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12/05/2019

Formação humana e cristã – 129


Meditação

2.1 - Temas de meditação

2.1.1 - A Cruz

É fundamental ter durante o dia uns momentos – poucos minutos de cada vez - de meditação sobre as realidades da Fé e da prática daminha vida cristã.

Talvez fixar a atenção na Cruz da Ressurreição na sua verdadeira di­mensão e, também, na minha união à Cruz de Cristo.

União que terá de ser - sempre - real e concreta, sem dramatismo nem zelo excessivos, mas com absoluta tranquilidade e pragmatismo sabendo, como sei, que a "minha cruz" ressalvando a infinita distância, tem um valor e uma importância que Cristo não despreza antes considera muito seriamente.

Não ter medo de comparações porque, se uma infinita distância - como disse, - as separa, tal se deve a quem as transporta e não me passa pela cabeça comparar-me a Cristo.

Mas, se não me comparo a Cristo porque e como pretendo imitá-lo?

Imitar não define comparar?

Não!

Imitar é tentar fazer o mesmo, quando comparar é, no fundo, avaliar.

Imitar Cristo na Cruz, por exemplo, não é resignar-se a aceitar a própria porque Jesus não se resignou, mas aceitou conscientemente a Vontade do Pai, não se resigna porque pede, pergunta porque não Lhe é poupado o sacrifício clamando por um abandono do Pai.

Jesus quer, deseja a Cruz e mostra-se até impaciente por ter de esperar pelo momento determinado.

Não é o meu caso, em primeiro lugar porque a minha cruz é, na sua maior parte, construída por mim próprio, fruto da minhas faltas e cedências, à minha ambição de ter, aos actos irreflectida ou precipitadamente levados a cabo. Ninguém a não ser eu próprio é responsável por ela.

Em segundo lugar porque resignar-me equivaleria a abandonar a luta por erradicar esses defeitos e deficiências que estão na sua origem.

E, em terceiro porque a resignação tiraria qualquer mérito que possa ter.

(cont)     
AMA, reflexões

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