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21/12/2019

THALITA KUM 46


THALITA KUM 46 

(Cfr. Lc 8, 49-56)


Temos sempre de pôr todos os meios na procura do que necessitamos.
O Senhor não espera de nós nada que vá além das nossas forças e das nossas capacidades. Mas espera que as utilizemos, todas, com critério e sem desfalecimentos.

Jesus não é uma espécie de milagreiro a quem recorremos nas aflições, nas dificuldades, resolvendo as coisas, ou concedendo sem demora aquilo que pedimos. É verdade que Deus é infinitamente bondoso, mas também é infinitamente justo.
A Sua justiça pede, portanto, um empenhamento pessoal, dedicado e completo.
Atrever-me-ia a dizer que, muitas vezes, o Senhor concede a graça que pedimos, não pela graça em si, pelo bem em que ela consiste, mas movido pelo esforço, empenho e persistência que pusemos da nossa parte em conquistá-la.

O contrário será, talvez, uma espécie de tentação a Deus, apresentar-nos assim, miserandos, aflitos e até chorosos, ante o Senhor, pedindo-lhe que nos conceda isto ou aquilo.
Com Deus não se fazem chantagens ou exercem pressões, ou se fazem negócios do género: ‘se me concederes isto eu, faço aquilo’.


(AMA, reflexões sobre o Evangelho, 2006)

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