS


Quarta Feira de Cinzas

Evangelho: Mt 6, 1-6.16-18

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Tende cuidado em não praticar as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles. Aliás, não tereis nenhuma recompensa do vosso Pai que está nos Céus. Assim, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas, nas sinagogas e nas ruas, para serem louvados pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Quando deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita, para que a tua esmola fique em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando rezardes, não sejais como os hipócritas, porque eles gostam de orar de pé, nas sinagogas e nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando rezares, entra no teu quarto, fecha a porta e ora a teu Pai em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa. Quando jejuardes, não tomeis um ar sombrio, como os hipócritas, que desfiguram o rosto, para mostrarem aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: já receberam a sua recompensa. Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, para que os homens não percebam que jejuas, mas apenas o teu Pai, que está presente em segredo; e teu Pai, que vê o que está oculto, te dará a recompensa».

Comentário:

Na sequência do discurso anterior - ser sal da terra e luz do mundo - Jesus vem, de certo modo completar o que disse.

Não há, nem podia haver, nenhuma contradição, tão só uma vigorosa chamada de atenção para o são critério e rectidão de intenção dos nossos actos.

Ser visto pelos outros como exemplo a seguir é muito diferente que desejar ser visto pelos outros para ser admirado e louvado.


(AMA, comentário sobre Mt 6, 1-6. 6,18 15.06.2016)


Leitura espiritual


Novo Testamento

Cartas Católicas

Carta de Tiago

Tg 1

Saudação –

1 Tiago, servo de Deus e do Senhor Jesus Cristo, saúda as doze tribos da Dispersão.

Benefício das provações –

2 Meus irmãos, considerai como uma enorme alegria o estardes rodeados de provações de toda a ordem, 3 tendo em conta que a prova a que é submetida a vossa fé produz a constância. 4 Mas a constância tem de se exercitar até ao fim, de modo a serdes perfeitos e irrepreensíveis, sem falhar em nada. 5 Se algum de vós tem falta de sabedoria, que a peça a Deus, que a todos dá generosamente e sem recriminações, e ser-lhe-á dada. 6 Mas peça-a com fé e sem hesitar, porque aquele que hesita assemelha-se às ondas do mar sacudidas e agitadas pelo vento. 7 Não pense, pois, tal homem que receberá qualquer coisa do Senhor, 8 sendo de espírito indeciso e inconstante em tudo. 9 Que o irmão de condição humilde se glorie na sua exaltação, 10 e o rico na sua humilhação, pois ele passará como a flor da erva. 11 Com efeito, ao despontar o Sol com ardor, a erva seca e a sua flor cai, perdendo toda a beleza; assim murchará também o rico nos seus empreendimentos. 12 Feliz o homem que resiste à tentação, porque, depois de ter sido provado, receberá a coroa da vida que o Senhor prometeu aos que o amam. 13 Ninguém diga, quando for tentado para o mal: «É Deus que me tenta.» Porque Deus não é tentado pelo mal, nem tenta ninguém. 14 Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e seduz. 15 E a concupiscência, depois de ter concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte. 16 Não vos enganeis, meus amados irmãos. 17 Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, no qual não há mudanças nem períodos de sombra. 18 Por sua livre decisão, nos gerou com a palavra da verdade, para sermos como que as primícias das suas criaturas.

Pôr em prática a Palavra –

19 Bem o sabeis, meus amados irmãos: cada um seja pronto para ouvir, lento para falar e lento para se irar, 20 pois uma pessoa irada não faz o que é justo aos olhos de Deus. 21 Rejeitai, pois, toda a imundície e todo o vestígio de malícia e recebei com mansidão a Palavra em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas. 22 Mas tendes de a pôr em prática e não apenas ouvi-la, enganando-vos a vós mesmos. 23 Porque, quem se contenta com ouvir a palavra, sem a pôr em prática, assemelha-se a alguém que contempla a sua fisionomia num espelho; 24 mal acaba de se contemplar, sai dali e esquece-se de como era. 25 Aquele, porém, que medita com atenção a lei perfeita, a lei da liberdade, e nela persevera - não como quem a ouve e logo se esquece, mas como quem a cumpre - esse encontrará a felicidade ao pô-la em prática. 26 Se alguém se considera uma pessoa piedosa, mas não refreia a sua língua, enganando assim o seu coração, a sua religião é vazia. 27 A religião pura e sem mácula diante daquele que é Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.




Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?