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02/10/2020

Tens de conviver, tens de compreender


Tens de conviver, tens de compreender, tens de ser irmão dos homens teus irmãos, tens de pôr amor - como diz o místico castelhano – “onde não há amor, para colher amor”. (Forja, 457)

Jesus Cristo, que veio salvar todos os povos e deseja associar os cristãos à Sua obra redentora, quis ensinar aos Seus discípulos - a ti e a mim - uma caridade grande, sincera, mais nobre e valiosa: Devemos amar-nos mutuamente como Cristo nos ama a cada um de nós. Só desta maneira, isto é, imitando o exemplo divino - dentro da nossa rudeza pessoal - conseguiremos abrir o nosso coração a todos os homens, amar de um modo mais elevado, inteiramente novo.
Que bem puseram os primeiros cristãos em prática esta caridade ardente, caridade que sobressaía e transbordava dos limites da simples solidariedade humana ou da benignidade de carácter. Amavam-se uns aos outros de modo afectuoso e forte, através do Coração de Cristo. Um escritor do século II, Tertuliano, transmitiu-nos o comentário dos pagãos, comovidos ao presenciarem o comportamento dos fiéis de então, tão cheio de atractivo sobrenatural e humano: “Vede como se amam, repetiam”.
Se notas que não mereces esse louvor agora ou em tantas ocasiões do dia-a-dia; que o teu coração não reage como devia às exigências divinas, pensa também que chegou o momento de rectificares.
O principal apostolado que nós, os cristãos, temos de realizar no mundo, o melhor testemunho de fé é contribuir para que dentro da Igreja se respire o clima de autêntica caridade. Quando não nos amamos verdadeiramente, quando há ataques, calúnias e inimizades, quem se sentirá atraído pelos que afirmam que pregam a Boa Nova do Evangelho? (Amigos de Deus, 225-226).


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