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24/04/2019

Temas para reflectir e meditar


Querer e ser

Muitas vezes a minha vontade manifesta-se de forma absoluta:
Quero ser desta forma, viver desta maneira, conseguir alcançar este objectivo.

Para conseguir o que me proponho tenho de fazer isto ou aquilo!

Parece ser uma decisão séria, pensada e definitiva.

Planeio, escolho, decido.

Não sei quantas vezes no correr da minha já longa vida, me encontrei em situações similares.

Reparo agora no erro que corri:
Esqueci-me de pedir ajuda, auxílio.

Evidentemente que os resultados ficaram sempre muito aquém das minhas expectativas.

Mas... não desisto, sou teimoso, pertinaz.
Já não é mau, penso, mas concluo que tenho de reformular os meus propósitos e entrega-Los confiadamente nas mãos amorosas da Senhora para que me leve por um caminho certo e seguro.
Inter para Tuto!

(AMA, reflexão, 08.02.2019)

Evangelho e comentário



TEMPO DE PÁSCOA



Evangelho: Lc 24, 13-35

13 Nesse mesmo dia, dois dos discípulos iam a caminho de uma aldeia chamada Emaús, que ficava a cerca de duas léguas de Jerusalém; 14 e conversavam entre si sobre tudo o que acontecera. 15 Enquanto conversavam e discutiam, aproximou-se deles o próprio Jesus e pôs-se com eles a caminho; 16 os seus olhos, porém, estavam impedidos de o reconhecer. 17 Disse-lhes Ele: «Que palavras são essas que trocais entre vós, enquanto caminhais?» Pararam entristecidos. 18 E um deles, chamado Cléofas, respondeu: «Tu és o único forasteiro em Jerusalém a ignorar o que lá se passou nestes dias!» 19 Perguntou-lhes Ele: «Que foi?» Responderam-lhe: «O que se refere a Jesus de Nazaré, profeta poderoso em obras e palavras diante de Deus e de todo o povo; 20 como os sumos-sacerdotes e os nossos chefes o entregaram, para ser condenado à morte e crucificado. 21 Nós esperávamos que fosse Ele o que viria redimir Israel, mas, com tudo isto, já lá vai o terceiro dia desde que se deram estas coisas. 22 É verdade que algumas mulheres do nosso grupo nos deixaram perturbados, porque foram ao sepulcro de madrugada 23 e, não achando o seu corpo, vieram dizer que lhes apareceram uns anjos, que afirmavam que Ele vivia. 24 Então, alguns dos nossos foram ao sepulcro e encontraram tudo como as mulheres tinham dito. Mas, a Ele, não o viram.» 25 Jesus disse-lhes, então: «Ó homens sem inteligência e lentos de espírito para crer em tudo quanto os profetas anunciaram! 26 Não tinha o Messias de sofrer essas coisas para entrar na sua glória?» 27 E, começando por Moisés e seguindo por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, tudo o que lhe dizia respeito. 28 Ao chegarem perto da aldeia para onde iam, fez menção de seguir para diante. 29 Os outros, porém, insistiam com Ele, dizendo: «Fica connosco, pois a noite vai caindo e o dia já está no ocaso.» Entrou para ficar com eles. 30 E, quando se pôs à mesa, tomou o pão, pronunciou a bênção e, depois de o partir, entregou-lho. 31 Então, os seus olhos abriram-se e reconheceram-no; mas Ele desapareceu da sua presença. 32 Disseram, então, um ao outro: «Não nos ardia o coração, quando Ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?» 33 Levantando-se, voltaram imediatamente para Jerusalém e encontraram reunidos os Onze e os seus companheiros, 34 que lhes disseram: «Realmente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!» 35 E eles contaram o que lhes tinha acontecido pelo caminho e como Jesus se lhes dera a conhecer, ao partir o pão.

Comentário:

Pela pena de São Lucas, voltamos ao mesmo tema que já comentámos:

Como reconhecer Jesus!

Temos, todos os homens - atrevo-me afirmar – um desejo incontido de O encontrar de forma iniludível de tal forma que possamos dizer:

É Ele!

De facto, vemo-Lo pendente da Cruz – «porque de todos atrai o olhar» – mas isso não nos basta, não preenche completamente o nosso anseio:

Vê-lo tal qual É, Ressuscitado, Glorioso, cheio de Poder e Majestade.

Talvez, alguns esperem por essa oportunidade para, de vez, se entregarem a Ele completamente ou se decidirem a segui-lo mais de perto.

Na Santa Missa, quando Ele desce sobre o altar consubstanciando-se no pão e no vinho consagrados, não O vemos, de facto, mas podemos sentir como que um frémito de amor que nos invade e domina e leva a exclamar interiormente:

‘É Ele, está ali, e, daí a momentos vou ter a possibilidade extraordinária de O receber em Corpo, Alma e Divindade, na Sagrada Comunhão Eucarística.

Pensemos então quanto somos afortunados, muito mais que estes dois de Emaús que depois de O terem reconhecido, O viram desaparecer do seu convívio.

Sim… porque, para nós, Ele está sempre ali, no Sacrário, à nossa espera, paciente e amoroso para Se nos entregar por inteiro.

(AMA, comentário sobre Lc 24 13-35, 19.04.2017)

Os frutos saborosos da alma mortificada


Estes são os saborosos frutos da alma mortificada: compreensão e transigência para as misérias alheias; intransigência para as próprias. (Caminho 198)

Penitência é tratar sempre os outros com a maior caridade, começando pelos teus. É atender com a maior delicadeza os que sofrem, os doentes e os que padecem. É responder com paciência aos maçadores e inoportunos. É interromper ou modificar os nossos programas, quando as circunstâncias – sobretudo os interesses bons e justos dos outros – assim o requerem.

A penitência consiste em suportar com bom humor as mil pequenas contrariedades do dia; em não abandonar o trabalho, mesmo que no momento te tenha passado o entusiasmo com que o começaste; em comer com agradecimento o que nos servem, sem caprichos importunos. (Amigos de Deus, 138)

Leitura espiritual


A CASTIDADE

C. A CASTIDADE É POSSÍVEL? COMO?

1.           É possível viver a castidade?

Em alguns lugares o ambiente dificulta muito a vivência da castidade. Mas sempre é possível praticá-la com a ajuda de vários recursos que reunimos em três grupos: o próprio esforço, com a ajuda de Deus e dos homens.
Estes meios, podem exercitar-se no momento da batalha ou previamente para ganhar algum treino.

2. O próprio esforço na castidade aplica-se em vários campos:

Decisão de lutar.
- Repetir frequentemente o desejo firme de manter o coração limpo. Para fortalecer esta decisão, pode ajudar propor etapas curtas; por exemplo, até à próxima quarta-feira, etc.
- Fugir das ocasiões.
- Na medida em que sejam fonte de pecados, deverá reduzir ou suprir praias, discotecas, televisão, internet… Privar-se de algumas coisas apenas importa aos que defendem o seu amor.
Guardar a vista.
- A vista é um sentido muito ligado aos desejos e o seu domínio protege e educa o coração. Pode-se treinar afastando o olhar de imagens normais que a curiosidade deseja conhecer.
Servir os outros, para que o coração aprenda a amar.
Mortificar-se.
- O costume de dominar os gostos do próprio corpo serve de treino para controla-lo em temas sexuais.

2.           Exemplos de mortificação?

Alguns sacrifícios que ajudam a dominar o próprio corpo:

Comer com moderação, controlando o gosto e o apetite.
Sentar-se em posições menos cómodas, dominando o sentido do tacto, que precisamente está muito relacionado com os prazeres sexuais.
Tomar banho rapidamente, ainda que, ao tacto, apeteça continuar.

3.           Ajuda de Deus na castidade?

A ajuda de Deus na castidade consegue-se mediante a oração, os sacramentos, a devoção a Maria Santíssima, etc. Convém pedir o auxílio divino com perseverança e humildade. O próprio facto de rezar facto de rezar ajuda, pois eleva o coração em relação as coisas terrenas.

4.           Porque é importante a humildade para a castidade?

Uma pessoa orgulhosa mantém-se altiva perante Deus, enquanto que a humilde situa o homem no seu verdadeiro lugar face ao criador. Como consequência:

A humildade é necessária para avançar em qualquer virtude pois "Deus resiste aos soberbos e dá a Sua graça aos humildes".

*      A influência benéfica de Deus abarca a alma e o corpo. Quando a Alma se revolta contra Deus, quebra-se o equilíbrio e o corpo revolta-se contra a alma. Se a alma se coloca no seu lugar diante do Senhor, o corpo também respeitará a voz da vontade.

5.           Ajuda de outras pessoas na castidade?

Para crescer na vida cristã é recomendável uma direcção espiritual, onde se recebem conselho e ânimo que facilitam o esforço. Esta ajuda será eficaz na medida em que haja uma sinceridade prévia. No caso da castidade, o ânimo sincero é algo que custa mas presta um duplo benefício, pois além receber apoios proporciona melhoras na humildade. (O orgulho dificulta o reconhecimento dos defeitos; reconhecendo-os, exercita-se a humildade).

6.           Ajuda mútua no namoro?

Convém que os namorados estejam de acordo em viver a castidade, ajudando-se um ao outro a defender o seu coração, a sua dignidade e o seu amor. Algo semelhante se pode dizer dos casados; convém que se animem a ter filhos, a viver vem o casamento, a serem fiéis.

Pequena agenda do cristão

Quarta-Feira



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)






Propósito:

Simplicidade e modéstia.


Senhor, ajuda-me a ser simples, a despir-me da minha “importância”, a ser contido no meu comportamento e nos meus desejos, deixando-me de quimeras e sonhos de grandeza e proeminência.


Lembrar-me:
Do meu Anjo da Guarda.


Senhor, ajuda-me a lembrar-me do meu Anjo da Guarda, que eu não despreze companhia tão excelente. Ele está sempre a meu lado, vela por mim, alegra-se com as minhas alegrias e entristece-se com as minhas faltas.

Anjo da minha Guarda, perdoa-me a falta de correspondência ao teu interesse e protecção, a tua disponibilidade permanente. Perdoa-me ser tão mesquinho na retribuição de tantos favores recebidos.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?