Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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01/02/2020
Fazer da tua vida diária um testemunho de Fé
Muitas realidades materiais, técnicas, económicas, sociais,
políticas, culturais..., abandonadas a si mesmas, ou nas mãos de quem carece da
luz da nossa fé, convertem-se em obstáculos formidáveis à vida sobrenatural:
formam como que um couto cerrado e hostil à Igreja. Tu, por seres cristão – investigador,
literato, cientista, político, trabalhador... –, tens o dever de santificar
essas realidades. Lembra-te de que o universo inteiro – escreve o Apóstolo –
está a gemer como que em dores de parto, esperando a libertação dos filhos de
Deus. (Sulco, 311)
Já falámos muito deste tema noutras ocasiões, mas permiti-me
insistir de novo na naturalidade e na simplicidade da vida de S. José, que não
se distinguia da dos seus vizinhos nem levantava barreiras desnecessárias.
Por isso, ainda que possa ser conveniente nalguns momentos ou em
algumas situações, habitualmente não gosto de falar de operários católicos, de
engenheiros católicos, de médicos católicos, etc., como se se tratasse de uma
espécie dentro dum género, como se os católicos formassem um grupinho separado
dos outros, dando assim a sensação de que existe um fosso entre os cristãos e o
resto da humanidade. Respeito a opinião oposta, mas penso que é muito mais
correcto falar de operários que são católicos, ou de católicos que são
operários; de engenheiros que são católicos ou de católicos que são
engenheiros. Porque o homem que tem fé e exerce uma profissão intelectual,
técnica ou manual, está e sente-se unido aos outros, igual aos outros, com os
mesmos direitos e obrigações, com o mesmo desejo de melhorar, com o mesmo
empenho de se enfrentar com os problemas comuns e de lhes encontrar a solução.
O católico, assumindo tudo isto, saberá fazer da sua vida diária
um testemunho de Fé, de Esperança e de Caridade; testemunho simples, normal,
sem necessidade de manifestações aparatosas, pondo de manifesto – com a
coerência da sua vida – a presença constante da Igreja no mundo, visto que
todos os católicos são, eles mesmos, Igreja, pois são membros, com pleno
direito, do único Povo de Deus. (Cristo
que passa, 53)
THALITA KUM 88
(Cfr. Lc 8, 49-56)
«A tua fé te salvou», «como se dissesse:
- Não sou Eu quem
te salva, mas tu própria alcanças a salvação porque acreditas em Mim!
A gente ouve constantemente falar de
fé e é lógico que assim seja porque, a fé, é única e verdadeira mola real de
toda a vida humana.
Não se compra, não se adquire, não
se negoceia, é uma graça dada por Deus, gratuitamente, aos que lha pedem. Mas
nem sempre tem a mesma intensidade, a mesma dimensão.
Constantemente a
dúvida insinua-se no nosso espírito, assim, como uma água miúda que vai
penetrando sub-repticiamente, quase sem nos darmos conta e, quando nos
apercebemos, já atingiu um volume considerável e custará bastante a erradicar.
É claro que fé e
santidade têm a ver uma com a outra, já que, só através da fé em Jesus Cristo,
aquela se pode alcançar, mas a santidade não isenta da dúvida mais ou menos
profunda e mais ou menos demorada.
Muitos santos
tiveram ao longo das suas vidas autênticas “crises” de fé, em que a escuridão
ou o embotamento do raciocínio, tapavam o seu acesso.
Ainda recentemente,
para grande espanto de muitos, a biografia de Teresa de Calcutá o revelou.
O próprio Jesus o
advertiu seriamente:
«A todo aquele que tem, há-de ser dado, mas
àquele que não tem, mesmo aquilo que tem lhe será tirado». [1]
AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 4, 35-41
35 Naquele dia, ao entardecer, disse:
«Passemos para a outra margem.» 36 Afastando-se da multidão, levaram-no
consigo, no barco onde estava; e havia outras embarcações com Ele. 37 Desencadeou-se,
então, um grande turbilhão de vento, e as ondas arrojavam-se contra o barco, de
forma que este já estava quase cheio de água. 38 Jesus, à popa, dormia sobre
uma almofada. 39 Acordaram-no e disseram-lhe: «Mestre, não te importas que
pereçamos?» Ele, despertando, falou imperiosamente ao vento e disse ao mar:
«Cala-te, acalma-te!» O vento serenou e fez-se grande calma. 40 Depois
disse-lhes: «Porque sois tão medrosos? Ainda não tendes fé?» 41 E sentiram um
grande temor e diziam uns aos outros: «Quem é este, a quem até o vento e o mar
obedecem?»
Comentário:
É muito comum
usar este texto de São Marcos para estabelecer uma correlação com a Igreja.
De facto,
desde o início tem sido submetida a autênticas tempestades que, muitas vezes,
atingem proporções de autêntica catástrofe.
E tal como os
da barca também nós nos perguntamos:
‘Onde estás
Senhor que pareces ausente ou desinteressado da sorte dos teus filhos objecto
de violências incríveis, vítimas de furor persecutório que provoca inumeráveis
vítimas’? Sim… onde estás Senhor Tu que és a cabeça desta Igreja’?
É para nós um
mistério do qual o demónio se serve muitas vezes para abalar a nossa fé e
confiança.
Neste debate
íntimo que é lógico e naturalmente justificável, escolhamos antes rezar com
redobrada confiança pelos perseguidos e pelos que perseguem, pela paz na Igreja
e nos seus filhos.
(ama, comentário sobre Mc 4, 35-41)
Leitura espiritual
Cartas de São Paulo
1ª Carta a Timóteo
Natural de Listra, filho
de pai grego e de mãe judia, Eunice (Act 16,1), Timóteo tornou-se companheiro
de Paulo, desde que este por ali passou, no decorrer da segunda viagem
missionária (Act 15,35-18,22). Aparece associado a ele no endereço de várias
Cartas (2 Cor, Cl, 1 e 2 Ts, Flm), está ao seu lado em Atenas (Act 17,14-15),
em Corinto (Act 18,5), em Éfeso (Act 19,22) e é um dos portadores da colecta
para Jerusalém (Act 20,4). Foi encarregado por Paulo de várias missões
difíceis, para resolver situações delicadas (Rm 16,21; 1 Cor 4,17; 16,10-11; Fl
2,19-24; 1 Ts 3,2-6).
DIVISÃO E CONTEÚDO
No conteúdo teológico
desta Carta destacam-se especialmente dois conjuntos:
Saudação inicial e acção de
graças: 1,1-20.
I. A organização eclesial
(2,1-4,16).
II. Conselhos a várias
classes de pessoas (5,1-6,19).
Mas a sequência dos temas
é a seguinte:
Combater as falsas
doutrinas: 1,3-20;
Organização do culto:
2,1-15;
Qualidades para o
episcopado: 3,1-7;
Qualidades do diácono:
3,8-13;
Hino ao mistério da
piedade: 3,14-16;
Contra os falsos mestres:
4,1-5;
Timóteo como modelo:
4,6-16;
Instruções para vários
grupos cristãos: 5,1-6,19.
Saudação final: 6,20-21.