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27/01/2020

THALITA KUM 83


THALITA KUM 83 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Na nossa vida corrente com certeza que já passamos por dificuldades e tivemos de pedir ajuda: a um amigo, a uma instituição etc.
Nessas ocasiões procuramos ser claros e muito concretos, não escondendo a dificuldade nos seus contornos.
É natural que nos tenha custado ter de relatar e esclarecer as circunstâncias ou motivos que nos levaram a esse pedido de auxílio, mas pensamos, com lógica, que se quem nos atende desconfiasse, por intuição ou por informações que tivesse, que não estávamos a ser totalmente verdadeiros, ficaria comprometida a ajuda.

Pois com Deus as coisas são mais sérias, pois Ele conhece, com certeza absoluta, tudo que temos dentro de nós.
Qual é o Pai que não fica "desarmado" perante o filho pequeno que lhe confessa um disparate?
Deus Nosso Senhor, Pai amorosíssimo, deixa-se tocar pela nossa sinceridade.

Diz S. Josemaria:

«Não te esqueças que o Senhor tem predilecção pelas crianças e pelos que se fazem como crianças». [1]

O facto é que na nossa vida de homens adultos, as nossas preocupações e problemas, fazem-nos esquecer esta predilecção de Jesus pelas crianças.
Esquecemo-nos até, frequentemente, daquela passagem do Evangelho:

«Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele». [2]

Esta atitude de criança que o Senhor pretende e deseja ver em nós, não é senão a simplicidade.
As crianças são simples e vêm as coisas com olhos puros. Assumem com naturalidade os pequenos disparates que fazem porque sabem que o seu Pai lhes perdoará.
Não têm malícia nem procuram esquemas complicados para tornear a verdade.


AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] S. Josemaria Escrivá, Caminho, 872.
[2] Mc 10, 15.

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