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20/01/2020

NUNC COEPI Nota de AMA

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Nota de AMA

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nunc coepi


Bendita perseverança a do burrico


Se não for para construir uma obra muito grande, muito de Deus – a santidade –, não vale a pena entregar-se. Por isso, a Igreja, ao canonizar os Santos, proclama a heroicidade da sua vida. (Sulco, 611)


Se a vida não tivesse por fim dar glória a Deus, seria desprezível; mais ainda, detestável. (Caminho, 783)


Bendita perseverança a do burrico de nora! – Sempre ao mesmo passo. Sempre as mesmas voltas. – Um dia e outro; todos iguais.

Sem isso, não haveria maturidade nos frutos, nem louçania na horta, nem o jardim teria aromas.

Leva este pensamento à tua vida interior. (Caminho, 998)


Qual é o segredo da perseverança? O Amor. – Enamora-te. e não "O" deixarás. (Caminho, 999)

A entrega é o primeiro passo de uma corrida de sacrifício, de alegria, de amor, de união com Deus. E, assim, toda a vida se enche de uma bendita loucura, que faz encontrar felicidade onde a lógica humana não vê senão negação, padecimento, dor. (Sulco, 2)

– Qual é o fundamento da nossa fidelidade?

– Dir-te-ia, a traços largos, que se baseia no amor de Deus, que faz vencer todos os obstáculos: o egoísmo, a soberba, o cansaço, a impaciência...

Um homem que ama calca-se a si próprio; sabe que, até amando com toda a sua alma, ainda não sabe amar bastante. (Forja, 532)


THALITA KUM 76


THALITA KUM 76 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Saudade

Parece que só a língua portuguesa tem esta palavra única para significar a vontade, o desejo de voltar a viver algo que se viveu num passado, rever uma pessoa que está afastada, enfim, sentir a falta de algo ou alguém que naturalmente guardamos na memória como algo bom de que gostámos.

Noutros idiomas para exprimir este sentimento tem de usar-se uma frase composta. Realmente, em português as coisas são mais simples. E exactamente por ser simples, descrever o sentimento que representa pode ser complexo e difícil.
Por isso mesmo quase sempre se usa a palavra sem acrescentar nada mais porque ela já diz tudo quanto precisamos para descrever um estado de alma.

A saudade pode ser algo condicionante e esmagador sendo necessário exercer um controlo sério para que não tome demasiado vulto ou atinja níveis emocionais que terão sempre uma consequência: o mergulhar na tristeza, desesperança, abandono.
Depois, se não se actua a tempo, vem a auto-comiseração, o sentir-se o centro e único protagonista digno de toda a atenção, carinho, solidariedade.
Tende-se assim, em plano perigosamente inclinado, para o amor-próprio e, finalmente o orgulho.
Não se conclui que a saudade seja um defeito, de modo nenhum, mas pode converter um sentimento nobre numa sujeição pessoal torpe e sem mérito.
É aqui principalmente que se deve redobrar a atenção de forma a impedir a que esse sentimento atinja proporções grandes demais para o equilíbrio emocional da pessoa.

Disse antes que tal pode levar a um excessivo ensimesmamento que naturalmente conduzirá à solidão, ao sofrimento íntimo, que tenderá também a tornar-se um hábito e, pior, converter-se em desculpa para fugir ao comportamento normal, convívio com os outros, afectando virtudes importantes como a paciência, o bom humor, a alegria, a disponibilidade para servir, ser útil, a atenção aos outros, a diligência no trabalho.

A pessoa dominada pela saudade torna-se de trato difícil, maçadora, exigente, centralizadora das atenções dos outros.

De alguma forma tem sempre uma "desculpa" para não fazer o que deve quando deve.
Adia para um futuro qualquer em que "se sinta melhor" o que deveria fazer no momento e, quase sempre, parece-lhe que esta é uma justificação que todos devem aceitar e compreender.


AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM



Evangelho: Mc 2, 18-22

18 Estando os discípulos de João e os fariseus a jejuar, vieram dizer-lhe: «Porque é que os discípulos de João e os dos fariseus guardam jejum, e os teus discípulos não jejuam?» 19 Jesus respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar. 20 Dias virão em que o esposo lhes será tirado; e então, nesses dias, hão-de jejuar.» 21 «Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho e o rasgão fica maior. 22 E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas vinho novo, em odres novos.»

Comentário:

Há pessoas que criticam e menosprezam o jejum, dizendo até que é uma violência “de outros tempos”, um sacrifício sem razão de ser.

Muitos destes são capazes dos maiores jejuns e privações por questões de estética, beleza corporal, culto do físico.

De facto, o jejum é uma prática muito antiga e, ainda hoje em dia, há religiões que o prescrevem como obrigação severa e absoluta. [i]

Do que se trata é realmente uma privação e, sobretudo, uma contenção dos excessos de comida e bebida.

Mas o jejum não se limita ao comer e beber, mas abarca tudo quanto possa constituir um pequeno sacrifício voluntário, evidentemente, como, por exemplo, o “jejum da televisão”.

O Senhor foi muito claro quando afirmou que não vinha pedir sacrifícios mas boas acções, não actos negativos mas sim obras positivas.

(ama, Comentário sobre Mc 2, 18-22, 16.01.2017)



[i] O Ramadão, por ex.

Leitura espiritual

Cartas Católicas

1ª Carta de Pedro

1Pe 1

Saudação inicial –

1 Pedro, Apóstolo de Jesus Cristo, aos que peregrinam na diáspora do Ponto, da Galácia, da Capadócia, da Ásia e da Bitínia, eleitos 2 por meio da santificação do Espírito, segundo a providência de Deus Pai, para obedecerem a Jesus Cristo e receberem a aspersão do seu sangue. Graça e paz vos sejam dadas em abundância.

Louvor a Deus pela vocação cristã

3 Bendito seja Deus, Pai do Nosso Senhor Jesus Cristo, que na sua grande misericórdia nos gerou de novo - através da ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos - para uma esperança viva, 4 para uma herança incorruptível, imaculada e indefectível, reservada no Céu para vós, 5 a quem o poder de Deus guarda, pela fé, até alcançardes a salvação que está pronta para se manifestar no momento final. 6 É por isso que exultais de alegria, se bem que, por algum tempo, tenhais de andar aflitos por diversas provações; 7 deste modo, a qualidade genuína da vossa fé - muito mais preciosa do que o ouro perecível, por certo também provado pelo fogo - será achada digna de louvor, de glória e de honra, na altura da manifestação de Jesus Cristo. 8 Sem o terdes visto, vós o amais; sem o ver ainda, credes nele e vos alegrais com uma alegria indescritível e irradiante, 9 alcançando assim a meta da vossa fé: a salvação das almas. 10 Esta salvação foi objecto das buscas e averiguações dos profetas, que predisseram a graça que vos estava destinada. 11 Eles investigavam a época e as circunstâncias indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles morava e que profetizava os padecimentos reservados a Cristo e a glória que se lhes seguiria. 12 Foi-lhes revelado - não para seu proveito, mas para vosso - que eles estavam ao serviço destas realidades que agora vos foram anunciadas por aqueles que vos pregaram o Evangelho, em virtude do Espírito Santo enviado do Céu; as mesmas que os Anjos avidamente contemplam.

I. EXORTAÇÃO À SANTIDADE (1,13-2,10)

Dignidade da vida cristã –

13 Por isso, de ânimo preparado para servir e vivendo com sobriedade, ponde a vossa esperança na dádiva que vos vai ser concedida com a manifestação de Jesus Cristo. 14 Como filhos obedientes, não vos conformeis com os antigos desejos do tempo da vossa ignorância; 15 mas, assim como é santo aquele que vos chamou, sede santos, vós também, em todo o vosso proceder, 16 conforme diz a Escritura: Sede santos, porque Eu sou santo. 17 E, se invocais como Pai aquele que, sem parcialidade, julga cada um consoante as suas obras, comportai-vos com temor durante o tempo da vossa peregrinação; 18 sabendo que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver herdada dos vossos pais, não a preço de bens corruptíveis, prata ou ouro, 19 mas pelo sangue precioso de Cristo, qual cordeiro sem defeito nem mancha, 20 predestinado já antes da criação do mundo e manifestado nos últimos tempos por causa de vós; 21 vós, que por meio dele tendes a fé em Deus, que o ressuscitou dos mortos e o glorificou, a fim de que a vossa fé e a vossa esperança estejam postas em Deus.

O amor fraterno –

22 Já que purificastes as vossas almas pela obediência à verdade que leva a um sincero amor fraterno, amai-vos intensamente uns aos outros do fundo do coração, 23 como quem nasceu de novo, não de uma semente corruptível, mas de um germe incorruptível, a saber, por meio da palavra de Deus, viva e perene. 24 De facto, todo o mortal é como a erva e toda a sua glória como a flor da erva. Seca-se a erva e cai a flor, 25 mas a palavra do Senhor permanece para sempre. Esta é a palavra que vos foi anunciada como boa-nova.


Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?