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07/03/2019

Formação humana e cristã – 130

2.1.2

O trabalho

Eu trabalho continuamente como o Meu Pai trabalha sem descanso!

Com estas palavras, Jesus Cristo eleva o trabalho - qualquer que seja - à máxima dignidade e o trabalhador comparável a Ele próprio.

‘Não tenho nada que fazer'; 'estou desempregado'; ´já atingi a refor­ma'.

Ouvem-se muito estas afirmações como justificação para não fazer nada, não trabalhar.

O que tem a ver o trabalho com a situação que se vive?

Absolutamente nada porque o trabalho não tem que ser apenas o exercício de uma actividade, profissional ou não, é antes, um estado de alma, de ânimo interior que nos deve levar a afastar-nos do ócio.

Tantas "razões" que se aduzem para não fazer absolutamente nada, ir deixando andar a vida e... depois... logo se vê!

Mas... depois... quando?

Este é o verdadeiro cerne da questão: quando?

Falando claro, não é sério deixar de fazer o que tem de ser feito para uma outra altura qualquer e isto muito simplesmente porque não sabemos, não podemos sequer supor que esse "mais tarde", virá a surgir ou não.


O que depende de nós, da nossa vontade é o momento presente em que a nossa actuação é decisiva para cumprir o que devemos.
Jesus Cristo nunca disse para fazer-mos o que seja num momento qualquer bem ao contrário insistiu sempre que nos apressássemos a actuar sem demora porque o tempo urge e não sabemos nem o dia nem a hora em que nos chamará.


Qualquer trabalho, já o dissemos, é digno, mas se não for executado com o melhor do nosso esforço em inteira liberdade de opção, não será digno de oferta a Deus que é o que nos interessa.

Ao aceitar o nosso trabalho o Senhor transforma-o em "créditos" a nosso favor muito convenientes na hora de prestarmos contas.

Pergunto-me a mim próprio:
Bom!

Mas, o meu trabalho qual é, que deve ser?

Tenho a certeza que o meu trabalho actual é o apostolado.

A ele dedico o melhor do meu esforço das minhas capacidades.

“Nunc Coepi” é o meu trabalho de apostolado que "atinge" centenas (milhares) de pessoas em quase todo o mundo.

Faço-o, tenho de o fazer, com todo o rigor não descurando detalhes nem transigindo com "pressas", não me envaidecendo ou procurando protagonismo, o talento que Deus me deu é para pôr ao Seu serviço e não para minha satisfação pessoal.

Para mim é uma preocupação constante e penso que assim deve conti­nuar.

(cont)     
AMA, reflexões

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