Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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17/12/2019
Oxalá te não falte a simplicidade
Repara:
os apóstolos, com todas as suas misérias patentes e inegáveis, eram sinceros,
simples... transparentes. Tu também tens misérias patentes e inegáveis. – Oxalá
te não falte a simplicidade. (Caminho, 932)
Aqueles
primeiros doze apóstolos – a quem tenho grande devoção e carinho – eram,
segundo os critérios humanos, bem pouca coisa. Quanto à posição social, com
excepção de Mateus – que com certeza ganhava bem a vida e deixou tudo quando
Jesus lhe pediu – eram pescadores; viviam do dia-a-dia, trabalhando até de
noite para poderem alcançar o seu sustento.
Mas
a posição social é o de menos. Não eram cultos, nem sequer muito inteligentes,
pelo menos no que diz respeito às realidades sobrenaturais. Até os exemplos e
as comparações mais simples lhes eram incompreensíveis e pediam ao Mestre:
Domine, edissere nobis parabolam,
Senhor, explica-nos a parábola. Quando Jesus, com uma imagem, alude ao fermento
dos fariseus, supõem que os está a recriminar por não terem comprado pão.
Pobres,
ignorantes. E nem sequer eram simples, humildes. Dentro das suas limitações,
eram ambiciosos. Muitas vezes discutem sobre quem seria o maior, quando –
segundo a sua mentalidade – Cristo instaurasse na terra o reino definitivo de
Israel. Discutem e excitam-se até naquela hora sublime em que Jesus está
prestes a imolar-se pela humanidade, na intimidade do Cenáculo.
Fé?
Pouca. O próprio Jesus Cristo o diz. Viram ressuscitar mortos, curar todo o
tipo de doenças, multiplicar o pão e os peixes, acalmar tempestades, expulsar
demónios. Pois S. Pedro, escolhido como cabeça, é o único que sabe responder
com prontidão: Tu és o Cristo, Filho de Deus vivo. Mas é uma fé que ele
interpreta à sua maneira; por isso atreve-se a enfrentar Jesus Cristo, a fim de
que Ele não se entregue pela redenção dos homens. E Jesus tem de responder-lhe:
Retira-te de mim, Satanás; tu serves-me de escândalo, porque não tens a
sabedoria das coisas de Deus mas das coisas dos homens. Pedro raciocinava
humanamente, comenta S. João Crisóstomo, e concluía que tudo aquilo (a Paixão e
a Morte) era indigno de Cristo, reprovável. Por isso Jesus repreende-o e
diz-lhe: não, sofrer não é coisa indigna de Mim; tu pensas assim porque
raciocinas com ideias carnais, humanas.
Em
que sobressaem então aqueles homens de pouca fé? Talvez no amor a Cristo? Sem
dúvida que O amavam, pelo menos de palavra. (…) São homens correntes, com
defeitos, com debilidades, com palavras maiores do que as suas obras. E,
contudo, Jesus chama-os para fazer deles pescadores de homens, corredentores,
administradores da graça de Deus. (Cristo
que passa, 2)
THALITA KUM 41
(Cfr. Lc 8, 49-56)
Estou convicto que,
sabendo Ele o que sou e como sou, me compeliu a segui-Lo é porque me quer junto
de Si, mais perto, como companheiro íntimo e incondicional e, portanto, eu não
poderia ter feito outra coisa que segui-Lo.
Por isso, do mais
fundo do meu coração Lhe digo: Eu, Senhor, sigo-Te mas, peço-Te: não me largues
da Tua mão porque me perco no caminho e, depois, não saberia para onde ir.
Quero ser, tal como
aqueles três discípulos, confidente de Jesus.
Desejo sinceramente
ter com Ele uma atitude próxima, íntima de respeito e confiança, de uma
abertura e transparência tais que não exista nada, absolutamente, que não Lhe
diga ou revele.
As “minhas coisas”
todas, aquilo que penso, e repudio, o que me agrada e o que me desgosta, tudo a
que me sinto agarrado e o desejo de me “soltar” dessas prisões, desses laços
pequenos e grandes que me têm prendido nas esquinas da vida diária.
Pedir-Lhe sempre
que me ajude a ver o que é realmente importante, o que interessa e, sobretudo,
a ter total confiança n’Ele e que tudo, quanto me sucede ou possa suceder, é
para meu bem.
Chego a esta
conclusão simples e claríssima:
‘Pois se Ele me
conhece de que me vale não Lhe contar tudo?’
Se Ele sabe como
sou e, mesmo assim, me quer, me ama, Se preocupa comigo, porque me aflijo tanto
com as minhas falhas, as minhas deficiências e defeitos?
(AMA,
reflexões sobre o Evangelho, 2006)
Temas para reflectir e meditar
Fé
Não será maior o que em mim crê; mas que Eu
farei então coisas maiores que as que agora faço; realizarei mais por meio do que acredita em Mim, que o
que agora realizo por Mim mesmo.
Não será maior o que em mim crê; mas que Eu
farei então coisas maiores que as que agora faço; realizarei mais por meio do que acredita em Mim, que o
que agora realizo por Mim mesmo.
(Santo agostinho, Tratado sobre o Evangelho de S. João, 72, I)
Evangelho e comentário
Tempo do Advento
Evangelho: Mt 1, 1-17
Genealogia de Jesus Cristo, Filho de
David, Filho de Abraão: Abraão gerou Isaac; Isaac gerou Jacob; Jacob gerou Judá
e seus irmãos. Judá gerou, de Tamar, Farés e Zara; Farés gerou Esrom; Esrom
gerou Arão; Arão gerou Aminadab; Aminadab gerou Naasson; Naasson gerou Salmon;
Salmon gerou, de Raab, Booz; Booz gerou, de Rute, Obed; Obed gerou Jessé; Jessé
gerou o rei David. David, da mulher de Urias, gerou Salomão; Salomão gerou
Roboão; Roboão gerou Abias; Abias gerou Asa; Asa gerou Josafat; Josafat gerou
Jorão; Jorão gerou Ozias; Ozias gerou Joatão; Joatão gerou Acaz; Acaz gerou Ezequias;
Ezequias gerou Manassés; Manassés gerou Amon; Amon gerou Josias; Josias gerou
Jeconias e seus irmãos, ao tempo do desterro de Babilónia. Depois do desterro
de Babilónia, Jeconias gerou Salatiel; Salatiel gerou Zorobabel; Zorobabel
gerou Abiud; Abiud gerou Eliacim; Eliacim gerou Azor; Azor gerou Sadoc; Sadoc
gerou Aquim; Aquim gerou Eliud; Eliud gerou Eleazar; Eleazar gerou Matã; Matã
gerou Jacob; Jacob gerou José, esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, chamado
Cristo. Assim, todas estas gerações são: de Abraão a David, catorze gerações;
de David ao desterro de Babilónia, catorze gerações; do desterro de Babilónia
até Cristo, catorze gerações.
Comentário:
Talvez seja escusado, podemos
pensar, ler esta descrição pormenorizada da genealogia de Jesus Cristo.
Basta-nos saber - e acreditar firmemente - que, Ele, é o Filho de Deus feito
homem gerado por obra e graça do Espírito Santo no seio puríssimo da Virgem
Maria.
Não!
O Evangelho foi escrito para ser lido e
meditado e nada do que nele consta é dispensável.
De facto, conhecemos o Evangelho e
podemos citar de cor muitas das suas passagens, mas o que temos de considerar é
que, ler e meditar as páginas do Evangelho - todas - é fazer oração e, nesta,
não se omite ou "salta" o que já sabemos ou é repetitivo.
(AMA, comentário sobre Mt 1, 1-17,
2010.12.17)
Leitura espiritual
Filipos
era uma cidade situada ao norte da Grécia, que Filipe II da Macedónia, pai de
Alexandre Magno, agregou ao seu reino, dando-lhe o seu próprio nome. Antes,
chamava-se Krénides (ver Act 16,12). Paulo chegou a Filipos nos anos 49 ou 50,
com Timóteo, Silvano e Lucas. O mesmo Lucas, nos Actos (Act 16,1-40), faz a
narração do facto na primeira pessoa do plural, como um dos intervenientes
nele.
COMUNIDADE
Foi
em Filipos que começou a evangelização da Europa. Os judeus, sendo poucos, não
possuíam aí uma sinagoga, mas apenas um lugar de oração. Lídia, que Paulo
baptizou, fazia parte deste grupo. Formou-se aí uma pequena comunidade,
sobretudo de origem pagã (Act 16,11-40; 1 Ts 2,2). Esta comunidade sentia-se
particularmente unida a Paulo; dela recebera o Apóstolo dons (4,15; 2 Cor
11,8-9), não obstante insistir no trabalho gratuito (1 Cor 4,12; 9,15; 2 Cor
11,7-9; 1 Ts 2,9; 2 Ts 3,7-9). Quando soube que ele fora preso, em Éfeso ou em
Roma, organizou uma colecta e enviou-lhe Epafrodito para a entregar a Paulo.
Epafrodito, porém, caiu doente, o que causou preocupações em Filipos. Paulo,
logo que a doença o permitiu, reenviou-o a Filipos, com esta Carta (2,25-30).
DATA
E LOCAL
Esta
é, pois, com Cl e Flm, uma das Cartas do Cativeiro. Parece ter sido escrita em
Roma (Act 28,16.30-31); no entanto, poderá ter sido escrita num outro qualquer
cativeiro (2 Cor 11,23; ver 1 Cor 15,32; 2 Cor 1,8). «O pretório», de 1,13, não
prova que Paulo tenha escrito a Carta em Roma, pois esse termo designava também
a residência dos governadores romanos (Mt 27,27 nota; Mc 15,16; Jo 18,28-31
nota). O mesmo se diga da «casa de César» (4,22). O cativeiro pode, pois, ter
sido em Éfeso, onde passou dois anos (Act 19,8-10). Se foi escrita nesta
cidade, a Carta seria dos anos 56-57; se foi escrita na prisão de Roma, teria
sido nos primeiros meses de 63.
DIVISÃO
E CONTEÚDO
O
conteúdo da Carta é o seguinte:
Introdução:
1,1-11;
I.
Prisão de Paulo: 1,12-26;
II.
Deveres da comunidade: 1,27-2,18;
III.
Solicitude pela comunidade: 2,19-3,1;
IV.
O Apóstolo, modelo da comunidade: 3,2-4,1;
Conclusão:
4,2-23.
TEOLOGIA
Esta
Carta não tem um pensamento teológico organizado. No entanto, sobressaem
algumas doutrinas: a comunhão fraterna entre a comunidade e o Apóstolo. Apesar
de estar preso, Paulo vê nestes acontecimentos dramáticos uma fonte de
esperança para o anúncio do Evangelho.
Por
seu lado, os Filipenses deverão ser fiéis a Cristo perante os falsos mestres,
imitando Paulo (3,2-11). Para exortar os cristãos, o Apóstolo cita-lhes um hino
a Cristo, servo sofredor (Is 53), mas que Deus fez Senhor de toda a Criação
(2,6-11). Uma característica fundamental desta Carta é o tom afectuoso, que
perpassa todo o texto.
Perguntas e respostas
A EUTANÁSIA
Suicídio
1.
Porque está mal suicidar-se?
(Falamos do suicídio normal,
não de eutanásia).
Também aqui há várias razões, que coincidem com os
motivos anteriores.
ID, (Tradução
por AMA)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?