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01/02/2020

NUNC COEPI

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NUNC COEPI


Fazer da tua vida diária um testemunho de Fé


Muitas realidades materiais, técnicas, económicas, sociais, políticas, culturais..., abandonadas a si mesmas, ou nas mãos de quem carece da luz da nossa fé, convertem-se em obstáculos formidáveis à vida sobrenatural: formam como que um couto cerrado e hostil à Igreja. Tu, por seres cristão – investigador, literato, cientista, político, trabalhador... –, tens o dever de santificar essas realidades. Lembra-te de que o universo inteiro – escreve o Apóstolo – está a gemer como que em dores de parto, esperando a libertação dos filhos de Deus. (Sulco, 311)

Já falámos muito deste tema noutras ocasiões, mas permiti-me insistir de novo na naturalidade e na simplicidade da vida de S. José, que não se distinguia da dos seus vizinhos nem levantava barreiras desnecessárias.
Por isso, ainda que possa ser conveniente nalguns momentos ou em algumas situações, habitualmente não gosto de falar de operários católicos, de engenheiros católicos, de médicos católicos, etc., como se se tratasse de uma espécie dentro dum género, como se os católicos formassem um grupinho separado dos outros, dando assim a sensação de que existe um fosso entre os cristãos e o resto da humanidade. Respeito a opinião oposta, mas penso que é muito mais correcto falar de operários que são católicos, ou de católicos que são operários; de engenheiros que são católicos ou de católicos que são engenheiros. Porque o homem que tem fé e exerce uma profissão intelectual, técnica ou manual, está e sente-se unido aos outros, igual aos outros, com os mesmos direitos e obrigações, com o mesmo desejo de melhorar, com o mesmo empenho de se enfrentar com os problemas comuns e de lhes encontrar a solução.
O católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária um testemunho de Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal, sem necessidade de manifestações aparatosas, pondo de manifesto – com a coerência da sua vida – a presença constante da Igreja no mundo, visto que todos os católicos são, eles mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno direito, do único Povo de Deus. (Cristo que passa, 53)


THALITA KUM 88


THALITA KUM 88 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


«A tua fé te salvou», «como se dissesse:

- Não sou Eu quem te salva, mas tu própria alcanças a salvação porque acreditas em Mim!

A gente ouve constantemente falar de fé e é lógico que assim seja porque, a fé, é única e verdadeira mola real de toda a vida humana.

Não se compra, não se adquire, não se negoceia, é uma graça dada por Deus, gratuitamente, aos que lha pedem. Mas nem sempre tem a mesma intensidade, a mesma dimensão.
Constantemente a dúvida insinua-se no nosso espírito, assim, como uma água miúda que vai penetrando sub-repticiamente, quase sem nos darmos conta e, quando nos apercebemos, já atingiu um volume considerável e custará bastante a erradicar.

É claro que fé e santidade têm a ver uma com a outra, já que, só através da fé em Jesus Cristo, aquela se pode alcançar, mas a santidade não isenta da dúvida mais ou menos profunda e mais ou menos demorada.

Muitos santos tiveram ao longo das suas vidas autênticas “crises” de fé, em que a escuridão ou o embotamento do raciocínio, tapavam o seu acesso.
Ainda recentemente, para grande espanto de muitos, a biografia de Teresa de Calcutá o revelou.

O próprio Jesus o advertiu seriamente:

«A todo aquele que tem, há-de ser dado, mas àquele que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado». [1]



AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] Cfr. Lc 19, 11-28.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Mc 4, 35-41

35 Naquele dia, ao entardecer, disse: «Passemos para a outra margem.» 36 Afastando-se da multidão, levaram-no consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. 37 Desencadeou-se, então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de forma que este já estava quase cheio de água. 38 Jesus, à popa, dormia sobre uma almofada. 39 Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar: «Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. 40 Depois disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» 41 E sentiram um grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar obedecem?»

Comentário:

É muito comum usar este texto de São Marcos para estabelecer uma correlação com a Igreja.
De facto, desde o início tem sido submetida a autênticas tempestades que, muitas vezes, atingem proporções de autêntica catástrofe.

E tal como os da barca também nós nos perguntamos:

‘Onde estás Senhor que pareces ausente ou desinteressado da sorte dos teus filhos objecto de violências incríveis, vítimas de furor persecutório que provoca inumeráveis vítimas’? Sim… onde estás Senhor Tu que és a cabeça desta Igreja’?

É para nós um mistério do qual o demónio se serve muitas vezes para abalar a nossa fé e confiança.

Neste debate íntimo que é lógico e naturalmente justificável, escolhamos antes rezar com redobrada confiança pelos perseguidos e pelos que perseguem, pela paz na Igreja e nos seus filhos.

(ama, comentário sobre Mc 4, 35-41)


Leitura espiritual

Novo Testamento

Cartas de São Paulo

1ª Carta a Timóteo

Natural de Listra, filho de pai grego e de mãe judia, Eunice (Act 16,1), Timóteo tornou-se companheiro de Paulo, desde que este por ali passou, no decorrer da segunda viagem missionária (Act 15,35-18,22). Aparece associado a ele no endereço de várias Cartas (2 Cor, Cl, 1 e 2 Ts, Flm), está ao seu lado em Atenas (Act 17,14-15), em Corinto (Act 18,5), em Éfeso (Act 19,22) e é um dos portadores da colecta para Jerusalém (Act 20,4). Foi encarregado por Paulo de várias missões difíceis, para resolver situações delicadas (Rm 16,21; 1 Cor 4,17; 16,10-11; Fl 2,19-24; 1 Ts 3,2-6).

DIVISÃO E CONTEÚDO

No conteúdo teológico desta Carta destacam-se especialmente dois conjuntos:

Saudação inicial e acção de graças: 1,1-20.

I. A organização eclesial (2,1-4,16).
II. Conselhos a várias classes de pessoas (5,1-6,19).
Mas a sequência dos temas é a seguinte:
Combater as falsas doutrinas: 1,3-20;
Organização do culto: 2,1-15;
Qualidades para o episcopado: 3,1-7;
Qualidades do diácono: 3,8-13;
Hino ao mistério da piedade: 3,14-16;
Contra os falsos mestres: 4,1-5;
Timóteo como modelo: 4,6-16;
Instruções para vários grupos cristãos: 5,1-6,19.
Saudação final: 6,20-21.