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21/07/2020

Temas para reflectir e meditar

Como admitir o erro

Aqui está uma questão que, muitas vezes, considero como desnecessária. Erro? Porquê? Como? Quando?

Então, se sou humano, não será natural – talvez, inevitável - que erre?

Sendo puramente lógico, tenho de admitir que sim, além de que, o contrário, seria estultícia pura e simples.

Esta constatação “sossega-me”, tranquiliza-me, resolve o “problema”?

Tenho de admitir… que não, tudo continua “aberto”, e, pior, sinto-me mais urgido a aprofundar, ir mais longe, talvez, numa tentativa de “esgotar” o assunto.

Mas, será que irei alcançar, alguma vez, um resultado satisfatório, concludente e definitivo, isto é, que me traga uma resposta cabal, completa?

Não será que, movido por uma consciência pouco esclarecida, algo errática, me deixo envolver numa espécie de “polémica”, retórica e abstracta que não conduz a nada que valha a pena?

Parece-me que, pensando melhor, tenho de pôr, em primeiríssimo lugar, uma condição prévia: despir-me de todo e qualquer orgulho pessoal. E, chegado aqui, constato a inevitabilidade do problema: nunca concluirei coisa nenhuma satisfatóriamente ou, sequer, admissível, se não me reduzir ao que efectivamente sou: um homem, com virtudes – evidentemente, não por mérito próprio – e defeitos – infelizmente por demérito próprio – e capacidades que uso a meu bel-prazer ou conveniência, em vez de, as usar como seria de esperar de um Filho de Deus: para o meu bem, o bem de outros e, sobretudo, para glória de Deus.

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