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15/01/2020

Nota de AMA

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nunc coepi


Devemos santificar todas as realidades


A tua tarefa de apóstolo é grande e formosa. Estás no ponto de confluência da graça com a liberdade das almas; e assistes ao momento soleníssimo da vida de alguns homens: o seu encontro com Cristo. (Sulco, 219)

Estamos no Natal. Acodem-nos à memória os diversos factos e circunstâncias que rodearam o nascimento do Filho de Deus e o olhar detém-se na gruta de Belém, no lar de Nazaré. Maria, José, Jesus Menino ocupam de modo muito especial o centro do nosso coração. Que diz, que nos ensina a vida, simples e admirável ao mesmo tempo, dessa Sagrada Família?

Entre as muitas considerações que poderíamos fazer, agora quero escolher sobretudo uma., Como refere a Escritura, o nascimento de Jesus significa o início da plenitude dos tempos, o momento escolhido por Deus para manifestar plenamente o seu amor aos homens, entregando-nos o seu próprio Filho. Essa vontade divina realiza-se no meio das circunstâncias mais normais e correntes: uma mulher que dá à luz, uma família, uma casa. A omnipotência divina, o esplendor de Deus passam através das coisas humanas, unem-se às coisas humanas. Desde esse momento, nós, os cristãos, sabemos que, com a graça do Senhor, podemos e devemos santificar todas as realidades sãs da nossa vida. Não há situação terrena, por mais pequena e vulgar que pareça, que não possa ser a ocasião de um encontro com Cristo e uma etapa da nossa caminhada para o Reino dos Céus.

Por isso, não é de estranhar que a Igreja se alegre, que rejubile, contemplando a modesta morada de Jesus, Maria e José. (Cristo que passa, 22)


THALITA KUM 71


THALITA KUM 71 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Estou certo que, cada um de nós já experimentou a incrível sensação de alegria e paz interior, quando aceita esse convite, sobretudo quando para tal tem de se vencer alguma resistência íntima, ou naquela ocasião em que aquela pessoa a quem vinha convidando sem sucesso, de repente, aceitar e comparecer.

Daqui a uns dias, o Senhor Ressuscitado, estará à espera dos Apóstolos na margem do lago.
Quando eles chegarem, Jesus que, entretanto, acenderá umas brasas, perguntar-lhes-á:

«Rapazes, tendes algum peixe que se coma?» [1] (…)

Os discípulos ficam tristes, não têm nada para oferecer ao Senhor. Andaram toda a noite na pesca, estão esgotados de trabalho, preocupados com a subsistência das famílias e agora, ainda por cima, vem o Senhor e pede-lhes de comer e eles não têm nada para Lhe dar!
Como os de Emaús também eles estão tristes, desanimados, desiludidos.

Como se o Senhor não o soubesse!

Isto é o que Pedro realmente quer dizer ao Mestre, quando Lhe conta o fracasso da noite de pesca, esquecendo-se que tudo começara com uma pescaria que o próprio Jesus indicara como fazer:

«Faz-te ao largo; e vós, largai as redes para a pesca[2]

Os Apóstolos duvidam: Podia lá ser! Pescar àquela hora! Naquele lugar!
Mas Pedro toma uma decisão importante:

«In verbo autem tua laxabo retia! Porque o dizes, largarei as redes[3]

E sabemos o que aconteceu: Uma pescaria tão abundante que se rompiam as redes, houve que chamar os das barcas vizinhas para ajudar.
Ninguém quer acreditar. Eles, pescadores experimentados, conhecedores como poucos daquele lago e das suas particularidades, habituados a um trabalho duro e por vezes sem resultados - como o da noite anterior - de um golpe, obtinham aquele sucesso!

O segredo sabemo-lo nós:

Foi o exacto e pronto cumprimento das instruções de Jesus e, mais que isso, terem procedido em Seu Nome.


(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] Jo 21, 25.
[2] Lc 5, 4.
[3] Lc 5, 5.

Evangelho e comentário


TEMPO COMUM


Evangelho: Mc 1, 29-39

29 Saindo da sinagoga, foram para casa de Simão e André, com Tiago e João. 30 A sogra de Simão estava de cama com febre, e logo lhe falaram dela. 31 Aproximando-se, tomou-a pela mão e levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. 32 À noitinha, depois do sol-pôr, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos, 33 e a cidade inteira estava reunida junto à porta. 34 Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie de males e expulsou muitos demónios; mas não deixava falar os demónios, porque sabiam quem Ele era. 35 De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi para um lugar solitário e ali se pôs em oração. 36 Simão e os que estavam com Ele seguiram-no. 37 E, tendo-o encontrado, disseram-lhe: «Todos te procuram.» 38 Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.» 39 E foi por toda a Galileia, pregando nas sinagogas deles e expulsando os demónios.

Comentário:

Saciar a fome a uns milhares de pessoas com apenas uns poucos de pães e alguns peixes ou curar uma simples febre são milagres, poderes, que o Senhor usa para resolver os problemas dos outros homens Seus irmãos.

Era necessário alimentar toda aquela gente para que não desfalecesse no caminho; era importante curar a febre da sogra de Pedro para que esta os pudesse receber e servir condignamente em sua casa.

Jesus Cristo não faz nada sem um motivo seja qual for o “aparato” que tal possa implicar.

O, homem precisa e Jesus providencia!

(AMA, comentário sobre Mc 1, 29-39, 16.01.2019)


Leitura espiritual


Cartas Católicas

Carta de Tiago

Tg 2

Caridade para com todos –

1 Meus irmãos, não tenteis conciliar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo glorioso com a acepção de pessoas. 2 Suponhamos que entra na vossa assembleia um homem com anéis de ouro e bem trajado, e entra também um pobre muito mal vestido, 3 e, dirigindo-vos ao que está magnificamente vestido, lhe dizeis: «Senta-te tu aqui, num bom lugar», e dizeis ao pobre: «Tu, fica aí de pé»; ou «Senta-te no chão, abaixo do meu estrado.» 4 Não é verdade que, então, fazeis distinções entre vós mesmos e julgais com critérios perversos? 5 Ouvi, meus amados irmãos: porventura não escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu aos que o amam? 6 Mas vós desonrais o pobre. Porventura não são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? 7 Não são eles os que blasfemam o belo nome que sobre vós foi invocado? 8 Se cumpris a lei do Reino, de acordo com a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, procedeis bem; 9 mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis um pecado e a lei condena-vos como transgressores. 10 Porque quem observa toda a lei mas falta num só mandamento torna-se réu de todos os outros. 11 Pois aquele que disse: Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se, pois, não cometeres adultério, mas matares, tornas-te transgressor da lei. 12 Falai e procedei como pessoas que hão-de ser julgadas segundo a lei da liberdade. 13 Porque quem não pratica a misericórdia será julgado sem misericórdia. Mas a misericórdia não teme o julgamento.

Fé com obras (Rm 3,28; 4,1-12) –

14 De que aproveita, irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé poderá salvá-lo? 15 Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de alimento quotidiano, 16 e um de vós lhes disser: «Ide em paz, tratai de vos aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de que lhes aproveitará? 17 Assim também a fé: se ela não tiver obras, está completamente morta. 18 Mais ainda: poderá alguém alegar sensatamente: «Tu tens a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas minhas obras, te mostrarei a minha fé. 19 Tu crês que há um só Deus? Fazes bem. Também o crêem os demónios, mas enchem-se de terror.» 20 Queres tu saber, ó homem insensato, como é que a fé sem obras é estéril? 21 Não foi porventura pelas obras que Abraão, nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o altar o seu filho Isaac? 22 Repara que a fé cooperava com as suas obras e que, pelas obras, a sua fé se tornou perfeita. 23 E assim se cumpriu a Escritura que diz: Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe contado como justiça, e foi chamado amigo de Deus. 24 Vedes, pois, como o homem fica justificado pelas obras e não somente pela fé. 25 Do mesmo modo, a prostituta Raab não foi ela também justificada pelas suas obras, ao receber os mensageiros e ao fazê-los sair por outro caminho? 26 Assim como o corpo sem alma está morto, assim também a fé sem obras está morta.





Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?