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26/01/2019

Reflexão em Fátima


Reflexão


Aqui estou a teus pés minha querida Mãe.

Quis vir para te ver e para que me vejas rendido de amor e ternura e, sobretudo gratidão por tantas graças que constantemente derramas sobre este teu filho.

Nada do que faço, faço como queria: por amor.

Tu, Senhora do Amor Formoso ensina-me a amar com o coração inteiro sem reservas nem condições.

Bem sei que nunca amarei bastante e muito menos de retribuição mas, mesmo assim sei que te agrada e sorris com estas coisas pequenas de um filho pequeno.

Apetece-me estar aqui. Sinto-me tão bem! Afinal… sou bem humano e tinha saudades tuas.

Capelinha, Fátima. 25.01. 04.26



Temas para reflectir e meditar

Indiferença

Em Getsemani, quando a Sua oração pela humanidade chegava ao cume da Sua acção salvífica, sentiu pena pela indiferença dos Apóstolos, que afirmavam amá-lo, e O amavam realmente, mas não totalmente: essa indiferença acentuou-se entre os que, por ignorância ou pela maldade do pecado, nem sequer punham os olhos n’Ele.

(javier echevarríaGetsemaniPlaneta, 3ª Ed. Cap. I, 10)


Pequena agenda do cristão

SÁBADO



(Coisas muito simples, curtas, objectivas)



Propósito:
Honrar a Santíssima Virgem.

A minha alma glorifica o Senhor e o meu espírito se alegra em Deus meu Salvador, porque pôs os olhos na humildade da Sua serva, de hoje em diante me chamarão bem-aventurada todas as gerações. O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o Seu nome. O Seu Amor se estende de geração em geração sobre os que O temem. Manifestou o poder do Seu braço, derrubou os poderosos do seu trono e exaltou os humildes, aos famintos encheu de bens e aos ricos despediu de mãos vazias. Acolheu a Israel Seu servo, lembrado da Sua misericórdia, como tinha prometido a Abraão e à sua descendência para sempre.

Lembrar-me:

Santíssima Virgem Mãe de Deus e minha Mãe.

Minha querida Mãe: Hoje queria oferecer-te um presente que te fosse agradável e que, de algum modo, significasse o amor e o carinho que sinto pela tua excelsa pessoa.
Não encontro, pobre de mim, nada mais que isto: O desejo profundo e sincero de me entregar nas tuas mãos de Mãe para que me leves a Teu Divino Filho Jesus. Sim, protegido pelo teu manto protector, guiado pela tua mão providencial, não me desviarei no caminho da salvação.

Pequeno exame:

Cumpri o propósito que me propus ontem?





A raça dos filhos de Deus


Filhos de Deus. Portadores da única chama capaz de iluminar os caminhos terrenos das almas, do único fulgor, no qual nunca poderão dar-se escuridões, penumbras nem sombras. Nosso Senhor serve-se de nós como archotes, para que essa luz ilumine... De nós depende que muitos não permaneçam em trevas, mas que andem por sendas que levem até à vida eterna. (Forja, 1)


Jesus Christus, Deus Homo, Jesus Cristo, Deus-Homem! Eis uma magnalia Dei, uma das maravilhas de Deus em que temos de meditar e que temos de agradecer a este Senhor que veio trazer a paz na terra aos homens de boa vontade, a todos os homens que querem unir a sua vontade à Vontade boa de Deus. Não só aos ricos, nem só aos pobres! A todos os homens, a todos os irmãos! Pois irmãos somos todos em Jesus; filhos de Deus, irmãos de Cristo. Sua Mãe é nossa Mãe.
Na terra há apenas uma raça: a raça dos filhos de Deus. Todos devemos falar a mesma língua: a que o nosso Pai que está nos Céus nos ensina; a língua dos diálogos de Jesus com seu Pai; a língua que se fala com o coração e com a cabeça; a que estais a usar agora na vossa oração. É a língua das almas contemplativas, dos homens espirituais por se terem dado conta da sua filiação divina; uma língua que se manifesta em mil moções da vontade, em luzes vivas do entendimento, em afectos do coração, em decisões de rectidão de vida, de bem-fazer, de alegria, de paz. (Cristo que passa, 13)

Leitura espiritual


Os livres laços da Fidelidade

Há quem pense que ser fiel significa perder a liberdade, talvez porque confunda liberdade com independência.

Depender de alguma coisa ou de alguém – como o filho depende de sua mãe, ou a respiração do oxigénio, ou o peixe da água – não pode ser considerado como uma limitação da liberdade, mas antes como sua condição essencial.

Não se chega à existência se não se é concebido e dado à luz; morreríamos de asfixia se nos faltasse o ar, como o peixe que é tirado da água: são dependências que, em vez de nos escravizarem, nos dão a liberdade de viver.

Talvez se pudesse identificar liberdade e independência no reino animal, que só goza da chamada liberdade física.
Mas, no caso do homem, trata-se de uma liberdade racional, que se reveste de um carácter moral.
É algo de interior, caracterizado pela capacidade de orientar a própria existência para o bem e de poder escolher os melhores recursos em função do fim.
Por isso, apenas os seres dotados de inteligência podem chamar-se livres no seu pleno sentido.
E somente um ser livre está em condições de comprometer o seu tempo, os seus talentos, os seus bens, o seu amor e até a sua vida, quando encontra para isso uma razão proporcionada.

A fidelidade exige limites indestrutíveis, relações insubornáveis.

Há quem tema qualquer compromisso, seja de que natureza for, como se fosse um atentado à sua liberdade.

Não se percebe que o homem – como as árvores – para elevar-se tem impedimentos rumo às alturas, tem de mergulhar as suas raízes na terra, ser abraçado por ela e permanecer sujeito, vinculado!

Sim, vinculado.

Se a árvore pretendesse “libertar-se” da terra apenas encontraria a sua própria destruição.

Quando a liberdade não cria vínculos, em breve se converte em grilhão de morte.

Não podemos existir sem estar submetidos a umas normas.

Para não sermos expelidos para o espaço vazio, necessitamos da lei da gravidade; para que a ave possa remontar-se às alturas e o avião manter-se em pleno voo, carecem da resistência do ar; para que as estrelas subsistam, devem subordinar-se às suas órbitas.
E para que a sociedade possa permanecer como tal, deve ser fiel a umas leis morais, a umas normas éticas: quem pretendesse desprezá-las, como fossem coacção substituiria a liberdade pela libertinagem.

Se queremos a verdadeira liberdade, procuremo-la na fidelidade.

Se queremos a expressão de nós mesmos, a nossa espiritualidade, a nossa autonomia interior, a nossa paz, somente a fidelidade nos poderá dar esses bens.

A virtude da fidelidade lança raízes exclusivamente em homens livres.

Um escravo não pode chamar-se fiel, a não ser que resolva assumir interiormente – com liberdade pessoal- a sua servidão.

Somente as pessoas livres – que o sejam de verdade por saberem responsabilizar-se voluntariamente pelos seus compromissos – podem receber sem mentira o enaltecedor e belíssimo nome de fiéis.

(Cfr FIDELIDADE, de Javier Abad Gómez, 1989)

(Revisão da versão portuguesa por AMA)



Evangelho e comentário


TEMPO COMUM




Evangelho: Lc 10, 1-9

1 Depois disto, o Senhor designou outros setenta e dois discípulos e enviou-os dois a dois, à sua frente, a todas as cidades e lugares aonde Ele havia de ir. 2 Disse-lhes: «A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Rogai, portanto, ao dono da messe que mande trabalhadores para a sua messe. 3 Ide! Envio-vos como cordeiros para o meio de lobos. 4 Não leveis bolsa, nem alforge, nem sandálias; e não vos detenhais a saudar ninguém pelo caminho. 5 Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’ 6 E, se lá houver um homem de paz, sobre ele repousará a vossa paz; se não, voltará para vós. 7 Ficai nessa casa, comendo e bebendo do que lá houver, pois o trabalhador merece o seu salário. Não andeis de casa em casa. 8 Em qualquer cidade em que entrardes e vos receberem, comei do que vos for servido, 9 curai os doentes que nela houver e dizei-lhes: ‘O Reino de Deus já está próximo de vós’

Comentário:

Os enviados de Cristo são, principalmente, os transportadores da paz.

Como se Ele, Príncipe da Paz, delegasse de alguma forma os Seus poderes nesses homens dedicados de simples de modo a atrair todos para o Seu Reino.

Mas apesar de tudo são sempre poucos porque a seara não para de crescer e os que desejam dedicar-se a essa tarefa extraordinária precisam de vontade firme e mente esclarecida.

Em boa verdade o Senhor deveria contar com todos os baptizados se estes assumissem, como deveriam, o seu papel de propagadores do Reino de Deus.

(AMA, comentário sobre Lc 10,1-9, 14.11.2018)