Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
Páginas
▼
20/01/2020
Bendita perseverança a do burrico
Se não for para construir uma obra
muito grande, muito de Deus – a santidade –, não vale a pena entregar-se. Por
isso, a Igreja, ao canonizar os Santos, proclama a heroicidade da sua vida. (Sulco,
611)
Se a vida não tivesse por fim dar
glória a Deus, seria desprezível; mais ainda, detestável. (Caminho,
783)
Bendita perseverança a do burrico de
nora! – Sempre ao mesmo passo. Sempre as mesmas voltas. – Um dia e outro; todos
iguais.
Sem isso, não haveria maturidade nos
frutos, nem louçania na horta, nem o jardim teria aromas.
Leva este pensamento à tua vida
interior. (Caminho, 998)
Qual é o segredo da perseverança? O
Amor. – Enamora-te. e não "O" deixarás. (Caminho,
999)
A entrega é o primeiro passo de uma
corrida de sacrifício, de alegria, de amor, de união com Deus. E, assim, toda a
vida se enche de uma bendita loucura, que faz encontrar felicidade onde a
lógica humana não vê senão negação, padecimento, dor. (Sulco,
2)
– Qual é o fundamento da nossa
fidelidade?
– Dir-te-ia, a traços largos, que se
baseia no amor de Deus, que faz vencer todos os obstáculos: o egoísmo, a
soberba, o cansaço, a impaciência...
Um homem que ama calca-se a si
próprio; sabe que, até amando com toda a sua alma, ainda não sabe amar
bastante. (Forja, 532)
THALITA KUM 76
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Saudade
Parece que só a língua portuguesa tem esta
palavra única para significar a vontade, o desejo de voltar a viver algo que se
viveu num passado, rever uma pessoa que está afastada, enfim, sentir a falta de
algo ou alguém que naturalmente guardamos na memória como algo bom de que
gostámos.
Noutros idiomas para exprimir este
sentimento tem de usar-se uma frase composta. Realmente, em português as coisas
são mais simples. E exactamente por ser simples, descrever o sentimento que representa
pode ser complexo e difícil.
Por isso mesmo quase sempre se usa a
palavra sem acrescentar nada mais porque ela já diz tudo quanto precisamos para
descrever um estado de alma.
A saudade pode ser algo condicionante e
esmagador sendo necessário exercer um controlo sério para que não tome
demasiado vulto ou atinja níveis emocionais que terão sempre uma consequência:
o mergulhar na tristeza, desesperança, abandono.
Depois, se não se actua a tempo, vem a
auto-comiseração, o sentir-se o centro e único protagonista digno de toda a
atenção, carinho, solidariedade.
Tende-se assim, em plano perigosamente
inclinado, para o amor-próprio e, finalmente o orgulho.
Não se conclui que a saudade seja um
defeito, de modo nenhum, mas pode converter um sentimento nobre numa sujeição
pessoal torpe e sem mérito.
É aqui principalmente que se deve redobrar
a atenção de forma a impedir a que esse sentimento atinja proporções grandes
demais para o equilíbrio emocional da pessoa.
Disse antes que tal pode levar a um
excessivo ensimesmamento que naturalmente conduzirá à solidão, ao sofrimento
íntimo, que tenderá também a tornar-se um hábito e, pior, converter-se em
desculpa para fugir ao comportamento normal, convívio com os outros, afectando
virtudes importantes como a paciência, o bom humor, a alegria, a
disponibilidade para servir, ser útil, a atenção aos outros, a diligência no
trabalho.
A pessoa dominada pela saudade torna-se de
trato difícil, maçadora, exigente, centralizadora das atenções dos outros.
De alguma forma tem sempre uma
"desculpa" para não fazer o que deve quando deve.
Adia para um futuro qualquer em que
"se sinta melhor" o que deveria fazer no momento e, quase sempre,
parece-lhe que esta é uma justificação que todos devem aceitar e compreender.
AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 2, 18-22
18 Estando os discípulos de João e os
fariseus a jejuar, vieram dizer-lhe: «Porque é que os discípulos de João e os
dos fariseus guardam jejum, e os teus discípulos não jejuam?» 19 Jesus
respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com
eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar. 20 Dias virão em que o
esposo lhes será tirado; e então, nesses dias, hão-de jejuar.» 21 «Ninguém
deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho
e o rasgão fica maior. 22 E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o
fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas
vinho novo, em odres novos.»
Comentário:
Há
pessoas que criticam e menosprezam o jejum, dizendo até que é uma violência “de
outros tempos”, um sacrifício sem razão de ser.
Muitos
destes são capazes dos maiores jejuns e privações por questões de estética,
beleza corporal, culto do físico.
De
facto, o jejum é uma prática muito antiga e, ainda hoje em dia, há religiões
que o prescrevem como obrigação severa e absoluta. [i]
Do
que se trata é realmente uma privação e, sobretudo, uma contenção dos excessos
de comida e bebida.
Mas
o jejum não se limita ao comer e beber, mas abarca tudo quanto possa constituir
um pequeno sacrifício voluntário, evidentemente, como, por exemplo, o “jejum da
televisão”.
O
Senhor foi muito claro quando afirmou que não vinha pedir sacrifícios mas boas
acções, não actos negativos mas sim obras positivas.
(ama,
Comentário sobre Mc 2, 18-22,
16.01.2017)
Leitura espiritual
1ª Carta de Pedro
1Pe 1
Saudação inicial –
1 Pedro, Apóstolo de Jesus
Cristo, aos que peregrinam na diáspora do Ponto, da Galácia, da Capadócia, da
Ásia e da Bitínia, eleitos 2 por meio da santificação do Espírito, segundo a
providência de Deus Pai, para obedecerem a Jesus Cristo e receberem a aspersão
do seu sangue. Graça e paz vos sejam dadas em abundância.
Louvor a Deus pela vocação
cristã
3 Bendito seja Deus, Pai
do Nosso Senhor Jesus Cristo, que na sua grande misericórdia nos gerou de novo -
através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos - para uma esperança
viva, 4 para uma herança incorruptível, imaculada e indefectível, reservada no
Céu para vós, 5 a quem o poder de Deus guarda, pela fé, até alcançardes a
salvação que está pronta para se manifestar no momento final. 6 É por isso que
exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por
diversas provações; 7 deste modo, a qualidade genuína da vossa fé - muito mais
preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo - será
achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de
Jesus Cristo. 8 Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e
vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, 9 alcançando assim a
meta da vossa fé: a salvação das almas. 10 Esta salvação foi objecto das buscas
e averiguações dos profetas, que predisseram a graça que vos estava destinada.
11 Eles investigavam a época e as circunstâncias indicadas pelo Espírito de
Cristo, que neles morava e que profetizava os padecimentos reservados a Cristo
e a glória que se lhes seguiria. 12 Foi-lhes revelado - não para seu proveito,
mas para vosso - que eles estavam ao serviço destas realidades que agora vos
foram anunciadas por aqueles que vos pregaram o Evangelho, em virtude do
Espírito Santo enviado do Céu; as mesmas que os Anjos avidamente contemplam.
I. EXORTAÇÃO À SANTIDADE
(1,13-2,10)
Dignidade da vida cristã –
13 Por isso, de ânimo
preparado para servir e vivendo com sobriedade, ponde a vossa esperança na
dádiva que vos vai ser concedida com a manifestação de Jesus Cristo. 14 Como
filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa
ignorância; 15 mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós
também, em todo o vosso proceder, 16 conforme diz a Escritura: Sede santos,
porque Eu sou santo. 17 E, se invocais como Pai aquele que, sem parcialidade,
julga cada um consoante as suas obras, comportai-vos com temor durante o tempo
da vossa peregrinação; 18 sabendo que fostes resgatados da vossa vã maneira de
viver herdada dos vossos pais, não a preço de bens corruptíveis, prata ou ouro,
19 mas pelo sangue precioso de Cristo, qual cordeiro sem defeito nem mancha, 20
predestinado já antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por
causa de vós; 21 vós, que por meio dele tendes a fé em Deus, que o ressuscitou
dos mortos e o glorificou, a fim de que a vossa fé e a vossa esperança estejam
postas em Deus.
O amor fraterno –
22 Já que purificastes as
vossas almas pela obediência à verdade que leva a um sincero amor fraterno,
amai-vos intensamente uns aos outros do fundo do coração, 23 como quem nasceu
de novo, não de uma semente corruptível, mas de um germe incorruptível, a
saber, por meio da palavra de Deus, viva e perene. 24 De facto, todo o mortal é
como a erva e toda a sua glória como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a
flor, 25 mas a palavra do Senhor permanece para sempre. Esta é a palavra que
vos foi anunciada como boa-nova.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?