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12/05/2020

FILOSOFIA E RELIGIÃO




CRISTO E O DESTINO DO HOMEM

Voltaire escreveu um dia a Bayle, desconsolado e triste, a lamentar que os seus amigos se desonrassem, quase todos na morte, chamando o padre, confessando-se, comungando, e repudiando, como perigosa e falsa a sua antiga rebeldia anticristã, mais cómoda, ao que parece, para viver, do que para morrer!
E é sabido que o mesmo Voltaire se teria desonrado - também, confessando-se e comungando, se lho tivessem consentido d'Alembert e Diderot.
D'Alembert, por seu turno, quando viu que a morte se avizinhava, mandou chamar, para se confessar, o pároco de Saint-Germmain, que Condorcet não deixou entrar, o mesmo sucedendo, a Diderot, que se teria confessado ao pároco de S. Sulpicio, o bom P. Térsac, se os e amigos o não impedissem de o fazer.

(A. Veloso, BROTÉRIA, Vol. LVI, Fasc. 4, 1953, pag. 278)

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