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Procura cingir-te a um plano
de vida com constância: alguns minutos de oração mental; a assistência à Santa
Missa, diária, se te é possível, e a Comunhão frequente; o recurso regular ao
Santo Sacramento do Perdão, ainda que a tua consciência não te acuse de
qualquer pecado mortal; a visita a Jesus no Sacrário; a recitação e a
contemplação dos mistérios do terço e tantas outras práticas excelentes que
conheces ou podes aprender.
Mas estas práticas não se
deverão transformar em normas rígidas ou em compartimentos estanques. Indicam
um itinerário flexível, acomodado à tua condição de homem que vive no meio da
rua, com um trabalho profissional intenso e com deveres e relações sociais que
não podes descuidar, porque é nessas ocupações que prossegue o teu encontro com
Deus. O teu plano de vida há-de ser como uma luva de borracha que se adapta
perfeitamente à mão de quem a usa.
Não te esqueças também de
que o que é importante não é fazer muitas coisas; limita-te com generosidade
àquelas que possas cumprir no dia-a-dia, quer te apeteça quer não. Essas
práticas conduzir-te-ão, quase sem reparares, à oração contemplativa. Brotarão
da tua alma mais actos de amor, jaculatórias, acções de graças, actos de
desagravo, comunhões espirituais. E tudo isto, enquanto te ocupas das tuas
obrigações: ao pegar no telefone, ao subir para um meio de transporte, ao
fechar ou abrir uma porta, ao passar diante de uma igreja, ao começar um novo
trabalho, ao executá-lo e ao concluí-lo. Referirás tudo ao teu Pai Deus. (Amigos
de Deus, 149)
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