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25/01/2020

THALITA KUM 81


THALITA KUM 81 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Temos sempre de pôr todos os meios na procura do que necessitamos.    

O Senhor não espera de nós nada que vá além das nossas forças e das nossas capacidades.
Mas espera que as utilizemos, todas, com critério e sem desfalecimentos.

O leproso diz-lhe muito claramente: «Si vis potes me mundare - se quiseres podes curar-me». [1]

E temos de admitir, reconhecer e estar preparados para que Deus não queira.
Nos Seus desígnios, Ele sabe o que é melhor para nós.
Se, por exemplo, uma doença grave, uma dificuldade aparentemente intransponível, não serão um meio para a nossa salvação ou, até, para a salvação de outros.

Confiança no Senhor, sem dúvida, mas uma confiança total, absoluta.
Uma confiança de filhos que têm a certeza que o seu Pai jamais lhes concederá algo que não seja para seu próprio bem.
Mas esta confiança, não substitui nem anula a necessidade de nos empenharmos totalmente em conseguir o que Deus quer que façamos, e que é, fazer render ao máximo as nossas capacidades.

Como diz S. Josemaria:

«Além da Sua graça abundante e eficaz, o Senhor deu-te a cabeça, as mãos, as faculdades intelectuais, para que faças frutificar os teus talentos.
Deus quer realizar milagres constantes - ressuscitar mortos, dar ouvido aos surdos, vista aos cegos, possibilidades de andar aos coxos... -, através da tua actuação profissional santificada, convertida em holocausto grato a Deus e útil às almas». [2]

Porque é grave e importante esta obrigação de pôr a render, tirar proveito, não só das qualidades, ou dons que recebemos de Deus, mas também aproveitar e usar bem as oportunidades que Ele nos vai proporcionando ao longo da nossa vida.



AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)



[1] Lc 5, 12.
[2] S. Josemaria Escrivá, Forja, 98.

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