Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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15/01/2020
Devemos santificar todas as realidades
A tua tarefa de apóstolo é grande e
formosa. Estás no ponto de confluência da graça com a liberdade das almas; e
assistes ao momento soleníssimo da vida de alguns homens: o seu encontro com
Cristo. (Sulco,
219)
Estamos no Natal. Acodem-nos à memória
os diversos factos e circunstâncias que rodearam o nascimento do Filho de Deus
e o olhar detém-se na gruta de Belém, no lar de Nazaré. Maria, José, Jesus
Menino ocupam de modo muito especial o centro do nosso coração. Que diz, que
nos ensina a vida, simples e admirável ao mesmo tempo, dessa Sagrada Família?
Entre as muitas considerações que
poderíamos fazer, agora quero escolher sobretudo uma., Como refere a Escritura,
o nascimento de Jesus significa o início da plenitude dos tempos, o momento
escolhido por Deus para manifestar plenamente o seu amor aos homens, entregando-nos
o seu próprio Filho. Essa vontade divina realiza-se no meio das circunstâncias
mais normais e correntes: uma mulher que dá à luz, uma família, uma casa. A
omnipotência divina, o esplendor de Deus passam através das coisas humanas,
unem-se às coisas humanas. Desde esse momento, nós, os cristãos, sabemos que,
com a graça do Senhor, podemos e devemos santificar todas as realidades sãs da
nossa vida. Não há situação terrena, por mais pequena e vulgar que pareça, que
não possa ser a ocasião de um encontro com Cristo e uma etapa da nossa
caminhada para o Reino dos Céus.
Por isso, não é de estranhar que a
Igreja se alegre, que rejubile, contemplando a modesta morada de Jesus, Maria e
José. (Cristo
que passa, 22)
THALITA KUM 71
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Estou certo que,
cada um de nós já experimentou a incrível sensação de alegria e paz interior,
quando aceita esse convite, sobretudo quando para tal tem de se vencer alguma
resistência íntima, ou naquela ocasião em que aquela pessoa a quem vinha
convidando sem sucesso, de repente, aceitar e comparecer.
Daqui a uns dias, o
Senhor Ressuscitado, estará à espera dos Apóstolos na margem do lago.
Quando eles
chegarem, Jesus que, entretanto, acenderá umas brasas, perguntar-lhes-á:
Os discípulos ficam
tristes, não têm nada para oferecer ao Senhor. Andaram toda a noite na pesca,
estão esgotados de trabalho, preocupados com a subsistência das famílias e
agora, ainda por cima, vem o Senhor e pede-lhes de comer e eles não têm nada
para Lhe dar!
Como os de Emaús
também eles estão tristes, desanimados, desiludidos.
Como se o Senhor
não o soubesse!
Isto é o que Pedro
realmente quer dizer ao Mestre, quando Lhe conta o fracasso da noite de pesca,
esquecendo-se que tudo começara com uma pescaria que o próprio Jesus indicara
como fazer:
Os Apóstolos
duvidam: Podia lá ser! Pescar àquela hora! Naquele lugar!
Mas
Pedro toma uma decisão importante:
E
sabemos o que aconteceu: Uma pescaria tão abundante que se rompiam as redes,
houve que chamar os das barcas vizinhas para ajudar.
Ninguém
quer acreditar. Eles, pescadores experimentados, conhecedores como poucos
daquele lago e das suas particularidades, habituados a um trabalho duro e por
vezes sem resultados - como o da noite anterior - de um golpe, obtinham aquele
sucesso!
O
segredo sabemo-lo nós:
Foi
o exacto e pronto cumprimento das instruções de Jesus e, mais que isso, terem
procedido em Seu Nome.
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 1, 29-39
29 Saindo da sinagoga, foram para casa
de Simão e André, com Tiago e João. 30 A sogra de Simão estava de cama com
febre, e logo lhe falaram dela. 31 Aproximando-se, tomou-a pela mão e
levantou-a. A febre deixou-a e ela começou a servi-los. 32 À noitinha, depois
do sol-pôr, trouxeram-lhe todos os enfermos e possessos, 33 e a cidade inteira
estava reunida junto à porta. 34 Curou muitos enfermos atormentados por toda a espécie
de males e expulsou muitos demónios; mas não deixava falar os demónios, porque
sabiam quem Ele era. 35 De madrugada, ainda escuro, levantou-se e saiu; foi
para um lugar solitário e ali se pôs em oração. 36 Simão e os que estavam com
Ele seguiram-no. 37 E, tendo-o encontrado, disseram-lhe: «Todos te procuram.»
38 Mas Ele respondeu-lhes: «Vamos para outra parte, para as aldeias vizinhas, a
fim de pregar aí, pois foi para isso que Eu vim.» 39 E foi por toda a Galileia,
pregando nas sinagogas deles e expulsando os demónios.
Comentário:
Saciar
a fome a uns milhares de pessoas com apenas uns poucos de pães e alguns peixes
ou curar uma simples febre são milagres, poderes, que o Senhor usa para
resolver os problemas dos outros homens Seus irmãos.
Era
necessário alimentar toda aquela gente para que não desfalecesse no caminho;
era importante curar a febre da sogra de Pedro para que esta os pudesse receber
e servir condignamente em sua casa.
Jesus
Cristo não faz nada sem um motivo seja qual for o “aparato” que tal possa
implicar.
O,
homem precisa e Jesus providencia!
(AMA, comentário sobre Mc
1, 29-39, 16.01.2019)
Leitura espiritual
Carta de Tiago
Tg 2
Caridade para com todos –
1 Meus irmãos, não tenteis
conciliar a fé em Nosso Senhor Jesus Cristo glorioso com a acepção de pessoas.
2 Suponhamos que entra na vossa assembleia um homem com anéis de ouro e bem
trajado, e entra também um pobre muito mal vestido, 3 e, dirigindo-vos ao que
está magnificamente vestido, lhe dizeis: «Senta-te tu aqui, num bom lugar», e
dizeis ao pobre: «Tu, fica aí de pé»; ou «Senta-te no chão, abaixo do meu
estrado.» 4 Não é verdade que, então, fazeis distinções entre vós mesmos e
julgais com critérios perversos? 5 Ouvi, meus amados irmãos: porventura não
escolheu Deus os pobres segundo o mundo para serem ricos na fé e herdeiros do
reino que prometeu aos que o amam? 6 Mas vós desonrais o pobre. Porventura não
são os ricos que vos oprimem e vos arrastam aos tribunais? 7 Não são eles os
que blasfemam o belo nome que sobre vós foi invocado? 8 Se cumpris a lei do
Reino, de acordo com a Escritura: Amarás o teu próximo como a ti mesmo,
procedeis bem; 9 mas, se fazeis acepção de pessoas, cometeis um pecado e a lei
condena-vos como transgressores. 10 Porque quem observa toda a lei mas falta
num só mandamento torna-se réu de todos os outros. 11 Pois aquele que disse:
Não cometerás adultério, também disse: Não matarás. Se, pois, não cometeres
adultério, mas matares, tornas-te transgressor da lei. 12 Falai e procedei como
pessoas que hão-de ser julgadas segundo a lei da liberdade. 13 Porque quem não
pratica a misericórdia será julgado sem misericórdia. Mas a misericórdia não
teme o julgamento.
Fé com obras (Rm 3,28;
4,1-12) –
14 De que aproveita,
irmãos, que alguém diga que tem fé, se não tiver obras de fé? Acaso essa fé
poderá salvá-lo? 15 Se um irmão ou uma irmã estiverem nus e precisarem de
alimento quotidiano, 16 e um de vós lhes disser: «Ide em paz, tratai de vos
aquecer e de matar a fome», mas não lhes dais o que é necessário ao corpo, de
que lhes aproveitará? 17 Assim também a fé: se ela não tiver obras, está
completamente morta. 18 Mais ainda: poderá alguém alegar sensatamente: «Tu tens
a fé, e eu tenho as obras; mostra-me então a tua fé sem obras, que eu, pelas
minhas obras, te mostrarei a minha fé. 19 Tu crês que há um só Deus? Fazes bem.
Também o crêem os demónios, mas enchem-se de terror.» 20 Queres tu saber, ó
homem insensato, como é que a fé sem obras é estéril? 21 Não foi porventura
pelas obras que Abraão, nosso pai, foi justificado, quando ofereceu sobre o
altar o seu filho Isaac? 22 Repara que a fé cooperava com as suas obras e que,
pelas obras, a sua fé se tornou perfeita. 23 E assim se cumpriu a Escritura que
diz: Abraão acreditou em Deus e isso foi-lhe contado como justiça, e foi
chamado amigo de Deus. 24 Vedes, pois, como o homem fica justificado pelas
obras e não somente pela fé. 25 Do mesmo modo, a prostituta Raab não foi ela
também justificada pelas suas obras, ao receber os mensageiros e ao fazê-los
sair por outro caminho? 26 Assim como o corpo sem alma está morto, assim também
a fé sem obras está morta.
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Simplicidade e modéstia.
Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.
Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.
Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.
Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?