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15/01/2020

THALITA KUM 71


THALITA KUM 71 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Estou certo que, cada um de nós já experimentou a incrível sensação de alegria e paz interior, quando aceita esse convite, sobretudo quando para tal tem de se vencer alguma resistência íntima, ou naquela ocasião em que aquela pessoa a quem vinha convidando sem sucesso, de repente, aceitar e comparecer.

Daqui a uns dias, o Senhor Ressuscitado, estará à espera dos Apóstolos na margem do lago.
Quando eles chegarem, Jesus que, entretanto, acenderá umas brasas, perguntar-lhes-á:

«Rapazes, tendes algum peixe que se coma?» [1] (…)

Os discípulos ficam tristes, não têm nada para oferecer ao Senhor. Andaram toda a noite na pesca, estão esgotados de trabalho, preocupados com a subsistência das famílias e agora, ainda por cima, vem o Senhor e pede-lhes de comer e eles não têm nada para Lhe dar!
Como os de Emaús também eles estão tristes, desanimados, desiludidos.

Como se o Senhor não o soubesse!

Isto é o que Pedro realmente quer dizer ao Mestre, quando Lhe conta o fracasso da noite de pesca, esquecendo-se que tudo começara com uma pescaria que o próprio Jesus indicara como fazer:

«Faz-te ao largo; e vós, largai as redes para a pesca[2]

Os Apóstolos duvidam: Podia lá ser! Pescar àquela hora! Naquele lugar!
Mas Pedro toma uma decisão importante:

«In verbo autem tua laxabo retia! Porque o dizes, largarei as redes[3]

E sabemos o que aconteceu: Uma pescaria tão abundante que se rompiam as redes, houve que chamar os das barcas vizinhas para ajudar.
Ninguém quer acreditar. Eles, pescadores experimentados, conhecedores como poucos daquele lago e das suas particularidades, habituados a um trabalho duro e por vezes sem resultados - como o da noite anterior - de um golpe, obtinham aquele sucesso!

O segredo sabemo-lo nós:

Foi o exacto e pronto cumprimento das instruções de Jesus e, mais que isso, terem procedido em Seu Nome.


(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] Jo 21, 25.
[2] Lc 5, 4.
[3] Lc 5, 5.

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