Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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01/10/2019
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Aplicação no trabalho.
Senhor, ajuda-me a fazer o que devo, quando devo, empenhando-me em fazê-lo bem feito para to poder oferecer.
Lembrar-me:
Os que estão sem trabalho.
Senhor, lembra-te de tantos e tantas que procuram trabalho e não o encontram, provê às suas necessidades, dá-lhes esperança e confiança.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Evangelho e comentário
Santa
Teresa do Menino Jesus – Doutora da Igreja
Evangelho: Lc 9, 51-56
Aproximando-se os dias de Jesus ser
levado deste mundo, Ele tomou a decisão de Se dirigir a Jerusalém e mandou
mensageiros à sua frente. Estes puseram-se a caminho e entraram numa povoação
de samaritanos, a fim de Lhe prepararem hospedagem. Mas aquela gente não O quis
receber, porque ia a caminho de Jerusalém. Vendo isto, os discípulos Tiago e
João disseram a Jesus: «Senhor, queres que mandemos descer fogo do céu que os
destrua?». Mas Jesus voltou-Se e repreendeu-os. E seguiram para outra povoação.
Comentário:
Jesus
Cristo, com esta repreensão a Tiago e João quer que fique bem claro que
respeita a liberdade de cada um, seja quem for.
A
decisão de acolher Cristo é tomada por cada um em inteira liberdade pessoal.
As
consequências dessa decisão também afectarão a cada um em particular.
Evidentemente
que, cada um invocará motivos ou razões que pense que estão correctos.
A
liberdade pessoal é uma faculdade que o próprio Senhor atribuiu a cada ser
humano e, por isso mesmo, respeitá-la-á sempre.
(AMA,
comentário sobre Lc 9, 51-56, 10.07.2019)
Leitura espiritual
AUGUSTISSIMAE
VIRGINIS MARIAE
DE SUA SANTIDADE
PAPA LEÃO XIII
1 –
A
todos os Veneráveis Irmãos Patriarcas, Primazes, Arcebispos, Bispos do Orbe
Católico em graça e comunhão com a Sé Apostólica, sobre o Rosário de Nossa
Senhora.
Veneráveis
Irmãos, Saúde e Bênção Apostólica.
Exortação à devoção para com Maria
1.
Quem quer que considere o grau sublime de dignidade e de glória a que Deus
elevou a augustíssima Virgem Maria, facilmente pode compreender que vantagem
traz à vida pública e privada o contínuo desenvolvimento e a sempre mais
ardente difusão do seu culto.
De
facto, Deus escolheu-a desde a eternidade para vir a ser Mãe do Verbo, que se encarnaria;
e, por este motivo, entre todas as criaturas mais belas na ordem da natureza, da
graça e da glória, Ele a distinguiu com privilégios tais, que a Igreja com
razão aplica a ela aquelas palavras:
"Saí
da boca do Altíssimo, primogénita antes de toda criatura" (Ecli. 24,
5).
Quando,
pois, se iniciou o curso dos séculos, aos progenitores do género humano, caídos
na culpa, e aos seus descendentes, contaminados pela mesma mancha, ela foi dada
como penhor da futura reconciliação e da salvação.
2.
Depois, o Filho de Deus, por sua vez, fez sua santíssima Mãe objecto de
evidentes demonstrações de honra.
De
facto, durante a sua vida privada, Ele escolheu-a como sua cooperadora nos dois
primeiros milagres por Ele operados.
O
primeiro foi um milagre de graça, e teve lugar quando, à saudação de Maria, a
criança exultou no seio de Isabel;
O
segundo foi um milagre na ordem da natureza; e teve lugar quando, nas bodas de Caná,
Cristo transformou a água em vinho.
Chegado,
depois, ao termo da sua vida pública, quando estava em via de estabelecer e
selar com o seu sangue divino o Novo Testamento, Ele confiou-a ao seu Apóstolo
predilecto, com aquelas suavíssimas palavras: «Eis aí tua mãe!» (Jo. 19, 27).
Portanto,
Nós, que, embora indignamente, representamos na terra Jesus Cristo, Filho de Deus,
enquanto tivermos vida nunca cessaremos de promover a glória dela.
E,
como sentimos que, pelo peso grande dos anos, a Nossa vida não poderá durar
ainda muito, não podemos deixar de repetir a todos os Nossos filhos e a cada um
deles em particular as últimas palavras que Cristo nos deixou como testamento,
enquanto pendia da cruz:
«Eis aí tua Mãe!».
Oh!
como nos consideraríamos felizes se as Nossas recomendações chegassem a fazer
com que cada fiel não tivesse na terra nada mais importante ou mais caro do que
a devoção a Nossa Senhora, e pudesse aplicar a si mesmo as palavras que João
escreveu de si: «O discípulo tomou-a
consigo» (Jo. 19, 27).
3.
Ora, ao aproximar-se o mês de Outubro, não queremos que, nem também este ano, Veneráveis
Irmãos, vos falte uma Nossa Carta, para, com o ardor de que somos capazes, recomendar
de novo a todos os católicos quererem ganhar para si mesmos e para Igreja, tão
trabalhada, a protecção da Virgem, com a recitação do Rosário. Prática esta
que, no descambar deste século, por divina disposição se tem maravilhosamente
afirmado, para despertar a esmorecida piedade dos fiéis; como claramente
atestam notáveis templos e célebres santuários dedicados à Mãe de Deus.
4.
Depois de havermos dedicado a esta divina Mãe o mês de Maio com o dom das nossas
flores, consagremos-lhe também, com afecto de singular piedade, o mês de Outubro,
que é mês dos frutos.
Com
efeito, parece justo dedicar estes dois meses do ano àquela que disse de si:
Desculpar a todos
Só serás bom, se souberes
ver as coisas boas e as virtudes dos outros. Por isso, quando tiveres de
corrigir, fá-lo com caridade, no momento oportuno, sem humilhar... e com
intenção de aprender e de melhorar tu próprio, naquilo que corriges. (Forja,
455)
Uma das suas primeiras
manifestações concretiza-se em iniciar a alma nos caminhos da humildade. Quando
sinceramente nos consideramos nada; quando compreendemos que, se não tivéssemos
o auxílio divino, a mais débil e fraca das criaturas seria melhor do que nós;
quando nos vemos capazes de todos os erros e de todos os horrores; quando nos
reconhecemos pecadores, embora lutemos com empenho por nos afastarmos de tantas
infidelidades, como havemos de pensar mal dos outros? Como se poderá alimentar
no coração o fanatismo, a intolerância, o orgulho?
A humildade leva-nos pela
mão a tratar o próximo da melhor forma: compreender a todos, conviver com
todos, desculpar a todos; não criar divisões nem barreiras; comportarmo-nos –
sempre! – como instrumentos de unidade. Não é em vão que existe no fundo do
homem uma forte aspiração à paz, à união com os seus semelhantes e ao respeito
mútuo pelos direitos da pessoa, de modo que tal aspiração se transforme em
fraternidade. Isto reflecte uma nota característica do que há de mais valioso
na condição humana: se todos somos filhos de Deus, a fraternidade nem se reduz
a uma figura de retórica, nem consiste num ideal ilusório, pois surge como meta
difícil, mas real.
(…) Na oração, com a ajuda
da graça, a soberba pode transformar-se em humildade. E brota da alma a
verdadeira alegria, mesmo quando ainda notamos o barro nas asas, o lodo da
pobre miséria, que vai secando. Depois, com a mortificação, cairá esse barro e
poderemos voar muito alto, porque nos será favorável o vento da misericórdia de
Deus. (Amigos
de Deus, nn. 233. 249)
Temas para reflectir e meditar
Pastor
São
quatro as condições que um bom pastor deve reunir.
Em
primeiro lugar, o amor: foi precisamente a caridade a única virtude que o
Senhor exigiu a Pedro para lhe entregar o cuidado do Seu rebanho. Depois, a
vigilância, para estar atento às necessidades das ovelhas. Em terceiro lugar, a
doutrina, com a finalidade de poder alimentar os homens até os levar à
salvação.
E
finalmente a santidade e integridade de vida; esta é a principal de todas as
qualidades.
(S.
TOMÁS DE VILLA-NUEVA, Sermón 46, Sobre los pastores, trad ama)