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01/07/2019

Leitura espiritual


AS INDULGÊNCIAS

A. AS INDULGÊNCIAS EM GERAL

1. Onde situamos as indulgências?

As indulgências estão relacionadas com a confissão, os pecados, a redenção e a comunhão dos santos.

2. Em que estado fica um homem ao pecar?

Uma pessoa que comete um pecado adquire, obviamente, a condição de pecador, afasta-se do Senhor e fica mais inclinado para o mal. 
Além disso, a justiça reclama uma reparação, chamada também pena, expiação ou penitência.

3. Como muda a situação ao confessar-se?

A confissão apaga a culpa do pecado – a situação actual do pecador – e também perdoa parte da penitência que deveria realizar-se, ainda que fique na alma um sinal ou qualidade de que se foi pecador e que se deve reparar. 
Isto que fica por expiar purifica-se por meio dos sofrimentos e boas obras desta vida, com as penas do purgatório e mediante as indulgências.

4. O que são as indulgências?

Digamos duas definições:

Brevemente: indulgência é a supressão da pena devida pelos pecados que a Igreja outorga a quem realize determinadas acções.

A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que um fiel disposto e cumprindo determinadas condições consegue por mediação da Igreja, a qual, como administradora da redenção, distribui e aplica, com autoridade, os tesouros das reparações de Cristo e dos santos (cfr. Mt 16, 19).

5. As indulgências podem aplicar-se aos defuntos?

As indulgências sempre são aplicadas a si mesmo ou às almas dos defuntos, mas não são aplicáveis a outras pessoas vivas na terra. 

Algumas indulgências só podem aplicar-se aos defuntos: por exemplo, rezando por eles num cemitério consegue-se uma indulgência parcial, que será plenária se essa oração é feita dos dias 1 a 8 de Novembro (uma em cada dia).

6. Tipos de indulgências.

- As indulgências agrupam-se em dois tipos:

Indulgências plenárias: apagam todo o resto de pecado deixado na alma disposta a entrar imediatamente no céu.

Indulgências parciais: apagam parte das penas que os pecados cometidos reclamam.


B. INDULGÊNCIAS PLENÁRIAS

1. Condições para ganhar uma indulgência plenária.

- Esta indulgência tem um valor muito grande e requer várias condições:

Os mesmos requisitos que nas indulgências parciais:

. realizar a acção que a Igreja contempla com esta indulgência.
. estar na graça de Deus antes de terminar a obra contemplada.
. ter intenção, pelo menos geral, de ganhar a indulgência.
Só se pode ganhar uma indulgência plenária por dia.

Ter a disposição interior de aversão total ao pecado, inclusive venial.

Confessar-se, pelo menos vinte dias antes ou depois de realizar a acção escolhida (sem esquecer que tem de se estar na graça de Deus antes de terminar a acção). 
Uma só confissão pode servir para ganhar várias indulgências plenárias.
Comungar, nesse mesmo período de tempo. 
É necessário uma comunhão para cada indulgência plenária.
Rezar pelas intenções do Papa um Pai Nosso e uma Avé Maria, ou outras orações que podem fazer-se também nesses períodos. 
É necessária uma oração para cada indulgência plenária.

2. Que acções estão contempladas com indulgência plenária?

Qualquer dia é bom para se obter uma indulgência plenária nestes casos:

Adoração à Eucaristia durante meia hora.
Realização da Via Sacra percorrendo as catorze estações erigidas meditando na Paixão do Senhor.
Recitação do santo rosário (5 mistérios seguidos) numa igreja, ou em família, ou acompanhado por outras pessoas.
Leitura ou audição da Sagrada escritura durante meia hora.

3. Indulgências plenárias em circunstâncias especiais.

- Em determinadas ocasiões podem ganhar-se indulgências plenárias. Por exemplo:

No momento da morte a quem tiver rezado algo durante a sua vida (o que é muito consolador). 
Neste caso não é necessária a confissão, nem a comunhão, nem a oração pelo Papa; mas é necessário manter as disposições necessárias: em graça de Deus, recusando qualquer pecado e ter desejado alguma vez ganhar esta indulgência.

Rezar um Pai Nosso e um Credo num santuário ou basílica (concede-se uma vez por ano por santuário; santuário é uma igreja com muitos peregrinos, aprovada como tal pelo Bispo correspondente).

Receber a bênção papal Urbi et Orbi (no local ou via radio ou televisão, em directo).

Realizar exercícios espirituais de pelo menos três dias completos.

Assistir a uma primeira Comunhão.

4. Indulgências plenárias em datas especiais.

- Há vários dias no ano em que se podem ganhar indulgência plenárias com certas condições. Por exemplo:

31 de Dezembro: recitando solenemente um "Te Deum" numa igreja, dando graças a Deus pelos benefícios recebido no último ano.

1 de Janeiro: recitando solenemente o "Veni Creator" numa igreja.

Nas sextas-feiras da Quaresma: depois de comungar, rezando diante de um crucifixo a oração “Olhai-me ó meu amado e bom Jesus”.

Nos ofícios da Semana Santa:
. Quinta-feira Santa: recitando o "Tantum ergo" durante a exposição que se segue à Missa.
. Sexta-feira Santa: assistindo às Cerimónias.
. Sábado Santo: renovando as promessas baptismais na Vigília Pascal.

Pentecostes: recitando solenemente o "Veni Creator" numa igreja.

Corpus Christi (Corpo de Deus): participando na procissão eucarística (dentro ou fora da igreja).

2 Agosto: rezando um Pai Nosso e um Credo numa Catedral ou paróquia.

5. Indulgências plenárias particulares.

- Muitas instituições gozam de indulgências em determinados dias do ano, coincidindo normalmente com datas ou santos próprios. 

Há um caso particularmente interessante, pois aqueles que usam o escapulário do Carmo se unem à família carmelita e podem ganhar indulgência plenária no dia da imposição do escapulário e nos seguintes dias:

16 de Maio (São Simão Stock).
16 de Julho (Virgem do Carmo).
20 de Julho (Santo Elias Profeta).
1 de Outubro (Santa Teresa de Lisieux).
15 de Outubro (Santa Teresa de Jesus).
14 de Novembro (Todos os Santos Carmelitas).
14 de Dezembro (São João da Cruz).

Pequena agenda do cristão

SeGUNDa-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.

Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.

Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.

Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.

Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.

Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.

Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?








Evangelho e comentário


TEMPO COMUM

Evangelho Jul 01

Evangelho: Mt 8, 18-22

18 Naquele tempo, vendo Jesus à sua volta uma grande multidão, mandou passar para a outra margem do lago. 19 Aproximou-se então um escriba, que Lhe disse: «Mestre, seguir-Te-ei para onde fores». 20 Jesus respondeu-Lhe: «As raposas têm as suas tocas e as aves os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça». 21 Disse-Lhe outro discípulo: «Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar meu pai». 22 Mas Jesus respondeu-Lhe: «Segue-Me e deixa que os mortos sepultem os seus mortos».

Comentário:

Uma pessoa séria e de bom critério quando é chamada só tem uma de duas respostas:
Sim, aceito!
 ou
Não, recuso!

Estamos a considerar o chamamento divino que num momento qualquer da nossa vida o Senhor não deixará de nos fazer.

Em primeiro lugar, ser chamado é uma honra e um privilégio que, só por si, deveria ser mais que suficiente para o nosso acolhimento imediato; depois considerando Quem chama não nos deve preocupar para quê ou porquê porque só pode ser bom e conveniente para nós.

(AMA, comentário sobre Mt 8, 18-22, 02.07.2018)



Temas para reflectir e meditar

Amor ao próximo



É preciso amar aquele que nos ultrapassa na auto-estrada.




(P. Rainiero Cantalamessaprática na XXV Assembleia do Mov. Carism. da Dioc. do Porto, 2010.04.17) 

E, com esse convívio, gerar-se-á o Amor


O único meio de conhecer Jesus: privar com Ele! N'Ele encontrarás sempre um Pai, um Amigo, um Conselheiro e um Colaborador para todas as actividades honestas da tua vida quotidiana... E, com esse convívio, gerar-se-á o Amor. (Sulco, 662)

Se procuras meditar, o Senhor não te negará a sua assistência. Fé e obras de fé! Obras, porque o Senhor – tu já reparaste nisso desde o princípio e eu já to fiz notar a seu tempo – cada dia é mais exigente. Isto já é contemplação e união; e assim há-de ser a vida de muitos cristãos, avançando cada um pela sua própria via espiritual – são infinitas – no meio dos afazeres deste mundo, mesmo sem se darem conta disso.

Uma oração e uma conduta que não nos afastam das nossas actividades correntes, que nos conduzem a Nosso Senhor no meio dos nossos nobres empenhos terrenos. Ao elevar a Deus todas essas ocupações, a criatura diviniza o mundo. Tenho falado tantas vezes do mito do rei Midas que convertia em ouro tudo aquilo em que tocava! Podemos converter em ouro de méritos sobrenaturais tudo o que tocamos, apesar dos nossos erros pessoais.

Assim actua o Nosso Deus. Quando aquele filho regressa, depois de ter gasto o seu dinheiro, vivendo mal, depois – sobretudo – de se ter esquecido do pai, o pai diz: depressa, trazei aqui o vestido mais rico e vesti-lho e colocai-lhe um anel no dedo; calçai-lhe as sandálias. Tomai um vitelo gordo, matai-o e comamos e celebremos um banquete. O Nosso Pai, Deus, quando recorremos a Ele com arrependimento, tira riqueza da nossa miséria e força da nossa debilidade. Que preparará para nós, se não O abandonarmos, se O procurarmos todos os dias, se Lhe dirigirmos palavras carinhosas confirmadas pelas nossas acções, se Lhe pedirmos tudo, confiados na Sua omnipotência e na Sua misericórdia? (Amigos de Deus, nn. 308–309)