por El Reto del amor
Padroeiros do blog: SÃO PAULO; SÃO TOMÁS DE AQUINO; SÃO FILIPE DE NÉRI; SÃO JOSEMARIA ESCRIVÁ
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10/03/2019
Temas para reflectir e meditar
Não!
O acaso não existe porque
tudo absolutamente é o fruto da Vontade de Deus.
Talvez seja algo
inesperado, alguma coisa ou acontecimento que sucede sem que tenhamos feito
nada para isso.
Quando sucede, acontece,
surge é porque Deus quer.
É simples:
Primeiro nós por nós
mesmos não somos capazes de nada e, depois, como já se disse, Deus governa e
manda em tudo e nada pode suceder sem que Ele o consinta.
AMA,
reflexões, Dez 2018
Evangelho e comentário
TEMPO DA QUARESMA
Evangelho: Lc 4, 1-13
1 Cheio do Espírito Santo, Jesus
retirou-se do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto, 2 onde esteve
durante quarenta dias, e era tentado pelo diabo. Não comeu nada durante esses
dias e, quando eles terminaram, sentiu fome. 3 isse-lhe o diabo: «Se és Filho
de Deus, diz a esta pedra que se transforme em pão.» Jesus respondeu-lhe: 4 «Está
escrito: Nem só de pão vive o homem.» 5Levando-o a um lugar alto, o diabo
mostrou-lhe, num instante, todos os reinos do universo 6 e disse-lhe:
«Dar-te-ei todo este poderio e a sua glória, porque me foi entregue e dou-o a
quem me aprouver. 7 Se te prostrares diante de mim, tudo será teu.» 8 Jesus
respondeu-lhe: «Está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele
prestarás culto.» 9 Em seguida, conduziu-o a Jerusalém, colocou-o sobre o
pináculo do templo e disse-lhe: «Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo, 10
pois está escrito: Aos seus anjos dará ordens a teu respeito, a fim de que eles
te guardem; 11 e também: Hão-de levar-te nas suas mãos, com receio de que firas
o teu pé nalguma pedra.» 12 Disse-lhe Jesus: «Não tentarás ao Senhor, teu
Deus.» 13 Tendo esgotado toda a espécie de tentação, o diabo retirou-se de junto
dele, até um certo tempo.
Comentário:
Talvez que este trecho de São Lucas nos dê
indicações preciosas sobre a tentação que o demónio “prefere” e usa com mais
frequência: o orgulho pessoal.
Percebe-se porquê:
O orgulho pessoal está na origem de quase todos os
pecados que o homem comete porque desfoca a realidade e o critério.
O mais grave, porém, é que o orgulho leva a pessoa
a considerar-se capaz de tudo – inclusive resistir à tentação – levando-o a
desprezar a cautela, a contenção, a prudência, o conselho.
(ama, comentário sobre Lc 4, 1-13, 14.12.2016)
Senhor, socorre-me.
Sinais inequívocos da verdadeira Cruz de Cristo: a serenidade, um
profundo sentimento de paz, um amor disposto a qualquer sacrifício, uma
eficácia grande, que dimana do próprio Lado de Jesus, e sempre – de modo
evidente – a alegria: uma alegria que procede de saber que, quem se entrega de
verdade, está junto da Cruz e, por conseguinte, junto de Nosso Senhor. (Forja, 772)
Aconselharei a quem quiser aprender com a experiência de um pobre
sacerdote que não pretende falar senão de Deus, que, quando a carne tentar
recobrar os seus foros perdidos, ou a soberba – que é pior – se revoltar e se
encabritar, correr a abrigar-se nessas divinas fendas abertas no Corpo de
Cristo pelos cravos que O seguraram à Cruz e pela lança que atravessou o Seu
peito. Vamos como nos comover mais; derramemos nas Chagas de Nosso Senhor todo
esse amor humano... e esse amor divino. Que isto é desejar a união, sentir-se
irmão de Cristo, ser seu consanguíneo, filho da mesma Mãe, porque foi Ela que
nos levou até Jesus.
Afã de adoração, ânsias de desagravo com sossegada suavidade e com
sofrimento. Far-se-á vida na nossa vida a afirmação de Jesus: aquele que não
toma a sua cruz para me seguir, não é digno de mim. E Nosso Senhor
manifesta-se-nos cada vez mais exigente, pede-nos reparação e penitência, até
nos fazer experimentar o fervoroso desejo de querer viver para Deus, pregado na
cruz juntamente com Cristo. Mas guardamos este tesouro em vasos de barro frágil
e quebradiço, para que se reconheça que a grandeza do poder que se vê em nós é
de Deus e não nossa.
Vemo-nos acossados por toda a espécie de atribulações e nem por
isso perdemos o ânimo; encontramo-nos em grandes apuros, mas não desesperados,
ou sem recursos; somos perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não
inteiramente perdidos: trazemos sempre no nosso corpo por toda a parte a
mortificação de Jesus.
Parece-nos, além disso, que Nosso Senhor não nos escuta, que
andamos enganados, que só se ouve o monólogo da nossa voz. Encontramo-nos como
se não tivéssemos apoio na terra e fossemos abandonados pelo Céu. No entanto, é
verdadeiro e prático o nosso horror ao pecado, mesmo ao pecado venial. Com a
obstinação da Cananeia, prostramo-nos rendidamente como ela, que O adorou,
implorando: Senhor, socorre-me. E desaparece a obscuridade, superada pela luz
do Amor. (Amigos de Deus, nn. 303–304)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Viver a família.
Senhor, que a minha família seja um espelho da Tua Família em Nazareth, que cada um, absolutamente, contribua para a união de todos pondo de lado diferenças, azedumes, queixas que afastam e escurecem o ambiente. Que os lares de cada um sejam luminosos e alegres.
Lembrar-me:
Cultivar a Fé
São Tomé, prostrado a Teus pés, disse-te: Meu Senhor e meu Deus!
Não tenho pena nem inveja de não ter estado presente. Tu mesmo disseste: Bem-aventurados os que crêem sem terem visto.
E eu creio, Senhor.
Creio firmemente que Tu és o Cristo Redentor que me salvou para a vida eterna, o meu Deus e Senhor a quem quero amar com todas as minhas forças e, a quem ofereço a minha vida. Sou bem pouca coisa, não sei sequer para que me queres mas, se me crias-te é porque tens planos para mim. Quero cumpri-los com todo o meu coração.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Leitura espiritual
EXORTAÇÃO APOSTÓLICA PÓS-SINODAL
AMORIS LÆTITIA
DO SANTO PADRE FRANCISCO
AOS BISPOS AOS PRESBÍTEROS E AOS DIÁCONOS
ÀS PESSOAS CONSAGRADAS AOS ESPOSOS CRISTÃOS E A TODOS OS FIÉIS LEIGOS SOBRE O AMOR NA FAMÍLIA
CAPÍTULO III
O OLHAR FIXO EM JESUS: A VOCAÇÃO DA
FAMÍLIA
Os
Padres sinodais lembraram que Jesus, «ao
referir-Se ao desígnio primordial sobre o casal humano, reafirma a união
indissolúvel entre o homem e a mulher, mesmo admitindo que, “por causa da
dureza do vosso coração, Moisés permitiu que repudiásseis as vossas mulheres;
mas, ao princípio, não foi assi»[i]. A indissolubilidade
do matrimónio[ii] não se deve
entender primariamente como “jugo” imposto aos homens, mas como um “dom”
concedido às pessoas unidas em matrimónio. (...) A condescendência divina
acompanha sempre o caminho humano, com a sua graça, cura e transforma o coração
endurecido, orientando-o para o seu princípio, através do caminho da cruz. Nos
Evangelhos, sobressai claramente a postura de Jesus, que (...) anunciou a
mensagem relativa ao significado do matrimónio como plenitude da revelação que
recupera o projecto originário de Deus»[iii]. «Jesus, que
reconciliou em Si todas as coisas, voltou a levar o matrimónio e a família à
sua forma original[iv]. A família e o[v] matrimónio foram
redimidos por Cristo[vi], restaurados à imagem da Santíssima Trindade, mistério
donde brota todo o amor verdadeiro. A aliança esponsal, inaugurada na criação e
revelada na história da salvação, recebe a revelação plena do seu significado
em Cristo e na sua Igreja. O matrimónio e a família recebem de Cristo, através
da Igreja, a graça necessária para testemunhar o amor de Deus e viver a vida de
comunhão. O Evangelho da família atravessa a história do mundo desde a criação
do homem à imagem e semelhança de Deus[vii] até à realização do mistério da Aliança em Cristo no
fim dos séculos com as núpcias do Cordeiro».[viii] «A postura de
Jesus é paradigmática para a Igreja (...). Ele inaugurou a sua vida pública com
o sinal de Caná, realizado num banquete de núpcias.[ix] (…) Compartilhou
momentos diários de amizade com a família de Lázaro e suas irmãs[x] e com a família de
Pedro.[xi]
Escutou o pranto dos pais pelos seus filhos, restituindo-os à vida[xii] e mostrando assim
o verdadeiro significado da misericórdia, a qual implica a restauração da
Aliança[xiii]. Vê-se isto
claramente nos encontros com a mulher samaritana[xiv] e com a adúltera[xv], nos quais a noção
do pecado é avivada perante o amor gratuito de Jesus».
A
encarnação do Verbo numa família humana, em Nazaré, comove com a sua novidade a
história do mundo. Precisamos de mergulhar no mistério do nascimento de Jesus,
no sim de Maria ao anúncio do anjo, quando foi concebida a Palavra no seu seio;
e ainda no sim de José, que deu o nome a Jesus e cuidou de Maria; na festa dos
pastores no presépio; na adoração dos Magos; na fuga para o Egipto, em que Jesus
participou no sofrimento do seu povo exilado, perseguido e humilhado; na devota
espera de Zacarias e na alegria que acompanhou o nascimento de João Baptista;
na promessa que Simeão e Ana viram cumprida no templo; na admiração dos
doutores da lei ao escutarem a sabedoria de Jesus adolescente. E, em seguida,
penetrar nos trinta longos anos em que Jesus ganhava o pão trabalhando com suas
mãos, sussurrando a oração e a tradição crente do seu povo e formando-Se na fé
dos seus pais, até fazê-la frutificar no mistério do Reino.
Este
é o mistério do Natal e o segredo de Nazaré, cheio de perfume a família! É o
mistério que tanto fascinou Francisco de Assis, Teresa do Menino Jesus e
Charles de Foucauld, e do qual bebem também as famílias cristãs para renovar a
sua esperança e alegria.
«A
aliança de amor e fidelidade, vivida pela Sagrada Família de Nazaré, ilumina o
princípio que dá forma a cada família e a torna capaz de enfrentar melhor as
vicissitudes da vida e da história. Sobre este fundamento, cada família, mesmo
na sua fragilidade, pode tornar-se uma luz na escuridão do mundo. “Aqui se
aprende (…) uma lição de vida familiar. Que Nazaré nos ensine o que é a família,
a sua comunhão de amor, a sua austera e simples beleza, o seu carácter sagrado
e inviolável; aprendamos de Nazaré como é preciosa e insubstituível a educação
familiar e como é fundamental e incomparável a sua função no plano social”[xvi]».
A
família nos documentos da Igreja.
O
Concílio Ecuménico Vaticano II ocupou-se, na Constituição pastoral Gaudium et spes, da promoção da
dignidade do matrimónio e da família[xvii].
«Definiu o matrimónio como comunidade de vida e amor[xviii], colocando o amor no centro da família (...). O “verdadeiro
amor entre marido e mulher”[xix] implica a mútua doação de si mesmo, inclui e integra a
dimensão sexual e a afectividade, correspondendo ao desígnio divino[xx]. Além disso sublinha o enraizamento dos esposos em Cristo:
Cristo Senhor “vem ao encontro dos esposos cristãos com o sacramento do matrimónio”[xxi],
permanece com eles.
Na
encarnação, Ele assume o amor humano, purifica-o, leva-o à plenitude e dá aos
esposos, com o seu Espírito, a capacidade de o viver, impregnando toda a sua
vida com a fé, a esperança e a caridade. Assim, os cônjuges são de certo modo
consagrados e, por meio duma graça própria, edificam o Corpo de Cristo e
constituem uma igreja doméstica[xxii], de tal modo que a Igreja, para compreender plenamente
o seu mistério, olha para a família cristã, que o manifesta de forma genuína».
Em
seguida, «na esteira do Concílio Vaticano II, o Beato Paulo VI aprofundou a
doutrina sobre o matrimónio e a família. Em particular, com a Encíclica Humanae vitae, destacou o vínculo intrínseco
entre amor conjugal e procriação: “o amor conjugal requer nos esposos uma
consciência da sua missão de ‘paternidade responsável’, sobre a qual hoje tanto
se insiste, e justificadamente, e que deve também ela ser compreendida com
exactidão (...).
O
exercício responsável da paternidade implica, portanto, que os cônjuges reconheçam
plenamente os próprios deveres para com Deus, para consigo próprios, para com a
família e para com a sociedade, numa justa hierarquia de valores”.[xxiii]
Na
Exortação apostólica Evangelii nuntiandi,
Paulo VI salientou a relação entre a família e a Igreja».[xxiv].
«São
João Paulo II dedicou especial atenção à família, através das suas catequeses
sobre o amor humano, a Carta às famílias Gratissimam
sane e sobretudo com a Exortação apostólica Familiaris consortio. Nestes documentos, o Pontífice definiu a
família «caminho da Igreja»; ofereceu uma visão de conjunto sobre a vocação ao
amor do homem e da mulher; propôs as linhas fundamentais para a pastoral da
família e para a presença da família na sociedade. Concretamente, ao tratar da
caridade conjugal[xxv], descreveu o modo como os cônjuges, no seu amor mútuo,
recebem o dom do Espírito de Cristo e vivem a sua vocação à santidade».
«Bento
XVI, na Encíclica Deus caritas est,
retomou o tema da verdade do amor entre o homem e a mulher, que se vê iluminado
plenamente apenas à luz do amor de Cristo crucificado[xxvi]. Sublinha que “o matrimónio baseado num amor exclusivo
e definitivo torna-se o ícone do relacionamento de Deus com o seu povo e, vice-versa,
o modo de Deus amar torna-se a medida do amor humano”[xxvii]. Além disso, na Encíclica Caritas in veritate, destaca a importância do amor como princípio
de vida na sociedade[xxviii], lugar onde se aprende a experiência do bem comum».[xxix]
(cont)
(revisão
da versão portuguesa por AMA)