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21/01/2019
Temas para reflectir e meditar
Getsemani
Na oração perseverante e entregue de Jesus Cristo, vemos, no Amor humano de Jesus, o Amor de Deus pelas criaturas, gratuito e infinito; e na oração sonolenta e por fim abandonada dos Apóstolos, o pobre amor – o desamor – da criatura centrada no seu eu e dobrada pela sua debilidade.
Na oração perseverante e entregue de Jesus Cristo, vemos, no Amor humano de Jesus, o Amor de Deus pelas criaturas, gratuito e infinito; e na oração sonolenta e por fim abandonada dos Apóstolos, o pobre amor – o desamor – da criatura centrada no seu eu e dobrada pela sua debilidade.
(javier echevarría, Getsemani, Planeta, 3ª Ed. Cap. I, 10)
Ele nos anima, ensina, guia
"Iesus Christus, perfectus Deus, perfectus Homo" – Jesus
Cristo, perfeito Deus e perfeito Homem! Muitos são os cristãos que seguem
Cristo, pasmado com a sua divindade, mas que O esquecem como Homem... e
fracassam no exercício das virtudes sobrenaturais (apesar de todo o aparato
externo de piedade), porque não fazem nada por adquirir as virtudes naturais. (Sulco,
652)
Enamora-te da Santíssima Humanidade de
Jesus Cristo.
– Não te dá alegria que tenha querido
ser como nós? Agradece a Jesus este cúmulo de bondade. (Forja,
547)
Obrigado, meu Jesus, porque quiseste
fazer-te perfeito Homem, com um Coração amante e amabilíssimo, que ama até à
morte e sofre; que se enche de júbilo e de dor; que se entusiasma com os
caminhos dos homens, e nos mostra o que nos leva ao Céu; que se sujeita
heroicamente ao dever, e se guia pela misericórdia; que vela pelos pobres e
pelos ricos; que cuida dos pecadores e dos justos...
Obrigado, meu Jesus, e dá-nos um
coração à medida do Teu! (Sulco, 813)
Nisto se define a verdadeira devoção
ao Coração de Jesus: em conhecer a Deus e conhecermo-nos a nós mesmos, e em
olhar para Jesus e recorrer a Ele – que nos anima, nos ensina, nos guia. A
única superficialidade que pode haver nesta devoção é a do homem que não é
integralmente humano e que, por isso, não consegue aperceber-se da realidade de
Deus feito carne.
Cristo na Cruz, com o Coração
trespassado de Amor pelos homens, é uma resposta eloquente – as palavras não
são necessárias – à pergunta sobre o valor das coisas e das pessoas. (Cristo
que passa, nn. 164–165)
Pequena agenda do cristão
(Coisas muito simples, curtas, objectivas)
Propósito:
Sorrir; ser amável; prestar serviço.
Senhor que eu faça "boa cara" que seja alegre e transmita aos outros, principalmente em minha casa, boa disposição.
Senhor que eu sirva sem reserva de intenção de ser recompensado; servir com naturalidade; prestar pequenos ou grandes serviços a todos mesmo àqueles que nada me são. Servir fazendo o que devo sem olhar à minha pretensa “dignidade” ou “importância” “feridas” em serviço discreto ou desprovido de relevo, dando graças pela oportunidade de ser útil.
Lembrar-me:
Papa, Bispos, Sacerdotes.
Que o Senhor assista e vivifique o Papa, santificando-o na terra e não consinta que seja vencido pelos seus inimigos.
Que os Bispos se mantenham firmes na Fé, apascentando a Igreja na fortaleza do Senhor.
Que os Sacerdotes sejam fiéis à sua vocação e guias seguros do Povo de Deus.
Pequeno exame:
Cumpri o propósito que me propus ontem?
Evangelho e comentário
Evangelho: Mc 2, 18-22
18 Estando os discípulos de João e os
fariseus a jejuar, vieram dizer-lhe: «Porque é que os discípulos de João e os
dos fariseus guardam jejum, e os teus discípulos não jejuam?» 19 Jesus
respondeu: «Poderão os convidados para a boda jejuar enquanto o esposo está com
eles? Enquanto têm consigo o esposo, não podem jejuar. 20 Dias virão em que o
esposo lhes será tirado; e então, nesses dias, hão-de jejuar.» 21 «Ninguém
deita remendo de pano novo em roupa velha, pois o pano novo puxa o tecido velho
e o rasgão fica maior. 22 E ninguém deita vinho novo em odres velhos; se o
fizer, o vinho romperá os odres e perde-se o vinho, tal como os odres. Mas
vinho novo, em odres novos.»
Comentário:
Haverá sempre críticos "de
serviço" prontos a levantar questões que mais não são - a maior parte das
vezes - provocações.
Estas pessoas não estão interessadas,
por exemplo, em fazer correcção fraterna que é, deve ser, um acto de caridade
para com alguém.
Em vez de actuarem de forma positiva
agarram-se preconceituosamente a detalhes e minudências sem qualquer
importância.
Não nos preocupemos com estes, façamos
o que temos a fazer e sigamos em frente.
(AMA, comentário sobre Mc 2, 18-22,
15.01.2018)
Leitura espiritual
2
O senhor afirma justamente
que o Papa é um mistério.
Afirma, com razão, que ele
é sinal de contradição, que ele é uma
provocação.
Além disso o senhor sustém
que face a uma verdade assim – ou seja, face ao Papa – há que escolher; e para muitos essa escolha não é fácil.
Acaso foi fácil para o
próprio Pedro?
Foi-o para qualquer um dos
seus sucessores?
É fácil para o Papa
actual?
Escolher comporta uma
iniciativa do homem. Todavia Cristo disse: «Não to revelaram nem a carne nem o
sangue, mas sim o Meu Pai». [ii]
Esta escolha, portanto,
não é somente uma iniciativa do homem, é também uma acção de Deus, que actua no homem, que revela. E em virtude dessa
acção de Deus, o homem pode repetir: «Tu
és Cristo, o Filho de Deus vivo» [iii]
e depois pode recitar todo o Credo,
que é intimamente harmónico, conforme a profunda lógica da revelação.
O homem também pode
aplicar a si mesmo e aos outros, as consequências que derivam da lógica da fé,
penetradas pelo esplendor da verdade;
pode fazer tudo isso, apesar de saber que, por causa disso, se converterá em «sinal de contradição».
O que resta a um homem
assim?
Somente as palavras que
Jesus dirigiu aos Apóstolos: «Se me perseguiram a Mim, perseguirão também a
vós; se observaram a Minha palavra, observarão também a vossa». [iv]
Portanto: «Não tenhais
medo!» Não tenhais medo do mistério de
Deus; não tenhais medo do Seu Amor; e não tenhais medo da debilidade do homem
nem da sua grandeza»
O homem não deixa de ser
grande nem sequer na sua debilidade.
Não tenhais medo se ser
testemunhas da dignidade de toda a pessoa humana, desde o momento da concepção
até à hora da morte.
E a propósito dos nomes,
acrescento: o Papa também é chamado Vigário de Cristo. Este título deve ser
considerado no contexto total do Evangelho.
Antes de subir ao Céu
Jesus disse aos Seus Apóstolos:
Ele, ainda que invisível,
está pois presente pessoalmente na Sua Igreja. E está em cada cristão, em
virtude do Baptismo e dos outros Sacramentos.
Por isso, já no tempo dos
santos Padres, era costume afirmar: Christianus
alter Christus («o cristão é outro Cristo»), querendo com isso ressaltar a
dignidade do baptizado e a sua vocação, em Cristo, a santidade.
Cristo, além do mais,
cumpre uma presença especial em cada sacerdote, o qual, quando celebra a
Eucaristia ou administra os Sacramentos, o faz in persona Christi.
(…)
Assim, pois, para em
alguma medida dissipar os seus temores, ditados todavia por uma profunda fé,
aconselhar-lhe-ia a leitura de Santo Agostinho, que costumava repetir: Vobis sum episcopus, vobíscum christianus
(«Para vós sou o bispo, convosco sou um cristão» [vi]
Se se considera isto
adequadamente, significa muito mais christianus
que no episcopus, ainda que se trate
do Bispo de Roma.
(Cfr entrevista de
Vittorio Messori a São João Paulo II, CRUZANDO EL UMBRAL DE LA ESPERANZA,
Outubro de 1994)
(Tradução do castelhano por AMA)
[i] Cfr. Lc 2, 34
[ii] Mt 16, 17
[iii] Mt 16, 16
[iv] Jo 15, 20
[v] Mt 28,20
[vi] Serm 340, 1: PL38,
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