Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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14/01/2020
Cristo diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós
Devoção de Natal. – Não sorrio quando
te vejo fazer as montanhas de musgo do Presépio e dispor as ingénuas figuras de
barro em volta da gruta. – Nunca me pareceste mais homem do que agora, que pareces
uma criança. (Caminho, 557)
Quando chega o Natal, gosto de
contemplar as imagens do Menino Jesus. Essas figuras que nos mostram o Senhor
tão apoucado, recordam-me que Deus nos chama, que o Omnipotente Se quis
apresentar desvalido, quis necessitar dos homens. Do berço de Belém, Cristo
diz-me a mim e diz-te a ti que precisa de nós; reclama de nós uma vida cristã
sem hesitações, uma vida de entrega, de trabalho, de alegria.
Não conseguiremos jamais o verdadeiro
bom humor se não imitarmos deveras Jesus, se não formos humildes como Ele.
Insistirei de novo: vedes onde se oculta a grandeza de Deus? Num presépio, nuns
paninhos, numa gruta. A eficácia redentora das nossas vidas só se pode dar com
humildade, deixando de pensar em nós mesmos e sentindo a responsabilidade de
ajudar os outros.
É corrente, às vezes até entre almas
boas, criar conflitos íntimos, que chegam a produzir sérias preocupações, mas
que carecem de qualquer base objectiva. A sua origem está na falta de
conhecimento próprio, que conduz à soberba: o desejo de se tornarem o centro da
atenção e da estima de todos, a preocupação de não ficarem mal, de não se
resignarem a fazer o bem e desaparecerem, a ânsia da segurança pessoal... E
assim, muitas almas que poderiam gozar de uma paz extraordinária, que poderiam
saborear um imenso júbilo, por orgulho e presunção tornam-se desgraçadas e
infecundas!
Cristo foi humilde de coração. Ao
longo da sua vida, não quis para Si nenhuma coisa especial, nenhum privilégio. (Cristo
que passa, 18)
THALITA KUM 70
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Destes dois homens
de Emaús, só sabemos que eram discípulos de Cristo.
Quem sabe, talvez
fossem dos setenta e dois enviados pelo Mestre em pregação pela Palestina; é
possível que tivessem feito milagres, coisas extraordinárias, as suas palavras
e os seus actos teriam convertido muitos e, no entanto, tudo isso agora era
posto em causa.
A gente pasma com a
"qualidade" dos homens que o Mestre escolheu para Seus discípulos,
qualidade no sentido da fidelidade, da constância.
Ainda guardamos na memória a
veemência das negações de Pedro na noite de Quinta-feira.
Este, que foi a primeira coluna da
Igreja, os outros todos que se constituíram em pedras angulares de todo o
edifício da cristandade, uns e outros que negaram, duvidaram e fugiram,
converteram-se em faróis brilhantes que iluminaram o mundo pagão e hostil
daquele tempo, com uma luz divina que brilha ainda hoje.
Mas, para além de
iluminar, como dizia, modificaram realmente as pessoas, as sociedades, os
costumes o sentido da vida e da morte do ser humano.
Não obstante tantos
defeitos, ignorância, cobardia, medo e dúvidas, decidiram pôr de lado tudo isso
e, cheios de confiança, aceitar plenamente o mandato explícito do Mestre:
Isto
leva-nos a pensar um pouco nas desculpas, ou justificações que, ao longo da
vida, vamos encontrando para a nossa resistência ao trabalho apostólico, a
nossa pouca vontade em envolver-nos "nessas coisas" (como dizemos por
vezes):
Porque
não sabemos o que dizer; porque primeiro temos de nos "converter" a
nós mesmos e só depois convertermos os outros; porque somos fracos; porque não
sabemos; porque...; porque...;
Outras
vezes não aceitamos um convite para uma actividade em que se nos falará das
coisas de Deus aduzindo razões:
É
mais uma; porque já vamos a tantas;
porque
não temos tempo;
porque
não simpatizo com a pessoa;
porque
também lá vai fulano de quem eu não gosto;
porque...,
enfim... tantas razões que, sabemos bem no fundo, não são razão nenhuma.
O que nos custa
admitir é que não desejamos incómodos, desassossegos, estamos bem assim,
fazemos o que podemos, cumprimos os nossos deveres, o resto... o resto é para
os padres e pronto!
A verdade é que não
somos nem melhores nem piores que aqueles homens que Jesus escolheu, e que,
como a eles, também a nós o Mestre nos manda: «Ide... a todas as gentes» [2]
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 1, 21-28
21 Entraram em Cafarnaum. Chegado o
sábado, veio à sinagoga e começou a ensinar. 22 E maravilhavam-se com o seu
ensinamento, pois os ensinava como quem tem autoridade e não como os doutores
da Lei. 23 Na sinagoga deles encontrava-se um homem com um espírito maligno,
que começou a gritar: 24 «Que tens a ver connosco, Jesus de Nazaré? Vieste para
nos arruinar? Sei quem Tu és: o Santo de Deus.» 25 Jesus repreendeu-o, dizendo:
«Cala-te e sai desse homem.» 26 Então, o espírito maligno, depois de o sacudir
com força, saiu dele dando um grande grito. 27 Tão assombrados ficaram que
perguntavam uns aos outros: «Que é isto? Eis um novo ensinamento, e feito com
tal autoridade que até manda aos espíritos malignos e eles obedecem-lhe!» 28 E
a sua fama logo se espalhou por toda a parte, em toda a região da Galileia.
Comentário:
Porque é que Jesus não deixava que os
demónios falassem?
«Porque, sabiam quem Ele era».
O Senhor não consentiria que
acreditassem que Ele era o Filho de Deus por revelação do demónio, mas sim
pelas suas palavras e actos.
A Fé só pode vir de Deus, nunca dos
homens e muito menos de Satanás.
(ama
comentário sobre Mc 1, 21-28, 2016.11.01)
Leitura espiritual
Carta de Tiago
Tg 1
Saudação –
1 Tiago, servo de Deus e
do Senhor Jesus Cristo, saúda as doze tribos da Dispersão.
Benefício das provações –
2 Meus irmãos, considerai
como uma enorme alegria o estardes rodeados de provações de toda a ordem, 3 tendo
em conta que a prova a que é submetida a vossa fé produz a constância. 4 Mas a
constância tem de se exercitar até ao fim, de modo a serdes perfeitos e irrepreensíveis,
sem falhar em nada. 5 Se algum de vós tem falta de sabedoria, que a peça a
Deus, que a todos dá generosamente e sem recriminações, e ser-lhe-á dada. 6 Mas
peça-a com fé e sem hesitar, porque aquele que hesita assemelha-se às ondas do
mar sacudidas e agitadas pelo vento. 7 Não pense, pois, tal homem que receberá
qualquer coisa do Senhor, 8 sendo de espírito indeciso e inconstante em tudo. 9
Que o irmão de condição humilde se glorie na sua exaltação, 10 e o rico na sua
humilhação, pois ele passará como a flor da erva. 11 Com efeito, ao despontar o
Sol com ardor, a erva seca e a sua flor cai, perdendo toda a beleza; assim
murchará também o rico nos seus empreendimentos. 12 Feliz o homem que resiste à
tentação, porque, depois de ter sido provado, receberá a coroa da vida que o
Senhor prometeu aos que o amam. 13 Ninguém diga, quando for tentado para o mal:
«É Deus que me tenta.» Porque Deus não é tentado pelo mal, nem tenta ninguém.
14 Cada um é tentado pela sua própria concupiscência, que o atrai e seduz. 15 E
a concupiscência, depois de ter concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma
vez consumado, gera a morte. 16 Não vos enganeis, meus amados irmãos. 17 Toda a
boa dádiva e todo o dom perfeito vêm do alto, descendo do Pai das luzes, no
qual não há mudanças nem períodos de sombra. 18 Por sua livre decisão, nos
gerou com a palavra da verdade, para sermos como que as primícias das suas
criaturas.
Pôr em prática a Palavra –
19 Bem o sabeis, meus
amados irmãos: cada um seja pronto para ouvir, lento para falar e lento para se
irar, 20 pois uma pessoa irada não faz o que é justo aos olhos de Deus. 21 Rejeitai,
pois, toda a imundície e todo o vestígio de malícia e recebei com mansidão a Palavra
em vós semeada, a qual pode salvar as vossas almas. 22 Mas tendes de a pôr em
prática e não apenas ouvi-la, enganando-vos a vós mesmos. 23 Porque, quem se
contenta com ouvir a palavra, sem a pôr em prática, assemelha-se a alguém que
contempla a sua fisionomia num espelho; 24 mal acaba de se contemplar, sai dali
e esquece-se de como era. 25 Aquele, porém, que medita com atenção a lei
perfeita, a lei da liberdade, e nela persevera - não como quem a ouve e logo se
esquece, mas como quem a cumpre - esse encontrará a felicidade ao pô-la em
prática. 26 Se alguém se considera uma pessoa piedosa, mas não refreia a sua
língua, enganando assim o seu coração, a sua religião é vazia. 27 A religião
pura e sem mácula diante daquele que é Deus e Pai é esta: visitar os órfãos e
as viúvas nas suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo.
Perguntas e respostas
A EUTANÁSIA
1.
Porque está mal o homicídio?
(Falamos agora
do homicídio normal, não da eutanásia).
Há vários motivos para não matar um ser humano, como
também não queremos que nos matem a nós:
A dignidade humana reclama um respeito especial aos
homens.
No nosso interior sabemos que não devemos fazê-lo: a
natureza humana pede-o e a nossa consciência capta esta exigência (lei
natural).
O Criador do homem proibiu-o expressamente: "não
matarás" (mandamentos).
ID, (Tradução
por AMA)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?