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Confissões – 12

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Confissões


Talentos

…/4

O uso que faço dos "meus" talentos:

Levanta-se um problema logo no início desta reflexão: "os meus talentos"!

Em boa verdade os talentos são meus porque me foram dados gratuitamente, sem qualquer mérito da minha parte, por Deus.

Talvez que alguém aduza que alguns deles fazem parte de herança genética o que se pode aceitar, mas, seja como for, continuam a ser dados, oferecidos.

Acho que os talentos não se adquirem, apenas se desenvolvem e é neste desenvolvimento -  que é sua aplicação prática - que se vão como que afinando e gerando talentos, digamos, paralelos.

Por aqui concluo a importância que realmente tem aplicar-me a fundo em usar os talentos sobretudo como serviço aos outros, á sociedade.


(AMA, reflexões, 2017)





Formação humana e cristã – 129


Meditação

2.1 - Temas de meditação

2.1.1 - A Cruz

É fundamental ter durante o dia uns momentos – poucos minutos de cada vez - de meditação sobre as realidades da Fé e da prática daminha vida cristã.

Talvez fixar a atenção na Cruz da Ressurreição na sua verdadeira di­mensão e, também, na minha união à Cruz de Cristo.

União que terá de ser - sempre - real e concreta, sem dramatismo nem zelo excessivos, mas com absoluta tranquilidade e pragmatismo sabendo, como sei, que a "minha cruz" ressalvando a infinita distância, tem um valor e uma importância que Cristo não despreza antes considera muito seriamente.

Não ter medo de comparações porque, se uma infinita distância - como disse, - as separa, tal se deve a quem as transporta e não me passa pela cabeça comparar-me a Cristo.

Mas, se não me comparo a Cristo porque e como pretendo imitá-lo?

Imitar não define comparar?

Não!

Imitar é tentar fazer o mesmo, quando comparar é, no fundo, avaliar.

Imitar Cristo na Cruz, por exemplo, não é resignar-se a aceitar a própria porque Jesus não se resignou, mas aceitou conscientemente a Vontade do Pai, não se resigna porque pede, pergunta porque não Lhe é poupado o sacrifício clamando por um abandono do Pai.

Jesus quer, deseja a Cruz e mostra-se até impaciente por ter de esperar pelo momento determinado.

Não é o meu caso, em primeiro lugar porque a minha cruz é, na sua maior parte, construída por mim próprio, fruto da minhas faltas e cedências, à minha ambição de ter, aos actos irreflectida ou precipitadamente levados a cabo. Ninguém a não ser eu próprio é responsável por ela.

Em segundo lugar porque resignar-me equivaleria a abandonar a luta por erradicar esses defeitos e deficiências que estão na sua origem.

E, em terceiro porque a resignação tiraria qualquer mérito que possa ter.

(cont)     
AMA, reflexões

Leitura espiritual


A CONSCIÊNCIA

1.           O que é consciência?

A consciência é um julgamento da razão pela qual o homem reconhece a bondade ou a maldade de um acto.
Por exemplo, ele diz: "Estou ciente de que esse detalhe com os meus pais é bom".

2.           O que é necessário para estar ciente?

Para emitir um juízo de consciência sobre o bem-mal de um acto, precisa de uma inteligência que julgue e um conhecimento prévio que é a base sobre a qual esse julgamento moral se baseia.
Algo semelhante acontece quando o entendimento determina a verdade de algo. Por exemplo, ao ouvir: "as vacas voam", a razão emite um julgamento imediato que diz: "falso".
Este julgamento é baseado no conhecimento prévio de vacas e fuga.

3.           Qual é a base do apoio à consciência?

O julgamento da consciência é baseado no conhecimento da natureza humana e no que é conveniente para ela.
Essa sabedoria é adquirida de duas fontes:

Por um lado, a própria natureza humana exige um modo de agir que é usualmente chamado de lei natural.
O Criador nos criou de certa maneira e está gravado no homem um conhecimento básico do que é certo ou errado.
Além disso, o Senhor quis manifestar claramente o que é conveniente para nós e temos os dez mandamentos e os ensinamentos de Jesus Cristo, que ajudam a formar a consciência.

4.           Como formar bem a consciência?

O juízo moral da inteligência torna-se mais certo se o homem obtiver mais conhecimento das duas fontes anteriores.
Para entender melhor a natureza humana, será bom encorajar o desejo de buscar a verdade e agir bem.
Também este último, porque com base em agir mal, a inteligência se torna mal usada e perde a clareza de julgamento.
Para aprender ou lembrar os ensinamentos de Jesus Cristo, teremos que recorrer aos meios de formação cristã: palestras, homilias, cursos, livros, etc.
Para a aplicação prática deste conhecimento, será bom ouvir o conselho de pessoas boas e conhecedoras.

5.           É apropriado ter uma consciência bem formada?

É importante distinguir o bem do mal, estar certo no que deve ser feito.
Os grandes criminosos têm uma consciência distorcida e dizem que são homens sem consciência.

6. Qualidades da consciência?

A consciência não cria a lei, mas aplica a lei de Deus ao caso concreto - O homem não inventa o bem-mal, mas julga baseado na lei natural registrada em sua natureza.
Um carteirista pode convencer-se de que roubar é bom, mas não é.
Está simplesmente errado.
A consciência é inseparável dos actos humanos - os actos humanos são chamados de voluntários e livres e, portanto, conscientes.
Consciente da sua bondade sensível:
eu gosto disso;
e da sua bondade moral:
convém-me.
A consciência instrui o bem e move-se a agir.
O juízo de consciência é prático:
Eu posso isso ou devo fazer;
Eu devo evitar isso.
É a experiência é adquirida.
A consciência aprova ou repreende
O juízo de consciência é principalmente anterior à acção, agir ou não.
Mas uma pessoa continua a reflectir depois de agir, com uma opinião de aprovação e paz se foi bem feita, ou de rejeição inquieta se foi mal feita.
É por isso que o homem tem responsabilidade consigo mesmo.

6.           Liberdade de consciência?

A liberdade de consciência deve ser respeitada, mas isso não significa que a consciência seja independente da lei divina.
Neste campo, a liberdade consiste na ausência de coacção na busca da verdade, mas não na independência em relação à verdade.
Uma pessoa pode estar convencida de que roubar é bom ou que Pequim não existe.
Em ambos os casos, ele trabalha livremente, mas não consegue com a verdade - moral ou geográfica - (relativismo).

7.           Um terrorista assassina de acordo com sua consciência. Por que isso está errado?

Ele não faz mal em seguir a sua consciência, mas sim em deformá-la até esse ponto.

(Na verdade, em casos não naturais, a consciência continua a protestar e o terrorista deve dobrar o seu próprio pensamento sempre que age).

ID, revisão versão portuguesa por AMA



Evangelho e comentário



TEMPO DE PÁSCOA




Evangelho: Jo 10, 27-30

27 As minhas ovelhas escutam a minha voz: Eu conheço-as e elas seguem-me. 28 Dou-lhes a vida eterna, e nem elas hão-de perecer jamais, nem ninguém as arrancará da minha mão. 29 O que o meu Pai me deu vale mais que tudo e ninguém o pode arrancar da mão do Pai. 30 Eu e o Pai somos Um.»

Comentário:

A declaração de Jesus Cristo: «Eu e o Pai somos Um» é de tal forma clara e conclusiva não admite interpretações.
Da mesma forma se dissesse: ‘Eu sou Deus!’

Porém, deixa essa “conclusão” aos que O escutam pois quer evitar susceptibilidades que bem sabemos tal afirmação levantaria.

Fala das Suas ovelhas que Lhe pertencem porque são de Deus e têm a vida eterna assegurada exactamente por isso mesmo.

O Seu desejo – tantas vezes expresso – é que haja um só rebanho e um só Pastor – Ele próprio – porque todos, absolutamente, fomos e somos criados à imagem e semelhança de Deus.

Como nas famílias humanas também na Família Divina não pode haver dissensões porque, a existirem, nem umas nem Outra podem subsistir.

(AMA, comentário sobre Jo 10, 27-30, 15.02.2019)


Pequena agenda do cristão

DOMINGO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Viver a família.

Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.

Lembrar-me:
Cultivar a Fé

São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?