Páginas

13/01/2020

THALITA KUM 69


THALITA KUM 69 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Tal como nós, muitas vezes, em ocasiões tão diversas como, numa doença que faz sofrer, numa provação dura de aguentar, enfim... aquilo a que chamamos tragédias; ficamos também a pensar connosco mesmos:

‘E Deus? Onde está? Porque permite isto?’

Tal como a caminho de Emaús, podemos dar-nos conta que, a nosso lado, segue alguém que espera uma oportunidade para se "meter" connosco, para se introduzir na nossa vida, ajudando-nos a avaliar a dificuldade que enfrentamos, explicando-nos as razões e os motivos de tudo quanto nos acontece.
Umas vezes, entendemos perfeitamente o que nos quer dizer, outras, talvez muitas, infelizmente, nem sequer O ouvimos.

Ele é o Cristo que passa... que passa na vida de cada homem, várias vezes e de tão variadas formas.
Está ansioso por ser ouvido por nós, deseja que O convidemos a entrar na nossa alma.

Também nós devemos dizer-Lhe com frequência:

«Senhor cai o dia, não tarda a noite, fica connosco!»

Sim, muitas vezes cai o dia da nossa esperança, o dia da nossa fé; sentimo-nos desconsolados:
Aquilo que esperávamos com tanta confiança, não aconteceu; aquele amigo que estimávamos, desprezou-nos; o ente querido que tanta falta nos faz, está morrendo; esta dificuldade, que se avoluma cada dia que passa, cujo peso está ficando impossível suportar.

Outras vezes sentimos que é a noite que não tarda, a noite da nossa confusão, do nosso desânimo, da nossa frustração.
Parece que tudo se desmorona à nossa volta, que os outros é que têm razão, que o mal triunfa e o pecado compensa, que da prática do bem e do esforço por ser melhores só nos advêm problemas, angústias e dificuldades.

E então, temos de dizer-lhe:

Fica connosco Senhor, as Tuas palavras tão cheias de sabedoria abrem novos horizontes à nossa frente, vemos as coisas com outra luz, a Tua presença conforta-nos e fortalece-nos e ajuda-nos a vencer o medo.

Depois, tal como no Evangelho, os nossos olhos hão-de abrir-se e reconheceremos Jesus, junto de nós, onde sempre esteve.

Sossegados então, com a alma em paz, com as certezas todas claríssimas no nosso espírito, sabendo muito bem que o que acreditamos é verdadeiro, é belo e nos salva, prontamente, como aqueles dois de Emaús, voltamos à estrada ao encontro dos outros para lhes dar notícias importantes e que não podem esperar:

Que O Senhor ressuscitou, pelo Seu próprio poder, porque é Deus Todo-Poderoso; que, não obstante ter ido para os Céus, ficará connosco, para sempre, até ao final dos tempos.


(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.